O governo do Equador decidiu reduzir em seis unidades a encomenda de 24 aviões Super Tucano, da Embraer. O contrato, estimado em US$ 270 milhões, está sendo cumprido desde março de 2009. O corte é avaliado em US$ 57 milhões.
O presidente Rafael Correa anunciou a compra em maio de 2008, como resposta ao bombardeio, pela aviação da Colômbia, contra um acampamento do comando das Farc montado na fronteira equatoriana. Super Tucanos armados com bombas inteligentes foram usados na ação.
O avião brasileiro de ataque leve é utilizado pelas forças de cinco nações - Brasil, Colômbia, Chile, República Dominicana e Equador. Um dos 170 aviões já vendidos é operado pela empresa Blackwater, prestadora de serviços militares terceirizados. Com sistemas eletrônicos de última geração e capacidade para levar até 1,5 tonelada de mísseis, bombas e foguetes - além de duas metralhadora .50 -, o turboélice é empregado pesadamente pela Força Aérea Brasileira, a FAB, que dispõe de 95 aviões. Com uma carteira acumulada próxima de US$ 1,5 bilhão, é o produto militar de maior sucesso da Embraer.
Segundo o general Leonardo Barreiro, comandante da força aérea do Equador, a decisão foi tomada há um mês. "Antes da oficialização, tentamos vários tipos de manobras financeiras, infelizmente frustradas", disse. A situação da aviação de combate chefiada por Barreiro é crítica. Sua frota, formada por 12 caças Kfir, israelenses, e 13 Mirage F-1, franceses, não tem condições de uso efetivo.
Doação de Chávez. No final de 2009, a Venezuela, de Hugo Chávez, doou ao Equador seis supersônicos Mirage 50, todos com mais de 25 anos de uso. Foram entregues revisados, sem programas de revitalização. A Força Aérea do Equador vai usar o dinheiro disponível com a redução na negociação com a Embraer para atualizar a tecnologia das aeronaves cedidas pela Venezuela - o que é considerado pouco provável, considerados o alto custo e o resultado pouco expressivo obtido por países como o Paquistão, que se empenharam em empreendimentos semelhantes com o mesmo tipo de avião.
Um assessor técnico do Ministério da Defesa disse que o governo do Equador está considerando a possibilidade de comprar até 12 supersônicos Cheetah, da África do Sul, usados e revitalizados. Trata-se de uma versão avançada criada em 1986 pela companhia Denel Aviation, então conhecida como Atlas, do modelo francês Mirage III. A Espanha entrou na disputa pela escolha com um lote de Mirage F-1, mais modernos, que chegariam com sistemas digitais de navegação e combate.
O mercado regional de equipamentos militares está em alta, e o segmento da aviação é um destaque. Dados de organizações que monitoram os gastos bélicos dos países indicam que a América do Sul é uma região cada vez mais armada. Segundo o Centro de Estudos Nueva Mayoría, em 2008 os países da região gastaram US$ 51,1 bilhões em defesa, 30% a mais do que em 2007. A Rede de Segurança e Defesa da América Latina estima que foram US$ 48 bilhões.
Mas o volume dos gastos pode ser superior. A Venezuela, por exemplo, contabiliza a Defesa em um orçamento secreto.
Fonte: Roberto Godoy (O Estado de S.Paulo) - Imagem: Divulgação/Embraer
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sábado, 19 de junho de 2010
Equador reduz encomenda de Super Tucanos
Voe comigo
Os programas de milhagem começaram como uma forma de fidelização dos clientes pelas companhias aéreas. Hoje são mais do que isso. São um produto que pode ser usado por uma enorme rede de parceiros (bancos, varejistas, restaurantes, hotéis, etc.) para que eles próprios não percam a clientela para o concorrente, graças a essa isca aí chamada crédito de milhagem.
Castellini - Milhas: valor emocional
O consultor de aviação da Bain & Company, André Castellini, observa que esse tipo de parceria se tornou viável porque a possibilidade de viajar de graça ainda tem um valor emocional muito maior do que oferecer outros brindes. “A companhia área funciona mais ou menos como uma loja âncora em um shopping center: tem forte poder de atração e ajuda a produzir movimento para outras lojas.”
Um dia viajar de graça poderá deixar de ter o apelo que tem hoje. Mas esse dia parece distante e, enquanto isso, os programas de milhagem continuarão sendo muito mais do que uma simples oferta extra oferecida ao passageiro. São, mais que tudo, enormes fontes de receita e de lucro para as companhias aéreas.
O Programa Fidelidade da TAM é exemplo disso. Em junho de 2009 foi criada uma unidade de negócios dentro da própria empresa somente para administrá-lo. Em outubro passado tornou-se uma empresa independente chamada Multiplus Fidelidade, que abriu capital na Bolsa em fevereiro deste ano. Com poucos meses de vida, a Multiplus teve um lucro líquido de R$ 7,5 milhões apenas no primeiro trimestre deste ano, contabiliza 6,9 milhões de participantes e já ultrapassou o até então líder do setor, o Smiles, da concorrente Gol, que soma 6,8 milhões.
O Smiles também pretende crescer, mas não deve, pelo menos por enquanto, separar-se da Gol. Murilo Barbosa, diretor de marketing da companhia, avisa que o momento é de consolidação e recuperação do programa herdado da Varig e também de buscar um foco: “Queremos atrair os executivos, os chamados frequent flyers, ou seja, aquele público que voa com frequência.”
Falta saber até que ponto essa briga vai trazer algum benefício para o usuário, que nem sempre consegue agilidade nas trocas de crédito de milhagem por passagens aéreas. A resposta quem dá é o analista do setor de aviação do Credit Suisse, Luiz Otavio Campos. A expansão dos programas vai facilitar a acumulação de pontos e, consequentemente, a troca deles por passagens ou outros produtos.
Mas ele diz que as esperadas promoções dependem mais de como o mercado está. “As companhias só fazem promoção quando os aviões estão vazios e não é o que está acontecendo agora”, explica. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que, em relação ao mesmo período de 2009, a demanda por voos domésticos cresceu quase 30% de janeiro a maio deste ano.
Fonte: Celso Ming (O Estado de S.Paulo com Isadora Peron) - Foto: Heitor Hui/AE
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Foto do Dia
O Edgley EA-7 Optica Srs 301, prefixo G-BOPO, em Northampton, na Inglaterra, em 6 de setembro de 2009. O primeiro voo do 'Optica' aconteceu em 1979. Essa estranha aeronave tem excelentes características para voos em baixa velocidade e excelente visibilidade panorâmica, tornando-se uma alternativa mais barata aos helicópteros para as operações de vigilância, como as realizadas pela polícia.
Foto: Mick Bajcar (Airliners.net)
Estação Espacial recebe pela 1ª vez duas mulheres
A cápsula Soyuz aproxima-se do corpo principal da ISS
Com três astronautas a bordo, a nave russa Soyuz foi acoplada ontem à Estação Espacial Internacional, que pela primeira vez terá duas mulheres como moradoras. Depois de dois dias da decolagem do Casaquistão, a nave se acoplou à estação quando as duas estruturas estavam a cerca de 350 quilômetros sobre o Oceano Atlântico, acima da Argentina.
Shannon Walker (foto ao lado), física de Houston, se juntou a Tracy Caldwell Dyson (foto abaixo), química nascida na Califórnia que está na estação espacial desde abril. Quatro homens também estão a bordo: três russos e um norte-americano. Cada um vai permanecer no local por seis meses e depois voltar com a Soyuz.
A Nasa tem usado foguetes russos para levar astronautas para a estação espacial para missões prolongadas. Assim que os ônibus espaciais dos Estados Unidos forem aposentados, o que deve acontecer no final deste ano ou no início de 2011, os veículos da Rússia serão os únicos disponíveis. Empresas privadas como a Space Exploration Technologies, que lançou com sucesso, de Cabo Canaveral, um foguete de teste para a órbita terrestre duas semanas atrás, esperam explorar o setor.
Pioneirismo
Na quarta-feira foi comemorado o 47º aniversário de lançamento da primeira mulher ao espaço, a cosmonauta soviética Valentina Tereshkova. Hoje também marca o 27º aniversário da viagem ao espaço da primeira norte-americana: Sally Ride. Quatro mulheres estiveram em abril na estação espacial, mas apenas por uma semana e meia.
Fonte: AP/Agência Estado - Fotos: NASA - Atualizado às 19:33 hs. de 19.06.10 com foto da Soyuz
Europa autoriza Cathay Pacific a adquirir parte da unidade de carga da Air China
A Cathay Pacific tinha anunciado em fevereiro que iria formar uma joint venture com a Air China para se dedicar à exploração do lucrativo mercado de carga nos dois maiores pólos de produção da China.
A Comissão Europeia concluiu que o mercado combinado da Air China e da Cathay Pacific em termos de rotas entre a Ásia e a Europa era “limitado”.
A comissão que avaliou as questões de concorrência acrescentou também que a “competição neste mercado irá permanecer forte depois da transição, nomeadamente devido à presença de várias companhias internacionais ativas nas mesmas rotas”.
No âmbito do acordo, a Cathay Pacific irá adquirir 49 por cento das ações da Air China Cargo, a plataforma para a joint venture, por cerca de 1700 milhões de yuan (201,2 milhões de euros).
A Air China Cargo é atualmente apenas detida pela Air China, uma das maiores companhias aéreas da República Popular e o segundo maior acionista da Cathay Pacific.
A Air China Cargo vai iniciar operações como joint venture durante o verão e terá Pequim e Xangai como as suas principais bases.
Fonte: Agência Lusa
Empresa recebe helicóptero de US$ 27 milhões para exploração do pré-sal
A Petrobras contrata os helicópteros da Líder para levar funcionários a plataformas em alto mar. Segundo a Líder, para a exploração do petróleo no pré-sal, a Petrobras pediu que as aeronaves tivessem alcance de até 220 milhas náuticas (396 km).
As operações dos novos helicópteros serão centralizadas no aeroporto de Jacarepaguá, com início previsto para o mês que vem.
Fonte: O Dia Online - Foto: Divulgação
Sem expansão de aeroportos, há risco de aumento de tarifas, diz Anac
"O crescimento do tráfego é tão grande e vertiginoso que não esperamos para este ano algo menor que 20%", disse Noman. Ele lembrou que o aumento do mercado no ano passado já havia sido significativo, ao atingir 17%.
No mês passado, o setor registrou o crescimento do mercado de voos domésticos de 20,02%, ante o mesmo mês de 2009. Até agora, o destaque está com o mês de fevereiro que atingiu o marca de 42,89%, comparado mesmo período do ano passado.
"A questão que está em jogo é o crescimento do tráfego versus a expansão da infraestrutrura dos aeroportos. Além de aeroportos cheios, temos como grande efeito o aumento da tarifas em decorrência de uma simples regra de mercado, regida pela oferta e demanda", disse o superintendente.
Fonte: Rafael Bitencourt (Valor Online) via O Globo
Anac quer definir modelagem para aeroporto de RN ainda este ano
Antes de aprovar o edital, a Anac terá que submeter a minuta ao processo de consulta pública para colher contribuições do setor. As possíveis críticas e sugestões deverão ser analisadas pela áreas técnicas antes de retornar para a deliberação da diretoria do órgão. O formato final do edital dependerá da apreciação do TCU, responsável pela fiscalização das contas públicas.
O decreto que prevê a concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante foi assinado na última semana pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O estado será o único a contar com aeroporto concedido à iniciativa privada este ano, os demais deverão aguardar a definição do modelo de concessão somente em um próximo governo.
"Com as diretrizes estabelecidas no decreto, há tempo hábil para fecharmos o modelo [da licitação] . Em tese, o edital pode ser lançado até o fim do ano, mas não depende só de nós", afirmou Noman.
O superintendente da Anac não quis comentar o rumor de que o governo pretende construir um novo aeroporto em São Paulo por meio da iniciativa privada. "Como não teve decreto, consideramos que não passa de especulação", disse Noman, ao comparar ao processo licitatório do aeroporto potiguar .
Fonte: Rafael Bitencourt (Valor Online) via O Globo
Município de Venâncio Aires (RS) propõe construção de aeroporto regional
O debate para construção de um aeroporto regional em Venâncio Aires (em destaque no mapa acima) começou ontem durante reunião com a participação do diretor do Departamento Aeroportuário do Estado, Fernando Coronel, representantes do aeroclube local e de técnicos da administração municipal e o prefeito Airton Artus. Após constatar as dificuldades de operação e a incapacidade de expansão do atual aeródromo, Artus propôs parceria com o Estado, através do Programa de Modernização e Integração de Aeroportos Regionais do Rio Grande do Sul (Proar), para construção de um novo aeroporto na Capital do Chimarrão. Com pré-projeto definido, o município estuda a destinação de uma nova área para o empreendimento.
Com indicação do governo do Estado, a Prefeitura poderá buscar linhas de crédito e financiamentos do governo federal para concretizar o projeto. Fernando Coronel lembra que a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil abrirão grandes oportunidades para a modernização de aeroportos e aeródromos em todo o território nacional. “No Rio Grande do Sul, o governo gaúcho já fechou parceria com a empresa norte-americana T.Y. Lin/H. Ross para projetos de melhoramento em 27 aeroportos e construção de 10 novos. Os estudos iniciam em julho e poderemos incluir Venâncio Aires nessa avaliação de viabilidade”, revela.
O prefeito Airton Artus lembra que a construção e manutenção de um aeroporto no município é uma preocupação política sua de muitos anos. Apesar de alertar para o avanço habitacional próximo à atual área do aeródromo, nada foi feito e o problema atualmente é irreversível. “O Estado já foi parceiro quando da transferência daquela área ao município. No entanto, aquele terreno servirá para um novo loteamento habitacional e a criação de um minidistrito industrial. Teremos que buscar uma nova área para comportar um projeto de aeroporto que leve em conta o crescimento da aviação comercial e executiva”, esclarece o prefeito.
Alternativa
O projeto apresentado pela administração municipal para construção do novo aeroporto tem como base o trabalho de conclusão do estudante de Arquitetura e Urbanismo, Anderson Schiefferdecker. Conforme o secretário municipal da Administração, Leandro Pitsch, a maquete contempla ampla área para pousos e decolagens e um prédio para abrigar a administração do aeroporto, salas comerciais e áreas de embarque e desembarque. Pitsch destaca que, em parceria com o aeroclube local, várias áreas já foram sobrevoadas para abrigar o audacioso complexo.
O vice-prefeito e secretário municipal do Planejamento, Giovane Wickert, lembra que o projeto prevê um aeroporto regional, pois esse poderá servir como alternativa para os aeroportos de grandes centros, que sofrem com o tráfego aéreo e a falta de capacidade de expansão. “Como sexto município exportador do Estado, Venâncio Aires já teria mercado para abrigar voos executivos de toda a região. Além disso, a apenas 120 quilômetros de Porto Alegre, o aeroporto local seria alternativa para outros voos comerciais e turísticos”, completa Wickert. O vice-prefeito destaca que a proposta de um aeroporto regional em Venâncio Aires não compete com propostas de outros municípios que também almejam o empreendimento.
