Forças iemenitas procuram por supostos militantes da al-Qaeda que estariam envolvidos numa conspiração para bombardear alvos judaicos em Chicago. A ação foi descoberta pela interceptação, na Grã-Bretanha e em Dubai, de pacotes com explosivos enviados a partir de Iêmen . Até o momento, no entanto, nenhum grupo reivindicou responsabilidade pela ameaça.
"O pacote foi preparado de maneira profissional, onde um circuito elétrico fechado foi conectado a um cartão de telefone celular escondido no interior da impressora", disse um comunicado da polícia de Dubai.
Em discurso em Washington, o presidente Barack Obama se referiu aos incidentes como uma "ameaça crível" para os EUA e prometeu aumentar a segurança pelo tempo necessário. Segundo o presidente, as autoridades americanas não vão poupar esforços para determinar a real fonte do material explosivo e os responsáveis por qualquer complô que possa existir.
- Nós sabemos que a al-Qaeda na Península Arábica continua a planejar ataques contra nosso território, nossos cidadãos, nossos amigos e aliados - disse.
Os pacotes eram destinados a centros judaicos de Chicago. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse, no entanto, que nenhum dos destinatários fica perto da casa de Obama na cidade.
Um dos pacotes estava a bordo de um avião cargueiro da empresa United Parcel Service no aeroporto de East Midlands, a cerca 150 quilômetros de Londres. O outro foi achado num depósito da transportadora FedEx em Dubai.
Como medida adicional de segurança, a FedEx embargou todos os carregamentos oriundos do Iêmen, como disse Maury Lane, porta-voz da empresa. Segundo ele, o pacote com explosivo nunca esteve em um avião da companhia, que não faz voos para o Iêmen.
Em alerta, jatos militares chegaram a escoltar em território americano um voo da companhia aérea Emirates vindo de Dubai e com um pacote do Iêmen. Após a aterrissagem no aeroporto John F. Kennedy, foi confirmado que não havia qualquer carga do Iêmen na aeronave.
Aviões cargueiros e caminhões em várias cidades americanas foram inspecionados depois que investigadores encontraram os dois pacotes. Outras 11 embalagens consideradas suspeitas foram checadas, mas nada perigoso foi encontrado.
Responsável por pacotes teria ligação com terror
Uma fonte da inteligência britânica citada pela CNN diz que o endereço que estava nas embalagens apreendidas é de uma área de Chicago onde se concentram sinagogas.
Após o pronunciamento de Obama, a Casa Branca confirmou que a Arábia Saudita ajudou a identificar a origem e o destino dos pacotes.
Após o incidente, o Departamento de Segurança Interna dos EUA decidiu elevar o nível de alerta nos aeroportos do país e reforçar as medidas de segurança em terminais.
A Casa Branca diz que o presidente Barack Obama foi notificado sobre uma "potencial ameaça terrorista" já na noite de quinta-feira.
Iêmen: terreno fértil para o terrorismo
Além de levar de volta aos EUA e ao Reino Unido a ameaça concreta do terror, o episódio faz emergir, ainda, a preocupação com a crescente influência de extremistas da al-Qaeda sobre o Iêmen. Nos últimos anos, diversos analistas apontam para o risco de o país transformar-se num novo Afeganistão.
Encravado na ponta da Pensínsula Arábica, o pequeno país do Oriente Médio abriga milícias armadas separatistas, conta uma população religiosa e conservadora - composta de 52% de xiitas e 46% de sunitas - , e uma sociedade de valores tribais que se sobrepõem ao enfraquecido governo de Sana.
Com os índices de desemprego beirando os 40% e o controle do Estado limitado, basicamente, aos arredores da capital, o país torna-se terreno fértil para a ação da al-Qaeda e o recrutamento de novos extremistas. O primeiro ataque internacional da al-Qaeda, aliás, ocorreu no Iêmen, quando uma embarcação-bomba explodiu junto ao destroier americano USS Cole, matando 17 americanos no Golfo do Áden em outubro de 2000.
