sexta-feira, 18 de junho de 2010

Aéreas rejeitam 42 slots distribuídos em Congonhas

As companhias aéreas devolveram 42 slots (horários de pouso e decolagem) dos 202 distribuídos para o Aeroporto de Congonhas (SP) em março pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Todas as frequências de voos rejeitadas foram consideradas inviáveis comercialmente e estavam em rotas de fim de semana.

De acordo com o superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da Anac, Juliano Alcântara Noman, a TAM foi a companhia que devolveu o maior números de horários, ao todo foram 12 slots. A Gol, NHT e Webjet entregaram oito frequências cada, enquanto a Azul devolveu outros seis. Oceanair (que adotou a marca Avianca) foi a única que não devolveu slots de Congonhas.

Durante o processo de distribuições de slots, a Gol foi a que recebeu mais frequências (56). A TAM e Oceanair, obtiveram 54 e 38 slots, respectivamente. As demais empresas, que não operavam no aeroporto, ficaram com um número menor de frequências de voo. A NHT havia ficado com 28, a Webjet com 18 e a Azul com oito.

Noman considera que a regras de distribuição de slots podem ser aperfeiçoadas para estimular a competição entre as companhias aéreas nos aeroportos.

- Hoje, as empresas que já atuam ficam com 80%. O restante fica com aquelas que ainda não tem voos no aeroportos, justamente as que poderiam aumentar a concorrência - afirmou.

A mudança nas regras de distribuição de slots dependem exclusivamente da agência reguladora. Os parâmetros atuais foram instituídos por meio de resolução aprovada pela diretoria.

O superintendente da Anac informou que o prazo de um mês para início da operação com os novos slots foi prorrogado para 60 dias. Ele explicou que o prazo foi dado para que as novas empresas com operação em Congonhas pudessem instalar as lojas comerciais e iniciarem as vendas para não "voarem vazias". Além disso, os técnicos da agência precisaram de mais tempo para avaliarem os critérios de segurança dos novos voos.

Com a devolução dos Slots, Noman avalia que Congonhas não tem mais horários de interesse das companhias para voos comerciais, em especial durante o meio de semana. Segundo ele, todos considerados viáveis estão alocados e em operação.

- É difícil apontar um determinado momento do dia como a 'hora de pico' do aeroporto - ressaltou.

Fonte: Valor Online via O Globo - Foto: Airliners.net

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