terça-feira, 16 de outubro de 2012

Empresa mantém prazo de entrega da 2ª pista de Viracopos para 2017

Incidente com cargueiro interditou durante 45h pista única do aeroporto.

Concessionária diz que obra começa no segundo semestre de 2014.

Perspectiva do plano de ampliação do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP)

Após a série de prejuízos e transtornos causados pela interdição da única pista de voo do Aeroporto Internacional de Viracopos, a concessionária que assumirá a gestão do local a partir de novembro informou que o incidente não acarretará no adiantamento da construção de uma nova pista. A assessoria de imprensa do consórcio Aeroportos Brasil Viracopos informou, na tarde desta segunda (15), que será mantido o prazo de entrega da obra para o início de 2017.

O Aeroporto de Viracopos ficou fechado para pousos e decolagens desde a noite de sábado, quando um avião cargueiro, vindo de Miami, nos Estados Unidos, apresentou problemas no trem de pouso no momento da aterrissagem e ficou parado na pista durante 45 horas, até ser removido. O incidente acarretou no cancelamento de 495 voos, sendo 235 partidas e 260 chegadas, segundo balanço divulgado pela Infraero. 

Por meio da assessoria de imprensa, a Aeroportos Brasil Viracopos disse que em setembro já anunciou a antecipação da construção da pista extra, que estava prevista para 2023 no projeto original de ampliação do aeroporto. Pelo cronograma, as obras devem começar no segundo semestre de 2014 e conclusão três anos depois.

Infraero

Uma segunda pista de operação ou a remoção mais rápida da aeronave com problema teria evitado o número de cancelamentos e atrasos. Apesar disso, a Infraero informou que não poderá autuar ou multar a empresa proprietária do cargueiro porque, segundo a assessoria do órgão, o que ocorreu foi um “incidente” e a empresa Centurion fez o necessário para agilizar a retirada da aeronave.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em contrapartida, instaurou um processo administrativo para apurar se o plano de emergência foi cumprido pela Infraero e pela Centurion Cargo durante o incidente. A empresa pode ter as operações suspensas no país, caso seja constatada alguma irregularidade no processo. 

Durante a tarde desta segunda, a Azul, responsável por 85% dos voos domésticos de Viracopos, informou por meio do seu diretor de comunicação, Gianfranco Beting, que já prevê um volume alto de processos indenizatórios por parte de passageiros contra a aérea. Apesar disso, Beting não fala ainda em processar a empresa de transporte de cargas.

Fonte: Lana Torres (G1 Campinas e Região) - Imagem: Reprodução

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