Fonte: O Globo (com agências internacionais) - Imagem: AFP
"O pacote foi preparado de maneira profissional, onde um circuito elétrico fechado foi conectado a um cartão de telefone celular escondido no interior da impressora", disse um comunicado da polícia de Dubai.
Em discurso em Washington, o presidente Barack Obama se referiu aos incidentes como uma "ameaça crível" para os EUA e prometeu aumentar a segurança pelo tempo necessário. Segundo o presidente, as autoridades americanas não vão poupar esforços para determinar a real fonte do material explosivo e os responsáveis por qualquer complô que possa existir.
- Nós sabemos que a al-Qaeda na Península Arábica continua a planejar ataques contra nosso território, nossos cidadãos, nossos amigos e aliados - disse.
Os pacotes eram destinados a centros judaicos de Chicago. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse, no entanto, que nenhum dos destinatários fica perto da casa de Obama na cidade.
Um dos pacotes estava a bordo de um avião cargueiro da empresa United Parcel Service no aeroporto de East Midlands, a cerca 150 quilômetros de Londres. O outro foi achado num depósito da transportadora FedEx em Dubai.
Como medida adicional de segurança, a FedEx embargou todos os carregamentos oriundos do Iêmen, como disse Maury Lane, porta-voz da empresa. Segundo ele, o pacote com explosivo nunca esteve em um avião da companhia, que não faz voos para o Iêmen.
Em alerta, jatos militares chegaram a escoltar em território americano um voo da companhia aérea Emirates vindo de Dubai e com um pacote do Iêmen. Após a aterrissagem no aeroporto John F. Kennedy, foi confirmado que não havia qualquer carga do Iêmen na aeronave.
Aviões cargueiros e caminhões em várias cidades americanas foram inspecionados depois que investigadores encontraram os dois pacotes. Outras 11 embalagens consideradas suspeitas foram checadas, mas nada perigoso foi encontrado.
Responsável por pacotes teria ligação com terror
Uma fonte da inteligência britânica citada pela CNN diz que o endereço que estava nas embalagens apreendidas é de uma área de Chicago onde se concentram sinagogas.
Após o pronunciamento de Obama, a Casa Branca confirmou que a Arábia Saudita ajudou a identificar a origem e o destino dos pacotes.
Após o incidente, o Departamento de Segurança Interna dos EUA decidiu elevar o nível de alerta nos aeroportos do país e reforçar as medidas de segurança em terminais.
A Casa Branca diz que o presidente Barack Obama foi notificado sobre uma "potencial ameaça terrorista" já na noite de quinta-feira.
Iêmen: terreno fértil para o terrorismo
Além de levar de volta aos EUA e ao Reino Unido a ameaça concreta do terror, o episódio faz emergir, ainda, a preocupação com a crescente influência de extremistas da al-Qaeda sobre o Iêmen. Nos últimos anos, diversos analistas apontam para o risco de o país transformar-se num novo Afeganistão.
Encravado na ponta da Pensínsula Arábica, o pequeno país do Oriente Médio abriga milícias armadas separatistas, conta uma população religiosa e conservadora - composta de 52% de xiitas e 46% de sunitas - , e uma sociedade de valores tribais que se sobrepõem ao enfraquecido governo de Sana.
Com os índices de desemprego beirando os 40% e o controle do Estado limitado, basicamente, aos arredores da capital, o país torna-se terreno fértil para a ação da al-Qaeda e o recrutamento de novos extremistas. O primeiro ataque internacional da al-Qaeda, aliás, ocorreu no Iêmen, quando uma embarcação-bomba explodiu junto ao destroier americano USS Cole, matando 17 americanos no Golfo do Áden em outubro de 2000.
Fonte: O Globo (com agências internacionais) - Imagem: AFP
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