Fonte: Otto Tesche (Gazeta do Sul) - Mapa: Wikipédia - Imagens: Divulgação
Aeroporto de Confins (MG) terá novos voos a partir de agosto
Terci Rodrigues explicou que a empresa realizou recentemente parcerias com operadoras de viagens, o que viabilizará descontos na ligação de Belo Horizonte a outros destinos nacionais, como Recife, Vitória e Rio de Janeiro.
Para a secretária, as notícias são animadoras, uma vez que "o plano de expansão da companhia permite o fortalecimento das ações da Setur, que tem trabalhado para incentivar a implantação de roteiros integrados de Minas Gerais com outros estados brasileiros, como Espírito Santo, Pernambuco e Rio de Janeiro. Precisamos facilitar o acesso a Minas Gerais e formatar roteiros conjugados com outros mercados nacionais e internacionais", afirmou Drumond.
BH/São Paulo
Durante o encontro, o gerente da TAM falou sobre os novos voos da empresa. "Estamos lançando um voo partindo do Aeroporto Internacional Tancredo Neves com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A novidade faz parte de uma reestruturação da malha aérea que pertenceu à Pantanal Linhas Aéreas, companhia adquirida pela TAM recentemente", explicou Terci Rodrigues.
De acordo com o gerente, a rota está em fase de aprovação da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil –, e sairá de Belo Horizonte às 11h57 (diariamente, exceto aos domingos) e às 21h40 (diariamente, exceto aos sábados). A aeronave utilizada pela companhia será um Airbus 320, com capacidade para 174 passageiros. A operação do voo tem previsão de início na segunda quinzena de agosto.
Novo voo internacional
Outro voo que será operado a partir do Aeroporto Internacional Tancredo Neves vai ligar Minas Gerais a Londres. A nova rota também está em fase de aprovação da ANAC. Todos os trâmites para a internacionalização dos passageiros serão realizados em Confins.
Inicialmente, os voos extra serão operados três vezes na semana, com conexão no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. A aeronave que será utilizada pela empresa no trecho que liga a capital mineira à carioca é um Airbus 320, com capacidade para 156 passageiros. De acordo com a companhia aérea, os voos serão operados a partir do dia 10 de agosto.
Fonte: Agência Minas via Portal UAI - Foto: aeroportodeconfins.files.wordpress.com
Portugal: Aeroporto de Beja recebe aviões dentro de um mês
O Aeroporto Internacional de Beja, que se previa estar operacional em setembro deste ano, deverá receber a certificação do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para a realização de voos civis sem tráfego, ou seja, sem passageiros e carga, nas próximas semanas.
Ou seja, segundo apurou o Expresso, num espaço de um mês, as companhias aéreas já poderão estacionar as suas aeronaves nos 10 lugares que o aeroporto alentejano deverá ter previstos para esse efeito: quatro posições para aviões grandes (wide-body) no aeroporto e seis na base aérea.
Esta decisão significa mais uma alternativa de estacionamento para as empresas que têm aviões parados no Aeroporto de Lisboa. Desde Julho do ano passado que a ANA - Aeroportos de Portugal passou a cobrar uma sobretaxa pelas paragens prolongadas (acima das 18 horas), o que tem levado à transferência de algumas aeronaves para outros aeroportos nacionais e internacionais.
Euroatlantic, White, Hifly e Luzair podem ser clientes
A maioria das empresas de voos não regulares tem optado por parar os seus aviões noutros aeroportos nacionais, como Porto e Faro. A Euroatlantic, por exemplo, companhia aérea cuja dívida à ANA relativa à taxa extra ascende a €2,4 milhões, deslocou oito das suas aeronaves para o aeroporto de Faro, e um cargueiro para Châteauroux, em França.
Também a White, com sete aeronaves Airbus, teve de transferir um avião executivo para o aeroporto do Porto por falta de espaço em Lisboa, manter um no aeroporto de Hamburgo, Alemanha, e ir estacionando outro em vários aeroportos, consoante os destinos de voo. A Hifly terá deslocado algumas aeronaves para o aeroporto Francisco Sá Carneiro e para os arredores de Paris, e a Luzair também optou por estacionar o Boeing 767-300ER com que opera no Porto.
Apesar da menor capacidade de resposta e dos custos acrescidos com a deslocação das tripulações para outros aeroportos, esta certificação do INAC é mais uma solução que as companhias passam a ter para responder à falta de espaço no aeroporto da capital.
Fonte: Margarida Fiúza (www.expresso.pt) - Imagem: Beja Hoje
TAM diz que aeronave com logotipo da Oi não voará
O comunicado fiz: "A TAM esclarece que a aeronave foi caracterizada apenas para a criação de uma campanha da Oi e que não possui acordo com a operadora de telefonia móvel para divulgar a marca nos aviões da companhia."
Fonte: Cris Simon (Exame.com) - Imagem: Divulgação
Novo aeroporto de São Paulo pode ter apenas jatinhos
Na visão do governo, o mecanismo abriria espaço para mais voos regulares, expulsando aviões privados e táxis aéreos dos grandes aeroportos. Mais do que isso, o dispositivo seria um meio de viabilizar comercialmente o projeto de um terceiro aeroporto em São Paulo, bancado pela iniciativa privada e voltado totalmente, ou na maior parte, a aviões particulares.
Representantes do setor de aviação afirmam que a medida é o ponto central da estratégia governamental para delegar à iniciativa privada a construção e operação do novo aeroporto paulista. Ao invés de construir um terminal de grande porte voltado a voos comerciais, nos planos do governo o terceiro terminal atenderia à frota privada, liberando espaço nos terminais públicos já existentes.
O país tem 350 jatinhos, número 50% maior do que a frota de TAM e Gol somadas. No raciocínio do governo, ambos ocupam o mesmo intervalo nos aeroportos para decolar ou pousar, o que se aplicaria aos quase dois mil aviões bimotores e 720 turbo-hélices registrados no Brasil.
Presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Ricardo Nogueira diz que a proibição de aviões particulares e taxis aéreos nos grandes aeroportos veio à tona há cerca de dois meses, quando o Planalto mandou para o Congresso Nacional o projeto do novo Código Brasileiro de Aviação. Apesar de ter ficado de fora do relatório final do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), a proposta deve voltar a ser defendida no plenário.
A decisão foi endossada por um estudo encomendado pelo BNDES à consultoria McKinsey, divulgado no início da semana. Contrariando a posição da maioria dos representantes do setor aéreo, o estudo afirma que a construção de um novo complexo para aviação comercial não é uma opção atrativa em São Paulo. Segundo o trabalho, um novo terminal dividiria a demanda e inviabilizaria economicamente o formato de hub - ou seja, a conexão de rotas - dos aeroportos de Congonhas e Cumbica. Mas, aponta o estudo, um novo aeroporto poderia ser destinado à aviação geral, acomodando voos particulares e táxis aéreos.
