Em meio à forte crise de crédito internacional, a TAM acaba de obter a terceira parcela de um empréstimo de US$ 525 milhões para financiar a importação de quatro aviões da marca Boeing modelo 777-300 ER, com capacidade para 360 pessoas. A quarta e última parcela do financiamento será desembolsada também neste mês, diz José Maluf, diretor de contratos internacionais da TAM.
A estrutura do empréstimo garantiu conforto aos bancos participantes e custos atrativos e prazos longos para a TAM. O prazo final é de 12 anos, com pagamentos trimestrais. Segundo Maluf, os juros ficaram abaixo da Libor, taxa interbancária de Londres.
Trata-se de um leasing financeiro com seguro do Ex-Im Bank, agência de crédito à exportação do governo dos Estados Unidos, que cobre 85% do risco do empréstimo, de acordo com Paulo César Souza, diretor comercial do Société Générale, que estruturou a operação. " Conseguimos reduzir o custo para a empresa usando de benefícios com os acordos de bitributação do Brasil com outros países " , afirmou ele, sem querer revelar detalhes da estrutura para a concorrência. Os outros dois bancos líderes são Calyon e Natixis.
As duas primeiras partes do empréstimo ingressaram no caixa da empresa em agosto e outubro, quando a TAM recebeu os dois primeiros aviões. O último Boeing 777-300 ER financiado pelos US$ 525 milhões chega ao país em janeiro, diz a TAM.
" Estamos em contato com vários bancos e todos estão fechados para este ano; ninguém quer assumir mais nada " , afirmou Maluf. Por isso, ele vai deixar para o primeiro trimestre do ano que vem a contratação do crédito para a importação de mais um avião dos seis que vai trazer ao país em 2009. " Os outros cinco já têm financiamento contratado " , afirma o executivo.
Segundo ele, apesar dos tempos difíceis, a TAM não encontrou dificuldades em financiar sua frota neste ano. Obteve outros US$ 500 milhões em financiamentos para a importação de nove aeronaves, sempre por meio de empréstimos com a participação das agências de crédito à exportação. " A Airbus se dispõe a nos financiar desde 2005, mas não precisamos recorrer a isso " , diz Maluf.
Segundo Souza, neste momento de alta forte nos prêmios de risco de crédito nos mercados internacionais, os custos das agências de crédito à exportação se tornaram atrativos, pois são mais estáveis e não subiram com a crise. Para os bancos, o seguro das agências dos países ricos permite a redução do risco e da alocação de capital, além de ampliar o retorno.
Para 2009, a prioridade da TAM é manter o caixa elevado, diz Maluf. A empresa não tem nenhum vencimento relevante de dívida externa: seus eurobônus de US$ 300 milhões vencem em 2017. Em seu balanço do terceiro trimestre último, o caixa da empresa era de R$ 2,1 bilhões. A dívida de curto prazo era de R$ 836 milhões e a de longo prazo, de R$ 1,7 bilhão. Como a empresa vai devolver aviões MD-11 e outras aeronaves, essa dívida de curto prazo vai cair e a de longo, crescer, informa Maluf.
Fonte: Cristiane Perini Lucchesi (Valor Econômico)
A estrutura do empréstimo garantiu conforto aos bancos participantes e custos atrativos e prazos longos para a TAM. O prazo final é de 12 anos, com pagamentos trimestrais. Segundo Maluf, os juros ficaram abaixo da Libor, taxa interbancária de Londres.
Trata-se de um leasing financeiro com seguro do Ex-Im Bank, agência de crédito à exportação do governo dos Estados Unidos, que cobre 85% do risco do empréstimo, de acordo com Paulo César Souza, diretor comercial do Société Générale, que estruturou a operação. " Conseguimos reduzir o custo para a empresa usando de benefícios com os acordos de bitributação do Brasil com outros países " , afirmou ele, sem querer revelar detalhes da estrutura para a concorrência. Os outros dois bancos líderes são Calyon e Natixis.
As duas primeiras partes do empréstimo ingressaram no caixa da empresa em agosto e outubro, quando a TAM recebeu os dois primeiros aviões. O último Boeing 777-300 ER financiado pelos US$ 525 milhões chega ao país em janeiro, diz a TAM.
" Estamos em contato com vários bancos e todos estão fechados para este ano; ninguém quer assumir mais nada " , afirmou Maluf. Por isso, ele vai deixar para o primeiro trimestre do ano que vem a contratação do crédito para a importação de mais um avião dos seis que vai trazer ao país em 2009. " Os outros cinco já têm financiamento contratado " , afirma o executivo.
Segundo ele, apesar dos tempos difíceis, a TAM não encontrou dificuldades em financiar sua frota neste ano. Obteve outros US$ 500 milhões em financiamentos para a importação de nove aeronaves, sempre por meio de empréstimos com a participação das agências de crédito à exportação. " A Airbus se dispõe a nos financiar desde 2005, mas não precisamos recorrer a isso " , diz Maluf.
Segundo Souza, neste momento de alta forte nos prêmios de risco de crédito nos mercados internacionais, os custos das agências de crédito à exportação se tornaram atrativos, pois são mais estáveis e não subiram com a crise. Para os bancos, o seguro das agências dos países ricos permite a redução do risco e da alocação de capital, além de ampliar o retorno.
Para 2009, a prioridade da TAM é manter o caixa elevado, diz Maluf. A empresa não tem nenhum vencimento relevante de dívida externa: seus eurobônus de US$ 300 milhões vencem em 2017. Em seu balanço do terceiro trimestre último, o caixa da empresa era de R$ 2,1 bilhões. A dívida de curto prazo era de R$ 836 milhões e a de longo prazo, de R$ 1,7 bilhão. Como a empresa vai devolver aviões MD-11 e outras aeronaves, essa dívida de curto prazo vai cair e a de longo, crescer, informa Maluf.
Fonte: Cristiane Perini Lucchesi (Valor Econômico)
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