quinta-feira, 17 de julho de 2008

Tragédia da TAM completa um ano com protestos

Parentes e amigos das vítimas fizeram protestos emocionantes em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Ao todo, 199 pessoas morreram no maior acidente aéreo do Brasil





O acidente com o Airbus da TAM, a maior tragédia da aviação brasileira, completou um ano nesta quinta e foi lembrado por parentes e amigos das vítimas no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

Uma foto, uma história, saudade. “Parece que quanto mais o tempo passa, mais a gente sente a falta deles. Está sendo muito difícil", afirmou a funcionária pública Dorzelina Menezes.

A cena se repete. "Tristeza, indignação", resume uma mulher.

"De tanta dor, a gente acha que a Patrícia ainda está voando, mas tem que cair na realidade, que é tão difícil", disse a aposentada Lia Rauschild.

No hotel onde os parentes das vítimas do vôo 3054 estão hospedados, o cenário do triste aniversário. "Não somos um número, são vidas que se foram, que se perderam e acho que isso representa muito bem isso", disse Dario Scott, pai de uma vítima.

Um ano depois do maior acidente da aviação comercial brasileira, a investigação da Aeronáutica ainda não foi concluída, o inquérito policial não foi relatado e ninguém foi indiciado.

Um ano depois não é fácil pisar, pela primeira vez, no terreno onde caiu o Airbus 320 da TAM. Mais difícil ainda é ficar ali dentro. Dói ao ouvir o avião passar.

Foram 199 mortos, 199 fotos. Aos poucos vão surgindo as imagens de cada uma das vítimas. É a "árvore da vida", dizem os parentes. É a única árvore que resistiu no local do acidente. Flores no mural do terreno, manifestação no corredor de Congonhas.

No saguão, um velório de uma história que acaba de completar um ano. Entre o silêncio de passageiros e o constrangimento de funcionários, um protesto.

Em Porto Alegre, a mãe de um instrutor de vôo que morreu no acidente lançou do ar as cinzas do filho. Mais de mil pessoas se reuniram em homenagem às vítimas na cidade de onde partiu o avião.

E no local onde o avião explodiu, o que se ouviu foi o som de uma corneta no que era para ser um minuto de silêncio.

Em Brasília, o brigadeiro Jorge Kersul, que comandou as investigações da Aeronáutica, disse que o relatório sobre o acidente está em fase de conclusão. Ele afirmou que o objetivo da Aeronáutica não é encontrar culpados e, sim, evitar novos acidentes.

Fontes: G1 / Jornal Nacional (TV Globo)

Missa em Porto Alegre homenageia vítimas do acidente da TAM

Governadora condecorou pessoas que contribuíram diretamente no auxílio aos familiares.

Cinzas de um instrutor de vôo, morto no acidente, foram lançadas de um avião.




Familiares das vítimas do vôo JJ 3054 da TAM participaram, nesta quinta-feira (17), de uma missa na Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Durante a cerimônia, parentes e amigos usaram camisetas em homenagem aos passageiros. Eles exibiram cartazes, flores brancas e fizeram orações.

A cerimônia, marcada por muita emoção, durou cerca de uma hora e meia e, no final, os familiares se abraçaram.

O acidente ocorreu há um ano, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e vitimou 199 pessoas, a maioria do Rio Grande do Sul (RS).

Condecoração

A governadora Yeda Crusius concedeu, também nesta quinta-feira, a medalha Negrinho do Pastoreio às autoridades e pessoas que contribuíram diretamente no auxílio aos familiares das vítimas do vôo 3054 da TAM. A homenagem aconteceu no Palácio Piratini, em Porto Alegre.

Receberam medalhas 41 pessoas, entre eles 13 policiais militares que na época faziam parte da Defesa Civil e que ajudaram na identificação e translado dos corpos para o Rio Grande do Sul. Também foram homenageados psicólogos, médicos e peritos.

No Aeroclube de Porto Alegre foi realizada uma homenagem especial. As cinzas de um instrutor de vôo, morto no acidente, foram lançadas de um avião.

Fontes: G1 / Zerohora.com

Um ano depois, saiba como foi o vôo que refaz trajeto do JJ 3054 da TAM

Outro Airbus A320 refez trajeto e partiu de Porto Alegre com capacidade máxima.

No caminho até o Aeroporto de Congonhas, clima de apreensão, pizza e vinho.

No vôo, serviço de bordo levou pizza de calabresa e vinho aos passageiros

A lembrança da tragédia com o Airbus da TAM deixou passageiros apreensivos em Porto Alegre, mas nem por isso tornou menos concorrido o vôo que faz o mesmo trajeto do fatídico vôo JJ 3054, que há um ano cruzou a pista de Congonhas e explodiu após bater contra um prédio da empresa.

Um ano depois, outro Airbus partiu da capital gaúcha com capacidade máxima. Pelo menos para o empresário Ari Weinfield, de 49 anos, o horário e a data só faziam aumentar a certeza de que a viagem seria bastante tranquila.

“Esse é o vôo mais seguro que pode existir. Um raio não cairia duas vezes em um mesmo lugar”, afirma. Ele conta que costuma voar de Porto Alegre para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pelo menos uma vez por mês, sempre no mesmo horário e no mesmo vôo da TAM, o 3046, rota que antes era cumprida pelo vôo 3054.

Como previa o empresário, a viagem foi tranqüila. O Airbus 320 saiu de Porto Alegre às 17h45, quando a noite já se anunciava na capital gaúcha. Minutos antes de o avião decolar, quando as portas já estavam fechadas, um passageiro ainda resistia em terminar uma conversa ao celular e foi obrigado a desligar o aparelho depois que os passageiros ao lado dele pediram a intervenção de um comissário de bordo.

Inconveniente resolvido, o vôo transcorreu sem qualquer imprevisto com um céu limpo. O serviço de bordo serviu fatias de calabresa e taça de vinho para os passageiros. Mesmo com a viagem transcorrendo normalmente, algumas pessoas preferiram não comentar as coincidências de data, de horário e de trajeto ao serem abordadas pelo G1.

Com diferença de alguns minutos, Airbus aterrissou na pista de Congonhas no sentido contrário ao que havia seguido o avião em 17 de julho de 2007

Às 19h04, o Airbus aterrissou na pista do Aeroporto de Congonhas em sentido contrário ao que havia seguido o outro Airbus, há exatamente um ano, com diferença de alguns minutos.

Durante o vôo, Weinfiel confessa que não gosta de andar de avião, mesmo fazendo o mesmo trajeto São Paulo-Porto Alegre e Porto Alegre-São Paulo há 18 anos. “Mas eu tenho mais medo ainda de andar de carro”, dispara.

“Não tinha como não saber”

Os engenheiros Thiago Pradella, de 24 anos, e Denis Costa, de 27 anos, que tinham conversado com a reportagem ainda no saguão do aeroporto, em Porto Alegre, saíram bastante satisfeitos da aeronave. “A viagem foi ótima”, diz Denis. Os dois viajam ao menos uma vez por mês para São Paulo a trabalho e costumam pegar o vôo 3046.

Os engenheiros sabiam da data, mas nem por isso cogitaram mudar o horário, a companhia aérea ou o itinerário da viagem. “Não tinha como não saber. Todos os jornais deram a notícia”, comenta Pradella.

Por estar acostumado a viajar de avião, Costa diz que não sente qualquer medo de estar nas alturas. “Eu me sentia mais relaxado quando o avião aterrissava, mas, depois do acidente, só fico tranqüilo quando os motores são desligados.”

Fonte: G1 - Foto: Claudia Silveira (G1)

AirBlue fecha contrato de US$ 185 milhões para receber motores da CFM para sua frota de A320s

A companhia aérea paquistanesa AirBlue fechou a compra de 28 motores a jato CFM56-5B, da fabricante CFM. Eles serão utilizados para equipar 14 aeronaves Airbus A320 que a aérea deve receber ao longo do ano que vem. A preços de tabela, o negócio pode sair a US$ 185 milhões, afirma a fabricante.

Além da compra dos motores, a AirBlue também contratou um pacote de serviços integrados de manutenção. Ele abrangerá toda a frota da companhia. Os detalhes financeiros desse acordo, porém, não foram divulgados.

A CFM é uma joint-venture criada pelo Grupo Safran e pela General Electric (GE). Ambas têm participação de 50% na empresa.

A AirBus veio até a CFM e pediu que providenciássemos uma proposta integrada: motores e serviços, afirmou o presidente da CFM, Eric Bachelet. O acordo foi feito durante o Airshow de Farnborough (Inglaterra), o principal evento mundial da indústria aeronáutica, iniciado na segunda-feira.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Sobrevivente da tragédia da TAM teve o corpo remontado com titânio

O aeroviário Valdiney Nascimento Muricy completará 34 anos em 3 de agosto. Aos amigos, costuma dizer que hoje faz aniversário: um ano da nova vida. Sem exagero. Em setembro do ano passado, quando deixou o hospital após 50 dias de internação, o sobrevivente da tragédia com o Airbus da TAM só queria voltar a andar. Agora, leva uma vida independente. E foi liberado pelos médicos até para voltar ao curso de Logística na FMU, trancado depois do desastre, que hoje completa um ano.

