A disputa por votos no Amazonas eleva em até 50% o número de voos fretados em táxi aéreo com destino ao interior do Estado, entre os meses de junho e setembro de anos eleitorais, segundo estimativas de proprietários e gerentes comerciais de empresas do setor.
Como só existem voos regulares para três dos 61 municípios do interior, o crescimento da demanda por fretamentos nesse período indica que grande parte dos políticos só dá atenção ao interior do Estado quando busca obter os votos dos 870.702 eleitores que vivem fora de Manaus, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O interior responde por 44% do eleitorado do Amazonas.
Ao todo, dez empresas do segmento são registradas junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voar no Amazonas. Segundo proprietários ouvidos pelo Terra, o número de aeronaves disponíveis para fretamentos comerciais é suficiente para atender a demanda gerada pelo período eleitoral.
A hora de voo para municípios do interior do Estado custa em média R$ 1,5 mil, podendo variar de acordo com o tamanho da aeronave. Segundo o diretor-presidente da empresa Parintins Táxi Aéreo, Mauro Paulino de Lima, uma viagem para cidades mais distantes da capital, como Ipixuna e Eirunepé, pode custar até R$ 16 mil.
Mauro Paulino contou que o ritmo de voos é tão intenso entre junho e outubro de anos eleitorais que as aeronaves só param para receber manutenção. "Eles geralmente procuram em grupos para percorrer várias cidades e comunidades próximas umas das outras, situadas na mesma calha de rio", relatou.
O diretor comercial da Manaus Aerotáxi, Marcondes Chagas, declarou que os 11 aviões da empresa só preenchem toda a programação de voos durante o período eleitoral. Ele explicou que os políticos combinam uma logística de viagem com a empresa para visitar vários locais, inclusive comunidades ribeirinhas, e por isso preferem aviões menores.
Empresários denunciam voos piratas
Como só existem voos regulares para três dos 61 municípios do interior, o crescimento da demanda por fretamentos nesse período indica que grande parte dos políticos só dá atenção ao interior do Estado quando busca obter os votos dos 870.702 eleitores que vivem fora de Manaus, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O interior responde por 44% do eleitorado do Amazonas.
Ao todo, dez empresas do segmento são registradas junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voar no Amazonas. Segundo proprietários ouvidos pelo Terra, o número de aeronaves disponíveis para fretamentos comerciais é suficiente para atender a demanda gerada pelo período eleitoral.
A hora de voo para municípios do interior do Estado custa em média R$ 1,5 mil, podendo variar de acordo com o tamanho da aeronave. Segundo o diretor-presidente da empresa Parintins Táxi Aéreo, Mauro Paulino de Lima, uma viagem para cidades mais distantes da capital, como Ipixuna e Eirunepé, pode custar até R$ 16 mil.
Mauro Paulino contou que o ritmo de voos é tão intenso entre junho e outubro de anos eleitorais que as aeronaves só param para receber manutenção. "Eles geralmente procuram em grupos para percorrer várias cidades e comunidades próximas umas das outras, situadas na mesma calha de rio", relatou.
O diretor comercial da Manaus Aerotáxi, Marcondes Chagas, declarou que os 11 aviões da empresa só preenchem toda a programação de voos durante o período eleitoral. Ele explicou que os políticos combinam uma logística de viagem com a empresa para visitar vários locais, inclusive comunidades ribeirinhas, e por isso preferem aviões menores.
Empresários denunciam voos piratas
Proprietários de empresas de táxi aéreo de Manaus relataram que há políticos utilizando serviços clandestinos para viajar ao interior do Estado, pagando valores abaixo dos preços de mercado. A prática é proibida pela Anac.
Paulino de Lima relatou que o avanço dos piratas tem enfraquecido o setor, além de colocar em risco a aviação civil no Amazonas. "Eles usam aviões particulares para fazer fretamentos de voos comerciais, sem emitir notas fiscais nem ter custos com tripulação", afirmou Mauro Paulino de Lima.
A existência do serviço clandestino também foi confirmada pelo proprietário da Tio Táxi Aéreo, Mário Ivan Oliveira. Ele criticou a falta de fiscalização por parte da Anac e afirmou que ao menos 15 aeronaves particulares voam semanalmente com passageiros para o interior do Estado. "Todos procuram os voos piratas pelo baixo preço, principalmente os políticos", ressaltou.
Em nota, a Anac informou que a prática "é criminosa e é preciso a ação da sociedade para coibi-la". De acordo com o órgão, uma campanha veiculada desde o ano passado alerta para os riscos do táxi aéreo-pirata, tanto para passageiros quanto para pilotos. A campanha orienta os usuários do serviço a consultar quais empresas de táxi aéreo são autorizadas a realizar vôos comerciais no site da Agência.
Sobre as críticas em relação à fiscalização no Amazonas, a Anac informou que a Unidade Regional da Agência em Manaus passou a ser um escritório mas manteve todos os serviços que antes eram prestados no local. O órgão afirmou ainda que a fiscalização no Amazonas é feita regularmente mas reconheceu que os técnicos enfrentam dificuldades para comprovar a prática por conta da fragilidade das provas.
Fonte: Raphael Cortezão (Terra)
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