segunda-feira, 7 de junho de 2010

Bastidores: ...e assim, naquela manhã de junho, o F-5 interceptou o Vulcan

Tem história o caça mais importante da FAB. Abateu Mirages franceses e ameaçou os F-16 americanos em jogos de guerra. Quando ainda era o F-5E Tiger II, foi protagonista de uma história emocionante, durante a guerra entre Argentina e Grã-Bretanha pelas Ilhas Falklands/Malvinas. No dia 3 de junho de 1982, dois caças do 1.º Grupo de Aviação da base aérea de Santa Cruz, no Rio, foram acionados para interceptar um bombardeiro Vulcan, britânico (foto abaixo).

O enorme jato, projetado para lançar mísseis nucleares, voltava de um longo ataque contra radares da defesa aérea argentina. Com autonomia de apenas 2,7 mil km, o percurso de 18 mil km, com margem de segurança, ida e volta à ilha de Ascensão, na linha superior do Atlântico, exigia vários reabastecimentos no ar por meio de uma frota de aviões-tanque Victor.

O Vulcan teve dois problemas: um de seus mísseis Shrike, antirradar, não se soltou do cabide no momento do disparo ? e a sonda de transferência de combustível quebrou. Temendo a ação dos caças inimigos, o comandante inglês decidiu tomar a direção do Rio em silêncio de rádio. O que ele não sabia é que os serviços de inteligência relatavam a possibilidade de um ataque de advertência contra o Brasil, que apoiava claramente a posição da Argentina.

Sob esse foco, os F-5E decolaram às 10h50. Romperam a barreira do som quando ultrapassaram a velocidade de 34o metros por segundo. O estrondo foi ouvido em vários pontos da cidade. Vidraças quebraram. Prontos para o fogo de abate, os caças se aproximaram do grande bombardeiro, que reagiu rápido, às 11h04, declarando emergência e pedindo socorro.

Guiado pelos brasileiros até a base aérea do Galeão, o impressionante Vulcan, com sua asa delta que mede 368 m² de área, pousou às 11h17. O míssil que trazia foi removido e minuciosamente examinado por especialistas do CTA. Ninguém confirma, mas a versão corrente é de que a arma nunca foi devolvida e teria servido de base para o desenvolvimento da versão nacional do mesmo tipo de equipamento.

26 anos depois. Em novembro de 2008, aconteceu de novo. O caça já era o F-5EM do 1.º Grupo de Aviação de Caça, da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio. Interceptou um DC-8 comercial ao largo do litoral, na altura de Cabo Frio. A aeronave, um cargueiro com 20 toneladas a bordo, era fretada pelo governo britânico. O jato estava armado com mísseis e um canhão de 30 milímetros e, mais uma vez, seguia do arquipélago das Falklands/Malvinas rumo à Ascensão.

O piloto do cargueiro pretendia pousar em Cabo Frio para reabastecer. Por uma falha na documentação, ou erro na comunicação, o jato foi classificado como invasor. Passava das 15 horas. O DC-8 foi interceptado em sete minutos. A tripulação não resistiu à ordem de acompanhar o caça. O DC-8 foi comboiado para o terminal militar do Aeroporto do Galeão.

Fonte: Roberto Godoy (O Estado de S.Paulo) - Fotos: aereo.jor.br / mod.uk

Tigre renovado é o principal caça da FAB

Embraer completa a modernização de 46 jatos F-5E na unidade de Gavião Peixoto, a fábrica de aviões de combate

Os dias andam agitados na linha de produção de máquinas de guerra, a 300 quilômetros de São Paulo. A fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto, está abrigando uma frota de combate: oito supersônicos F-5E, três caças bombardeiros AMX, e três A-4 Skyhawk, da Marinha, todos passando por um amplo programa de modernização tecnológica.

Novos, há dez turboélices de ataque leve, Super Tucanos. Um deles, do lote de 12 unidades vendido para o Chile, foi entregue na quinta-feira. Outro, com a camuflagem em padrão digital da Força Aérea do Equador, outro país cliente, aguardava liberação da equipe técnica para o dia seguinte.

Ao lado desse hangar, onde câmeras fotográficas não são bem recebidas e é conveniente que as pessoas vestindo farda não tenham nome nem rosto, o clima é outro. Dali saem os sofisticados jatos Phenom executivos. O preço começa em US$ 3 milhões. Quem tiver todo esse dinheiro e puder pagar agora, só vai conseguir com isso garantir um lugar na fila ? para receber o avião apenas em 2013.

Há voos o dia todo, decolando e pousando na pista de cinco quilômetros de extensão, repleta de sensores e recursos de teste. Nesse ambiente, pouca coisa é capaz de atrair a atenção dos 2,2 mil técnicos que trabalham na área. Uma delas, talvez a única, rugia as cinco toneladas de força das turbinas duplas às 10 horas de sexta-feira ? o caça F-5EM, a versão modernizada do modelo II/E da Northrop americana, comprado em sucessivos lotes desde 1974 pela aviação militar, tira o pessoal de dentro dos pavilhões.

"Há torcedores aqui como em clubes de futebol", conta o engenheiro Juliano Castilho. Em sua equipe há um funcionário que guarda anotados detalhes de todos os voos, desde o primeiro, em 2003, dos 38 supersônicos que já passaram por Gavião Peixoto. O caça renovado pela Embraer, associado à israelense Elbit, superou expectativas e vai voar até 2021, afirma um ex-gestor do programa, avaliado em US$ 420 milhões.

Para o atual vice-presidente de Mercado de Defesa, Orlando Ferreira Neto, "o principal benefício para a empresa foi, sem dúvida, desenvolver a capacitação no aperfeiçoamento eletrônico das aeronaves e a integração de sistemas".

Não, esse não será um novo ramo de negócios para a Embraer, "a menos que surja um cliente com necessidade bem específica". Na mesma linha, a companhia cuida da revitalização de 53 AMX, da FAB, e de 12 A-4 Skyhawk, da ala aérea do porta-aviões São Paulo. Significa um faturamento anual da ordem de US$ 100 milhões até 2016, afirma o vice-presidente.

Em consequência do bom desempenho, o Comando da Aeronáutica mantém o F-5EM, senão em sigilo, ao menos sob intensa discrição. O principal avião de combate da Força é uma evolução do tipo original do qual, desde 1964, foram fabricadas 3.806 unidades. Recebeu um novo painel com telas digitais coloridas de cristal líquido, comando unificado, computadores de última geração, capacidade para uso de capacete com visualização de sistemas e de lançamento de bombas guiadas por laser, de mísseis de alcance além do horizonte, armas antirradar e recursos para elevar o índice de acerto no emprego de bombas "burras".

O principal diferencial incorporado, entretanto, é o novo radar Grifo, multimodo, com alcance de 80 quilômetros. Pode detectar até quatro diferentes alvos ao mesmo tempo, priorizando cada um deles pelo grau de ameaça.

Na sexta-feira, o piloto de ensaios Carlos Moreira Chester, um ex-caçador militar de 41 anos, levou o 4827 para os 13 mil metros. O voo, o terceiro antes da entrega para a FAB, só revelou problemas de rotina. Uma diferença de empuxo entre as duas turbinas e a dificuldade de leitura dos cartões de dados de navegação. O lado direito do canopy, cobertura transparente da cabine, está embaçado.

"Em combate é que se avalia como isso pode ser importante", comenta Chester. Raro profissional, seu treinamento, no Comando de Tecnologia Aeroespacial, o CTA, de São José dos Campos, durou 45 semanas e custou US$ 1 milhão. A avaliação do piloto é a ponta do longo processo de recebimento pela FAB. Dele participam 15 técnicos da Força e 30 da Embraer.

O caça perdeu um de seus dois canhões de 20 mm originais, abrindo espaço para o radar. As outras medidas continuam iguais. O F-5EM Tigre, o nome completo, é esguio e mede 14,5 metros. Asas curtas, de 4 metros. Velocidade máxima de 1.900 km/hora ? a operacional não passa de 1.770 km/h. O alcance fica em 2,5 mil km, mas o caça pode ser reabastecido no ar. O armamento, além do canhão, é composto por dois mísseis ar-ar. Leva 3,2 toneladas de cargas de ataque.

Fonte: Roberto Godoy - O Estado de S.Paulo - Foto: Divulgação/FAB

FAB increve para 164 vagas até o dia 17

Segue aberto o prazo de inscrições para participar do exame de admissão aos cursos de formação de oficiais aviadores, intendentes e de infantaria da Aeronáutica para o ano de 2011. São oferecidas 164 vagas em todo o país.