No corpo de 64 quilos, 15 a mais do que na saída do hospital, as marcas e as dores de quem pulou de uma altura de 15 metros. Valdiney, que estava no terceiro andar do prédio da TAM Express, fez enxertos na perna e teve que reconstituir, com pinos e placas de titânio, todas as articulações do ombro esquerdo e do cotovelo direito, o fêmur esquerdo, um joelho e o lado esquerdo do quadril. Só o cotovelo, por exemplo, ele quebrou em três locais diferentes.

- Se você pegar o meu raio-x, vai ver que sou um homem de ferro. Fui todo montado - diz.

O "homem de ferro", que passou por três cirurgias ortopédicas e três plásticas, comemora cada passo da reabilitação. A maior conquista, até agora, ocorreu no mês passado, quando recebeu alta da enfermagem. Ou seja, não precisava mais de ninguém ao seu lado no dia-a-dia. Com sessões diárias de fisioterapia, hidroginástica e terapia ocupacional, Valdiney reaprendeu não só a andar, mas também a abrir o portão de casa, a se vestir, ir ao banheiro, fazer a barba.

- Pôr a meia ainda é difícil, ele faz isso com esforço. Mas está totalmente independente porque é muito comprometido - diz o terapeuta ocupacional Áureo Ricarte, de 24 anos, que o acompanha desde o início.

- Devolver função e movimento onde está parado é muito doloroso. Ele queimou muito os ossos das duas mãos e tem uma dificuldade de movimento na mão esquerda - explica.

Mas Valdiney é destro. E persistente. Com talheres, escova de dente e barbeador adaptados, com cabos mais longos e grossos para facilitar o manuseio, está apto para retomar, em parte, a rotina que deixou para trás quando o avião se chocou contra o galpão da TAM. Há algumas semanas, ficou feliz ao subir em um ônibus. Agora, o sonho é voltar a correr nas ruas vizinhas da casa em que mora, na zona norte, e retomar o trabalho de supervisor de cargas na atual TAM Cargo. Sem traumas. É a empresa aérea que paga o tratamento do aeroviário.

- Minha recuperação está muito além do previsto. Passei momentos um pouco difíceis. Mas ganhei a vida naquele dia. Muitas pessoas perderam, eu ganhei.

No hospital, quando entrou com queimaduras de segundo e terceiro graus, um médico lhe deu apenas 10% de chances de vida. Valdiney usa isso para se manter motivado, consciente da importância de cada exercício.

- Uma brincadeira de jogar o lápis no chão e ir buscar. É simples para uma criança, mas sei das minhas dificuldades - diz o aeroviário, que toma remédios para aliviar o esforço das atividades.

- Dá estresse muscular. Tenho que tomar medicamentos para relaxar porque levo a vida de um atleta indo para uma Olimpíada. Só que a minha competição é para sempre - explica.

Para familiares dos 199 mortos no acidente, Valdiney é um símbolo.

- A gente sente nele, ao vê-lo sem cadeira de rodas nem muleta, como a gente está melhorando - diz Silvia Xavier, que perdeu a filha, Paula, no desastre de julho de 2007.

Fontes: O Globo / Diário de S. Paulo

Piloto de 70 anos sobrevive a queda de avião agrícola no México

A cerca de 500 metros do povoado de Bermejillo, em Durango, no México caiu nesta quarta-feira (16) por volta das 07:30 (hora local) um pequeno avião Piper PA-25 Pawnee, prefixo XB-AVK cujo tripulante milagrosamente escapou com vida.

O monomotor se dedicava a fumigação de algumas áreas agrícolas na Comarca Lagunera de Durango e foi precisamente num campo de algodão onde ele caiu.

A aeronave era tripulada pelo veterano piloto, Hugo Flores Reyes, de 70 anos, e em que pese as lesões que sofreu em razão do forte impacto, aparentemente sua vida não corre perigo.

Fonte: El Siglo de Torreon (México) - Atualizado em 23/07/08 às 00:48 hs.

Tragédia da TAM em Congonhas completa 1 ano sem conclusão sobre culpados e com só 79 acordos de indenização fechados

O maior acidente da história da aviação no Brasil, envolvendo o Airbus 320 da TAM, que matou 199 pessoas, completa um ano nesta quinta-feira (17) sem culpados, sem inquérito concluído, sem acusação formal e com apenas 79 acordos de indenização por danos materiais e/ou morais fechados e pagos.

Leia mais
Veja o especial: 1 ano depois
Análise: acidente foi divisor de águas
Análise: melhorou, mas não o ideal
Projetos a passos lentos
Parentes criticam 'obsessão por lucro'
Missa de memória fecha vias em SP
Polícia: ao menos sete culpados
Laudo aponta irregularidade em pista
Sobreviventes preparam um livro
Jobim: Congonhas é seguro
IC: não há vestígio de falha em manetes
Tragédia completa 1 ano sem punição
Reveja imagens do acidente

O número, divulgado oficialmente pela companhia aérea, é considerado muito baixo pela Associação de Familiares de Vítimas da TAM (AfavTAM). "Em um ano, não é nem metade das famílias atingidas", ressalta o vice-presidente da entidade, Archelau de Arruda Xavier, que perdeu a filha Paula, de 23 anos, no acidente.

Para ele, a demora na divulgação de informações e na apresentação dos relatórios criminais atrasa a conclusão de todo o processo. "É uma demora muito grande. Já era para ter concluído tudo isso há muito tempo", reclama.

Xavier explica que a associação quer a condenação de representantes da TAM, da Infraero e da Anac por homicídio com dolo eventual. "Eles assumiram a responsabilidade pela vida das pessoas e fizeram elas correrem risco de vida. Tanto que elas morreram. O avião estava com o freio travado e não poderia operar em São Paulo em dia de chuva. Alguém tem que pagar por isso", diz ele. "Eu espero que os culpados sejam presos. Culpados nós já sabemos que têm, já foram identificados na investigação policial, agora eles devem pagar".

A previsão é de que o relatório final da Polícia Civil de São Paulo seja apresentado em setembro, quando forem concluídos os laudos do Instituto de Criminalística e da Polícia Técnico-Científica. Sem citar nomes, o delegado Antônio Barbosa, responsável pelo caso, afirmou que ao menos sete pessoas serão responsabilizadas e que o mal-posicionamento dos manetes foi determinante para a ocorrência do acidente. Encerrado o inquérito, de mais de 13 mil páginas, o documento será enviado ao Ministério Público Estadual, responsável pela apresentação de uma denúncia (acusação formal) à Justiça.

Acordos

Pelos cálculos da AfavTAM, 70 famílias entraram na Justiça dos Estados Unidos para conseguir indenização, 10 apelaram à Justiça brasileira e 50 ainda não decidiram como agir. Para tentar acelerar os processos e tornar as negociações mais transparentes, foi instalada em abril uma Câmara de Indenização para negociar extrajudicialmente valores com a companhia aérea.

A instância, formada por órgãos públicos de defesa, advogados da TAM e da seguradora Unibanco/AIG, foi inspirada na experiência bem-sucedida adotada nas indenizações das vítimas do atentado às Torres Gêmeas, em Nova York, e até o momento já fechou três acordos. Outros 11 processos estão em andamento. Segundo a Defensoria Pública, a Câmara é de conhecimento de todas as famílias envolvidas e conseguiu negociar com a TAM parâmetros de indenização mais altos e sem distorções.

Para Xavier, a Câmara de Indenização é uma vantagem para as 50 famílias que ainda não recorram à Justiça. "As famílias preferem a Justiça americana, porque lá eles dão mais valor à vida e aqui é muito demorado. Doze anos depois do acidente da TAM com o Fokker 100, ainda existem processos na Justiça. A vantagem da Câmara é que a coisa pode ser resolvida em dois meses e não em doze anos", acredita.

A TAM considera que o processo de indenizações está acelerado. Segundo a empresa, 155 familiares receberam um adiantamento das indenizações no valor de R$ 30.000 e 138 receberam os R$ 14.800 do seguro de Responsabilidade da Empresa de Transporte Aéreo (Reta), previsto no Código Brasileiro de Aeronáutica em caso de morte ou lesão.

Apesar de todas as famílias terem direito ao seguro, Xavier explica que muitas pessoas não quiseram receber o pagamento por discordar do valor. "O Reta não é corrigido desde 1986. É o mesmo valor que foi pago para as vítimas do Fokker 100 da TAM, em 1996", disse.

A TAM diz ainda que vem cumprindo o termo de compromisso assinado em 19 de setembro de 2007 junto com o Ministério Público Estadual de São Paulo, a Defensoria, a Secretaria de Justiça Estadual e o Procon, que estabelece, entre outras coisas, pagamento de despesas funerárias, pagamento de despesas gerais e passagens aéreas para reuniões convocadas por órgãos públicos, plano de saúde e atendimento psicológico aos familiares e direito a informação direto com a companhia aérea. De acordo com a Defensoria, o termo de compromisso está sendo cumprido integralmente.

