quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

EADS vence contrato para vender aviões-tanque à Arábia Saudita

Enquanto nos EUA a disputa continua acirrada entre Boeing e EADS por um contrato de US$ 40 bilhões para a troca da frota de aviões-tanque da Força Aérea, a companhia européia já se saiu vitoriosa em outra competição. Embora tenha sido escolhida há quase um ano, a EADS, controladora da Airbus, apenas pôde agora anunciar ter vencido a concorrência para fornecer 3 aviões-tanque às forças armadas da Arábia Saudita.

Embora não seja divulgado o valor da concorrência, o negócio é importante porque soma mais uma vitória para o lado da EADS com seu A330 modificado para servir de avião-tanque. Além da Real Força Aérea Saudita, o modelo, denominado A330 MRTT, foi escolhido também pelas forças aéreas da Austrália e dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Além disso, o governo do Reino Unido já afirmou que é a aeronave preferida para substituir seus atuais aviões-tanque.

A aquisição desse produto por esse importante cliente prova mais uma vez nossa capacidade no campo do reabastecimento aéreo. Esse é mais um passo em direção à consolidação da EADS como referência para os sistemas mais avançados de reabastecimento, disse o chefe da divisão de Aeronaves Militares da EADS, Carlos Suárez.

Nos EUA, o governo recebeu as propostas finais de Boeing e da EADS no último dia 3. A concorrência vai escolher o fornecedor dos aviões-tanque que vão substituir os atuais KC135 (fabricados pela Boeing) à partir de 2013. A Boeing apresentou um modelo baseado em seu avião comercial 767, enquanto a Airbus montou sua proposta com base no A330.

Sendo um dos contratos de defesa mais volumosos dos últimos anos, a disputa entre as duas está mais acirrada que o normal. De ambos os lados as companhias atacam o produto da concorrente, o que é incomum em licitações militares, já que muitas vezes a empresa concorrente em um contrato é a parceira em outro processo.

A Força Aérea dos EUA, embora queira os novos aviões-tanque em operação em 2013, não tem data definida para encerrar a licitação.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

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