quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Medidas para evitar novo caos aéreo

E os aeroportos? O próprio governo reconheceu que, no fim do ano, a situação pode piorar. O Ministério da Defesa preparou um plano preventivo e anunciou multas para evitar atrasos. O passageiro prejudicado vai ter uma compensação.

E os aeroportos? O próprio governo reconheceu que, no fim do ano, a situação pode piorar. O Ministério da Defesa preparou um plano preventivo e anunciou multas e indenizações para evitar atrasos. O passageiro prejudicado vai ter uma compensação. Dependendo do tamanho do atraso, o passageiro terá direito a receber de volta parte do dinheiro gasto com a passagem aérea.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, também anunciou um aumento nas taxas que as empresas pagam para deixar os aviões parados nos aeroportos. Mas alguns analistas desconfiam da eficiência dessas medidas.

Os passageiros já vão sentir as mudanças antes do Natal, com a publicação de uma medida provisória. As primeiras medidas do pacote determinam que as empresas aéreas terão que ressarcir os passageiros nos casos de atrasos maiores do que meia hora.

Haverá uma tabela para o pagamento: o passageiro receberá 5% do valor do bilhete se o atraso variar de 30 minutos a uma hora; 10% por duas horas; entre duas e três horas de atraso, 20%; de três a quatro horas, 30%; de quatro a cinco horas, 40%; e se o atraso passar de cinco horas, o passageiro recebe de volta metade do valor da passagem.

A própria companhia aérea vai informar ao passageiro o tempo de atraso. Será calculada a diferença entre a hora do pouso e a hora prevista para a aterrissagem. O ressarcimento poderá ser em dinheiro ou em créditos para uma próxima viagem, como se fosse um sistema de milhagem.

"A única diferença de um sistema de milhagem é que esses créditos não têm restrição para emitir o bilhete. A empresa não pode estabelecer cota para passagens desse tipo. Todos os acentos têm que estar disponíveis para esse tipo de bilhete", explica a diretora da Anac, Solange Vieira.

Outra medida anunciada pelo ministro Nelson Jobim prevê a mudança nas tarifas pagas pelas companhias áreas para utilização das áreas dos aeroportos. A partir de março, os terminais mais movimentados devem ficar mais caros. A idéia é liberar espaço para os vôos domésticos.

Atualmente, os aviões que só decolam à noite passam o dia todo estacionados no pátio. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, a tarifa deve aumentar em 5.200%. Com o reajuste, o governo quer forçar as companhias a usarem o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro."

As ordens que foram dadas expressamente pelo presidente da república ao presidente da Infraero, Dr. Sérgio Galdez, é exatamente ter uma prioridade absoluta em relação ao terminal Tom Jobim", afirma o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Mas o professor de Transportes Aéreos da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Leal Medeiros, diz que a operação não é tão simples.

“A maior demanda do tráfego aéreo brasileiro está nos aeroportos de São Paulo. Você forçar um passageiro que queira vir para São Paulo a fazer uma baldeação no Rio de Janeiro, é uma coisa meio desagradável", comenta o engenheiro.

Em Congonhas, a taxa de permanência pode aumentar até 16.000%. Como, pelo menos, metade das aeronaves fica no chão por mais de 45 minutos, as companhias aéreas já analisam impactos na contabilidade e possíveis aumentos nas passagens aéreas.


Fonte: Bom Dia Brasil

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