Inquérito sobre atentado contra voo da Air India levou 25 anos e conclui que houve erros de coordenação policial no Canadá.
O governo canadense publicou o relatório com a investigação a um dos maiores atentados aéreos, a destruição do voo 182 da Air India, no qual morreram 329 pessoas. O documento surge 25 anos depois dos fatos, mas não lança nova luz sobre o episódio, embora conclua que o Canadá precisa coordenar as atividades da sua polícia com as dos serviços secretos e aumentar a vigilância antiterrorista.A catástrofe ocorreu no dia 23 de junho de 1985 e foi atribuída a um grupo de sepatistas Sikh, que desejavam vingar o ataque de 1984 contra o Templo Dourado de Amritsar.
Em 1991, um Sikh, Inderjit Singh Reyat, foi condenado a dez anos de prisão e no ano seguinte outro suspeito foi morto pela polícia indiana. Mas o caso frustrou a opinião pública, por não ser esclarecido o envolvimento de dois outros suspeitos, absolvidos por falta de provas.
O voo 182 da Air India partira de Montreal e dirigia-se para Nova Deli, com a primeira escala em Londres. O Boeing 747-237B, prefixo VT-EFO (foto acima), apelidado de 'Imperador Kanishka', desapareceu dos radares e os pilotos nem tiveram tempo para emitir um pedido de socorro. Os destroços foram encontrados pouco depois, ao largo da Irlanda e, rapidamente, se tornou evidente que a segurança tinha sido comprometida, com confusões de malas e troca de nomes.
Uma hora depois da catástrofe, uma mala explodiu no aeroporto de Narita, no Japão, matando dois empregados. Isso levou à identificação de um grupo de suspeitos, todos Sikh.
Das 329 vítimas do Air India, foram recuperados 131 corpos e as autópsias revelaram que o avião se partira e que algumas pessoas tinham morrido da explosão, enquanto outras de asfixia ou do impacto no mar.
Porta direita do Boeing encontrada no oceano
No embarque em Montreal, a polícia retirara três malas suspeitas, mas deixara passar bombas dentro de radiogravadores.
Fontes: Diário de Notícias (Portugal) / Site Desastres Aéreos - Fotos: Avião em 24.10.81, em Londres: Tim Rees (Airliners.net) / Destroços, corpos e mapa: Agências Internacionais
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