Fonte: Folha Online

Após um ano do acidente da TAM, memorial não está pronto

Prefeitura já fez um projeto para o local que se tornaria o ' Parque dos ipês amarelos'.

Falta concluir desapropriação de casas e posto de gasolina que estão na área.


Após um ano do acidente, as estrelas brancas pintadas no tapume azul são a única homenagem às vítimas mortas na queda do Airbus da TAM. Depois da implosão do que sobrou dos escombros, a amoreira é a única sobrevivente.

Hoje, um ano depois da tragédia, os parentes das vítimas querem que seja construído um memorial no local da queda do avião, com inscrições das pessoas que morreram. Sérgio Palmieri perdeu o filho de 38 anos no acidente e participa da associação dos parentes das vítimas. Segundo ele, os parentes já chegaram até a procurar arquitetos para falar do memorial.

A prefeitura se adiantou e criou um projeto para o local - o "Parque dos ipês amarelos", que prevê uma praça que deve ficar quase um metro acima do nível da Avenida Washington Luís.

O parque também terá duas paredes de concreto pintado de branco que não se tocam, sugerindo que algo se rompeu. No chão, pontos de luz branca, representando as vítimas da tragédia. No entanto, a desapropriação dos imóveis atingidos não foi totalmente concluída.

O terreno que era ocupado pelo prédio da TAM Express foi doado pela companhia à prefeitura em maio deste ano, mas ainda não foi acertado o valor a ser pago pelas áreas ocupadas por casas e um posto de gasolina, que também estão na área atingida.

Fontes: G1 / SPTV (TV Globo)

Sobreviventes do acidente da TAM relembram como escaparam da morte

Tragédia que matou 199 pessoas completa um ano nesta quinta-feira (17).

Funcionários da TAM Express e uma motorista contam como sobreviveram.

“Eu tô vivo! Eu tô vivo!” Após quase ser sufocado pela fumaça das chamas do Airbus da TAM que se chocou contra o prédio da empresa, o consultor de informática Paulo Roberto Zani, de 39 anos, pediu, a caminho do hospital, para que a enfermeira ligasse para a mulher dele. Em seu telefone celular, acumulavam-se mais de 50 chamadas não atendidas.

“Minha vida ficou marcada, dividida entre antes e depois do acidente. Todos os dias me lembro [do acidente]. Deito na cama e, todas as noite, agradeço muito pela minha salvação”, avalia o ex-funcionário da TAM, hoje gerente de TI de uma multinacional, que estava no terceiro andar do prédio da TAM Express no momento do choque da aeronave.

Às 18h50, horário do acidente, ele se preparava para ir para casa quando ouviu o estrondo. Logo a fumaça tomou conta de boa parte do piso e das escadas de emergência e a luz foi cortada. “Percebi que estava preso. Tentei respirar e não tinha oxigênio. Me passou muita coisa pela cabeça. Pensei: ‘Eu não vou me entregar’.”

Junto com um colega, Paulo Roberto se rastejou pelos corredores – não era mais possível respirar em pé – à procura de janelas. Quebrou duas vidraças com uma cadeira e pediu ajuda. “A gente rezava. Procurava acreditar que ia dar tempo de os bombeiros chegarem.”

A escada do primeiro carro não alcançou o terceiro andar. Quinze minutos depois, uma nova equipe o resgatou. “Quando me dei conta que estava a salvo, tive uma descarga emocional muito forte”, recorda. Minutos depois, o local onde estava veio a baixo.

Milagre

O motoboy Gerson Rocha Junior, de 34 anos, outro sobrevivente que estava no edifício na hora do acidente, atribui sua sobrevivência a um milagre. “Desde então venho tentando descobrir um pouco mais do lado espiritual, porque a vida material pode ser levada em segundos.”

Ele descia do primeiro andar para o térreo em direção ao relógio de ponto – já era hora de ir embora – quando ouviu a explosão. “Vi o fogo vindo pela escada. Não tinha para onde fugir. Só via o fogo. Mais nada. Aí eu falei: ‘Meu Deus, recebe a minha alma’.”

Gerson relembra que conseguiu descer as escadas em meio às chamas até sair do prédio e chegou a pensar que estivesse morto. Foi no hospital que soube da tragédia pela televisão. Hoje, sem seqüelas, o motoboy se recuperou das queimaduras de segundo grau que sofreu no rosto e nas mãos. Desde o acidente, está de licença temporária do trabalho porque diz ficar irritado quando vê aviões.

'Esse avião bateu no meu carro'


Carro de Mara Garcia Gay que foi atingido pelo Airbus A320 da TAM em 17 de julho do ano passado (Foto: Arquivo Pessoal)

Diariamente, a editora de textos Mara Garcia Gay, de 46 anos, passa de carro diante do terreno onde ficava o prédio da TAM Express e faz o sinal da cruz.

Com seu Celta, ela dirigia para casa, na Chácara Santo Antônio, na Zona Sul da capital, quando olhou à sua esquerda – ela estava na Avenida Washington Luís – e viu o Airbus A320 da TAM se aproximar. Apesar de a aeronave estar muito perto do solo, Mara chegou a pensar que se tratava de uma decolagem.

“Ouvi um barulho muito alto e percebi que algo estava errado. O avião vinha para cima e minha reação foi abaixar a cabeça. Eu escutei um tranco no meu carro, uma batida forte e pensei: ‘Nossa! Esse avião bateu no meu carro’”, recorda ela, que continuou dirigindo e só parou o veículo cerca de 40 metros adiante.

Foi quando viu o pára-brisa estilhaçado e o capô amassado e se deu conta do acidente. “Eu me considero uma sobrevivente. Agradeço a Deus que estou viva. Agora eu faço dois aniversários: no dia 17 e no dia 21 de julho.”

Fonte: G1

Avião com pneu furado paralisa Santos Dumont

Pistas estão interditadas desde as 10h45 desta quinta-feira (17)

Segundo a Infraero, operações foram suspensas por motivos de segurança

O Aeroporto Santos Dumont está fechado desde as 10h45m desta quinta-feira para pousos e decolagens por causa de um avião da empresa Líder Táxi Aéreo, atravessado no meio da pista. De acordo com as primeiras informações, a aeronave, que veio de Barbacena, em Minas Gerais, os pneus estouraram durante o pouso. O aeroporto teve os trabalhos interrompidos pela Infraero por questões de segurança. Os dois passageiros da aeronave não se feriram.

De acordo com a Infraero, o vôo 3916, da TAM, procedente de São Paulo, foi alternado para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador. Um avião da Gol que estava pronto para decolar teve que retornar ao pátio. Os pneus do táxi aéreo estão sendo trocados para que o aeroporto seja reaberto.

Fontes: G1 / O Globo / CBN

Acionista majoritário da OceanAir compra dez aviões da Airbus

O grupo latino-americano Synergy Aerospace - que é acionista majoritário da brasileira OceanAir - assinou um contrato com a Airbus para comprar dez aviões A350-800 por aproximadamente US$ 2,08 bilhões, informou hoje o consórcio europeu.

No quarto dia da Farnborough International Airshow, feira aeronáutica londrina, a Airbus afirmou que o acordo representa a materialização de um memorando de entendimento assinado entre as partes em fevereiro passado.

Os aviões A350-800 (aparelhos de longa autonomia e 270 assentos) servirão para modernizar a frota administrada pelo grupo latino-americano, afirmou o presidente da Synergy Aerospace, German Efromovich.

A companhia sul-americana é acionista majoritária das companhias aéreas Avianca e SAM, na Colômbia, da Oceanair, no Brasil, e da VIP, no Equador.

Fonte: EFE

Boeing confirma venda de 45 aviões para Air China por US$ 6,3 bilhões

A Boeing confirmou hoje a venda de 45 aviões para a companhia aérea Air China por US$ 6,3 bilhões.

O pedido, antecipado nesta quarta pela companhia aérea de bandeira da República Popular da China, consiste em 15 aparelhos 777-300 (longa autonomia e um máximo de 550 assentos) e 30 737-800 (curta e média autonomia e um máximo de 189 passageiros).

A Boeing, que confirmou a operação durante o quarto dia da Farnborough International Airshow, feira aeronáutica londrina, disse que a Air China usará as aeronaves para "expandir suas rotas nacionais e internacionais".

Fonte: EFE

Maior tragédia da aviação brasileira completa um ano

Parentes das vítimas organizaram várias homenagens para hoje. O terreno onde ficava o prédio da TAM atingido pelo avião, será decorado com flores e fotos. No local, também haverá um culto ecumênico.





Fonte: Globonews

Passageiro bêbado provoca pouso de emergência nas Bermudas

O passageiro teria ofendido os tripulantes e outros viajantes com comportamento abusivo.

