quarta-feira, 5 de maio de 2010

Companhias aéreas deverão consultar lista de viajantes proibidos mais vezes

As autoridades americanas ordenaram hoje às companhias aéreas mais agilidade na hora de consultar os nomes incluídos na lista de pessoas que não permitem viajar, algo que poderia ter evitado o embarque de Faisal Shahzad, acusado da recente tentativa de atentado em Nova York.

Segundo explica o jornal americano "The New York Times" em seu site, até agora, as companhias aéreas tinham a obrigação de consultar a lista a cada 24 horas.

No entanto, as autoridades enviaram hoje uma ordem, de aplicação imediata, na qual pede que as companhias façam a verificação em um mínimo de duas horas a partir de quando receberem a notificação de que um nome de "prioridade alta" foi acrescentado ao cadastro.

Segundo detalha o periódico, as autoridades acrescentaram o nome de Shahzad à lista na segunda-feira passada, às 12h30 (hora local) e remeteram a notificação às companhias aéreas três minutos mais tarde.

Mesmo assim, a Emirates Airlines vendeu a passagem de Nova York para o Paquistão, com escala em Dubai, com a qual Shahzad pretendia fugir às 19h35 (hora local), sete horas mais tarde.

"Claramente, essa pessoa não deveria estar no avião. Tivemos sorte", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

Bloomberg também pediu hoje no Senado americano que seja aprovada uma lei para fechar a lacuna legal que permite aos terroristas comprar armas nos Estados Unidos.

O prefeito compareceu diante do comitê de Segurança Nacional e Assuntos Governamentais do Senado, que convocou uma audiência após o atentado que Shahzad tentou realizar na Times Square, em Nova York, no fim de semana passado.

De acordo com o relatório do Escritório de Supervisão do Governo (GAO), que citou o prefeito, entre 2004 e 2010, vários indivíduos incluídos nas listas de suspeitos de terrorismo tentaram comprar armas e explosivos legalmente em estabelecimentos dos EUA em 1.119 ocasiões.

Fonte: EFE via Terra

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