É necessário ter completado o ensino médio para se candidatar aos cargos de oficial de aviação (90), oficial intendente (49) e oficial de infantaria (25). Para este último cargo, as ofertas são destinadas apenas a candidatos do sexo masculino.

Os aprovados em todas as fases do processo de seleção se tornarão cadetes e frequentarão cursos de formação específicos para os cargos pretendidos. Para oficiais de aviação, o conjunto de aulas consiste em instrução de voo, com o objetivo de preparar o cadete aviador à pilotagem militar. Já o curso para oficial intendente visa prover formação administrativa ao cadete intendente. Os cadetes de infantaria serão preparados para combates em terra.

É possível se candidatar apenas no site www.fab.mil.br até o dia 17 de junho. No ato da inscrição, o candidato deve optar pela organização militar de apoio (Omap) de sua preferência. A taxa de participação custa R$ 60.

Para estarem habilitados a frequentar os respectivos cursos de formação, os candidatos passarão por quatro etapas. A primeira delas, prevista para ocorrer no dia 15 de agosto, será uma prova escrita. Depois disso, serão submetidos a prova de aptidão psicológica, avaliação médica e teste de condicionamento físico.

Fonte: JC Concursos via Diário do Pará

TAP diz que não vai refletir no preço dos bilhetes os prejuizos da nuvem de cinzas

O vice-presidente executivo da TAP declarou que a companhia não vai refletir nos preços dos bilhetes os prejuízos resultantes da nuvem de cinzas que, em finais de abril, parou os voos durante quase uma semana.

"Por causa especificamente do problema da cinza vulcânica não haverá passagem desse fenómeno para o preço [dos bilhetes], porque o preço decorre de uma concorrência. Existe uma oferta imensa no quadro mundial e europeu e uma guerra tarifária bastante grande e os preços já são bastante comprimidos", disse Luiz Gama Mór em entrevista à agência Lusa.

A TAP estima em mais de 12 milhões de euros os prejuízos que sofreu devido à crise da nuvem de cinzas lançadas por um vulcão islandês. Após o fim da crise, ou seja, quando os voos foram retomados, a imprensa económica europeia deu conta de que algumas companhias estavam a aumentar os preços das tarifas entre a Europa e os Estados Unidos em cerca de 20 por cento.

Fonte: Agência Lusa via RTP (Portugal)

Regras da Anac: mais direitos e riscos a passageiros de aéreas

Assegurar o direito à informação e à reparação material em caso de problemas com voos. Esses são os principais objetivos da resolução 141/2010, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que passa a valer a partir de 15 de junho, bem às vésperas das férias escolares de julho - um dos picos de movimentação nos aeroportos. Como mostra reportagem de Luciana Casemiro, publicada na edição deste domingo do Globo, a resolução, que, de maneira geral, representa um avanço à assistência aos passageiros, é veementemente criticada pelas entidades de defesa do consumidor por criar regras para casos de preterição. Ou seja, casos em que as empresas deixam de embarcar passageiros com passagem comprada ou reserva confirmada.

É que, para os especialistas, isso é o mesmo que overbooking, como é chamada a sobrevenda de bilhetes, prática considerada ilegal.

- Overbooking é uma prática ilegal. Criar regras sobre como as empresas devem agir nesses casos é legalizar a prática. É reconhecer que o overbooking pode acontecer, quando nós temos brigado para que isso não ocorra. Se preterição não é overbooking, isso deveria estar claro na resolução, assim como o fato de que é vedada tal prática - argumenta Maíra Feltrin Alves, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Roberto Pfeiffer, diretor-executivo da Fundação Procon-SP, lembra que a resolução foi motivada pela ação civil pública movida pela entidade em parceria com o Idec, em 2006, depois do caos aéreo que prejudicou milhares de brasileiros. Apesar de avaliar positivamente a resolução, Pfeiffer destaca que faltou clareza em alguns pontos.

O diretor-executivo da Fundação Procon-SP diz se preocupar ainda com o escalonamento da assistência material aos passageiros, que estabelece, por exemplo, fornecimento de alimentação apenas após duas horas de atraso.

A Anac nega que a resolução discipline o overbooking. A norma, argumenta a agência, "trata da conseqüência nos casos de sobrevendas/reservas ou preterição de embarque (quando a empresa deixa de transportar algum passageiro com bilhete já emitido para determinado voo)".

Fonte: O Globo

Grupo Águia quer nova aérea operando até o fim do ano

O Grupo Águia, que atua em diversos segmentos do turismo, e já foi dono da Webjet, tenta nova incursão no ramo da aviação, desta vez, com uma nova empresa, ainda sem nome, para atender especificamente o mercado executivo. Segundo o presidente da nova empresa, Paulo Enrique Coco, que já foi presidente da Webjet e da Transbrasil, além de ter dirigido a Rio Sul, do Grupo Varig, a intenção é que a empresa já esteja operando até o fim do ano.

A frota da empresa, ainda em formação, será composta por helicópteros e jatos. O lançamento deve ocorrer já no segundo semestre. Coco trouxe para sua equipe executivos que participaram da criação da Webjet. Geraldo Souza Pinto, que era diretor de Operações e mantém a mesma função, e José Carlos Martins, diretor administrativo e financeiro. Pedro Mattos, diretor de TI do Grupo Águia, participa do processo de implementação da nova empresa como diretor da área comercial.

Fonte: Portal Panrotas

domingo, 6 de junho de 2010

Foto do Dia

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O Boeing 787-8 Dreamliner, prefixo N7874, o 4º da série, em voo teste no Boeing Field / Aeroporto Internacional King County (BFI/KBFI), em Seattle, Washington, nos EUA, em março de 2010.


Foto: Kevin Scott - Jetwash Images (Airliners.net)

Pane obriga avião do governador do Tocantins fazer pouso improvisado

O avião em que viajava o governador do Tocantins, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), teve de arremeter o pouso após um incidente ocorrido na noite de ontem (4), em Gurupi (230 km de Palmas - em destaque no mapa), no sul do Estado. A aeronave teve de abortar a descida logo após o início do procedimento por causa de pane na iluminação da pista.

Segundo um integrante da segurança do governador que estava no avião, e pediu para não se identificar, ao se aproximar da pista o piloto foi surpreendido pelo fato de as luzes terem sido apagadas. Ao menos 50 policiais civis e militares foram chamados pela segurança do Palácio Araguaia e chegaram ao aeroporto. Outro assessor de Gaguim disse que a funcionária responsável pelo aeroporto só foi localizada momentos depois do incidente. Enquanto isso, à espera da solução do problema, o piloto, por alguns minutos, teve de sobrevoar a área do aeroporto.

A aeronave pousou apenas após a improvisação de dois carros com faróis acesos na cabeceira da pista. Ninguém ficou ferido. Ainda conforme o membro da segurança do governador, duas horas antes do pouso outra equipe foi até o aeroporto e constatou que não havia nenhum problema com os equipamentos. A Secretaria de Comunicação informou que vai solicitar às polícias Civil e Federal investigação do caso.

A administração do aeroporto informou que houve um problema no sistema de energia e balizamento da pista, que foi solucionado em seguida, e o avião pousou com segurança.

Fonte: Cristiano Machado (Folha Online) - Mapa: Darlan P. de Campos (Wikipédia)

Companhia de aviação muda de nome

O presidente da transportadora aérea nigeriana “Virgin Nigeria Airways” anunciou, na quarta-feira, em conferência de imprensa, em Lagos, que a companhia vai mudar de nome, passando a chamar-se “Air Nigeria”.

Jimoh Ibrahim afirmou que a nova designação já registada na Comissão de Negócios em Abuja.

“A mudança de denominação era necessária para dar à empresa um cariz inteiramente local”, disse, adiantando:

“Tudo nesta companhia vai reflectir fielmente a cultura nigeriana para mostrar que a nação pode fazer a diferença”, afirmou.

Jimoh Ibrahim indicou que o primeiro avião ostentando a nova designação chega à Nigéria no final desta semana proveniente de França.

“Até 1 de Outubro, um mínimo, dez aviões entram em circulação. Os bons dias estão de regresso”, declarou.

Fonte: Jornal de Angola - Foto: Reuters

Detidos em NY são acusados de terrorismo

A polícia dos Estados Unidos acusou de terrorismo dois suspeitos detidos no sábado à noite no aeroporto JFK, de Nova York, quando tentavam embarcar para a Somália em voos separados.

Segundo as autoridades americanas, Mohamed Mahmood Alessa, de 20 anos, e Carlos Eduardo Almonte, de 24 anos, pretendiam se unir a um grupo militante na Somália com o objetivo de matar soldados americanos atuando no país africano.

Os Estados Unidos apoiam um governo de transição no país e, há algum tempo, o Pentágono suspeita de que seus soldados na Somália poderiam ser alvo de grupos militantes.

Os suspeitos, ambos de Nova Jérsei e, aparentemente, com cidadania americana, vinham sendo investigados há quatro anos e devem comparecer a um tribunal federal em Newark na segunda-feira.

Eles são acusados de conspiração para matar, mutilar e sequestrar pessoas fora dos Estados Unidos, quando se juntassem ao grupo al-Shabab, baseado na Somália e ligado à rede al-Qaeda. O grupo foi designado pelo governo americano como uma organização terrorista em 2008.

Um agente disfarçado do Departamento de Polícia de Nova York teria gravado conversas entre os dois em que eles teriam falado sobre matar americanos.

Preparação

Alega-se que Alessa e Almonte teriam assistido a imagens de ataques contra soldados americanos e atentados suicidas na internet e ouvido gravações de mensagens de Anwar al-Awlaki - um clérigo radical americano de ascendência iemenita ligado a uma série de atentados e complôs ao redor do mundo - em que ele promovia a guerra santa violenta e justificava a morte de civis.

A polícia acredita que os dois suspeitos planejaram a viagem para a Somália por vários meses, juntando milhares de dólares, praticando táticas de combate em campos de paintball e em jogos de realidade virtual e adquirindo equipamento e roupas para serem usados depois que eles se unissem ao al-Shabab.

O comissário de polícia de Nova York Raymond Kelly disse em um comunicado: "Também ficamos preocupados com o fato de que se eles não tivessem sido detectados e não tivessem alcançado suas aspirações internacionais, eles poderiam atacar em território doméstico, o que foi discutido como uma possibilidade neste caso".

O comentário, aparentemente, se refere a uma suposta conversa em que Alessa teria dito: "Vamos começar a matar por aqui se não conseguirmos fazê-lo por lá".

Os suspeitos foram detidos em Nova York depois de duas tentativas fracassadas de atentados contra os Estados Unidos nos últimos meses: a de explodir um carro bomba em Times Square, no mês passado, e a de explodir uma bomba no dia de Natal a bordo de um avião que seguia para Detroit.

Assista a reportagem (em inglês):



Fonte: BBC Brasil via O Globo

Avião da GOL aborta decolagem após choque com ave em Fernando de Noronha

O Boeing 737-300 da GOL que ia decolar do aeroporto de Fernando de Noronha, em Pernambuco, às 18h35 deste domingo (6), com destino a São Paulo (voo 1709), com escala no Recife, teve que abortar o procedimento de decolagem após uma ave se chocar em uma das turbinas do aparelho.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da companhia aérea, o choque aconteceu pouco antes da decolagem. Apesar do susto, ninguém se feriu. Após o choque, o avião foi encaminhado para manutenção e, em seguida, liberado para o voo.

Ao todo, 83 passageiros embarcaram às 20h e, de acordo com a assessoria da GOL, já chegaram a seus destinos. As 37 pessoas que desistiram do embarque terão que remarcar o voo. A empresa realiza voos diários para o arquipélago de Fernando de Noronha.

O choque com aves, ou bird strike como é conhecido tecnicamente, é bastante comum na aviação. Em geral, causa pequenos incidentes, mas algumas situações mais graves, como a amaragem no Rio Hudson, em Nova Iorque, em janeiro de 2009, também são registradas.

Fonte: JC Online

Africano que ingeriu cocaína morre durante voo e avião para no Recife

Segundo Polícia Federal, foram encontradas 104 cápsulas da droga.

Suspeita é que uma delas se rompeu.

Um africano de 32 anos morreu durante um voo entre a Argentina e a Alemanha. Ele passou mal e, por isso, o avião teve que fazer um pouso de emergência no Recife, na madrugada deste domingo (6). Dois médicos tentaram socorrê-lo no aeroporto da capital pernambucana, mas ele já estava sem vida.

Cápsulas de cocaína encontradas pela Polícia Federal

Segundo a Polícia Federal, durante perícia, foi constatado que o sul-africano havia ingerido 104 cápsulas de cocaína. Uma delas teria apresentado sinais de rompimento e isso pode ter causado a morte do passageiro. O resultado da análise que vai apontar a causa da morte deve ser encaminhado à PF, que deve investigar o envolvimento do estrangeiro com tráfico internacional de drogas.

A polícia informa que essa foi a quinta apreensão de entorpecentes feita pela corporação, neste ano, no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes-Gilberto Freyre. Cinco estrangeiros foram presos.

Fonte: G1 - Foto: Divulgação/PF

Chávez anuncia pagamento por lote de aviões chineses K-8

Chávez informou que aprovou uma conta de US$ 82 milhões para pagar os aviões

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, informou hoje que aprovou uma conta de US$ 82 milhões para pagar parte dos 18 aviões K-8 para treino de pilotos que comprou da China.

O governo da Venezuela anunciou em 2008 a compra dos 18 aviões K-8 da China para utilizar no treino dos pilotos da Força Aérea nacional. "Trata-se de um avião de treino básico com capacidade para entrega de armamento, com bombas leves, foguetes e disparo de metralhadoras que cumpre com todos os requerimentos para a formação dos pilotos venezuelanos", disse em outubro de 2008 o general de aviação Luis Berroterán Acosta.

Em fevereiro, Chávez assinalou que além dos aviões de treino, comprará da um sistema de radares da China, no marco da política de modernização da Força Armada Nacional Bolivariana.

Nos últimos anos, o governo venezuelano comprou 24 aviões caça Suhoi-30, 50 helicópteros e 100 mil fuzis AK-103 da Rússia, por US$ 3 bilhões, segundo fontes russas.

Fonte: EFE via Terra - Foto: EFE

Pequeno avião bate em prédio de escritórios em Long Island

Um pequeno avião pegou fogo depois de se chocar, na tarde de sábado, com um prédio de escritórios, em Long Island, nos Estados Unidos, segundo a CNN. O piloto, que estava fazendo exercícios de pouso no Aeroporto de Islip MacArthur, foi levado para um hospital com graves queimaduras. Um passageiro também ficou ferido.

O avião Beechcraft B19 Sport 150, prefixo N1958W, só tinha lugar para duas pessoas. Há relatos de que uma pessoa que estava em terra foi atingida, mas a polícia local só confirmou que as duas que estavam a bordo da aeronave sofreram ferimentos. Dois escritórios do prédio atingido foram danificados. Segundo Richard Sottosanti, dono de um escritório próximo, o avião tocou uma rede de energia antes de cair. Ainda não se sabe as causas do acidente.

Fontes: O Globo / ASN - Fotos: Reprodução/CNN

Astronautas passarão um ano e meio trancados para simular ida a Marte

Voluntários ficarão isolados por 520 dias.

Operação russa quer testar tolerância da equipe em voo a outro planeta.




Uma equipe de pesquisadores vai passar quase um ano e meio trancada em uma cápsula sem janelas para simular uma expedição a Marte.

Clique aqui e veja imagens do lugar onde os astronautas ficarão isolados

A simulação, que começou nesta quinta-feira (3) em Moscou, na Rússia, manterá seis voluntários isolados do mundo durante 520 dias e servirá para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.

O experimento simula uma viagem de 250 dias a Marte, com 30 dias de explorações na superfície e outros 240 dias de viagem de volta.

Os nomes que comporiam a tripulação que faria parte do experimento de 520 dias foram divulgados em maio. São eles: o francês Romain Charles, 31; os russos Sukhrob Rustamovich Kamolov, 37, Alexey Sergevich Sitev, 38 e Alexandr Egorovich Smoleevskiy, 32; o ítalo-colombiano Diego Urbina, 27 e o chinês Yue Wang, 27.

Durante o experimento, eles não vão enfrentar a falta de gravidade, mas terão rotina dura: viverão e trabalharão como astronautas em uma viagem interplanetária. Praticarão exercícios diariamente e terão duas folgas por semana, exceto quando houver simulações de situações de emergência.

Além disso, uma das atribuições dos astronautas será a prática de video games regularmente, com um propósito sério: os resultados dos jogos ajudarão a desenvolver "parceiros eletrônicos" computadorizados para apoiar equipes em futuras missões espaciais de longa duração.

Clique sobre a imagem para acessar o infográfico

A saúde e o estado psicológico dos voluntários serão monitoradas o tempo inteiro.

"Comecem o experimento", ordenou Igor Ushakov, diretor do Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia nesta quinta, local em que se encontra o simulador de nave espacial.

"Às ordens", respondeu entusiasticamente o comandante dos "viajantes interplanetários", o russo Alexey Sitev. Em seguida, os seis voluntários entraram no simulador, cujas portas foram fechadas.

A tripulação foi autorizada a levar para o simulador alguns itens pessoais e serem abastecidos com livros, filmes e laptops.

Participantes do experimento posam para foto antes de entrar no simulador em que ficarão trancados por mais de um ano

Outras experiências

Em novembro de 2007, foi realizado um primeiro experimento preparatório no qual seis voluntários russos permaneceram isolados do exterior durante duas semanas, enquanto em julho do ano passado eles terminaram uma simulação de voo ao Planeta Vermelho de 105 dias.

Todos eles compartilharão durante um ano e pouco mais de cinco meses os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos, que constituem o simulador.

Na fase "marciana" do experimento, será usado um simulador da superfície do Planeta Vermelho, de 1,2 mil metros cúbicos, ao qual sairão devidamente vestidos os participantes do experimento.

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 este ambicioso projeto, ao qual se uniu posteriormente a China e no qual também colaboram outros países, como os Estados Unidos.

Fonte: G1 (com informações da EFE, da BBC e do Globo Notícia) - Foto: Reuters

sábado, 5 de junho de 2010

C-130 Hercules faz pouso de emergência em Adelaide, na Austrália

Pela segunda vez em dois dias, um avião Lockheed C-130 Hercules da Força Aérea Australiana (RAAF - Royal Australian Air Force) foi obrigado a fazer um pouso de emergência por causa da fumaça e gases no interior da aeronave.

Na tarde desta sexta-feira (4), o avião C-130 (similar ao da foto) fez um pouso de emergência na Base da Força Aérea Edinburgh, Adelaide, na Austrália, após a presença de fumaça e gases serem relatados no cockpit.

A aeronave pousou em segurança e nenhum dos tripulantes ficou ferido, mas foram levados para um hospital por precaução.

As Forças de Defesa disseram que o incidente não está relacionado com o pouso de emergência de um Hercules na base da Força Aérea de Richmond, em Sydney, na noite de quinta-feira (3), quando um dos motores do avião - aparentemente - pegou fogo.

Ele diz que a frota de Hércules não ficará em solo como resultado dos incidentes.

Ontem também foi o segundo pouso de emergência em Adelaide, em menos de três meses. Em abril, um helicóptero MRH-90 teve uma falha de motor logo após decolar de Adelaide, forçando-o a aterrissar em Edimburgo.

Fontes: Adelaide Now / ABC News / ASN - Foto: defence.gov.au

Aviões britânicos ingressaram no espaço aéreo argentino

A Força Aérea negou o incidente e disse que os aviões tinham permissão oficial

Três aviões britânicos, com destino as Ilhas Falkland (Malvinas), sobrevoaram o espaço aéreo argentino, que, primeiro, fez um alerta para uma possível violação do espaço aéreo do país. Isso foi negado depois pela Força Aérea Argentina, que disse em um comunicado que os aviões tinham permissão oficial.

As aeronaves, dois aviões de combate e um de transporte de combustível, foram incapazes de aterrissar no Aeroporto das Malvinas (foto) em razão das condições climáticas adversas e desviaram para o Chile em direção ao Aeroporto de Punta Arenas.

No comunicado, a Força Aérea relatou: "Na tarde de quarta-feira 02 de junho, três aeronaves pertencentes à Real Força Aérea, sediada nas Ilhas Malvinas, tiveram que aterrissar em Punta Arenas (Chile), porque, devido às condições meteorológicas, o aeroporto da Malvinas foi fechado para todas as operação."

O Comunicado informou ainda que o Centro de Controle de Área de Comodoro Rivadavia havia autorizado a rota de emergência para o aeródromo de destino, em cujo trajeto sobrevoariam parte da Ilha de Tierra del Fuego, em conformidade com as regras de tráfego aéreo, que prevêem, em circunstâncias excepcionais, prioridades para o sobrevoo e aterrissagem de aviões quando eles devem ser direcionados para aeroportos alternativos.

O alarme surgiu quando uma pessoa em Tierra del Fuego interceptou uma comunicação de rádio entre os pilotos e a torre de controle de Punta Arenas, no Chile. Na Patagônia, a Força Aérea da Argentina não tem radares.

O incidente veio num momento em que o conflito entre Argentina e Grã-Bretanha foi reativado após a exploração de petróleo no arquipélago.

Enquanto isso, o governo do Chile minimizou a aterrissagem das aeronaves britânicas e argumentou que a operação foi devido à "força maior", em razão de denso nevoeiro nas Malvinas.

Fontes do Ministério das Relações Exteriores chileno disseram ao jornal La Nación que as autoridades da aviação foram avisadas do problema do clima nas Malvinas que impediam a visibilidade - a cerca de cem metros de distância - em tempo hábil e pediram permissão para pousar. A tripulação passou a noite em Punta Arenas e continuou sua viagem para as Ilhas Malvinas, na manhã de quinta-feira.

Fonte: La Nacíon (Argentina) - Tradução e edição: Jorge Tadeu - Foto: Opi Santa Cruz

Identificadas vítimas de queda de ultraleve no Rio Grande do Sul

Os corpos das vítimas da queda de um ultraleve em Três Forquilhas na última quinta-feira foram identificados e encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML) de Osório, no Rio Grande do Sul. Adalberto Padilha Silveira, 49 anos, e Joana D'Arc Chaves são de Cuiabá e foram encontrados pela manhã e resgatados durante a tarde em um local de difícil acesso no Litoral Norte. Eles participariam do 10° Encontro Nacional de Ultraleves, em Torres.

Inicialmente a mulher havia sido identificada como Flávia Maria Dias Magalhães .

O ultraleve com os dois tripulantes decolou às 12h45min de Canela para a região de Torres e caiu no meio da mata nativa, em local de difícil acesso. O alerta de socorro foi feito por volta das 14h15min do dia 3 de junho. O avião teria sofrido perda da potência do motor. Os corpos foram resgatados ontem do Morro do Oratório, em Três Forquilhas.

Fonte: TV Centro América/O Globo - Foto: Brigada Militar/RS

Foguete privado Falcon 9 é lançado ao espaço

Falcon 9, um foguete privado desenvolvido pela empresa SpaceX com o apoio da Nasa, foi lançado nesta sexta-feira com sucesso do Cabo Canaveral (Flórida, EUA) às 15h48 (horário de Brasília) com um modelo de cápsula que no futuro poderia abrigar astronautas.

O foguete foi lançado dez minutos antes de encerrar o limite de tempo disponível para seu lançamento e depois que em três ocasiões os controladores tivessem que interromper a contagem final.

Imagens mostradas no site da SpaceX revelaram que, poucos segundos após a decolagem, o Falcon 9 passou sem problemas pela primeira etapa. Com isso, foram ativados os motores da parte superior do foguete, como estava previsto.

Aos nove minutos de seu lançamento, o controle de missão anunciou com satisfação que o foguete havia entrado em órbita.

Antes do lançamento, a SpaceX tinha assinalado: "Será um grande dia se alcançarmos a velocidade de órbita, mas também o será se a primeira etapa funcionar de forma correta, mesmo que a segunda etapa não funcione".

Em seu voo inicial, o Falcon 9 abrigou um protótipo da cápsula Dragon, que um dia poderia transportar astronautas ou carga à Estação Espacial Internacional (ISS).

O presidente americano, Barack Obama, que em abril visitou o Cabo Canaveral e observou o Falcon 9 da plataforma de lançamento, quer que o setor privado se encarregue a médio prazo do envio de astronautas à ISS.

Robyn Ringuette, diretor de voo, assinalou que o protótipo da cápsula Dragon transportada pelo Falcon 9 não conta com o escudo térmico que permite sobreviver no momento de entrada na atmosfera terrestre.

No entanto, a cápsula, de 3,6 metros de diâmetro, que pode transportar carga ou até quatro astronautas, conta com instrumentos que recolheram informações durante sua chegada à órbita.

No futuro, a cápsula poderá transportar até seis toneladas de materiais e provisões à ISS.

Para isso, a Nasa assinou em 2008 um contrato com a SpaceX pelo qual pagará à empresa US$ 1,6 bilhão por 12 voos do Falcon 9 à Estação.

A Nasa vai precisar de forma imediata sistemas como o Falcon 9-Dragon, já que este ano tem planejado aposentar sua frota de naves espaciais, suas únicas naves espaciais capazes de transportar astronautas, o que deixa às naves russas Soyuz a condição de únicas capazes de levar pessoas à ISS.

O sucesso do Falcon 9 é também mais um passo na comercialização do espaço por parte de empresas privadas e pode abrir ainda mais o caminho ao incipiente turismo espacial.

Esse mesmo ano, Elon Musk, fundador da SpaceX, estabeleceu o objetivo de lançar satélites de forma privada.

Assista ao Lançamento do Falcon 9:



Fonte: EFE via EPA - Fotos: SpaceX / AFP

Nasa mostra imagens recentes de desastres naturais

Os satélites da Nasa registram os desastres naturais que ocorrem na Terra, vistos do espaço.

Nos últimos meses, o vazamento de petróleo no Golfo do México e a nuvem de cinzas do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, afetaram a vida de várias pessoas nos Estados Unidos e na Europa.

A tempestade tropical Agatha, que passou pela América Central no fim de semana passado, também deixou um rastro de destruição e centenas de mortos e desaparecidos.

Veja aqui algumas das fotos ilustrando esses desastres (clique sobre elas para ampliá-las):

Alguns desastres naturais dos últimos meses deixaram marcas no planeta Terra. O vazamento de petróleo iniciado no último dia 20 de abril no Golfo do México, depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, ainda não foi solucionado. Esta imagem foi capturada pela Nasa no dia 17 de maio.

O vazamento na plataforma operada pela BP deixou sequelas no delta do rio Mississippi. Esta imagem foi tirada pela Nasa com um instrumento especializado em capturar emissões termais. As manchas de cor prateada sobre o azul do mar mostram o petróleo espalhado e o vermelho, a vegetação adjacente.

A costa da Flórida está sendo monitorada por cientistas por causa da possível ameaça de que a mancha chegue até a costa leste dos Estados Unidos, por causa dos ventos. Foto: ESA.

A nuvem de cinzas vulcânicas emitida pelo vulcão Eyjafjallajoekull fez com que fossem suspensos voos em vários aeroportos europeus, no fim de março deste ano. Esta imagem, cortesia da ESA, mostra a superfície aérea que foi coberta na região.

Aqui podemos ver a tempestade tropical Agatha, que deixou centenas de mortos e desaparecidos ao passar pela Guatemala e Equador no fim de semana passado. Foto: NASA.

Mais ao sul, é possível constatar focos de atividade de desmatamento na Floresta Amazônica. Os pontos vermelhos nesta foto, tirada no dia 12 de maio, mostra vários incêndios, resultantes de atividade agrícola. Na extrema esquerda está o lago Titicaca, na fronteira entre a Bolívia e o Peru. Foto: NASA.

Fonte: BBC Brasil

Marte possuía ambiente para vida

Após quatro anos de análises, a NASA anuncia a comprovação de que Marte realmente possuía um ambiente favorável ao aparecimento da vida.

A descoberta foi publicada na última quarta-feira pela revista Science.

Foto tirada em 2055 pela Spirit da região de Comache (colorida artificialmente)

Rochas examinadas pelo veículo Spirit, que desde 2004 explora o planeta vermelho, mostraram claros indícios de que Marte já teve regiões úmidas e não ácidas que podem ter sido favoráveis para a vida.

As duas sondas da NASA em Marte já haviam encontrado outras evidências de ambientes possivelmente úmidos no passado, mas os dados dessas amostras indicavam locais que provavelmente eram ácidos – e , portanto, menos favoráveis à vida.

Já esta amostra examinada pela Spirit pela primeira vez em 2005, revelou altas concentrações de carbonato, um mineral que tem origem em condições úmidas e de ph quase neutro, mas se dissolve no ácido.

A Agência Espacial Americana está considerando esta uma das mais importantes descobertas das sondas marcianas, pois os dados confirmam que as condições favoráveis à vida realmente existiram.

A equipe responsável pelo trabalho foi liderada por Dick Morris, do Centro Espacial Johnson em Houston.

A região que chamou a atenção é chamada Comanche, entre os morros Husband e a planície Home Plate. O carbonato de magnésio encontrado constitui cerca de um quarto do volume medido em Comanche. Esta quantidade é dez vezes maior do que qualquer concentração previamente medida em rochas marcianas.

Em busca da atmosfera perdida

Encontrar grandes depósitos de magnésio em Marte é uma busca antiga para confirmar teorias sobre o passado do planeta. Muitos canais, aparentemente cavados por fluxos de água no passado, sugerem que Marte já foi quente. A antiga atmosfera marciana era densa, provavelmente rica em dióxido de carbono – afinal, o gás compõe quase 100% da atual atmosfera do planeta (uma camada muito fina se comparada ao que provavelmente existiu um dia).

Uma das grandes dúvidas era determinar aonde a maioria do dióxido da atmosfera antiga foi parar. Uma das hipóteses seria a de que foi para o espaço, porém outros acham que o gás deixou a atmosfera na mistura de dióxido de carbono com água - em condições que levaram à formação dos carbonatos. Na década de 90, essa possibilidade, aliada à descoberta de pequenas amostras de carbonatos em meteoritos marcianos, levou ao surgimento da hipótese de que os carbonatos seriam abundantes em Marte.

Mas naves que orbitam o planeta e usaram seus espectrômetros encontraram apenas evidências de depósitos localizados de carbonato, e pequenas amostras espalhadas pelo planeta. Estes dados não indicavam condições favoráveis para o surgimento da vida.

A equipe de Morris, no entanto, suspeitou da região de Comanche há alguns anos depois de analisar dados da sonda Spirit. O instrumento Alpha Particle X-ray Spectrometer detectou uma grande concentração de elementos leves, incluindo carbono e oxigênio, o que ajudou a quantificar o conteúdo de carbonato das amostras.

As sondas Spirit e Opportiunity pousaram em Marte em janeiro de 2004 para missões de 3 meses. A Spirit está for a de comunicação desde 22 de março de 2010. Já a Opportunity está ativa e indo rumo à cratera Endeavour.

Fonte: Paula Rothman (INFO Online) - Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell University

Satélite registra rastros de aviões no Rio Grande do Sul

Mensagem do internauta Daimar Coelho de Montenegro, Vale do Caí, no Rio Grande do Sul, para o site do MetSul Meteorologia: "O céu está todo "riscado" pelos aviões!!! Contei 7 riscos, mas tem mais...". Ao sair para almoçar perto da uma da tarde, enxerguei as mesmas trilhas de condensação, apesar de que não tão numerosas como em Montenegro, mas que não deixavam de chamar a atenção. E não é que as trilhas dos aviões – que não são fumaça, mas formadas pelo vapor d’água – apareceram nas imagens de satélite em alta resolução? Apesar de falhada, notam-se claramente as trilhas na imagem do fim da manhã de quinta-feira (3).

As trilhas de condensação dos aviões, chamadas em Inglês de "contrails", são comumente observadas na forma de rastros deixados pelo resfriamento do vapor de água a partir dos exaustores dos aviões. Quem está a bordo não vê nada, mas do solo muitas vezes é um espetáculo ver o céu riscado.

O site Airlines.Net tem duas espetaculares imagens de "contrails" (link 1) (link 2) que você não pode deixar de ver. A NASA também publicou fotos numa de suas páginas de inúmeros rastros deixados por aeronaves vistos a partir de terra e registrados também por satélite na região da Nova Escócia, no Canadá, e no Sul dos Estados Unidos.

Há até estudos indicando que em regiões de alto tráfego aéreo estas trilhas de condensação acabam por aumentar a cobertura de nebulosidade, alterando o clima local. Marinheiros há muito enxergam os rastros no céu deixados pelos aviões para saber o que pode ocorrer com o tempo. Dizem eles que se ao avião não deixa trilha ou ela se dissipa rápido, a tendência é de tempo bom. Por outro lado, se a trilha se mantém no céu por muito tempo é um sinal de mudança do tempo. E mudança no tempo é o que devemos ter nesta sexta com frente fria e uma área de baixa pressão que devem trazer chuva para os gaúchos. Hoje, a Nordeste das trilhas no céu, havia uma corrente de jato importante. A rádio-sondagem do Aeroporto Salgado Filho das nove da manhã de hoje acusou vento de 135 nós a 12.700 metros de altitude, o máximo em todos os níveis observados. A 10 mil metros, na altitude de voo de cruzeiro, o vento soprava a 100 nós.

Fonte: Alexandre Amaral de Aguiar (MetSul Meteorologia)

Rastros provocados por passagem de aeronaves permaneceram por mais tempo do que o normal

De acordo com Estael Sias, da Central de Meteorologia, a temperatura mais baixa do que o normal na altitude onde os aviões voam e o céu limpo podem ter contribuído para que o fenômeno fosse melhor observado. O rastro é causado pelo contato dos vapor lançado pelos exaustores das aeronaves em alta temperatura com o ar gelado, em marcas negativas.

Se o temperatura estiver muito baixa, o feixe branco pode se transformar em minúsculos cristais de gelo, que se transformam numa verdadeira pista que fica na atmosfera por mais tempo. O vapor de escape ocorre geralmente acima de 8 mil metros de altitude, onde a temperatura está abaixo de -40 °C. Quem está dentro do avião não percebe, mas no solo, quando as condições climáticas são favoráveis, é possível observar melhor o espetáculo meteorológico, como ocorreu ontem.

Os rastros fazem parte de pesquisas até da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). Há estudos que indicam que as trilhas podem afetar o equilíbrio da radiação na Terra. Após o atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o tráfego aéreo ficou bloqueado por dias. As medições de cientistas mostraram que, neste período, sem as linhas de vapor ocasionadas pelos aviões, um anormal aumento da temperatura média diurna foi registrado em todo o território americano, verificado por 4 mil estações meteorológicas espalhadas pelo país.

Fonte: Zero Hora

Ex-governador do Colorado (EUA) admite ter levado pedras lunares para casa

O ex-governador do estado americano do Colorado John Vanderhoof (foto) confirmou, na terça-feira, que as pedras lunares colhidas pela tripulação da Apollo 17, oferecida ao estado em 9 de janeiro de 1974, estão no escritório de sua casa, na cidade de Grand Junction. Vanderhoof, de 88 anos, disse que levou o conjunto de pedras quando deixou o gabinete do governador. "Nem sabia que isso tinha algum valor", disse. "São apenas lembranças de coisas velhas."

Vanderhoof foi governador entre 1973 e 1975. Assumiu o posto quando o governador John Love foi convidado a trabalhar com o presidente Richard Nixon. Pedras lunares foram recolhidas durante várias missões Apollo e oferecidas pelo presidente Richard Nixon aos 50 estados americanos e cerca de 160 países. Muitos conjuntos, tipicamente pequenos fragmentos montados numa placa, não podem mais ser localizados.

Uma investigação forense conduzida pelo estudante Richard Griffis, da Universidade de Phoenix, procurou pelas pedras lunares no Museu Histórico do Colorado, no Museu de Ciência de Denver, na Galeria do Centro de Exploração Especial da Universidade do Colorado e no gabinete do governador durante dois meses, sem sucesso. Ele suspeitou que as rochas poderiam estar escondidas em uma das caixas de pertences pessoais de Vanderhoof armazenadas no Arquivo do Estado do Colorado.

Outras rochas lunares do Colorado, coletadas durante a histórica caminhada na Lua da Apollo 11, em 1969, ficaram desaparecidas por mais de uma década, até serem descobertas em um armazém do Museu de História do Colorado. Agora estão expostas no terceiro andar do Capitólio do estado. Ao longo dos anos, Vanderhoof afirmou que tentou encontrar museus ou escolas interessadas em aceitar a doação das pedras, mas a oferta não teve retorno. "Eu as ofereci para museus e escolas, e ninguém ficou excitado com a oferta", disse. Joseph Gutheinz, um investigador aposentado da NASA, disse que o ex-governador deveria devolver as pedras. "Ele não deveria ter ficado com elas", disse Gutheinz. "Foi aí que começou o problema."

Vanderhoof disse que ficará feliz em devolver as pedras, caso elas sejam exibidas de forma apropriada para honrar a enorme contribuição do Colorado na exploração espacial. Vinte e um astronautas têm fortes laços com o estado, muitos nasceram ali ou estudaram em universidades do Colorado. Entre eles estão Scott Carpenter, Jack Swigert, Vance Brand, Mike Lounge, Stuart Roosa e Dottie Metcalf-Lindenburger.

Evan Dreyer, porta-voz do atual governador, Bill Ritter, afirmou que o estado ficaria grato em aceitar as pedras lunares em poder de Vanderhoof. "Graças a Deus o caso das pedras lunares desaparecidas foi finalmente resolvido", disse Dreyer. "Vamos trabalhar agora para definir como elas serão exibidas."

Embora o governo federal mantenha o registro das rochas lunares presenteadas a estados e países estrangeiros ao longo dos anos, Gutheinz disse que os fragmentos deveriam ser mais exibidos. Gutheinz, que prendeu um homem que tentava vender ilegalmente rochas lunares da Apollo 17 ofertadas a Honduras por 5 milhões de dólares, dá aulas na Universidade de Phoenix e envolve seus alunos na busca de pedras desaparecidas. "Elas pertencem a crianças que nunca viram um homem caminhar na Lua ao longo de suas vidas", disse. De acordo com o investigador, é a primeira vez que um governador aposentado admite a posse do conjunto de pedras. "Provavelmente houve alguma falha de comunicação para que o ex-governador ficasse com elas", disse Gutheinz. "Não sei o que se passava na cabeça do governador. Tudo o que sei é que as pedras lunares pertencem à população do estado."

Fonte: The Denver Post via Veja.com - Foto: Stevan Maxwell (The Denver Post)

Pronto para contar mais de 400 bilhões de estrelas?

Astrônomos estimam que existem de 200 a 400 bilhões de estrelas em nossa vizinhança galáctica, a Via Láctea. Acho que alguém tentou contá-las nesse mosaíco de 800,000 fotos, em alta resolução e com zoom total, e se cansou perto do número 296,351,284,702.

O mosaíco gigante foi montado com fotos do telescópio Spitzer tiradas pela NASA no ano passado. Mas olhar para uma foto de 36 metros não é lá muito fácil se você estiver em frente à obra. Por isso mesmo alguém tinha que juntá-las em uma panorâmica com zoom completo, que você pode apreciar aqui. Em que número você consegue chegar?

Fonte: Jesús Díaz (Gizmodo Brasil) - Imagem: NASA

Nota de esclarecimento da Infraero

A Infraero emitiu o seguinte esclarecimento sobre respostas do deputado Silvio Torres (PSDB-SP) na reportagem "Deputado: Brasil não cumprirá promessas para Copa de 2014", publicada quinta-feira, 3/6:

"Ao contrário do que afirma a matéria, a Infraero não priorizou a instalação dos Módulos Operacionais em detrimento das obras permanentes. Os módulos vão atender à demanda atual de passageiros com os mesmos níveis de conforto e segurança de um Terminal convencional a fim de atender aeroportos em que demanda atual é maior.

A Infraero esclarece que o cronograma de obras está mantido, tendo alguns serviços já iniciado, como os de reforma e modernização do Terminal 1 e de conclusão do Terminal 2 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro - orçados em R$ 566,5 milhões, e construção do sistema e pátio e pista do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), orçado em R$ 95 milhões. No total, entre 2011 e 2014, a Infraero vai R$ 5,4 bilhões só nos aeroportos relacionados com a Copa.

Em relação a Guarulhos, o projeto básico para a construção do terceiro Terminal de Passageiros atualmente se encontra em fase final de licitação internacional e o Exército Brasileiro retomou as obras do sistema de pista e pátio.

Atenciosamente,
Léa Cavallero
Superintendente de Marketing e Comunicação Social - Infraero"


Fonte: Terra Magazine

Deputado: Brasil não cumprirá promessas para Copa 2014

Em torno do deputado Silvio Torres, técnicos da Receita Federal explicam projeto para a Copa de 2014

Já começou e se multiplica por 12 a reedição da farra com o dinheiro público que sustentou os Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Quem assim entende é o presidente da Subcomissão de Fiscalização da Copa do Mundo de 2014 da Câmara, deputado Silvio Torres, do PSDB paulista.

Em entrevista a Terra Magazine, ele reclamou de falhas e questões nebulosas da organização brasileira do 20º Mundial de futebol. "Qual é o medo de todo mundo? Que a pressa nos leve a atropelar os procedimentos legais, facilitar o superfaturamento, custos excessivos e isso vai encarecer bastante os projetos", contou.

Agora, porém, há uma dúzia de cidades e um preço incalculavelmente maior do que no exemplo carioca de 2007. "No Pan, aconteceu exatamente desse jeito. Ficou todo mundo alertado e agora está acontecendo de novo", avisou Torres, que citou "um mar de incertezas" e a impossibilidade de fazer projeções sobre o andamento da preparação.

- Eu digo com certeza que não vamos fazer aquilo que a gente prometeu. Não vamos cumprir os compromissos nem aquilo que se criou de expectativa para o próprio povo brasileiro. Vai ser uma parte daquilo - assinalou, em relação aos projetos originais.

Silvio Torres atestou que o presidente do Comitê Organizador Local e da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, não possui respostas para a escassez de investidores, ao contrário do que ele alardeava inicialmente. "Ele vendeu junto com o governo o que não vão entregar".

Sobre a reforma e a construção de estádios, ele afirma que "há modelos diferentes, mas, no fundo, o governo paga, de um jeito ou de outro".

O parlamentar tucano prevê ainda dificuldades de aprovação de isenções à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e às suas parceiras, que precisam ser aceitas para vigorar a partir de janeiro, conforme garantia do País à dona da Copa do Mundo. "Estamos em ano eleitoral e nossa pauta está muito tumultuada. Será que vai ser aprovada a toque de caixa?", preocupou-se.

- A Receita Federal foi criteriosa, procurou fazer um bom projeto, mas agora a questão não é só técnica, é política. O Congresso Nacional tem que fazer um balanço do que a Copa está significando em termos de custo, quais são os investimentos reais, precisamos saber isso direito.

Confira a entrevista.

Terra Magazine - Como está a questão da isenção de impostos para a Copa do Mundo de 2014?

Silvio Torres - Dois técnicos da Receita Federal (Augusto Carlos Rodrigues e Fernando Mombelli) foram convidados (pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados) e apresentaram (quinta, 25/5, na Câmara) estimativa de impacto de R$ 900 milhões só de impostos e taxas de renúncia federal.
Fora isso, o governo autorizou, em outro projeto paralelo, os municípios a abrirem mão do ISS (Imposto Sobre Serviço) sobre as obras dos estádios e os Estados a desonerarem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Isso não tem um cálculo, eles não quiseram falar. Mas com certeza passa de R$ 1 bilhão, talvez R$ 1,2 bilhão. Vale para todos os estádios. De início, o pedido era dos (estádios) privados (de São Paulo, Inter e Atlético Paranaense). Mas o governo demorou para decidir e mandou atender todo mundo.

As empreiteiras vão acabar sendo desoneradas, aí depende do tipo de negociação que cada governo (estadual) está fazendo com os particulares, os empreiteiros. O governo da Bahia, outro dia, nos mostrou, no relatório, que eles tinham dado o correspondente a mais de R$ 30 milhões em isenções e isso estava sendo descontado do valor da obra. Há uma desoneração grande em todos os outros impostos de que o governo está desonerando a Fifa e os parceiros dela.

Esse número de isenções foi inflado. Está havendo um excesso? Estão aproveitando para incluir o que não deveriam?

Uma semana antes, o ministro (do Esporte) Orlando Silva falou em R$ 500 milhões. Virou R$ 900 milhões, e a explicação que me deram é que o ministro falou só dos (impostos) federais, que agora estão desonerando também os estádios e outras obras, tem mais 300 e poucos milhões. É um número meio confuso, que não tem como clarear. No projeto de lei, é que a gente vai ver.

Eles ficaram quase dois anos discutindo isso na Receita Federal porque havia opiniões conflitantes. Também mandaram o projeto e sabem que agora vão ter alterações porque existem questões que vão ser debatidas. São questões polêmicas, dando tratamento privilegiado de janeiro de 2011 até dezembro de 2015.

Por que até um ano e meio depois da Copa?

Eles explicaram que esse é o tempo para fecharem as contas e terminarem os processos de mandarem os bens de volta. Mas acho que essa isenção abrange a emissora (de TV) geradora também, não sei como é que isso é negociado entre a geradora e as emissoras que compram os direitos (de transmissão). Isso aí tudo é o que está por trás, que não se sabe.

Tem também problema de outra natureza: os estádios que já começaram obras. A Fifa não está obrigando a começar obra logo? Estão dizendo que vão começar a obra, eu não acredito que vão, mas estão dizendo. E aí a lei só vale a partir de 2011, não pode retroagir. E esse dinheiro que foi gasto neste imposto? Não pode recuperar. Como é que faz? Eles não souberam responder.

O ministro (Orlando Silva Júnior), uma semana antes, disse que o impacto da Copa na arrecadação tributária do Brasil ia dar R$ 16 bilhões. Perguntei de onde ele tirou este número. "Ah, não, eu tenho um estudo... Pode deixar que eu mando". Uma semana depois, dá uma declaração que são R$ 10 bilhões, e não mandou nada até agora para explicar.

Qual é sua avaliação de tudo isso até agora?

O problema da Copa no Brasil é que, como as obras não andam - os aeroportos só começam em 2011, já desistiram de obras permanentes -, os estádios com certeza vão pro quarto prazo. O (novo) prazo já é de acordo com a liberação dos projetos, que foram sendo liberados durante o mês de maio. Mas os prazos são dados para apresentar a viabilidade econômica. Com absoluta certeza, não vão apresentar nos prazos. Então já não dá para saber quando começam as obras (dos estádios) e de que jeito serão viabilizadas. O governo se reuniu em janeiro, definiu com as cidades-sede a matriz de responsabilidade das obras de mobilidade urbana, disponibilizou dinheiro da Caixa Econômica Federal ou Fundo de Garantia, dependendo da obra, e as consultas nem saíram do BNDES ainda - muitas nem entraram.

Esses quatro assuntos, que são os principais da Copa, estão num mar de incertezas. Então, não dá nem para fazer projeção: "Ó, isso é bom, o custo benefício é vantajoso". A lógica, a gente espera, é que o Brasil tenha ganhos, de imagem, na área turística, de obras de transporte e mobilidade, que possam melhorar a situação do povo. Em nome disso, nós estamos fazendo a Copa. Mas tem mais de dois anos e meio que ganhamos a condição de fazer a Copa. Eu digo com certeza que não vamos fazer aquilo que a gente prometeu. Não vamos cumprir os compromissos nem aquilo que se criou de expectativa para o próprio povo brasileiro. Vai ser uma parte daquilo. Se vai ser uma parte menor, maior, 90%, nós só vamos saber ao longo do tempo.

Alguns projetos não prevêem totalidade de realizações para a Copa, mas é possível esperar que se tudo se complete para depois da competição, pelo menos, e haja um legado?

Já é um outro governo. Não são só os atrasos, a outra incógnita é o tempo eleitoral, o período eleitoral que estamos atravessando. Qual o impacto disso? Governos que não querem assumir dúvidas porque estão no final, dificuldade de aprovação nas Casas Legislativas, agentes privados que não querem entrar de parceiro porque não sabem se o governo é este ou é outro, isso influi muito no ritmo das decisões.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) primeiro alardeou que havia muitos investidores da iniciativa privada interessados...

Sim, ela saiu alardeando isso há três anos. E (recentemente) eu perguntei isso ao (presidente da CBF) Ricardo Teixeira, e ele não respondeu. "O senhor disse que ia ter 12 estádios com dinheiro privado, parceiros público-privadas com obras de transporte e tal, isso não aconteceu. A que o senhor atribui esta mudança?". Não respondeu. Porque ele não tem resposta. Ele vendeu junto com o governo o que não vão entregar.

O que emperra mais a aprovação desses projetos de isenção tributária?

Primeiro, o volume (das isenções): um bilhão e tanto (de reais). E a falta de conhecimento do Congresso sobre o que tem por trás de cada um (dos projetos). É lógico que tem algumas coisas que são liberadas facilmente: visto de trabalho, importação temporária de equipamentos que vão ser utilizados pra Copa - já existe, inclusive, na legislação brasileira. Mas tem questões que ainda não estão muito claras, se esses direitos vão continuar ou não, porque há isenções sobre bens de consumo, medicamentos, combustível, serviço de transmissão de som e imagem. Vai ter que detalhar o que é isso. O projeto dá detalhes e, quando pode, ele nomina, mas a maioria não é nominada. A Receita Federal foi criteriosa, procurou fazer um bom projeto, mas agora a questão não é só técnica, é política. O Congresso Nacional tem que fazer um balanço do que a Copa está significando em termos de custo, quais são os investimentos reais, precisamos saber isso direito.

Existe algum risco para a economia brasileira?

Não creio que seja impactante, vem muito equipamento de vídeo, de áudio, carros... A Fifa vai trazer carros, mas num número para atender as necessidades dela. Não deveria trazer, o Brasil tem carro suficiente. Vamos dar isenção de importação do carro da Fifa a troco de quê? Será que vão mandar carros blindados pra cá? A gente não sabe o que é, e não explicam. Estamos em ano eleitoral e nossa pauta está muito tumultuada. Por exemplo, neste primeiro semestre é muito difícil (aprovar o projeto) antes do recesso; depois volta em outubro, em novembro, será que vai ser aprovada a toque de caixa? Tem que aprovar. O Ricardo Teixeira disse lá na comissão que, se não aprovar, o Brasil não sedia a Copa. (A lei do projeto) tem que valer a partir de janeiro do ano que vem.