Avião da First Choice que fez o pouso forçado nas Bermudas

Um passageiro bêbado provocou o pouso de emergência de um avião que partiu de Londres com destino a Varadero, em Cuba, na quarta-feira (16), depois de ameaçar a segurança e ofender a tripulação e os outros viajantes.

O vôo fretado FCAO82, da companhia First Choice, transportava 257 passageiros e 11 tripulantes.

Segundo a porta-voz da empresa, a decisão de desviar o destino do vôo para o aeroporto da cidade de Hamilton, nas Bermudas, foi tomada para remover o passageiro que estava bêbado e garantir a segurança dos outros viajantes.

Aeroporto Internacional de Bermuda International: Passageiros tiveram atraso de 14 horas - Foto: Alamy

"Ele estava causando desordem e estava bêbado, portanto, foi a coisa certa a se fazer", afirmou a porta-voz da First Choice.

"A empresa opera uma política de tolerância zero em casos de comportamento abusivo", diz o comunicado emitido pela companhia.

Um dos passageiros do vôo, o jornalista Dominic Carman, afirmou ao jornal britânico Daily Mail que ao pouso nas Bermudas foi anunciado pelo capitão depois que o passageiro bêbado tentou abrir a porta da aeronave.

Ao pousar em Hamilton, o passageiro foi recebido pela polícia e permanece sob custódia das autoridades locais.

De acordo com a empresa, a tripulação e os passageiros passaram a noite em um hotel e ainda não há informações sobre o horário em que o vôo será retomado.

"Legalmente, a tripulação deve ter o período de descanso e não temos ninguém para substituir os funcionários nas Bermudas, portanto, o atraso deve ser de pelo menos 14 horas", afirmou a empresa.

Fonte: BBC / Mailonsunday / Dailymail

Avião sul-coreano faz pouso de emergência no Japão

Instrumento da aeronave pode ter registrado um defeito e piloto aborta viagem aos EUA.

Vôo levava 322 passageiros. Avião aterrissou sem problemas.

Imagem do avião, logo após pouso sob chuva no Aeroporto Chitose

Um avião sul-coreano, que havia decolado em direção a Nova York, nos Estados Unidos, fez um pouso de emergência em Chitose, ao norte do Japão, aparentemente com problemas técnicos, informou o funcionário Hiromichi Ogasawara, do aeroporto japonês.

A aeronave é um Boeing 747-400 da companhia Korean Air, que transportava 322 passageiros. O avião aterrissou sem problemas numa pista molhada pela chuva.

Suposto incêndio

Segundo Ogasawara, “um instrumento pode ter registrado um incêndio a bordo”. Com base no aparelho o piloto decidiu abortar a viagem e pousar em território japonês.

Fonte: G1 - Foto: TV TBS/AFP

Aviões comerciais dos EUA terão que instalar dispositivo contra explosões

As autoridades federais dos Estados Unidos anunciaram na quarta-feira (16) que, nos próximos dois anos, as linhas aéreas do país terão que instalar um dispositivo especial no tanque de combustível de certos aviões.

A medida, que tem como objetivo evitar possíveis explosões, foi anunciada pela secretária de Transporte, Mary Peters, 12 anos depois que um Boeing 747 da TWA foi pelos ares devido a problemas no seu tanque de combustível, matando 230 pessoas.

Após a explosão, o avião, que decolara do aeroporto JFK, em Nova York, caiu sobre as águas do Atlântico, em frente a Long Island.

Fontes do Departamento de Transporte disseram que o dispositivo de segurança terá de ser instalado em aviões de passageiros e de carga que tenham tanques de combustível na parte do meio.

Por conta da medida, 2.730 aviões de passageiros da Airbus e da Boeing fabricados desde 1991 terão que ser adaptados à nova norma.

"Achamos que (a medida) salvará vidas", disse, em entrevista coletiva, Mark Rosenker, presidente da Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês).

Especialistas da NTSB que investigaram o acidente da TWA disseram que a explosão de 12 anos atrás foi provocada pela queima de oxigênio no tanque parcialmente vazio do Boeing, que, antes de decolar, havia ficado várias horas debaixo do sol.

Fonte: EFE

Vítimas não-identificadas tiveram enterro simbólico

Quatro das 199 vítimas do acidente da TAM não foram identificadas.

Objetos encontrados nos escombros foram sepultados por famílias.


Quatro das 199 vítimas do acidente do vôo 3054 da TAM, em 17 de julho do ano passado, não tiveram seus corpos identificados pelo Instituto Médico-Legal (IML). Após a angustiante espera pela identificação das vítimas, famílias decidiram realizar cerimônias e enterros simbólicos.

“Ficamos os três primeiros meses indo ao IML todos os dias e os funcionários nos diziam: ‘[O corpo] simplesmente sumiu’. Cada hora que o telefone tocava a gente achava que era do IML”, recorda Christiane Leite, tia da comissária Michelle Leite, de 26 anos.

Pouco mais de dois meses após o acidente, a família se reuniu no Cemitério do Carmo, na Zona Leste, para enterrar pertences da vítima recolhidos nos escombros do acidente, como meia-calça, sapatilha de bordo e objetos de higiene pessoal. E, mesmo após o enterro, os parentes ainda aguardavam os trabalhos do IML. “Acabou a esperança quando demoliram o prédio”, diz a tia da vítima, que defende punição aos culpados pela tragédia.

Saudade

A família de Jamille Azevedo Ponce de Leão, de 21 anos, que estava no vôo com o filho Levi, de um ano e oito meses, também viveu a ansiedade da identificação dos corpos. A irmã dela, Júlia Azevedo, de 27 anos, ainda tinha esperança de que as vítimas estivessem vivas até que vestígios do corpo de Jamille foram encontrados.

O corpo do sobrinho desapareceu no local do prédio da TAM Express, contra o qual o Airbus A320 se chocou em 17 de julho do ano passado. “Do Levi, foram enterradas em Manaus a mamadeira e a lancheirinha dele. Nunca vai fechar essa ferida.”

Agente de aeroporto em Fortaleza, Júlia Azevedo diz que, um ano após a tragédia, desenvolveu síndrome do pânico. “Hoje a gente procura mentalizar que a Jamille está viajando. A saudade é muito grande. Estamos em tratamento psicológico.”

A consultora gastronômica Eliane de Mello, de 40 anos, também não pôde enterrar o marido, o engenheiro Andrei François de Mello. Em janeiro passado, ela disse ao G1 ter decidido prestar uma homenagem a ele e reuniu amigos e familiares para uma celebração ecumênica. “Coloquei fotos de nossas viagens e de nossas brincadeiras. Não teve coroas e tocou uma música de quando a gente se conheceu. Foi muito simples, mas muito verdadeiro. Foi bem como ele gostaria, porque ele não gostava de tristeza.”

A família de outra vítima Ivalino Bonatto também recorreu a uma celebração simbólica. Centenas de pessoas acompanharam em outubro passado, três meses após o acidente, o enterro simbólico do executivo em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

Uma foto de Bonatto e um caixão coberto com um arranjo de flores, com bandeiras da cooperativa e do Internacional, clube para o qual ele torcia, foram colocados diante do altar. Depois da cerimônia religiosa, houve o sepultamento simbólico no Cemitério Parque Jardim do Vale.

Fonte: G1

Abelha é acusada de causar acidente de helicóptero nos EUA

Inseto picou o piloto, fazendo com que o piloto se distraísse.

Aparelho estava próximo ao chão e ninguém ficou ferido.

Autoridades do condado de Wood (Wisconsin Rapids, EUA) afirmaram nesta semana que um acidente de helicóptero em Oklahoma foi causado por uma abelha que, dentro da cabine, picou o piloto.

O delegado Ted Ashbeck disse que o helicóptero estava baixo no momento da picada e que o piloto não se feriu quando a cauda do aparelho bateu no chão, na sexta-feira (11). O helicóptero ficou bastante danificado.

Segundo Ashbeck, o piloto estava pulverizando uma área cheia de abelhas quando uma delas foi sugada para dentro do helicóptero. O inseto então picou Terry Solf, 65, fazendo com que ele se distraísse e causando o acidente. Não havia mais ninguém a bordo além do piloto, que voa há 30 anos.

Fonte: AP

Um ano da tragédia em Congonhas: programação de eventos

UM ANO DA TRAGÉDIA EM CONGONHAS - HOMENAGENS

PROGRAMAÇÃO DOS EVENTOS

Programação para o dia 17/07

“Juntos, em oração num local sagrado”.

Tema: “Árvore da vida, sinal do espírito do criador”

No local do acidente (em frente ao aeroporto)

18h30min Hasteamento da bandeira

18h45min Momento de oração No local do Memorial com minuto de silêncio no horário do acidente.

Esse momento será animado pelo Padre Juarez de Castro, considerado o novo fenômeno da comunicação da igreja católica no Brasil.

Presenças confirmadas:

Pastor Luterano Hermann Wille, integrante e fundador do Grupo Ecumênico, CONIC – Santo Amaro.

Pastor da Igreja da Paz, esteve presente por várias vezes nos momentos de oração deste nosso ano.

Pastor e Capelão da Aeronáutica Marcelo Coelho. Pastor da Igreja Presbiteriana da Esperança,participa desde o primeiro grupo de oração ,logo após o acidente, ainda no ‘ Blue Tree “,e está sempre pronto a nos apoiar.

Tenor Rinaldo Viana. Evangélico, é dono de uma voz potente e marcante .

Cantora Giovanna Maira, vencedora do Concurso Rosemary Kennedy 2006, realizado nos Estados Unidos. Deficiente visual, é uma jovem de muita fé e um exemplo de superação.

O tema abordado para este momento de oração será “ Árvore da vida ,sinal do espírito do criador “

Apoio da PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Levar capa de chuva e lanterna.

Programação para o dia 19/07

“Juntos, em oração na Catedral de SP”.

Praça da Sé

11h00min - 11h30min Ato Cívico na Sé.

11h45min - 12h00min Entrada dos familiares com 201 arranjos de flores que serão levadas até o altar

12h00min - Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal Arcebispo Dom Odilo Scherer

Celebração: Arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer.

Participação: Coral dos Arautos do Evangelho.

DEUS está sempre presente nas nossas homenagens e nossos amados estão também sempre nos nossos corações.

Programação para o dia 20/07

“Momento cultural pela valorização da vida”.

Local : Sala São Paulo Praça Júlio Prestes s/n , Luz


10h00min Abertura da casa com gesto concreto para a Toca de Assis (troca de ingresso por 1 kg de alimento não perecível )

10h30min Abertura da sala . "Momento Cultural pela Valorização da VIDA " com o Coral e Orquestra Allegro, sob a regência do Maestro Renato Misiuk

Entrega da homenagem "Tributo à VIDA ", um agradecimento ás pessoas que se solidarizaram com os familiares e apóiam a Caminhada pela Vida Verdade e Justiça.

Allegro Coral Orquestra

Regência Maestro Renato Misiuk

Domingo 20 de Julho de 2008 - 11h00min h Sala São Paulo - Estação Julio Prestes

Entrada: 1 kg de Alimento não perecível

Solistas convidados: Rinaldo Viana, Marlei Santos e Giovanna Maira

No Programa: Tchaikovsky, Verdi, Puccini, Gounod, Handel, Bocelli, Tom Jobin e Vinicius de Moraes

Apoio do Governo do Estado de São Paulo

Será um momento mágico de celebração da vida, no palco da mais respeitada casa de concerto do Brasil , a Sala São Paulo, na antiga Estação Julio Prestes.

Através da musica, o coral e orquestra Allegro estará homenageando a todos que se foram...

Além do Coral e Orquestra com 140 elementos , teremos a participação do talentoso tenor Rinaldo Viana, da soprano Marlei Santos, que é um dos destaques da temporada do musical Miss Saigon e da soprano Giovanna Maira que encantará a todos pela sua alegria, qualidade sonora e mensagem de superação.

No programa, obras de Tchaikovsky, Copland, Handel, Gounod, Andrea Bocelli e Vinicius de Moraes.

O Jovem Maestro Renato Misiuk define esse concerto sinfônico em forma de poema:

Musica, na alegria um alimento,
na tristeza um alento,
muito importante viver esse momento !


Falando um pouco das atrações:

Allegro Coral e Orquestra - Grupo com mais de 10 anos de história e formado por músicos e cantores com passagens nas principais orquestras do País, já realizou centenas de apresentações líricas em várias cidades, tanto em concertos, como em cerimônias. De formação erudita, o grupo tem a proposta de levar ao público versões modernizadas dos clássicos.

Renato Misiuk - Maestro titular e idealizador do Allegro Coral e Orquestra, desenvolve trabalho com música erudita em concertos sinfônicos e cerimônias. Formado pela Faculdade Mozarteum em regência, desenvolveu trabalho como instrumentista na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo por 16 anos e atuou nas melhores orquestras do Brasil, agora se dedicando ao trabalho de regência e produção musical. Em 2007, regeu a orquestra do “Prêmio Bravo de Música”, evento que premia os destaques da música popular e erudita do Brasil. Paralelamente, apóia projetos sociais com o Instituto Acorde, voltado ao ensino de música erudita para jovens carentes.

Marlei Santos - cantora e atriz.,já se apresentou em diversos países e participou de eventos como o Festival de Música de Birminghan e o Festival de Verão de Gramado e Canela. Recentemente atuou em “O Fantasma da Ópera”,no Teatro Abril, e atualmente faz parte do elenco do espetáculo “Miss Saigon”.

A cantora e instrumentista Giovanna Maira, venceu o concurso Rosemary Kennedy para jovens solistas com deficiência, realizado em Wasghinton, EUA no início do mês. Giovanna Maira foi selecionada na fase nacional pela “Associação Vida, Sensibilidade e Arte” para representar o Brasil, concorrendo com artistas de 86 países. Cheia de vida, aceitou de imediato o nosso convite.

Rinaldo Viana. Quando, ainda adolescente, ouviu Pavarotti cantar "Nessun Dorma" pela primeira vez, ficou deslumbrado e passou a interpretar clássicos da música lírica, temas da música pop com uma singularidade acima da média e resolveu encarar um desafio .

Todos eles aceitaram prontamente nosso convite e estão dedicados para que nossos amados sejam homenageados e para que se mostre a importância de se respeitar uma VIDA.

12h30min Mostra " Um ano pela Vida Verdade e Justiça "

Estaremos montando uma Mostra da nossa Caminhada pela Vida Verdade e Justiça na “Sala das Artes “ .

O bar café da Sala São Paulo estará em funcionamento para lanches rápidos.

Convidamos nossos amigos e familiares para este momento de homenagem,que fecha este nosso ano de luta,com uma programação cultural. Todas as pessoas que estão doando seu trabalho, músicos, cantores, maestro, pessoal da produção, pessoal de apoio, estão preparando tudo com muito carinho e dedicação.

Agradecemos a Deus por tudo que conseguimos e pedimos força para continuarmos a “Vida “.

Eventos AFAVITAM

Contamos com a participação de vocês.

As Vítimas do vôo 3054

Clique no link abaixo e veja os nomes - e as histórias por trás dos nomes - das vítimas do maior acidente aéreo do País:

CLIQUE AQUI

Recuperação judicial da Varig continuará até conclusão das obrigações

Nesta quarta-feira (16/7), o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio, indeferiu o pedido para o encerramento do processo de recuperação, solicitado pela Fundação Rubem Berta, ex-controladora da Varig.

Segundo o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), a Varig permanecerá em recuperação judicial até o cumprimento de todas as obrigações, se essas vencerem em até dois anos ou se não forem concluídas por motivos justificados.

De acordo com o juiz, é impossível o fim do monitoramento judicial enquanto não for finalizado o quadro geral de credores concursais e extraconcursais. Ele frisa ainda que o artigo 61 da Lei 11.101/05 não estabelece prazo para finalizar a atuação judicial. Porém, isso não significa que haverá uma prorrogação do período de recuperação.

“Na Assembléia Geral de Credores convocada para esta quarta, os credores, justificadamente, decidiram em suspendê-la porque não poderem deliberar sobre os assuntos pautados. Necessita-se da definição dos valores cujo quadro envolve uma infinidade de incidentes. A vontade dos credores, neste sentido, vai ao encontro da imperiosa necessidade de se aguardar o que foi combinado no Plano de Recuperação Judicial homologado por este juízo”, afirmou Ayoub na decisão.

Para ele, o atraso no cumprimento das obrigações não foi causado pelos credores, pois há uma complexidade quantitativa e qualitativa, envolvendo milhares de incidentes, que foram destacados em todos os relatórios elaborados pelo administrador judicial, responsável pelo Quadro Geral de Credores. São esses os problemas que dificultam a conclusão do processo.

Citou como exemplo o caso Parmalat, presidido pelo juiz Alexandre Lazarinni, de São Paulo. “Lá, o monitoramento também está em curso. Aguarda-se, da mesma forma, o integral cumprimento das obrigações pactuadas no Plano de Recuperação Judicial, em especial a formação do Quadro de Credores”, afirmou Ayoub.

Fonte: Última Instância

Aviões da Air Race voltam à Holanda

Na quarta corrida da temporada, americano tenta repetir vitória de 2005

A quarta corrida da temporada de 2008 marca o retorno do Red Bull Air Race à cidade porturária de Roterdã, na Holanda. Em 2005, 700 mil espectatores lotaram as margens do Rio Maas para assistir à vitória do americano Mike Mangold, que seria campeão naquele ano. Mangold está em terceiro lugar este ano, atrás do compatriota Kirby Chambliss e do britânico Paul Bonhomme, líder da competição. A fase classificatória será no sábado, dia 19, e a corrida no domingo.