O projeto de um terminal para aviação privada destoa frontalmente do conhecido projeto elaborado por construtoras - Camargo Corrêa à frente - para um terceiro aeroporto paulista. O projeto das empreiteiras é conhecido no setor aéreo desde meados de 2007, quando o presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou planos de construir o terceiro aeroporto, logo após o acidente com o avião da TAM em Congonhas, em 17 de julho daquele ano. O projeto, diziam representantes do setor aéreo, era para um terminal para aviação comercial de grande porte, com capacidade de 22 milhões de passageiros - mais do que o transportado em Cumbica no ano passado.
Com três candidatos a receber o empreendimento, o terreno ideal para o novo aeroporto ainda enfrenta divergências. Ex-executivo da TAM e representante das empresas de aviação geral por dez anos, Rui Aquino acredita que a pior das opções é o terreno em Caieiras, ao norte da capital paulista, um dos favoritos. Segundo Aquino, todos os voos que chegam aos três aeroportos de São Paulo - Campo de Marte, Cumbica e Congonhas - se aproximam pelo norte, afunilando-se no chamado "terminal São Paulo", uma rota aérea na região de Jundiaí. Um novo terminal na região agravaria o problema de tráfego. As opções na cidade de Embu, a oeste da capital, e principalmente na baixada santista, ao sul, lhe parecem melhores.
Ele também discorda da construção de um novo terminal voltado apenas à aviação geral - o alívio nos aeroportos públicos, diz, seria rapidamente saturado. E há vários projetos para novos aeroportos no Estado - além dos três terrenos em São Paulo -, em São José dos Campos há mais dois projetos. Pelo tamanho do crescimento demanda, diz, a opção deveria ser construir todos eles.
Fonte: Valor Econômico
Infraero pode ter multa diária de R$ 10 mil devido a assaltos no Aeroporto Santos Dumont
- A responsabilidade de qualquer incidente que envolva a segurança no aeroporto recai sobre a Infraero. Se isso não for resolvido extrajudicialmente, vou propor uma ação civil pública contra a Infraero, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
A Infraero se limitou a informar que aguarda as investigações da PF. Procurada pelo 'Globo', a Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos não se pronunciou até a noite desta quarta.
Em resposta a um ofício, enviado em abril por Ordacgy, a Secretaria estadual de Segurança se comprometeu a instalar um posto da PM dentro do aeroporto. No documento, de 10 junho, o secretário José Mariano Beltrame informa que uma área para a construção da unidade policial já foi definida em reunião entre o comando do Batalhão de Apoio ao Turismo (BPTur) e a Infraero.
Beltrame ainda esclarece que, em caráter provisório, o BPTur implantou policiamento diário no aeroporto.
Câmeras de vídeo não estavam funcionando
O assalto ocorreu no início da manhã. De acordo com policiais militares do 13º BPM (Praça Tiradentes), três bandidos roubaram R$ 10 mil em dinheiro. Quatro funcionários, dos cinco que deveriam estar trabalhando na hora, foram imobilizados com algemas de plástico e mantidos reféns. De acordo com as vítimas, elas foram deixadas trancadas na agência enquanto os ladrões, todos bem vestidos, escapavam caminhando normalmente. Ninguém ficou ferido.
O roubo será investigado pela Delegacia de Combate aos Crimes contra o Patrimônio (Delepat), da Polícia Federal. O delegado Deuler Rocha, chefe da Delepat, ficou desolado ao saber que as câmeras de segurança da agência dos Correios não estavam funcionando e que as outras, que monitoram o saguão do aeroporto, estavam apontadas para outro local na hora do roubo.
Os funcionários e testemunhas do assalto serão ouvidos a partir desta quinta-feira, entre eles um técnico da área de segurança dos Correios.
Apesar de o crime ter ocorrido por volta de 10h30m, a Polícia Militar informou que só foi comunicada depois das 13h pela firma de segurança que presta serviço aos Correios. Em frente à agência, funcionários colocaram um aviso improvisado com os dizeres "Por motivo de força maior não abriremos hoje".
O tenente-coronel José Guilherme Xavier, comandante do 13º BPM, prometeu intensificar o policiamento no entorno do Santos Dumont. Xavier classificou o assalto como um "caso isolado".
- As estatísticas não apontam aumento do índice de criminalidade na área do aeroporto. Mas, de qualquer forma, o patrulhamento no perímetro do Santos Dumont vai ser intensificado, inclusive com o apoio do serviço de inteligência para tentar identificar as fragilidades do sistema de segurança do terminal.
Em abril, um laudo do Conselho Regional de Engenharia do Rio (Crea-RJ) feito a pedido da Defensoria Pública já apontaba a necessidade de aumentar o número de seguranças desarmados no terminal, a instalação de 15 câmeras de vídeo para monitorar veículos que transitam na área externa ao aeroporto, a ampliação do efetivo do policiamento nas imediações e o limitar o acesso ao terminal de desembarque.
Fonte: Luiz Gustavo Schmitt (O Globo) - Foto: Gabriel de Paiva/O Globo
Justiça condena VRG Linhas Aéreas a indenizar casal mineiro por falta de voo
No processo, o casal disse que comprou passagens para a Europa. A viagem de ida transcorreu normalmente. No retorno, foram informados no aeroporto internacional de Madri que todos os voos da Varig estavam cancelados e todas as suas operações suspensas.
O casal alegou que ficou cinco dias "desesperado, ilhado no exterior", tentando retornar ao Brasil.
A empresa VRG Linhas Aéreas disse que "a despeito de confessado o cancelamento de suas operações na Europa" cumpriu o contrato de transporte firmado entre as partes (ainda que por endosso do bilhete a outra companhia aérea), o que afastaria a sua responsabilidade pelo evento danoso.
Com base no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, o juiz destacou que "o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos".
O juiz determinou também que a empresa VRG Linhas Aéreas S/A pague ao casal de passageiros, por dano material, os valores comprovadamente gastos com hospedagem, alimentação e transporte durante a permanência em Madri.
Fonte: Martha Alves (Folha Online)
Gol e TAM trocam guerra de preços por melhores serviços
Diferente da tradicional disputa de preço que as companhias aéreas travam todos os anos, a competição do setor em 2010 deve ser marcada pela oferta de serviços diferenciados. De acordo com analistas do setor de aviação ouvidos pelo site da EXAME, a tendência é que as líderes do setor, TAM e Gol, facilitem o pagamento de passagens, por exemplo, em vez de baixar suas margens para ganhar em escala.
O que sustenta a avaliação dos analistas é a mudança do cenário em relação ao ano passado. Em 2009, quando a procura por transporte caiu por conta da crise financeira mundial, as companhias aéreas optaram por baixar preços no segundo semestre do ano para, assim, garantir a procura por vôos domésticos e internacionais.
"Não havia saída, era preciso acirrar a guerra de preços para atrair consumidores que deixaram de optar pelo transporte aéreo em tempos de crise", afirma Felipe Rocha, analista do setor aéreo da Link Investimentos. A queda de demanda, a alta da moeda americana e a consequente elevação do preço do combustível tornaram a situação das empresas ainda mais delicada.
Recuperação
Os problemas das aéreas, no ano passado, podem ser medidos em números. Em maio do ano passado, por exemplo, o total de passageiros das rotas domésticas caiu 5,5% sobre o mesmo mês de 2008. A TAM e a Gol foram bastante afetadas, com recuos de 13,87% e 12,21%, respectivamente, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A situação deste ano é a oposta. Maio encerrou com um crescimento de 20,2% sobre o mesmo mês do ano passado. A demanda da TAM subiu 9,39%, e a da Gol, 14,89%. "Agora, elas querem voltar a ganhar e crescer no mesmo ritmo de 2008 e, para isso, abaixar muito os preços é prejudicial", diz Rocha.
A disputa das companhias ficaria então concentrada apenas na oferta de serviços diferenciados. Uma das propostas da TAM é o parcelamento das passagens em até 48 vezes sem juros. Já a Gol investe na abertura das lojas Voe Fácil para a venda de passagens para a classe C. "Trata-se de um modelo de baixo custo, com cerca de três atendentes, e com potencial de retorno alto", afirma Brian Moretti, analista de transporte da Planner Corretora.
O armistício entre as maiores companhias do país só deve ser quebrado no ano que vem ou no próximo. Os especialistas esperam uma desaceleração no crescimento do mercado doméstico nesse período. Se, neste ano, o volume de passageiros das rotas domésticas pode crescer 30,6%, de acordo com a consultoria Lafis, a taxa para 2011 e 2012 pode recuar para 7,3% e 7,1%, respecitvamente. "Aí sim haverá uma forte disputa de preço, tanto das grandes quanto das médias e pequenas companhias aéreas", afirma Jonas Manabu Okawara, analista setorial da Lafis.
Fonte: Tatiana Vaz (Exame.com)
Após 70 anos, discurso de Churchill ganha novas percepções
Há exatos 70 anos, em 18 de junho de 1940, Winston Churchill, que assumira apenas seis semanas antes o posto de primeiro-ministro britânico, ante a ameaça de invasão vinda do território francês ocupado pelos nazistas, subiu ao pódio da Câmara dos Comuns e, em 36 minutos de altaneira oratória lutou por reanimar seus compatriotas, com um discurso que ganhou lugar na história como "o discurso do melhor momento".
O discurso - encerrado pelas palavras: "Preparemo-nos, assim, para cumprir os nossos deveres, e de tal maneira que, se o império e a Commonwealth britânicos durarem mil anos, as pessoas continuem a dizer que 'aquele foi o seu maior momento'" - vem ecoando desde então. Dos dois lados do Atlântico e em muitas outras regiões do planeta, foi saudado como o momento no qual a Grã-Bretanha redescobriu sua resolução de continuar lutando, depois da queda da França, para, com ajuda futura do poderio militar norte-americano e soviético, derrotar os exércitos alemães que haviam ocupado a maior parte da Europa.
O rascunho datilografado original do discurso, pesadamente alterado por Churchill com anotações em tinta azul e vermelha, está guardado em uma das 2,5 mil caixas de documentos e artefatos - um total de mais de um milhão de peças- que lotam os pavimentos superiores cuidadosamente vigiados do Churchill Archives Center, na Universidade de Cambridge, uma instituição criada em 1960, cinco anos antes da morte do líder.
Agora, o discurso e outros documentos referentes ao período - entre os quais trechos do diário de John Colville, o secretário do primeiro-ministro, e uma carta de reclamação quanto ao temperamento ranzinza de Churchill para com seus subordinados escrita pela mulher dele, Clementine - foram reunidos e colocados em exibição para estudiosos visitantes, jornalistas e outros observadores, com o objetivo de ajudá-los a compreender de que maneira Churchill escreveu o discurso - revisado extensamente até o momento em que ele subiu ao pódio para proferi-lo - e a descobrirem o quanto ele estava irritável e disperso naquele período.
O momento da exposição se relaciona primordialmente ao aniversário do discurso e a uma série mais ampla de celebrações que estão sendo realizadas em todo o Reino Unido para comemorar aquilo que Churchill, falando aos seus colegas do Parlamento naquela tarde de primavera de 1940, descreveu como uma batalha que "determinaria a sobrevivência da civilização cristã".
Apenas duas semanas antes do discurso, navios de guerra britânicos e uma frota de pequenas embarcações privadas haviam concluído a evacuação de 338 mil soldados britânicos, franceses e de outros países aliados, que corriam o risco de ser aniquilados pelas forças alemãs nas praias de Dunquerque - um feito que foi reproduzido para comemoração no final do mês passado, com a participação de muitos dos barcos envolvidos na operação original.
Cerca de um mês depois do discurso, tal como Churchill previu para seus colegas, os caças da força aérea britânica começaram a enfrentar a Luftwaffe alemã no confronto que se tornou conhecido como a Batalha da Inglaterra, outra saga que está sendo celebrada ao longo deste ano por caças Spitfires e Hurricanes da era da guerra, em voos realizados de muitas das bases aéreas britânicas.
A atenção renovada que a liderança de Churchill em tempo de guerra vem recebendo também ecoa de certa maneira na cena política atual, tendo em vista o fato de que o Reino Unido volta a enfrentar uma crise nacional, desta vez na forma de uma recessão econômica e de uma dívida nacional que atinge níveis alarmantes. Uma vez mais, a tarefa de reanimar o país e iniciar a restauração cabe a um novo primeiro-ministro, David Cameron, representante, como Churchill, do Partido Conservador, e também no poder há pouco mais de um mês ¿à frente, como o ilustre predecessor, de um governo de coalizão formado em eleição parlamentar, o primeiro governo de coalizão a chegar ao poder no Reino Unido desde o gabinete de união nacional a que Churchill presidiu entre 1940 e a derrota de seu partido na eleição geral de 1945.
Que Cameron venha a obter sucesso semelhante ao de Churchill, e conduza o Reino Unido de volta às "amplas e ensolaradas planícies" que Churchill previu em seu discurso como recompensa da vitória contra Hitler, é algo em que muitos britânicos parecem relutantes em acreditar, talvez com mais motivos do que o grande número de céticos que escutaram sem se deixar convencer ao discurso histórico de Churchill em 1940.
Churchill, afinal, já era uma figura muito conhecida, se bem que controversa, ao assumir o posto, e há muito tem estabelecida a sua posição no panteão da história britânica. Em uma pesquisa que envolveu mais de um milhão de telespectadores britânicos em 2002, ele foi escolhido como a maior figura da História inglesa, superando, entre outros dos 10 primeiros colocados, Isaac Newton, a princesa Diana e John Lennon.
O que revelam os documentos preservados no Churchill College, de maneira talvez surpreendente para aqueles que se acostumaram com o estilo de abrangente confiança da oratória de Churchill, é até que ponto ele alterava seus discursos mesmo no último minuto, acrescentando sentenças em determinados pontos, reescrevendo trechos e realizando outras alterações de improviso, em meio às suas falas.
No famoso trecho final do discurso, a frase que ele usou para descrever o mundo ao qual Europa e os Estados Unidos seriam arremessados caso Hitler saísse vitorioso - "o abismo de uma Era das Trevas, tornada ainda mais sinistra, e talvez mais longa, pelas luzes da ciência usada indevidamente" - foi emendada em tinta vermelha, talvez no último minuto, em busca de uma aliteração mais perfeita.
Igualmente intrigante é que o rascunho datilografado final do discurso, ao menos no trecho final que culmina com "seu maior momento", toma a forma de versos brancos, com parágrafos de cinco linhas em blocos com forma de estrofe, uma estrutura que Allen Packwood, o diretor do Churchill Archives Center, compara à do Livro dos Salmos no Velho testamento, visto por muitos estudiosos da literatura como influência decisiva sobre o estilo literário e retórico de Churchill, em companhia dos trabalhos de Shakespeare.
Packwood tem uma teoria pessoal sobre o motivo para que o rascunho adote a forma de versos brancos: "Porque o texto tomava a forma de poesia, na página, creio que isso lhe propiciasse o ritmo que dava vida à sua oratória. Temos ali um homem que elevou a arte do discurso público ao patamar da mais elevada literatura".
