Após quatro anos de análises, a NASA anuncia a comprovação de que Marte realmente possuía um ambiente favorável ao aparecimento da vida.
A descoberta foi publicada na última quarta-feira pela revista Science.
A descoberta foi publicada na última quarta-feira pela revista Science.
Foto tirada em 2055 pela Spirit da região de Comache (colorida artificialmente)
Rochas examinadas pelo veículo Spirit, que desde 2004 explora o planeta vermelho, mostraram claros indícios de que Marte já teve regiões úmidas e não ácidas que podem ter sido favoráveis para a vida.
As duas sondas da NASA em Marte já haviam encontrado outras evidências de ambientes possivelmente úmidos no passado, mas os dados dessas amostras indicavam locais que provavelmente eram ácidos – e , portanto, menos favoráveis à vida.
Já esta amostra examinada pela Spirit pela primeira vez em 2005, revelou altas concentrações de carbonato, um mineral que tem origem em condições úmidas e de ph quase neutro, mas se dissolve no ácido.
A Agência Espacial Americana está considerando esta uma das mais importantes descobertas das sondas marcianas, pois os dados confirmam que as condições favoráveis à vida realmente existiram.
A equipe responsável pelo trabalho foi liderada por Dick Morris, do Centro Espacial Johnson em Houston.
A região que chamou a atenção é chamada Comanche, entre os morros Husband e a planície Home Plate. O carbonato de magnésio encontrado constitui cerca de um quarto do volume medido em Comanche. Esta quantidade é dez vezes maior do que qualquer concentração previamente medida em rochas marcianas.
Em busca da atmosfera perdida
Encontrar grandes depósitos de magnésio em Marte é uma busca antiga para confirmar teorias sobre o passado do planeta. Muitos canais, aparentemente cavados por fluxos de água no passado, sugerem que Marte já foi quente. A antiga atmosfera marciana era densa, provavelmente rica em dióxido de carbono – afinal, o gás compõe quase 100% da atual atmosfera do planeta (uma camada muito fina se comparada ao que provavelmente existiu um dia).
Uma das grandes dúvidas era determinar aonde a maioria do dióxido da atmosfera antiga foi parar. Uma das hipóteses seria a de que foi para o espaço, porém outros acham que o gás deixou a atmosfera na mistura de dióxido de carbono com água - em condições que levaram à formação dos carbonatos. Na década de 90, essa possibilidade, aliada à descoberta de pequenas amostras de carbonatos em meteoritos marcianos, levou ao surgimento da hipótese de que os carbonatos seriam abundantes em Marte.
Mas naves que orbitam o planeta e usaram seus espectrômetros encontraram apenas evidências de depósitos localizados de carbonato, e pequenas amostras espalhadas pelo planeta. Estes dados não indicavam condições favoráveis para o surgimento da vida.
A equipe de Morris, no entanto, suspeitou da região de Comanche há alguns anos depois de analisar dados da sonda Spirit. O instrumento Alpha Particle X-ray Spectrometer detectou uma grande concentração de elementos leves, incluindo carbono e oxigênio, o que ajudou a quantificar o conteúdo de carbonato das amostras.
As sondas Spirit e Opportiunity pousaram em Marte em janeiro de 2004 para missões de 3 meses. A Spirit está for a de comunicação desde 22 de março de 2010. Já a Opportunity está ativa e indo rumo à cratera Endeavour.
Fonte: Paula Rothman (INFO Online) - Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell University
As duas sondas da NASA em Marte já haviam encontrado outras evidências de ambientes possivelmente úmidos no passado, mas os dados dessas amostras indicavam locais que provavelmente eram ácidos – e , portanto, menos favoráveis à vida.
Já esta amostra examinada pela Spirit pela primeira vez em 2005, revelou altas concentrações de carbonato, um mineral que tem origem em condições úmidas e de ph quase neutro, mas se dissolve no ácido.
A Agência Espacial Americana está considerando esta uma das mais importantes descobertas das sondas marcianas, pois os dados confirmam que as condições favoráveis à vida realmente existiram.
A equipe responsável pelo trabalho foi liderada por Dick Morris, do Centro Espacial Johnson em Houston.
A região que chamou a atenção é chamada Comanche, entre os morros Husband e a planície Home Plate. O carbonato de magnésio encontrado constitui cerca de um quarto do volume medido em Comanche. Esta quantidade é dez vezes maior do que qualquer concentração previamente medida em rochas marcianas.
Em busca da atmosfera perdida
Encontrar grandes depósitos de magnésio em Marte é uma busca antiga para confirmar teorias sobre o passado do planeta. Muitos canais, aparentemente cavados por fluxos de água no passado, sugerem que Marte já foi quente. A antiga atmosfera marciana era densa, provavelmente rica em dióxido de carbono – afinal, o gás compõe quase 100% da atual atmosfera do planeta (uma camada muito fina se comparada ao que provavelmente existiu um dia).
Uma das grandes dúvidas era determinar aonde a maioria do dióxido da atmosfera antiga foi parar. Uma das hipóteses seria a de que foi para o espaço, porém outros acham que o gás deixou a atmosfera na mistura de dióxido de carbono com água - em condições que levaram à formação dos carbonatos. Na década de 90, essa possibilidade, aliada à descoberta de pequenas amostras de carbonatos em meteoritos marcianos, levou ao surgimento da hipótese de que os carbonatos seriam abundantes em Marte.
Mas naves que orbitam o planeta e usaram seus espectrômetros encontraram apenas evidências de depósitos localizados de carbonato, e pequenas amostras espalhadas pelo planeta. Estes dados não indicavam condições favoráveis para o surgimento da vida.
A equipe de Morris, no entanto, suspeitou da região de Comanche há alguns anos depois de analisar dados da sonda Spirit. O instrumento Alpha Particle X-ray Spectrometer detectou uma grande concentração de elementos leves, incluindo carbono e oxigênio, o que ajudou a quantificar o conteúdo de carbonato das amostras.
As sondas Spirit e Opportiunity pousaram em Marte em janeiro de 2004 para missões de 3 meses. A Spirit está for a de comunicação desde 22 de março de 2010. Já a Opportunity está ativa e indo rumo à cratera Endeavour.
Fonte: Paula Rothman (INFO Online) - Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell University
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