Fonte: Globo Esporte.com

GTA alerta sobre os riscos à aviação no Amapá

O Grupo Tático Aéreo (GTA) - utilizado em operações de suporte aéreo em todo o estado do Amapá alerta à população sobre os riscos que podem comprometer a integridade dos agentes e causar acidentes graves com aeronaves em geral.

O número de pipas tem aumentado bastante com a chegada das férias escolares, e com isso aumentam também os acidentes ocasionados pela linha das Rabiólas - que já ocasionou uma série de problemas principalmente aos motoqueiros. São inúmeras as reclamações referentes a essa brincadeira que, a princípio, parece inofensiva. O perigo não é só para os motociclistas. De acordo com o GTA, o setor aéreo também se preocupa com a ameaça das Rabiólas e Papagaios, uma vez que os agentes do GTA chegam a expor o corpo para fora da aeronave durante as operações, e o risco de as linha causarem algum acidente é muito grande. As linhas com Cerol podem causar danos graves ao corpo dos operadores, principalmente em operações de Rapel, por exemplo.

Além das pipas, outros inimigos das aeronaves são os Urubus. Principalmente próximo das lixeiras públicas, a quantidade desses animais é muito grande, o que tem prejudicado seriamente o trabalho do GTA e o pouso e decolagem de outras aeronaves - devido ao perigo de serem sugados pelas turbinas. " O trabalho do GTA é fundamental no suporte às viaturas em terra, por isso não pode ter seu pouso e decolagem prejudicada; devido à quantidade de urubus em espaços próximos de lixeiras, o risco de acidentes é muito grande, mas isso não ocorre somente em áreas de lixeira pública; o perigo ocorre também próximos de terrenos cheios de entulho, onde a população costuma jogar coisas podres - o que acaba atraindo as aves" , disse um operador do GTA, explicando que as torres também representam um grande perigo à aviação; já que muitas delas não possuem sinalização noturna; "Em Macapá, existem várias mais que não atendem as normas de segurança; porém os proprietários e as operadoras das torres devem contribuir, providenciando uma iluminação adequada", concluiu. O GTA alerta ainda que todos acidentes que forem causados por uma torre sem iluminação, o responsável irá responder criminalmente.

Fonte: Carlos Lima - (Jornal do Dia)

Brasil e Reino Unido anunciam cooperação espacial

Satélite Amazônia-1, com lançamento previsto para 2010, será o primeiro satélite de recursos terrestres totalmente desenvolvido pelo Brasil e terá câmera britânica

Brasil e Reino Unido vão trabalhar juntos no espaço: o satélite brasileiro de observação da Terra Amazônia-1 incluirá a câmera britânica RALCam-3. A cooperação será concretizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Rutherford Appleton Laboratory – Science & Technology Facilities Council (RAL-STFC).

O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e pelo embaixador ro Reino Unido no Brasil, Peter Collecott, durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Campinas (SP).

O Amazônia-1, com lançamento previsto para 2010, será o primeiro satélite de recursos terrestres totalmente desenvolvido pelo Brasil e utilizará a Plataforma Multimissão-PMM de médio porte, também desenvolvida pelo Inpe e por indústrias brasileiras, no contexto do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB). O Amazônia-1 carregará, igualmente, um instrumento óptico com resolução espacial de 40 m e capacidade de imageamento de uma faixa de 780 quilômetros.

Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, a câmera RALCam-3 produzirá imagens com resolução da superfície terrestre de cerca de 12 metros e com 110 quilômetros de campo de visada. A tecnologia que será utilizada é inédita em satélites brasileiros e permitirá a geração de imagens com maior definição, aptas, por exemplo, a monitorar o meio ambiente e prover a gestão de recursos naturais.

Tais imagens poderão ser utilizadas em todo o mundo, pois o Brasil, por intermédio do Inpe, adota a política de dados livres, considerados bens públicos e disponibilizados gratuitamente pela internet.

Fonte: Agência Fapesp

Chávez se oferece para emprestar satélite "Simón Bolívar" aos EUA

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quarta-feira (16) que seu país lançará, dentro de três meses, um satélite de telecomunicações chamado Simón Bolívar.

- Em três meses a Venezuela lançará um satélite que se chamará Simón Bolívar e o emprestamos aos Estados Unidos se eles necessitarem, assim como lhes damos petróleo. Porque eles precisam de nós - disse o presidente.

Ele pediu aos EUA que "não se metam conosco, porque nós fazemos falta a eles" e, defendendo a unidade latino-americana, completou: "quanto mais unidos estejamos, menos se meterão conosco".

Chávez, junto a seu par equatoriano, Rafael Correa, constituíram ontem uma empresa mista para a construção de uma refinaria no Pacífico. O presidente venezuelano instou os Estados Unidos a retirar a IV Frota Naval, reativada para aumentar sua presença na América Latina e no Caribe.

- Eu recomendo a eles que recolham seus trastes. Prevejo um destino sombrio à IV Frota, porque vai se espatifar contra a nova época, contra os povos, contra a nova história - disse Chávez.

Fonte: Agência ANSA

Grupo retoma buscas a avião de Steve Fossett

Quase um ano após o desaparecimento do aventureiro e milionário Steve Fossett, que sumiu quando voava entre os estados de Nevada e Califórnia, um grupo liderado por outro aventureiro, o canadense Simon Donato, retomou as buscas nesta segunda-feira (14).

Fossett, 63 anos, que pilotava um Citabria Super Decathlon, desapareceu no dia 3 de setembro passado e não foi encontrado, apesar das intensas buscas, que mobilizaram 12 aviões e equipes de terra.

Em fevereiro passado, a pedido da mulher de Fosset, um juiz de Illinois declarou o aventureiro legalmente morto.

Fonte: AFP

Airbus concretiza a venda de cinco A321 à russa Aeroflot por US$ 464 milhões

A Airbus fechou a venda de cinco aeronaves A321 à companhia aérea russa Aeroflot, durante o Airshow de Farnborough (Inglaterra). A preços de tabela, o negócio pode atingir valor total de US$ 464 milhões.

A intenção da companhia russa é fortalecer sua frota de aeronaves de médio alcance com os aviões da fabricante européia.

Estamos muito felizes que a Aeroflot continue a expandir sua frota de médio alcance com a família A320 da Airbus, disse o executivo-chefe de Operações e Clientes da fabricante, John Leahy. Esse renovado voto de confiança prova que nosso produto se mantém na posição de liderança em seu segmento de mercado em termos de eficiência no uso de combustíveis, conforto aos passageiros e em seu impacto ambiental, acrescentou.

A Aeroflot foi a primeira companhia aérea da Rússia a utilizar aeronaves da Airbus, tendo recebido em 1992 uma aeronave A310. Ela também foi a primeira do país a utilizar aviões da família A320, em 2003. Atualmente, ela opera uma frota com 38 aparelhos dessa família de produtos da fabricante européia.

Além da Aeroflot, outras 12 companhias aéreas da Comunidade dos Estados Independentes (ex-União Soviética) utilizam aviões da Airbus, numa frota total de 100 aparelhos.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Airbus e chinesa HAIG criam joint venture para fabricar peças da família A320 na China

A Airbus fechou um contrato com a Harbin Aircraft Industry Group (HAIG) para a construção de uma fábrica de partes em material compósito e outros componentes aeronáuticos na China. A unidade será operada na forma de joint venture entre as duas companhias.

De acordo com a Airbus, a fábrica deverá ser inaugurada o início de 2009. A empresa européia terá 20% das ações da joint venture, sendo que os 80% restantes ficarão nas mãos da companhia chinesa, subsidiária da AVIC II.

O estabelecimento desse centro de manufatura em joint venture é mais um importante marco no relacionamento entre a HAIG e a Airbus, afirmou o presidente do conselho de diretores da HAIG, Pang Jian.

Pelo contrato, o centro irá produzir partes em material compósito e componentes aeronáuticos para a família A320 da fabricante européia. Ela também participará do processo de produção industrial em série de componentes do A350XWB, segundo a Airbus.

Em novembro do ano passado, a fabricante européia assinou um memorando de entendimento com a Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma da China, se comprometendo a destinar 5% da produção do A350XWB à indústria de aviação do país.

Esse projeto demonstra novamente o compromisso da Airbus com o desenvolvimento sustentável de longo prazo da indústria de aviação da China, disse o presidente da Airbus China, Laurence Barron. Vamos continuar expandindo nossa cooperação com a indústria de aviação chinesa no futuro, acrescentou durante evento no Airshow de Farnborough (Inglaterra), no qual foi formalizado o acordo.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

DAE Capital formaliza compra de 100 aeronaves da européia Airbus por US$ 12,9 bilhões

A Airbus fechou a venda de 100 aeronaves à empresa de leasing operacional Dubai Aerospace Enterprises (DAE) Capital. O contrato se segue à assinatura de memorandos de entendimento, em novembro do ano passado, durante o Airshow de Dubai. A preços de tabela, o negócio pode atingir valor total de US$ 12,9 bilhões. O contrato contempla a aquisição de 30 unidades do modelo A350-900XWB e 70 do modelo A320.