Outra característica dos discursos de Churchill que surge do estudo de seus papeis, de acordo com Packwood, é que, ao contrário de muitos políticos contemporâneos, era ele mesmo que redigia suas falas. "Ainda que houvesse pessoas que lhe davam ideias, ele não contava com redatores de roteiros, no sentido moderno do termo", disse Packwood. "Aquele discurso, como os demais, era criação isolada de um homem".
Mas o primeiro-ministro tinha ajuda vinda de outros quadrantes, na forma de uma correspondência com sua mulher que pode tê-lo ajudado a conter os momentos de profunda depressão que muitas vezes o afligiam e podiam prejudicar o tom de otimismo e determinação que procurava exprimir em seus discursos.
"Meu querido", escreveu Clementine a Churchill pouco antes do maior discurso da carreira de seu marido, "espero que você me perdoe se lhe digo algo que creio você deva saber. Um dos homens de sua equipe, e seu amigo dedicado, me procurou e disse que havia o risco de você perder o afeto de seus colegas e subordinados devido aos seus modos brutos, sarcásticos e autoritários". Ela acrescentou: "Irascibilidade e rudeza não lhe propiciarão os melhores resultados, e resultarão em que as pessoas próximas deixem de gostar de você, ou adotem uma mentalidade de escravos".
Fonte: John F. Burns (The New York Times) - Tradução: Paulo Migliacci ME - Foto: The New York Times
Aéreas rejeitam 42 slots distribuídos em Congonhas
De acordo com o superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Anac, Juliano Alcântara Noman, a TAM foi a companhia que devolveu o maior números de horários, ao todo foram 12 slots. A Gol, NHT e Webjet entregaram oito frequências cada, enquanto a Azul devolveu outros seis. Oceanair (que adotou a marca Avianca) foi a única que não devolveu slots de Congonhas.
Durante o processo de distribuições de slots, a Gol foi a que recebeu mais frequências (56). A TAM e Oceanair, obtiveram 54 e 38 slots, respectivamente. As demais empresas, que não operavam no aeroporto, ficaram com um número menor de frequências de voo. A NHT havia ficado com 28, a Webjet com 18 e a Azul com oito.
Noman considera que a regras de distribuição de slots podem ser aperfeiçoadas para estimular a competição entre as companhias aéreas nos aeroportos.
- Hoje, as empresas que já atuam ficam com 80%. O restante fica com aquelas que ainda não tem voos no aeroportos, justamente as que poderiam aumentar a concorrência - afirmou.
A mudança nas regras de distribuição de slots dependem exclusivamente da agência reguladora. Os parâmetros atuais foram instituídos por meio de resolução aprovada pela diretoria.
O superintendente da Anac informou que o prazo de um mês para início da operação com os novos slots foi prorrogado para 60 dias. Ele explicou que o prazo foi dado para que as novas empresas com operação em Congonhas pudessem instalar as lojas comerciais e iniciarem as vendas para não "voarem vazias". Além disso, os técnicos da agência precisaram de mais tempo para avaliarem os critérios de segurança dos novos voos.
Com a devolução dos Slots, Noman avalia que Congonhas não tem mais horários de interesse das companhias para voos comerciais, em especial durante o meio de semana. Segundo ele, todos considerados viáveis estão alocados e em operação.
- É difícil apontar um determinado momento do dia como a 'hora de pico' do aeroporto - ressaltou.
Fonte: Valor Online via O Globo - Foto: Airliners.net
Em três dias, 123 queixas contra empresas aéreas
A Anac também divulgou o balanço da primeira etapa de fiscalização nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Brasília e Galeão. Os fiscais verificaram o descumprimento de uma regra: as aéreas devem informar as normas ao passageiro por escrito. Segundo a agência, a falha de comunicação foi identificada em dez empresas, sendo nove internacionais e uma nacional.
As aéreas têm cinco dias para corrigir a falha, a partir da notificação. Se não o fizerem poderão ser multadas. A Anac não revelou o nome das companhias infratoras. Listou, porém, algumas que já estão cumprindo a nova exigência, entre elas TAM e Gol. Entre os aeroportos que ainda receberão os fiscais estão Santos Dumont e Confins (MG). As queixas de usuários podem ser feitas pelo telefone 0800 725 4445 ou pela internet (www.anac.gov.br/faleanac).
Entre as novas regras estão a possibilidade de reembolso imediato em caso de cancelamento de voo. O prazo anterior era de 30 dias. Também está previsto que as aéreas têm de oferecer alimentação aos passageiros após duas horas de atraso. Antes, eram quatro horas.
Para a enfermeira Abilene Gouvêa, 44 anos, apenas quando as empresas sentirem no bolso os custos dos atrasos é que buscarão ser pontuais.
- Em 2006, quando fui a Natal para um casamento, esperei seis horas no aeroporto. Minha filha era a daminha. Chegamos a tempo, mas quebradas - lembra ela, que embarcou para Austrália esta semana, com a cunhada e a sobrinha, desde o Galeão. - Só quando a gente cobrar, as empresas vão respeitar as regras.
Fonte: Danielle Nogueira (O Globo)
Em vez de memorial da TAM, lixo e entulho
Prestes a completar três anos do acidente com o Airbus da TAM que matou 199 pessoas, continua abandonado o terreno no número 7.305 da Avenida Washington Luís, no Campo Belo, zona sul, onde havia o prédio da empresa no qual o avião se chocou. A área, com tamanho de um campo de futebol, é usada como banheiro por moradores de rua e as calçadas do entorno viraram ponto de descarte de entulho.
No dia 17 de julho de 2007, as 187 pessoas a bordo do voo 3054 da TAM e outras 12 que estavam no prédio da empresa morreram quando, ao tentar pousar no Aeroporto de Congonhas, o Airbus derrapou, atravessou a avenida e bateu contra a edificação. Hoje, não há no local sinal da praça ou do memorial prometidos pela Prefeitura em homenagem às vítimas. "Desde a demolição do prédio, a Prefeitura não fez mais nada no terreno. É normal ver carroceiros jogando lixo nas calçadas e moradores de rua passando pelos tapumes (que cercam a área)", afirma Tiago Gomes Beneduce, de 28 anos, que trabalha na vizinhança.
Além disso, os moradores e pessoas que trabalham na região também reclamam da falta de segurança, principalmente à noite, pois o terreno não é iluminado nem dispõe de vigilância. "Antes, ainda havia um poste de luz dentro do terreno e um guarda. Mas já faz um bom tempo que os holofotes (em 2008) foram roubados e a segurança foi embora", diz a corretora de imóveis Célia Mara de Souza, de 46 anos.
Há relatos de furtos em carros estacionados no quarteirão formado pela Avenida Washington Luís e pelas Ruas Otávio Tarquínio de Sousa, Baronesa de Bela Vista e Barão de Suruí. Como o da dona de casa Marli de Dias, de 58 anos, moradora da Tarquínio de Souza. "Não pode deixar nada à mostra." A Secretaria da Segurança Pública não informou o número de ocorrências na região.
"Esse terrenão baldio e as incertezas do que será feito da área desvalorizam as residências", diz Célia. Há seis meses, ela tenta vender um imóvel na Tarquínio de Sousa. Para Hubert Gebara, vice-presidente do Sindicato das Administradoras de Imóveis, a desvalorização ocorre pelo "efeito psicológico da tragédia". "A Prefeitura precisa revitalizar a área para atenuar as lembranças", afirma.
