Um dos mais icônicos e clássicos aviões do mundo, o MD-11 da McDonnell Douglas, teve sua primeira unidade fabricada tirada de voo.
(Foto por Boarding2Now/DepositPhotos) |
Em 10 de janeiro de 1990 decolava pela primeira vez um jato MD-11, da fábrica da McDonnell Douglas em Long Beach, cidade vizinha de Los Angeles, no Sul da Califórnia.
De número de série 48401, o MD-11 totalmente prateado (conforme foto do 1º voo mostrada logo abaixo) e com a matrícula de teste N111MD marcava o início do fim da fabricante californiana, que anos mais tarde seria vendida para a Boeing e lançaria apenas mais um avião “novo” sob seu nome, o MD-90.
Tentando consertar a má fama deixada pelos acidentes do DC-10, a McDonnell Douglas desenvolveu uma versão melhorada, com novas asas, sistemas novos que não necessitavam de mais um Engenheiro de voo, novos motores e diversas melhorias.
Porém, apesar de vários pedidos iniciais, as vendas não foram como o que se esperava e a performance da aeronave ficou aquém da prometida, levando inclusive a cancelamentos de pedidos.
Com isso a MD ficou numa situação financeira crítica, que levou à venda para a Boeing. E esta encerrou o projeto logo após a fusão, sendo a última unidade produzida em 2000, ficando com apenas uma década com a linha de produção aberta.
No Brasil, o jato foi operado pela VASP, VARIG e TAM. No mundo todo, ele ficou famoso pela FedEx, sua maior operadora, que pegou inclusive o jato de testes, o serial 48401 acima mostrado, para ser o primeiro da sua frota, com a nova matrícula N601FE.
A aeronave foi convertida para cargueiro logo após sair do programa de testes da MD, e desde 1991 voava pela companhia cargueira americana, fato que durou até o último dia de abril deste ano.
Na última segunda-feira, 1º de maio, o jato foi enviado para Victoville, não muito longe do seu local de nascimento, só que para ser desmontado e nunca mais voar.
A FedEx ainda tem 50 unidades do MD-11 cargueiro em sua frota, e eles devem ser gradativamente removidos nos próximos anos, até 2028, conforme novos aviões 767-300F e 777F forem entregues.
Via Carlos Martins (Aeroin)
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