O presidente da Infraero anunciou, semana passada, que serão investidos R$ 4,5 bilhões nos aeroportos, uma das maiores preocupações do senhor.

Eles já mandaram pra gente vários levantamentos. A cada mês, a Infraero manda um diferente do outro. Agora, os investimentos que vieram no último projeto são, boa parte, para instalações provisórias, que ficam cinco anos, seis anos, sei lá quanto. Serão retiradas, "ah, podem ser transferidas para outros aeroportos". Está se recorrendo a uma alternativa porque os projetos originais eram de obras permanentes em aeroportos.

E por que houve a mudança?

Porque eles não conseguiram viabilizar. Tem aeroporto que sequer conseguiu viabilizar a licitação do projeto executivo. É o caso aqui de Guarulhos.

Por que não conseguiu?

Na minha opinião, é por falta de gestão. Ficaram patinando na história, se vai ser concessão, se não vai ser, se vai privatizar, não decidiram nada e aí a economia se recuperou, os aeroportos começaram a ter movimento maior outra vez. E o governo, indeciso. Isso que está vindo agora atende à pressão da Fifa, inclusive, e de todo mundo que está acompanhando o desenvolvimento da organização (da Copa). Qual é o medo de todo mundo? Que a pressa nos leve a atropelar os procedimentos legais, facilitar o superfaturamento, custos excessivos e isso vai encarecer bastante os projetos.

Não será isso uma estratégia?

Não sei. Nos Jogos Pan-Americanos (de 2007, no Rio de Janeiro), aconteceu exatamente desse jeito. Ficou todo mundo alertado e agora está acontecendo de novo. O governo mandou um projeto que cria a Autoridade Olímpica (para a Olimpíada de 2016, no Rio) e embutiu o artigo 11, flexibilizando a lei de licitações para a construção dos aeroportos para a Copa. Ou seja, já deram o primeiro passo para abrir as portas. Aí você imagina a dificuldade, no Congresso, de isenção para isso, lei de licitação pra aquilo, cria uma confusão para o entendimento, por isso eu falei que acho difícil aprovar.

Os projetos de estádios têm encarecido em relação às previsões inciais, há dificuldades de financiamento, e os governos estaduais estão assumindo custos...
O governo disponibilizou dinheiro do BNDES porque poucos conseguiram parceiros privados. Teve caso que foi parceria público-privada e que o empreiteiro constrói a obra e fica com direito de concessão por tantos anos. Outros, o governo ajuda na obra. Tem modelos diferentes, mas, no fundo, o governo paga, de um jeito ou de outro. O Brasil, em algumas cidades-sede, não tem sustentabilidade para uma arena, o custo é muito caro para manter e não tem futebol para isso, não tem público, nem para outros eventos porque o preço está acima da capacidade de consumo dos brasileiros.

Até a maior cidade do País, São Paulo, enfrenta polêmica sobre a construção de novo estádio, o que seria inviável...

Pois é, uma briga aqui... Uma pressão enorme para fazer um outro estádio, não dá para entender, né? Vão pôr R$ 800 milhões de dinheiro público no Maracanã outra vez, já tinham gasto 400 paus na reforma dele (para o Pan).

Fonte: Eliano Jorge (Terra Magazine) - Foto: Divulgação

Chefe da delegacia do aeroporto de Guarulhos é investigado por venda de serviços de segurança

Mulher de delegado vende serviços de segurança

Corregedoria apura se chefe da delegacia de Cumbica é dono da empresa

A Cerco Segurança age em casos de sequestro; suspeita é que empresa use servidores públicos para favorecer clientes


A Corregedoria Geral da Polícia Civil de São Paulo investiga o delegado Carlos Alberto Achôa Mezher, chefe da delegacia do aeroporto de Cumbica, sob a suspeita de que ele explore o ramo da segurança privada.

A Cerco Segurança Patrimonial e Vigilância Ltda. é registrada em nome de parentes do delegado: Mague Achôa Mezher e Patrícia Verginelli Mezher - mulher dele.

A suspeita é que ele seja o verdadeiro dono da empresa, que oferece justamente serviços que são atribuições do policial: "pronta resposta" para sequestro e ameaças de bomba, por exemplo.

A Corregedoria também investiga se a Cerco, por influência do delegado Mezher, usa servidores públicos para favorecer clientes - outro serviço oferecido é de "agilizar a retirada de documentos" como cédula de identidade e passaportes.

A empresa firmou nos últimos anos contratos de mais de R$ 4 milhões com o Estado e a Prefeitura de São Paulo, segundo documentos da investigação.

A Lei Orgânica da Polícia Civil não veda participação de policial como cotista de empresa privada, muito menos de seus parentes, mas o policial não deve participar do dia a dia da empresa, seja qual for seu ramo.

Mezher não aparece nos registros da Cerco Segurança, mas a Corregedoria investiga se ele atua por trás dos negócios.

A delegacia de Cumbica, onde trabalha Mezher, é vinculada à Divisão e Portos, Aeroportos, Proteção ao Turista e Dignitários da Polícia Civil.

Proteger autoridades

Outro serviço vendido pela empresa é de proteção de dignitários (autoridades).

"A Cerco mantém profissionais com treinamentos internacionais na área de segurança de executivos e dignitários, adestrados de acordo com modernas tendências das agências oficiais", propagandeia a empresa.

Alguns dos contratos da Cerco envolvem a Secretaria de Estado da Educação, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o autódromo de Interlagos.

Em algumas das ligações da reportagem para a empresa nos últimos dias, funcionários disseram que o delegado não tem mais ido até lá.

Mezher é bem relacionado. Em fevereiro, ele foi à festa do primeiro aniversário de Luca, filho de Kaká, camisa 10 da seleção brasileira (foto acima).

Nas fotos da festa publicadas por uma revista de celebridades, o delegado é abraçado por Ronaldo Fenômeno e Kaká, junto com o piloto Felipe Massa, da F-1.

OUTRO LADO

Delegado diz que nada sabe sobre firma de segurança

"Deve ter um equívoco; vou ver as informações e, com o maior prazer, te atendo", disse ele na quarta e não mais falou

O delegado Carlos Alberto Achôa Mezher, chefe da delegacia do aeroporto de Cumbica, afirmou não ter nenhum tipo de vínculo com a Cerco Segurança Patrimonial e Vigilância Ltda.

"Não estou sabendo [de investigação da Corregedoria da Polícia Civil], não estou sabendo de empresa de segurança, eu não estou sabendo de nada", disse Mezher.

"Esse tipo de assunto [possível exploração de segurança privada] fale direto com o meu [delegado] divisionário, esse assunto não compete a mim, eu não sei de empresa de segurança nem nada", continuou o policial civil.

Questionado sobre a propriedade da empresa, Mezher respondeu: "Deve ter algum equívoco. Vou levantar essas informações e, com o maior prazer, eu te atendo para verificar algum equívoco de informação de empresa".

Na quarta, ao ser questionado sobre Patrícia Verginelli Mezher, sua mulher e uma das donas da Cerco Segurança, o delegado disse que iria se informar mais sobre ela e voltaria a falar com a Folha ainda naquele dia.

Documentos do Tribunal de Justiça de SP mostram Patrícia Mezher e o delegado de Cumbica em pelo menos 13 ações cíveis ao lado da Cerco Segurança e Cerco Service Monitoração Ltda., uma outra empresa investigada como da família do policial.

Ontem, a reportagem voltou a procurar Mezher na delegacia de Cumbica, mas ele não quis falar novamente.

Segundo um policial, Mezher "estava no saguão [do aeroporto], onde foi atender um pessoal amigo dele".

Ainda na tarde de ontem, o mesmo funcionário confirmou à Folha que o próprio delegado Mezher disse saber da investigação em andamento na Corregedoria.

O delegado Roberto Krasovic, chefe de Mezher e, segundo ele, responsável por prestar esclarecimentos sobre o caso, não respondeu aos pedidos de entrevista.

Krasovic é o delegado chefe da Divisão de Portos, Aeroportos, Proteção ao Turista e Dignitários da Polícia Civil. Foram cinco tentativas para entrevistá-lo sobre Mezher.

Empresa não fala

Também desde quarta-feira, a reportagem tenta entrevistar os responsáveis pela Cerco Segurança, mas ninguém foi encontrado.

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Domingos Paulo Neto, foi procurado ontem para se manifestar sobre o caso, mas também não atendeu ao pedido de entrevista.

A investigação sobre uma possível exploração de segurança privada por parte de Mezher está na Divisão de Apurações Preliminares da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, sob o comando do delegado José Boucinhas Neto.

Fonte: André Caramante (jornal Folha de S.Paulo) - Foto: Marúcha Kintschev