Foi divulgado o registro desesperado de um acidente de avião. São os últimos instantes da tripulação do jato executivo que caiu, há um ano e meio, em São Paulo. Piloto e copiloto morreram. Seis pessoas que estavam no solo também.
A perícia diz que foi falha humana. O laudo sobre o acidente diz que o piloto não executou procedimentos básicos. Ele teria deixado o copiloto, que ainda estava em treinamento, fazer uma série de tarefas. E um erro no posicionamento do combustível teria derrubado o avião.
As 330 páginas do laudo concluído pelo Instituto de Criminalística de São Paulo reconstituíram o acidente, desde os momentos que antecederam a decolagem.
Em novembro de 2007, um Learjet decolou do aeroporto Campo de Marte e caiu, logo em seguida, sobre um bairro residencial na Zona Norte de São Paulo. Além dos dois tripulantes, seis moradores morreram.
Para apontar o que provocou a queda, os peritos usaram depoimentos, os destroços e as peças que sobraram do jato, como a caixa-preta.
Segundo a perícia, antes dos motores serem acionados, o comandante Paulo Roberto Montezuma falava ao celular, fora da cabine. O copiloto Alberto Soares Junior, que ainda estava em fase de instrução, fez todos os procedimentos, dentro da cabine. Ele mesmo estava no controle no momento da decolagem.
Gravações retiradas da caixa-preta mostram que todos os contatos com a torre de controle do Campo de Marte também foram feitos pelo copiloto. Enquanto esperava autorização para o voo, Soares Junior comentou sobre o pouso de outro avião.
Às 14h18, a torre autorizou a decolagem. Ao subir, o correto seria que o avião fizesse uma curva para a esquerda. Mas, foi para a direita.
Para os peritos, havia mais combustível em uma asa do que na outra, o que provocou desequilíbrio. A controladora de voo percebeu o erro na trajetória: "Curva à esquerda após a decolagem".
A gravação da caixa-preta também revela os últimos momentos dentro do avião. Desesperado, o comandante chamou a atenção do copiloto, que controlava o jato. O Bom Dia Brasil retirou do som os trechos com palavrões: "Não vem rápido, vem devagar, traz devagar. Não perde o eixo. Está desbalanceado. Arruma esse combustível pra mim. Vou morrer. O que você fez?"
No laudo, o Instituto de Criminalística aponta a seguinte conclusão: "O comandante da aeronave encontrava-se gerenciando várias tarefas ao mesmo tempo. Absteve-se de executar procedimentos corretos e exigidos em check-list, na preparação da aeronave para a partida dos motores e a decolagem".
"Muito provavelmente ocorreu uma falha humana pela não realização do check-list por parte do comandante e do copiloto. Neste caso não existem culpados, tecnicamente falando, porque os dois que foram responsabilizados pelo acidente estão mortos e faleceram em decorrência dele", diz a delegada Elisabete Sato.
Segundo a polícia, uma das pessoas feridas no acidente não aceitou acordo com a empresa aérea. O avião atingiu três casas. Uma foi toda reformada. As outras duas estão vazias. Os donos receberam indenizações e foram embora do local.
Fonte: Bom Dia Brasil via Gazeta Online
A perícia diz que foi falha humana. O laudo sobre o acidente diz que o piloto não executou procedimentos básicos. Ele teria deixado o copiloto, que ainda estava em treinamento, fazer uma série de tarefas. E um erro no posicionamento do combustível teria derrubado o avião.
As 330 páginas do laudo concluído pelo Instituto de Criminalística de São Paulo reconstituíram o acidente, desde os momentos que antecederam a decolagem.
Em novembro de 2007, um Learjet decolou do aeroporto Campo de Marte e caiu, logo em seguida, sobre um bairro residencial na Zona Norte de São Paulo. Além dos dois tripulantes, seis moradores morreram.
Para apontar o que provocou a queda, os peritos usaram depoimentos, os destroços e as peças que sobraram do jato, como a caixa-preta.
Segundo a perícia, antes dos motores serem acionados, o comandante Paulo Roberto Montezuma falava ao celular, fora da cabine. O copiloto Alberto Soares Junior, que ainda estava em fase de instrução, fez todos os procedimentos, dentro da cabine. Ele mesmo estava no controle no momento da decolagem.
Gravações retiradas da caixa-preta mostram que todos os contatos com a torre de controle do Campo de Marte também foram feitos pelo copiloto. Enquanto esperava autorização para o voo, Soares Junior comentou sobre o pouso de outro avião.
Às 14h18, a torre autorizou a decolagem. Ao subir, o correto seria que o avião fizesse uma curva para a esquerda. Mas, foi para a direita.
Para os peritos, havia mais combustível em uma asa do que na outra, o que provocou desequilíbrio. A controladora de voo percebeu o erro na trajetória: "Curva à esquerda após a decolagem".
A gravação da caixa-preta também revela os últimos momentos dentro do avião. Desesperado, o comandante chamou a atenção do copiloto, que controlava o jato. O Bom Dia Brasil retirou do som os trechos com palavrões: "Não vem rápido, vem devagar, traz devagar. Não perde o eixo. Está desbalanceado. Arruma esse combustível pra mim. Vou morrer. O que você fez?"
No laudo, o Instituto de Criminalística aponta a seguinte conclusão: "O comandante da aeronave encontrava-se gerenciando várias tarefas ao mesmo tempo. Absteve-se de executar procedimentos corretos e exigidos em check-list, na preparação da aeronave para a partida dos motores e a decolagem".
"Muito provavelmente ocorreu uma falha humana pela não realização do check-list por parte do comandante e do copiloto. Neste caso não existem culpados, tecnicamente falando, porque os dois que foram responsabilizados pelo acidente estão mortos e faleceram em decorrência dele", diz a delegada Elisabete Sato.
Segundo a polícia, uma das pessoas feridas no acidente não aceitou acordo com a empresa aérea. O avião atingiu três casas. Uma foi toda reformada. As outras duas estão vazias. Os donos receberam indenizações e foram embora do local.
Fonte: Bom Dia Brasil via Gazeta Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário