A Polícia Federal (PF) e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) afirmaram nesta sexta-feira (12) que um possível reconhecimento visual das vítimas pelos familiares que se encontram no Recife não teria valor legal. Uma nota divulgada no início da noite assegura que a identificação visual só tem validade "se corroborado por provas técnicas".
Segundo a nota, os parentes foram avisados que não terão acesso aos corpos que passam por exames legais no IML (Instituto de Medicina Legal) do Recife. Pelo menos três familiares de vítimas estão na capital pernambucana desde a madrugada de hoje. Dois deles tentaram entrar no IML para acompanhar a necropsia hoje pela manhã, sem sucesso.
Além de descartar a validade jurídica, as autoridades responsáveis pelas perícias acham impossível o reconhecimento de algum dos 16 corpos que já estão no Recife por conta do avançado estado de decomposição dos mesmos. "O estado em que se encontram não garante que uma eventual indicação positiva por parte dos familiares seja conclusiva", asseguram as autoridades.
Para ajudar no trabalho de identificação, foram solicitados prontuários de identificação civil das vítimas às respectivas secretarias de Segurança Pública dos Estados de origem das 58 vítimas brasileiras que estavam no Airbus A330.
A identificação por meio de pertences e roupas das vítimas também já foi descartada. "É inviável garantir que duas ou mais pessoas não estivessem trajando vestimentas semelhantes ou possuíssem pertences parecidos. Além disso, a disponibilização de tais pertences, que estão lacrados e catalogados, poderia contaminar a cadeia de custódia de prova, prejudicando todo o processo que está sendo realizado pelos peritos, além de descumprir regras internacionais", alega a nota.
Na tarde desta sexta-feira, familiares de duas vítimas se reuniram com o secretário em exercício da SDS-PE, Cláudio Lima, com o superintendente da PF em Pernambuco, Paulo Teixeira, e com o gerente-geral de Polícia Científica, Francisco Sarmento. Segundo a nota divulgada pelas autoridades, no encontro "foram explicados os motivos técnicos que não permitem que os familiares tentem realizar a identificação dos corpos, assim como dos pertences colhidos".
O UOL Notícias tentou um contato com Maarten Van Sluijs (que está no Recife e é irmão de uma das vítimas), mas o celular dele estava desligado.
Sem prazo
PF e SDS-PE informam ainda que os trabalhos para determinação da causa de morte e identificação dos corpos, que começaram às 14h desta quinta-feira, "continuam em andamento". "Ainda não há previsão de término para as atividades periciais, uma vez que todas as exigências técnicas estão sendo rigorosamente atendidas, por serem a garantia do sucesso dos trabalhos", diz a nota.
Como o acidente da Air France envolve passageiros de 32 nacionalidades, outra preocupação das autoridades brasileiras é obedecer aos protocolos internacionais e assim "garantir sua segurança e confiabilidade". De acordo com a nota, "procedimentos como perinecroscopia, radiologia, datiloscopia, exame odonto-legal e necropsia são imprescindíveis para assegurar a veracidade dos resultados e ainda para fornecer elementos que auxiliem na resolução das causas do acidente". Cada um dos corpos passa por etapas determinadas nas regras internacionais da atividade.
Ao todo, 39 peritos de quatro Estados e dois federais participam da força-tarefa montada pelas autoridades. Outros dois peritos franceses participam a título de observadores das análises dos corpos.
Mais corpos
Neste sábado, mais 20 corpos devem chegar ao Recife, vindos de Fernando de Noronha em um avião Hércules C-130 da FAB (Força Aérea Brasileira). Ao todo, 25 corpos de vítimas do voo AF 447 estão passando por perícias iniciais no arquipélago. Outros três estão a bordo da fragata Constituição e mais seis estão em embarcações francesas, totalizando 50 vítimas resgatadas
Fonte: Carlos Madeiro (Especial para o UOL Notícias)
Segundo a nota, os parentes foram avisados que não terão acesso aos corpos que passam por exames legais no IML (Instituto de Medicina Legal) do Recife. Pelo menos três familiares de vítimas estão na capital pernambucana desde a madrugada de hoje. Dois deles tentaram entrar no IML para acompanhar a necropsia hoje pela manhã, sem sucesso.
Além de descartar a validade jurídica, as autoridades responsáveis pelas perícias acham impossível o reconhecimento de algum dos 16 corpos que já estão no Recife por conta do avançado estado de decomposição dos mesmos. "O estado em que se encontram não garante que uma eventual indicação positiva por parte dos familiares seja conclusiva", asseguram as autoridades.
Para ajudar no trabalho de identificação, foram solicitados prontuários de identificação civil das vítimas às respectivas secretarias de Segurança Pública dos Estados de origem das 58 vítimas brasileiras que estavam no Airbus A330.
A identificação por meio de pertences e roupas das vítimas também já foi descartada. "É inviável garantir que duas ou mais pessoas não estivessem trajando vestimentas semelhantes ou possuíssem pertences parecidos. Além disso, a disponibilização de tais pertences, que estão lacrados e catalogados, poderia contaminar a cadeia de custódia de prova, prejudicando todo o processo que está sendo realizado pelos peritos, além de descumprir regras internacionais", alega a nota.
Na tarde desta sexta-feira, familiares de duas vítimas se reuniram com o secretário em exercício da SDS-PE, Cláudio Lima, com o superintendente da PF em Pernambuco, Paulo Teixeira, e com o gerente-geral de Polícia Científica, Francisco Sarmento. Segundo a nota divulgada pelas autoridades, no encontro "foram explicados os motivos técnicos que não permitem que os familiares tentem realizar a identificação dos corpos, assim como dos pertences colhidos".
O UOL Notícias tentou um contato com Maarten Van Sluijs (que está no Recife e é irmão de uma das vítimas), mas o celular dele estava desligado.
Sem prazo
PF e SDS-PE informam ainda que os trabalhos para determinação da causa de morte e identificação dos corpos, que começaram às 14h desta quinta-feira, "continuam em andamento". "Ainda não há previsão de término para as atividades periciais, uma vez que todas as exigências técnicas estão sendo rigorosamente atendidas, por serem a garantia do sucesso dos trabalhos", diz a nota.
Como o acidente da Air France envolve passageiros de 32 nacionalidades, outra preocupação das autoridades brasileiras é obedecer aos protocolos internacionais e assim "garantir sua segurança e confiabilidade". De acordo com a nota, "procedimentos como perinecroscopia, radiologia, datiloscopia, exame odonto-legal e necropsia são imprescindíveis para assegurar a veracidade dos resultados e ainda para fornecer elementos que auxiliem na resolução das causas do acidente". Cada um dos corpos passa por etapas determinadas nas regras internacionais da atividade.
Ao todo, 39 peritos de quatro Estados e dois federais participam da força-tarefa montada pelas autoridades. Outros dois peritos franceses participam a título de observadores das análises dos corpos.
Mais corpos
Neste sábado, mais 20 corpos devem chegar ao Recife, vindos de Fernando de Noronha em um avião Hércules C-130 da FAB (Força Aérea Brasileira). Ao todo, 25 corpos de vítimas do voo AF 447 estão passando por perícias iniciais no arquipélago. Outros três estão a bordo da fragata Constituição e mais seis estão em embarcações francesas, totalizando 50 vítimas resgatadas
Fonte: Carlos Madeiro (Especial para o UOL Notícias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário