A General Electric (GE) quer expandir a Celma, unidade especializada em manutenção de turbinas de aviões sediada em Petrópolis, no Rio de Janeiro. O plano foi revelado pelo vice-presidente do conselho da GE mundial, John Rice, que esteve em visita de dois dias ao país e concedeu uma entrevista exclusiva ao Valor.
A ideia do grupo é ampliar os investimentos no braço que cuida do setor, a GE Aviation, para atender tanto o mercado interno, quanto para ser uma fonte de exportações no país. Desse modo, a Celma deverá ser expandida e alocar mais empregos, segundo as expectativas de Rice. Ele, no entanto, ainda não revela os números nem as projeções de elevação nos lucros do grupo.
"Não há razões para a Celma não ser muito maior do que é hoje. Ela tem sucesso e nós estamos preparados para investir", afirma o executivo, destacando que ainda não há um plano estruturado de investimentos desenhado, mas que "isso não leva muito tempo" para ser feito. "Queremos alocar mais valor em Celma. Vamos olhar o mercado, analisar a competitividade e, se pudermos ampliar o que a fábrica tem, vamos fazê-lo", completa Rice.
O braço de aviação da GE no Brasil tem clientes de peso, como a Fedex, a Southwest e a KLM, e engloba a Celma e a estrutura de vendas de turbinas da companhia - cuja produção é feita no exterior e enviada para TAM, Gol, Azul e Embraer. Mas o peso nos resultados vem mesmo da Celma que, no ano passado, gerou um faturamento de US$ 850 milhões, representando 72% do que a GE Aviation no Brasil ganhou no período com este serviço e 26% das operações gerais da GE no país.
No ano passado, a fábrica reparou 300 turbinas e a meta para este ano era de 500, antes do anúncio da ampliação produtiva da fábrica. "Esse número deve crescer. É isso que vamos discutir aqui. Vamos falar com o governo, com os representantes da Celma, com os envolvidos e definir como será essa expansão", garantiu Rice.
O executivo não tem medo da difícil situação do setor de aviação em todo mundo. Ele explica que a crise não vai abalar seus planos de investimentos na área, pois sua visão é de longo prazo. "Acredito que a aviação global será muito forte em cinco ou dez anos, pois o potencial do setor é muito grande. Hoje poucas pessoas voam no Brasil, mas isso mudará", prevê Rice.
O principal impulsionador dos negócios neste âmbito, na opinião dele, serão os governos, que tendem a dar cada vez mais importância para corrigir as falhas na infraestrutura de seus países.
Outro motivo de tranquilidade para a empresa é que os trabalhos da Celma, hoje, são resultado da situação do mercado há cinco anos atrás - pois leva cinco anos para que uma turbina necessite de um reparo robusto.
O segmento em que a Celma atua também tem uma vantagem: os serviços de manutenção de aeronaves não dependem exclusivamente do mercado interno. No ano passado, 70% das turbinas reparadas foram de aviões que vinham para o Brasil para a realização do serviço e depois voltavam para o país de origem.
O segmento de aviação da GE tem apresentado crescimento importante, em ritmo mais acelerado do que o dos resultados gerais da companhia. No último ano, o faturamento da GE Aviation cresceu 18,58% frente a 2007, para US$ 19,24 bilhões, enquanto o faturamento geral do grupo teve avanço de 6%, para US$ 183 bilhões no mesmo período.
Fonte: Vanessa Dezem (Valor Online) via O Globo
A ideia do grupo é ampliar os investimentos no braço que cuida do setor, a GE Aviation, para atender tanto o mercado interno, quanto para ser uma fonte de exportações no país. Desse modo, a Celma deverá ser expandida e alocar mais empregos, segundo as expectativas de Rice. Ele, no entanto, ainda não revela os números nem as projeções de elevação nos lucros do grupo.
"Não há razões para a Celma não ser muito maior do que é hoje. Ela tem sucesso e nós estamos preparados para investir", afirma o executivo, destacando que ainda não há um plano estruturado de investimentos desenhado, mas que "isso não leva muito tempo" para ser feito. "Queremos alocar mais valor em Celma. Vamos olhar o mercado, analisar a competitividade e, se pudermos ampliar o que a fábrica tem, vamos fazê-lo", completa Rice.
O braço de aviação da GE no Brasil tem clientes de peso, como a Fedex, a Southwest e a KLM, e engloba a Celma e a estrutura de vendas de turbinas da companhia - cuja produção é feita no exterior e enviada para TAM, Gol, Azul e Embraer. Mas o peso nos resultados vem mesmo da Celma que, no ano passado, gerou um faturamento de US$ 850 milhões, representando 72% do que a GE Aviation no Brasil ganhou no período com este serviço e 26% das operações gerais da GE no país.
No ano passado, a fábrica reparou 300 turbinas e a meta para este ano era de 500, antes do anúncio da ampliação produtiva da fábrica. "Esse número deve crescer. É isso que vamos discutir aqui. Vamos falar com o governo, com os representantes da Celma, com os envolvidos e definir como será essa expansão", garantiu Rice.
O executivo não tem medo da difícil situação do setor de aviação em todo mundo. Ele explica que a crise não vai abalar seus planos de investimentos na área, pois sua visão é de longo prazo. "Acredito que a aviação global será muito forte em cinco ou dez anos, pois o potencial do setor é muito grande. Hoje poucas pessoas voam no Brasil, mas isso mudará", prevê Rice.
O principal impulsionador dos negócios neste âmbito, na opinião dele, serão os governos, que tendem a dar cada vez mais importância para corrigir as falhas na infraestrutura de seus países.
Outro motivo de tranquilidade para a empresa é que os trabalhos da Celma, hoje, são resultado da situação do mercado há cinco anos atrás - pois leva cinco anos para que uma turbina necessite de um reparo robusto.
O segmento em que a Celma atua também tem uma vantagem: os serviços de manutenção de aeronaves não dependem exclusivamente do mercado interno. No ano passado, 70% das turbinas reparadas foram de aviões que vinham para o Brasil para a realização do serviço e depois voltavam para o país de origem.
O segmento de aviação da GE tem apresentado crescimento importante, em ritmo mais acelerado do que o dos resultados gerais da companhia. No último ano, o faturamento da GE Aviation cresceu 18,58% frente a 2007, para US$ 19,24 bilhões, enquanto o faturamento geral do grupo teve avanço de 6%, para US$ 183 bilhões no mesmo período.
Fonte: Vanessa Dezem (Valor Online) via O Globo
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