- Enquanto nos versos de "Samba do avião" de Tom Jobim os turistas que desembarcam no Galeão são recepcionados por um "Rio de sol, de céu, de mar", nas lamentações de cariocas e de quem se despede da cidade pelo Aeroporto Santos Dumont são pintadas uma imagem bem diferente. Há mais de dois anos, a Infraero montou um canteiro de obras no estacionamento localizado em frente ao portão de embarque e, desde então, abandonou dezenas de tapumes pretos no entorno. A feiura do material contrasta com a modernização da ala e ainda esconde o verde das árvores que dão um colorido bucólico ao estacionamento. Turistas ficam intrigados com obra que nunca acaba.
O superintendente do Iphan, Carlos Fernandes Andrade, explicou que a Infraero tinha anunciado o projeto de duplicação do estacionamento, com a construção de mais um pavimento no subsolo. O Iphan, para permitir a obra, firmou um termo de ajuste de conduta (TAC) com a Infraero, que exigia a demolição de um galpão e de um muro erguidos irregularmente no estacionamento para a liberação da duplicação.
- O TAC foi assinado em janeiro de 2008. A Infraero já tinha montado até o canteiro de obras e instalado os tapumes. O órgão não cumpriu o TAC e ainda abandonou os tapumes - recorda-se Andrade.
Na última terça-feira, o administrador Francisco Cortêz levou o colega de profissão e argentino Daniel Lozano para embarcar no Santos Dumont. Os dois seguiriam para São Paulo a trabalho. Ainda no portão de embarque, Cortêz ouviu a alfinetada do argentino:
- Engraçado, na minha terra a gente tem orgulho do verde e valoriza as paisagens. Não fica escondendo com tapumes - implicou o estrangeiro, apontando os tapumes.
O GLOBO procurou a Infraero por dois dias para desvendar o mistério e não obteve explicação sobre os tapumes. A assessoria do órgão limitou-se a enviar um canal para os passageiros reclamarem: o site www.infraero.gov.br (ouvidoria) ou pelo telefone (0800-727-1234).
Fonte: Isabel de Araujo (O Globo) - Foto Domingos Peixoto/O Globo
O superintendente do Iphan, Carlos Fernandes Andrade, explicou que a Infraero tinha anunciado o projeto de duplicação do estacionamento, com a construção de mais um pavimento no subsolo. O Iphan, para permitir a obra, firmou um termo de ajuste de conduta (TAC) com a Infraero, que exigia a demolição de um galpão e de um muro erguidos irregularmente no estacionamento para a liberação da duplicação.
- O TAC foi assinado em janeiro de 2008. A Infraero já tinha montado até o canteiro de obras e instalado os tapumes. O órgão não cumpriu o TAC e ainda abandonou os tapumes - recorda-se Andrade.
Na última terça-feira, o administrador Francisco Cortêz levou o colega de profissão e argentino Daniel Lozano para embarcar no Santos Dumont. Os dois seguiriam para São Paulo a trabalho. Ainda no portão de embarque, Cortêz ouviu a alfinetada do argentino:
- Engraçado, na minha terra a gente tem orgulho do verde e valoriza as paisagens. Não fica escondendo com tapumes - implicou o estrangeiro, apontando os tapumes.
O GLOBO procurou a Infraero por dois dias para desvendar o mistério e não obteve explicação sobre os tapumes. A assessoria do órgão limitou-se a enviar um canal para os passageiros reclamarem: o site www.infraero.gov.br (ouvidoria) ou pelo telefone (0800-727-1234).
Fonte: Isabel de Araujo (O Globo) - Foto Domingos Peixoto/O Globo
Um comentário:
Lamentável a situação de um cartão postal como o Aeroporto Santos Dumont. Será que nenhum político nunca pousou lá? Ou pousam e só tiram as vendas quando estão em suas suítes presidenciais, ou Castelos de conto de fadas? Na verdade eles apenas enxergam o que lhes convém.
Esse ano todo brasileiro consciente precisa colocar muita sujeira que foi escondida debaixo do tapete na balança.
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