A DAE Capital tem a meta declarada de se tornar uma das líderes mundiais em leasing aeronáutico, se firmando como a principal companhia do tipo no Oriente Médio. Ela é subsidiária do Grupo DAE, que também opera e desenvolve aeroportos e presta serviços de engenharia e manufatura aeronáutica.

A DAE Capital construiu um negócio do zero e tem feito um progresso impressionante desde seu lançamento, disse o executivo-chefe da empresa, Bob Genise. Com a nossa equipe de administração com experiência comprovada na indústria e nosso plano de ação bem definido, a DAE Capital se tornará uma das líderes globais em leasing aeronáutico, acrescentou.

O pedido da DAE é um apoio tremendo a nossos produtos e na Airbus e agradecemos a eles por isso, disse o presidente e executivo-chefe da fabricante, Tom Enders. A Airbus espera fortalecer ainda mais essa parceria nos próximos anos, disse.

Os pedidos firmes foram confirmados durante o Airshow de Farnborough (Inglaterra), principal feira aérea do mundo, iniciada na segunda-feira.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Congonhas é alvo de críticas um ano após tragédia da TAM

O acidente com o avião da TAM em Congonhas, em julho do ano passado, expôs os problemas graves do aeroporto. Um ano depois, as medidas tomadas para melhorar Congonhas não garantem que tudo esteja bem.





Fonte: Globonews

Protestos e homenagens marcam um ano do acidente da TAM

Familiares das vítimas que morreram no vôo 3054 da TAM preparam protestos e homenagens para marcar um ano do acidente, em 17 de julho. Nesta quinta-feira, haverá um ato ecumênico no local onde o Airbus caiu, próximo ao Aeroporto de Congonhas, matando 199 pessoas. A missa deve começar às 18h, mas antes haverá uma caminhada. No domingo, a pedido dos próprios familiares, que organizaram a apresentação, haverá um concerto de música clássica na Sala São Paulo, espaço nobre da música paulista. O espetáculo vai misturar um tom de saudade e mensagens de superação.

- Eles não queriam um clima fúnebre, mas sim uma homenagem para valorizar a vida. Não dá para esquecer o que aconteceu, mas a intenção deles é lutar por uma vida melhor - diz o maestro Renato Misiuk, de 41 anos.

Ex-integrante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Misiuk dividiu a escolha do repertório com os familiares. Renato Misiuk vai ser acompanhado por 60 músicos e cem cantores do Allegro Coral e Orquestra. Todos dispensaram cachê para a homenagem.

- Nas nossas reuniões, quando eu colocava uma música para eles ouvirem, todos começavam a chorar e a contar suas histórias - diz

O repertório vai misturar composições eruditas de Verdi e Tchaikovsky à MPB de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

- Muita gente pode criticar a salada de repertório. Só que o concerto não se guia pela lógica refinada da música clássica, e sim pelas emoções dos familiares e do público. Mesmo quem não está acostumado a ir à Sala São Paulo vai se identificar com alguma canção - afirma.

- Alguns músicos estranharam a música "Ursinho Pimpão" (clássico infantil da Turma do Balão Mágico). Mas tinha uma adolescente que estava no vôo e andava com o ursinho. Para essa mãe, essa música é a principal do programa - diz.

As despesas para a viagem dos familiares devem ser pagas pela TAM. Nesta terça-feira, a Justiça obrigou a empresa a voltar a pagar passagens aéreas aos familiares das vítimas. Segundo despacho do desembargador Roberto Bedaque, da 22ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a empresa terá de custear passagens e estadia completa aos familiares das vítimas da tragédia que participam das reuniões mensais da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas (Afavitam) com as autoridades que investigam as causas do acidente.

O inquérito policial já tem 50 volumes, com mais de 13 mil páginas. Há depoimentos de 300 pessoas, análises de documentos, simulações de vôos e dados da caixa-preta. A gravação da caixa preta do Airbus A320 mostra que o co-piloto Henrique Stephanini e o comandante Kleyber Lima tentaram parar a aeronave, mas não tiveram sucesso. Os segundos finais do áudio são dramáticos.

Na gravação ouvem-se também muitos ruídos e conversas vindas de um outro vôo. A CPI do Apagão Aéreo divulgou a transcrição - não o áudio - dos segundos finais dessa conversa em agosto do ano passado, mas até agora, apenas autoridades e um grupo de pilotos e de parentes de vítimas tinham escutado toda a gravação.

Antônio Nogueira Neto é o perito em aviação da polícia paulista que vai assinar o laudo final sobre as causas do acidente. O perito explica que a caixa-preta do avião registrou o que é considerado pela polícia o principal problema: durante o pouso, um dos motores permaneceu em aceleração. Era o que estava com reverso pinado, travado.

- O problema dessa manete é que levou ao acidente. Elas deveriam ter sido puxadas pra trás e uma delas ficou lá em cima, acelerando. Agora a gente precisa ver o por quê. Descobrir se foi um erro humano ou um erro técnico ou uma combinação dos dois - diz Antônio Nogueira.

Como o avião estava acelerando, os spoilers - que ficam na parte de cima das asas e funcionam como freios aerodinâmicos - não atuaram. O áudio dos segundos finais revela a angústia dessa situação, até o momento da batida no prédio da TAM Express. Segundo a investigação, há ainda outros fatores que contribuíram para o maior acidente aeronáutico do Brasil.

- Uma hora e quarenta minutos antes do acidente, essa pista chegou a ser interditada. Dois funcionários da Infraero, sem qualquer instrumento, depois de 12 minutos, liberaram a pista - relata o delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa.

O delegado diz ainda que sete meses antes da tragédia, a Anac - a Agência Nacional de Aviação Civil - divulgou em seu site esta norma: "Em pista molhada, a tripulação deve usar o máximo reverso". No avião da TAM, com um dos reversos travado, isso seria impossível.

- A Anac sabia da norma, as operadoras sabiam da norma, e conseqüentemente se ela fosse respeitada não teria ocorrido o acidente - conclui o delegado.

Fontes: O Globo / Diário de S.Paulo

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Dois aviões fazem aterrissagem de emergência em Rochester, EUA

Dois aviões realizaram pousos de emergência no Aeroporto Internacional de Rochester, no estado de Nova York, nos EUA, na quarta-feira (16) pela manhã.

Num vôo da United Express na rota de Chicago, Illinois e Providence, Rhode Island, foi detectada fumaça no cockpit da aeronave por volta das 10:00 (hora local). A fumaça foi dissipada logo após a aterrissagem do avião. A causa foi um problema com o ar condicionado. Todos os 66 passageiros e 4 tripulantes saíram do avião em segurança.

Pouco antes das 12 horas, um pequeno avião Merlin vindo de da Guarda Nacional de Syracuse fez também uma aterrissagem de emergência em razão de problemas hidráulicos. Todos a bordo saíram de forma segura.

"Vamos errar sempre do lado da segurança. Alguém poderia dizer que nós exageramos, mas não há nada com a pequena aeronave. Se um piloto tiver qualquer problema, ele solicita e nós estamos lá", disse o diretor do Aeroporto, Dave Damelio.

Fontes: Rochesterhomepage.net / WROC-TV

Justiça manda TAM custear passagens de parentes de vítimas de acidente

Decisão foi dada por desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo na terça-feira (15).

Empresa terá que pagar passagens e hospedagem para familiares de vítimas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liminar à Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM (Afavitam) obrigando a companhia aérea à custear passagens e estadia completa aos familiares das vítimas do acidente com o Airbus A320 que fazia o vôo JJ 3054 no dia 17 de julho de 2007.

As despesas serão pagas pela empresa para que os parentes possam participar das reuniões mensais da associação, que ocorrem em São Paulo. A decisão foi dada pelo desembargador Roberto Bedaque, da 22ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP na terça-feira (15).

A liminar foi solicitada pela associação porque, segundo a Afavitam, a TAM deixou de bancar as despesas dos parentes que entraram com ação judicial contra ela. Logo após o acidente, que deixou 199 pessoas mortas, a companhia aérea se comprometeu em pagar todas as despesas aéreas e de estadia dos parentes das vítimas. De acordo com a associação, a TAM teria informado as famílias por meio de um e-mail, em abril passado, que não custearia mais transporte e hospedagem dos parentes que acionassem a companhia.

Na decisão desta terça, Bedaque considerou a restrição “abusiva”. O desembargador fixou ainda uma multa diária de R$ 1.000 para o caso de descumprimento da liminar.

A reportagem do G1 entrou em contato com a assessoria da TAM, mas até a publicação desta notícia não havia recebido resposta.

Acidente

No dia 17 de julho um avião da TAM se chocou contra um prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, e pegou fogo matando 199 pessoas.

