O lançamento de um novo avião "verde" pelo Construtor canadense Bombardier, no nariz dos gigantes Boeing e Airbus, foi bem recebido nesta semana pelos mercados, mas levantou dúvidas sobre as encomendas futuras e uma possível queixa de seus rivais na OMC (Organização Mundial do Comércio).
A ação do construtor canadense foi a mais negociada na Bolsa de Toronto, um dia depois do lançamento da CSeries, uma nova gama de aeronaves de 110 a 130 assentos que propõe uma redução de 20% do consumo de combustível.
A Bombardier, que vinha se limitando até agora a fabricar aviões regionais de 100 assentos, se lança agora num ramo dominado pelo europeu Airbus e a americana Boeing, primeiro com seu A319 (125 lugares) e o segundo com seus B737-600 e 700 (110-130 assentos).
"É claro que é uma grande aposta se lançar num mercado com gigantes como a Boeing e a Airbus", reconheceu à AFP Jacques Roy, professor da escola de Altos Estudos Comerciais (HEC) de Montreal.
O grupo canadense, terceiro construtor de aviões do mundo, já havia indicado que visava uma encomenda confirmada de pelo menos 50 aeronaves antes de anunciar a decolagem desta nova gama de aviões, mas se contentou com menos.
"O apoio inicial é menos importante neste momento, mas o fato de ele vir de um transportador aéreo de grande qualidade como a Lufthansa é definitivamente uma notícia positiva", indicou nesta segunda-feira Fadi Chamoun, analista da UBS.
O transportador alemão assinou uma carta de interesse prevendo a compra de 30 aviões e opções para mais 30, uma encomenda que pode chegar a US$ 2,8 bilhões.
A demanda para este novo birreator é "morna", escreveu na segunda-feira o New York Times sobre a encomenda da Lufthansa. Mas a China Southern, a Shanghai Airlines, a ILFC e a Qatar Airways podem também fazer encomendas, segundo o analista Jacques Kavafian, da empresa Research Capital.
O primeiro avião da CSeries deve ser entregue em 2013. "Se quiser atingir sua meta de 2013, a Bombardier deve muito em breve se posicionar para obter materiais e componentes porque suas empresas fornecedoras também fazem negócios com a Boeing e a Airbus que já são muito atrasadas", advertiu Roy.
A direção da Bombardier talvez tenha anunciado a decolagem da CSeries com um único cliente justamente para não atrasar na entrega, destacou.
O desenvolvimento e a construção do novo avião deve criar 3.500 empregos na região de Montreal, onde o novo aparelho deve ser montado e uma parte da funilaria fabricada, e várias centenas de outros na Irlanda do Norte.
O Reino Unido, o Canadá e o Quebec investirão cerca de US$ 778 milhões para garantir cerca de um terço dos US$ 2,6 bilhões essenciais para o desenvolvimento da CSeries.
As autoridades garantiram que estas subvenções não violam as regras da OMC, mas alguns especialistas apostam que haverá recursos na organização.
"Acredito que os representantes do comércio dos Estados Unidos (pela Boeing) vão apresentar queixa contra o Canadá no caso da CSeries", escreveu ao jornal The Globe and Mail, David Pritchard, professor especializado em relações comerciais canadense-americana na Universidade de Buffalo.
Os EUA apresentaram queixa na OMC contra os subsídios ao lançamento de aeronaves concedidos por países europeus à Airbus para seu projeto A350.
Fonte: France Presse
A ação do construtor canadense foi a mais negociada na Bolsa de Toronto, um dia depois do lançamento da CSeries, uma nova gama de aeronaves de 110 a 130 assentos que propõe uma redução de 20% do consumo de combustível.
A Bombardier, que vinha se limitando até agora a fabricar aviões regionais de 100 assentos, se lança agora num ramo dominado pelo europeu Airbus e a americana Boeing, primeiro com seu A319 (125 lugares) e o segundo com seus B737-600 e 700 (110-130 assentos).
"É claro que é uma grande aposta se lançar num mercado com gigantes como a Boeing e a Airbus", reconheceu à AFP Jacques Roy, professor da escola de Altos Estudos Comerciais (HEC) de Montreal.
O grupo canadense, terceiro construtor de aviões do mundo, já havia indicado que visava uma encomenda confirmada de pelo menos 50 aeronaves antes de anunciar a decolagem desta nova gama de aviões, mas se contentou com menos.
"O apoio inicial é menos importante neste momento, mas o fato de ele vir de um transportador aéreo de grande qualidade como a Lufthansa é definitivamente uma notícia positiva", indicou nesta segunda-feira Fadi Chamoun, analista da UBS.
O transportador alemão assinou uma carta de interesse prevendo a compra de 30 aviões e opções para mais 30, uma encomenda que pode chegar a US$ 2,8 bilhões.
A demanda para este novo birreator é "morna", escreveu na segunda-feira o New York Times sobre a encomenda da Lufthansa. Mas a China Southern, a Shanghai Airlines, a ILFC e a Qatar Airways podem também fazer encomendas, segundo o analista Jacques Kavafian, da empresa Research Capital.
O primeiro avião da CSeries deve ser entregue em 2013. "Se quiser atingir sua meta de 2013, a Bombardier deve muito em breve se posicionar para obter materiais e componentes porque suas empresas fornecedoras também fazem negócios com a Boeing e a Airbus que já são muito atrasadas", advertiu Roy.
A direção da Bombardier talvez tenha anunciado a decolagem da CSeries com um único cliente justamente para não atrasar na entrega, destacou.
O desenvolvimento e a construção do novo avião deve criar 3.500 empregos na região de Montreal, onde o novo aparelho deve ser montado e uma parte da funilaria fabricada, e várias centenas de outros na Irlanda do Norte.
O Reino Unido, o Canadá e o Quebec investirão cerca de US$ 778 milhões para garantir cerca de um terço dos US$ 2,6 bilhões essenciais para o desenvolvimento da CSeries.
As autoridades garantiram que estas subvenções não violam as regras da OMC, mas alguns especialistas apostam que haverá recursos na organização.
"Acredito que os representantes do comércio dos Estados Unidos (pela Boeing) vão apresentar queixa contra o Canadá no caso da CSeries", escreveu ao jornal The Globe and Mail, David Pritchard, professor especializado em relações comerciais canadense-americana na Universidade de Buffalo.
Os EUA apresentaram queixa na OMC contra os subsídios ao lançamento de aeronaves concedidos por países europeus à Airbus para seu projeto A350.
Fonte: France Presse
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