Fonte: Felipe Oda (O Estado de S.Paulo) - Foto: Filipe Araujo/AE
Voo da TAP atrasa 13 horas por motivos de segurança
A TAP foi hoje obrigada a adiar 13 horas um voo por questões de segurança. A discrepância nas contagens efetuadas pelo balcão de check-in, antes do embarque dos passageiros, e pelos tripulantes, já no interior do avião, suscitou receio por parte da companhia de aviação portuguesa e das autoridades.
O voo deveria ter partido às 9h55 do aeroporto da Portela, em Lisboa, mas só vai descolar às 23h, em direcção a Brasília. Os passageiros, que esperaram dentro do avião por indicações da TAP, foram desembarcados de emergência, porque o comandante decidiu que "não estavam reunidas as condições de segurança necessárias para voar".
Fonte oficial da TAP justifica esta decisão não com o facto de ter havido discrepância nas contagens, mas sim com a reacção dos passageiros que estavam dentro do avião". "Houve alguns passageiros que começaram a exaltar-se por causa do atraso", referiu, o que obrigou "à decisão de adiamento".
A transportadora aérea decidiu proceder ao desembarque, cerca de duas horas após os passageiros terem entrado no avião, e encaminhou-os para um hotel na capital. O novo embarque será feito esta noite, antes da hora de partida do voo.
Fonte: Raquel Almeida Correia (Público - Portugal)
Ocupantes são resgatados após avião virar em baía nos EUA
Todos os quatro passageiros foram resgatados por um barco da Guarda Costeira. Não foram relatados ferimentos. As Autoridades disseram que os ventos fortes e o mar agitado podem ter complicado a amerrissagem. Os três passageiros e o piloto conseguiram sair rapidamente do avião e esperaram sobre um dos flutuadores.
Antes de a Guarda Costeira chegar, Nick Alessandrini, de 15 anos, e alguns amigos já haviam resgatado os passageiros.
"Todo mundo já estava fora da água quando chegamos.", disse o Chefe da Guarda Costeira Steve Phillips.
A Guarda Costeira informou que o serviço Sea Tow foi chamado para remover o avião, que caiu cerca de 100 metros ao largo da costa de Noyack.
Equipes de emergência disseram que foram ao local para remover rapidamente os 100 litros de combustível que estavam a bordo da aeronave quando ela virou.
Fonte: WPIX-TV / ASN - Fotos: 27east.com
Aviões tem pequena colisão no Aeroporto de Praga
O Boeing 737-8BK, prefixo TC-SNM, da empresa turca SunExpress, e o Airbus A321-131, prefixo D-AIRT, da alemã Lufthansa, tocaram-se na pista, durante o taxiamento, causando avarias nas asas. Ninguém ficou ferido.
Fontes: ASN / planes.cz / tn.nova.cz - Fotos: Boeing 737-8BK: Edwin Yii (planespotters.net) / A321-131: Thomas Becker (Flickr)
Porta de avião vindo do Brasil cai depois do pouso nos EUA
Nenhum dos 200 passageiros se machucou, segundo a empresa.
"Parece que os freios falharam ou as equipes de solo não colocaram os calços ao redor das rodas. O avião rolou para trás cerca de 200 pés, arrancando a porta para fora do Boeing 777", segundo o Blog Sky Talk.
Tim Wagner, porta-voz da empresa, disse que nenhum dos 200 passageiros e 14 tripulantes se machucou no incidente, ocorrido logo depois do pouso do voo 962.
Wagner afirmou que não estava claro se a tripulação teve culpa ou se houve falha mecânica no avião, um Boeing 777.
A empresa não tomou medidas disciplinares contra os funcionários.
O avião foi mandado para reparos.
Fonte: G1 ( com agências internacionais) - Fotos: Reprodução
Queda de caça sul-coreano mata seus dois ocupantes
Jato caiu menos de uma hora após decolar da base de Gangneung.
Um caça F-5 da Coreia do Sul (similar ao da foto acima) caiu nesta sexta-feira (18) na costa da província de Gangneung, 237 km a leste de Seul, por volta das 10h30 locais (22h30 de quinta, 17, em Brasília), segundo a agência local "Yonhap". Um piloto e um tripulante morreram.
A aeronave desapareceu do radar cerca de 2 Km de distância da base de Gangneung, 50 minutos após a decolagem. A causa do acidente não foi divulgada.
Os corpos do piloto e do tripulante foram localizados. Um deles foi encontrado amarrado a um paraquedas, o que indica que ele tentou ejetar. Equipes sul-coreanas tentam recuperar os destroços do jato espalhados nas águas.
O caça F5 é um modelo que começou a ser utilizado no mundo nos anos 60 e ainda cumpre normalmente as funções de treino de novos pilotos.
Fonte: EFE via G1
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Foto do Dia
O helicóptero Mil Mi-12, prefixo CCCP-21142/H-833, da Aeroflot, fotografado em 25 de maio de 1971, por um avião de reconhecimento da OTAN, quando sobrevoava o Mar Báltico, próximo a Dinamarca. Essa aeronave foi a grande sensação do Salão de Paris de 1971.
Foto: Erik Frikke (Airliners.net)
Primeiro voo da TAP entre Lisboa e Rio de Janeiro
Já era possível voar para o Brasil, nomeadamente através dos "voos da amizade", através de uma parceria com a brasileira Panair. A TAP não dispunha ainda de aviões de longo curso.
A compra de aviões Boeing 707 (similar ao da foto acima) permitiu à transportadora investir nos seus próprios voos para o Brasil e outros destinos. "Essa aquisição veio beneficiar a ligação com o Brasil, mas o motivo imediato foi o desenvolvimento da guerra em África", que exigia o transporte rápido de tropas, explica António Monteiro, director de comunicação e Relações Públicas da TAP.
As razões da aposta da TAP eram, portanto, mais "políticas" do que comerciais. Nos anos 1960, viajar de avião era ainda "coisa de ricos" ou tinha motivações de Estado. É nas décadas de 1970 e 1980 que se dá a "grande democratização do transporte aéreo", com a concorrência entre operadoras a ditar a abertura de novas ligações.
Apesar do contexto político, o voo Lisboa-Rio, que surge 20 anos depois da primeira linha comercial da TAP (Lisboa-Madrid), respondeu ao interesse da comunidade de emigrantes portugueses no Brasil, diz António Monteiro.
Nos primeiros anos, o voo Lisboa-Rio era semanal. Eram tempos em que a TAP transportava ainda um número reduzido de pessoas – só tinha atingido um milhão de passageiros em 1964. Só em 2009 a TAP transportou 1,2 milhões de pessoas unicamente para o Brasil.
Hoje, há 70 voos por semana para o Brasil, o que atesta o "grande reforço" da oferta da TAP para este destino. "Pela importância, pelas potencialidades e pela ligação entre Portugal e o Brasil, esse crescimento era inevitável", refere o porta-voz.
Fonte: Rádio Renascença (Portugal) - Foto: Divulgação/TAP
MAIS
17 de junho de 1922 - Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro, completando a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Autoridades do Quirguistão ameaçam exigir retirada de base norte-americana
"O Reino Unido nunca extradita ninguém que esteja no seu território. Mas, visto que o Reino Unido e os Estados Unidos lutam contra o terrorismo e a presença da base aérea é um dos elementos dessa luta, os britânicos devem extraditar Maksim Bakiev", declarou o vice-primeiro ministro quirguize, Azimbek Beknazarov.
Segundo a imprensa britânica, o filho de Kurmambek Bakiev chegou a Londres num avião particular e pediu asilo político. O ex-presidente encontrou refúgio na Bielorrússia.
Fonte: Agência Lusa - Imagens: defense-update.com / ESRI/USGS
Taxa de produção do Boeing 737 aumenta para 35 unidades por mês
Em maio, a Boeing mencionou a forte demanda pelo 737 Next-Generation como razão para a ampliação da produção de 31,5 para 34 aeronaves por mês e indicou os planos de estudar possíveis outros aumentos. O anúncio de hoje reflete o crescimento esperado de longo prazo neste segmento de mercado e a contínua pressão para aumentar a produção do avião para atender à demanda esperada pelo mercado.
“Nossos clientes continuam a mostrar sua preferência pelo 737 Next-Generation ao exercer opções de compra e fazendo novas encomendas”, diz Jim Albaugh, Presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes. “Nós alcançamos nosso backlog atual de forma eficiente e aumentar a escala de produção é o resultado do nosso planejamento e preparo. Continuaremos a acompanhar a demanda à medida que avançamos”, explica o executivo.
A Boeing e seus fornecedores irão se preparar para o aumento da taxa ao longo dos próximos 18 meses, avaliando a prontidão e assegurando o crescimento, a partir das atuais 31,5 unidades de aviões produzidos por mês. O aumento da taxa não deverá ter um impacto substancial nos resultados financeiros de 2010.
O programa do 737 Next-Generation continua a inovar nas áreas de navegação melhorada, desempenho e conforto para passageiros. O programa irá entregar o seu primeiro Boeing 737 Sky Interior em outubro e irá implementar um pacote de melhorias de desempenho em 2012, adiantando que se espera reduzir o consumo de combustível em até 2%.
Fonte: Portal Fator Brasil
Ryanair provoca TAP ao oferecer viagem a Fernando Pinto
Ryanair e TAP entraram hoje em conflito direto, depois de a low-cost irlandesa ter oferecido um bilhete de avião ao presidente da companhia de aviação nacional de Portugal, convidando-o a “experimentar a eficiência e pontualidade da companhia líder em tarifas baixas".
Em comunicado, a Ryanair destaca a "visível perda de popularidade da TAP no aeroporto do Porto", onde agora detém uma quota de mercado de 32 por cento, o que a coloca em segundo lugar em termos de tráfego aéreo por uma ligeira diferença de 33 passageiros.
A companhia de aviação irlandesa salienta que viu o seu tráfego crescer 40 por cento em relação ao período homólogo, “o que se deveu às tarifas mais baixas praticadas, à menor taxa de bagagem perdida e à melhor pontualidade da Europa”.
Em tom de provocação, decidiu oferecer ao presidente da TAP um bilhete gratuito para que Fernando Pinto “possa experimentar a eficiência e pontualidade da companhia líder em tarifas baixas”.
Além disso, para “celebrar o declínio da popularidade da TAP no aeroporto Sá Carneiro”, vai disponibilizar bilhetes a dez euros a partir da meia-noite de hoje e válidos até à meia-noite de segunda-feira, dia 21, refere o comunicado.
Em reação, a TAP respondeu que "tem um modelo de negócio baseado na qualidade e na preocupação em proteger os seus passageiros em todas as circunstâncias", acrescentando que respeita as companhias que "seguem outros modelos".
Acrescenta ainda que "tem vindo a merecer a crescente confiança dos mercados em que opera, com crescimentos acima da média da indústria, conforme se verifica também nos primeiros cinco meses de 2010".
E termina apontando o caso de alguns passageiros de uma transportadora aérea low-cost (cujo nome não revela) que, por causa dos constrangimentos provocados pela erupção de um vulcão na Islândia, "adquiriram bilhetes da TAP, queixando-se de não terem tido qualquer proteção no período de encerramento do aeroporto, nem qualquer indicação de quando poderiam voar para os respectivos destinos".
A Ryanair já se envolveu em polêmicas como esta no passado. Uma das mais conhecidas envolveu o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e Carla Bruni, cuja imagem foi utilizada pela empresa numa campanha de publicidade.
A low-cost foi processada pelo casal e obrigada a pagar uma multa de 60 mil euros. O fato de este caso se ter arrastado até aos tribunais acabou por surtir um efeito positivo para a marca Ryanair, pelo número de notícias geradas em redor do processo.
Fonte: Raquel Almeida Correia (Público - Portugal) - Foto: Miguel Manso
Relatório lança pouca luz sobre catástrofe aérea de 1985
A catástrofe ocorreu no dia 23 de junho de 1985 e foi atribuída a um grupo de sepatistas Sikh, que desejavam vingar o ataque de 1984 contra o Templo Dourado de Amritsar.
Em 1991, um Sikh, Inderjit Singh Reyat, foi condenado a dez anos de prisão e no ano seguinte outro suspeito foi morto pela polícia indiana. Mas o caso frustrou a opinião pública, por não ser esclarecido o envolvimento de dois outros suspeitos, absolvidos por falta de provas.
O voo 182 da Air India partira de Montreal e dirigia-se para Nova Deli, com a primeira escala em Londres. O Boeing 747-237B, prefixo VT-EFO (foto acima), apelidado de 'Imperador Kanishka', desapareceu dos radares e os pilotos nem tiveram tempo para emitir um pedido de socorro. Os destroços foram encontrados pouco depois, ao largo da Irlanda e, rapidamente, se tornou evidente que a segurança tinha sido comprometida, com confusões de malas e troca de nomes.
Uma hora depois da catástrofe, uma mala explodiu no aeroporto de Narita, no Japão, matando dois empregados. Isso levou à identificação de um grupo de suspeitos, todos Sikh.
Das 329 vítimas do Air India, foram recuperados 131 corpos e as autópsias revelaram que o avião se partira e que algumas pessoas tinham morrido da explosão, enquanto outras de asfixia ou do impacto no mar.
Porta direita do Boeing encontrada no oceano
No embarque em Montreal, a polícia retirara três malas suspeitas, mas deixara passar bombas dentro de radiogravadores.
Fontes: Diário de Notícias (Portugal) / Site Desastres Aéreos - Fotos: Avião em 24.10.81, em Londres: Tim Rees (Airliners.net) / Destroços, corpos e mapa: Agências Internacionais
Sem pistas de pouso oficiais, aldeias Ianomâmi ficam sem atendimento médico no Amazonas
De acordo com a Hutukara Associação Ianomâmi, há pelo menos dois pacientes esperando remoção para Boa Vista em comunidades isoladas. Um deles, de acordo com Dário Vitório Xirian, diretor da Hutukara, foi picado por uma cobra há cinco dias e está com a perna necrosando. Xirian não soube precisar o número de comunidades que ficaram sem atendimento, mas apontou que são 14 as pistas não homologadas na reserva.
Segundo informa a assessoria de imprensa da Funasa em Roraima, boa parte das pistas usadas na Terra Ianomâmi foi construída por garimpeiros que exploravam a região e não está dentro das especificações da Anac. Ainda assim, a fundação as utilizava porque eram a única forma de acesso aos índios. Desde a semana passada, a empresa área contratada para transportar os funcionários da Funasa e os pacientes tem se recusado a voar para o local em cumprimento à determinação da Anac.
A Funasa afirma que pedir a homologação das pistas junto à Anac é responsabilidade da Funai. O pedido já teria sido feito. Não há previsão para que os voos à Terra Ianomâmi sejam retomados. Os ianomâmi somam 17 mil pessoas divididas entre 300 comunidades.
Fonte: Globo Amazônia via O Globo