A aeronave, um Airbus A320, vôo JJ 3054, partiu de Porto Alegre às 17h16 e pousou em São Paulo às 18h48. Percorreu toda a pista, virou à esquerda e atravessou uma avenida antes de bater no prédio, onde a companhia aérea mantinha um depósito. O acidente foi o maior da aviação no país.

Fonte: G1

Força-tarefa agiliza indenização por acidente da TAM

A TAM fechou acordo, diretamente, com famílias de 78 vítimas do maior acidente aéreo do País

O acidente com o vôo 3054 da TAM entrou para a história como a maior tragédia aérea do País. Quase um ano depois, entra para a história do Direito nacional com uma experiência inovadora de negociação e pagamento de indenizações: a Câmara de Indenização 3054, instalada em abril. Com procura tímida, mas crescente, fechou três acordos - outros nove estão em andamento. A TAM fechou acordo, diretamente, com famílias de 78 vítimas. Ainda segundo a companhia, 58 famílias a processam nos Estados Unidos e 10 no Brasil. Das 199 famílias, 53 não tomaram providência.

Da experiência com a cratera do Metrô de São Paulo, a Defensoria Pública trouxe a inquietação de que, sem parâmetros de valores, as indenizações seriam desiguais. "Naquela ocasião, levou mais quem chorou mais e teve condições de renda melhores para agüentar o desgastante processo de negociação", diz a defensora Renata Tybiriçá, uma das responsáveis pela negociação.

O Ministério Público Estadual (MPE) e o Procon também colocaram à TAM a necessidade de uma alternativa às ações judiciais. Mas veio do Ministério da Justiça a idéia da força-tarefa. O chefe de gabinete da Secretaria de Direito Econômico, Diego Faleck, acabava de voltar dos EUA, onde fez pós-graduação em formas alternativas de resolução de conflitos. Na Universidade Harvard, estudou a metodologia americana para indenizar vítimas do 11 de Setembro. "Cerca de 3 mil pessoas fizeram acordo. O governo bancou tudo e depois foi se entender com empresas aéreas", diz.

No Brasil, como o problema era com empresa privada, as três instituições entraram para dar legitimidade às negociações. "O objetivo era criar um programa eficiente e célere para atender várias pessoas de forma igual", explica Faleck. "O mais difícil foi fixar bons parâmetros de valores, porque a alternativa que queríamos oferecer teria de ser vantajosa não só do ponto de vista da rapidez, mas também da quantia", diz Renata. No começo, a TAM quis fixar teto para indenizações, mas o grupo conseguiu que a empresa aceitasse um parâmetro maior do que a jurisprudência da Justiça brasileira, o que representa o triplo da proposta inicial. Para fechar o acordo, basta comprovar parentesco ou vínculo financeiro com documentos, e o dinheiro sai em dois meses. Mas, em abril, a maior parte já tinha tomado alguma providência.

Fonte: Laura Diniz (O Estado de S. Paulo)

Família de vítimas de acidente luta por aviação segura

Há um ano, o Brasil assistia impassível ao maior acidente da aviação civil brasileira. No dia 17 de julho de 2007, o vôo JJ3054 da TAM pousou em Congonhas às 18h45 vindo de Porto Alegre, e depois se chocou contra um prédio situado ao lado do aeroporto. Para homenagear as 199 vítimas da tragédia, dezenas de familiares se reúnem em São Paulo a partir de amanhã e até o dia 20, realizam diversas atividades.

Em Natal, a missa de um ano será rezada às 19h, na igreja de Mirassol, em atenção à família do empresário potiguar Ivanaldo Arruda Cunha, à época com 51 anos, que foi completamente dizimada no acidente. Ele viajava com a mulher, a paulista Zenilda Otília dos Santos (que estava com 44 anos) e os dois filhos, Caio Felipe (13) e Ana Carolina dos Santos Cunha. Em entrevista concedida à TRIBUNA DO NORTE, o sobrinho do potiguar, Leonardo Nobre, afirmou que a luta dos familiares não está focada no processo indenizatório, mas é uma luta pela vida dos passageiros que utilizam o sistema de transporte aéreo.

Leonardo Nobre diz que a luta dos familiares não está focada no processo indenizatório

Os familiares das vítimas do vôo JJ3054 criaram uma associação. Qual o objetivo da entidade?

O principal propósito da organização é buscar a verdade. Quando nos reunimos com os familiares, tentamos entender o que realmente aconteceu no dia 17 de julho. Os encontros mensais acabam funcionando também como terapia para as famílias que se encontram na mesma situação. A nossa maior preocupação é saber quem são os principais culpados pelo acidente.

As famílias foram indenizadas? A associação também está conduzindo os processos indenizatórios?

A associação não tem como foco o processo indenizatório. Algumas famílias já resolveram essa questão, entraram em acordo. Outras colocaram a TAM na justiça e algumas, como é o caso da minha família, ainda não decidiram nada. Existem quatro vias de indenização: fazer acordos; ou através da justiça americana, porque a Airbus é americana; pela justiça brasileira; e ainda através de uma câmara indenizatória extra-judicial, cujos trâmites são mais rápidos, porém, a TAM fixou teto de mil salários mínimos. Tem famílias que perderam seus provedores, esse valor não se aplica à maioria dos casos.

Vocês se reúnem desde o acidente e a luta dos familiares é pela verdade e por justiça. De que forma o grupo se mobiliza?

O nosso principal medo era de que a culpa recaísse para os pilotos. Nós corremos atrás das novidades, procuramos saber todos os detalhes do inquérito, fomos a Brasília, acompanhar a CPI do apagão aéreo. Nossa maior luta é pela vida, pela segurança do transporte aéreo. Só vamos relaxar quando o transporte aéreo for realizado com segurança no Brasil, para o passageiro e para o tripulante.

Os seus tios deixaram negócios em Natal e em São Paulo. A família providenciou inventário?

Minha mãe continuou trabalhando no posto de gasolina, em Nova Parnamirim. Em São Paulo, um administrador toma conta dos imóveis do meu tio. Até agora não foi feito o inventário porque é tudo muito desgastante. Lidar com isso é muito ruim porque nos faz lembrar do fato, da tragédia.

Os familiares das vítimas têm receio de viajar de avião?

Eu sou tranqüilo, mas minha mãe fica angustiada, principalmente quando o avião está se preparando para pousar. Ela detesta ter que viajar, mas se esforça para participar das reuniões da associação, para não deixar morrer a causa. Os meus tios não viajam, ficaram com muito medo, é tanto que apenas eu e minha mãe fomos ao enterro.

Como é a relação dos familiares com a TAM?

Lidar com a TAM não é fácil. Ela posa de boazinha na mídia, divulga que concede direitos para as famílias das vítimas, mas todos os direitos que gozamos foram conquistados a duras penas. Tem uma senhora, dona Sílvia, mãe da vítima Paulinha, que leva nossas reivindicações para o dono da empresa. Eles concedem passagens e hospedagem todos os meses somente para as famílias que não entraram na justiça contra a TAM. Para os familiares debilitados, eles garantiram dois anos de plano de saúde e reembolso dos medicamentos. Muita gente está debilitada até hoje, como minha mãe, que preferiu não receber a imprensa porque está muito triste, principalmente porque a data está se aproximando.

Para as homenagens em torno de um ano da tragédia, a TAM também está tratando com indiferença as famílias que entraram na justiça? Ou todo mundo teve as despesas custeadas pela empresa?

Estaremos todos em São Paulo, cumprindo uma agenda de programação que começa às 18h45 de amanhã, no local do acidente, com ato ecumênico para homenagear todas as vítimas, e promoveremos atividades até domingo. Montamos um memorial itinerante, com material sobre todas os 199 pessoas que desapareceram de maneira tão trágica. Conseguimos um espaço na Sala São Paulo, na estação Júlio Prestes e também faremos um evento na Catedral da Sé. Em princípio, a TAM se negou a custear as despesas das famílias que estão em processo judicial, mas após um mês pedindo, a empresa resolver ceder. Algumas pessoas já haviam até comprado as passagens, mesmo estando em situação difícil. Acho que eles concluíram que o descaso iria repercutir mal na imprensa. E ainda mais, ofereceram hospedagem cinco estrelas, porque sabem que a imprensa vai nos procurar no hotel.

Você fala sempre em memorial para as vítimas. Esse é o principal desejo da associação?

A criação do Memorial para as Vítimas do Vôo JJ3054 é nossa principal reivindicação por um motivo muito especial. Das 199 vítimas, quatro não foram encontradas. Para as famílias daquelas pessoas, aquele lugar é sagrado. É o lugar do último adeus. É o lugar onde elas de fato desapareceram. A prefeitura de São Paulo nos apóia bastante, o pessoal do Sul também. Em frente ao aeroporto de Porto Alegre, foi doado um espaço onde foram plantadas 199 árvores, é o Largo da Vida. Mais uma vez eu afirmo que só vamos relaxar quando sentirmos que existe segurança no transporte aéreo.

Fonte: Eliade Pimentel (Tribuna do Norte) - Foto: Elisa Elsie