Avião caiu sobre o Oceano Atlântico.
O local de buscas do voo 447 é rota de tubarões especialistas em naufrágio e que costumam investigar qualquer movimentação abrupta na água ou alteração da composição da água, como combustíveis. Segundo o Instituto Ecológico Aqualung, no Rio de Janeiro, as espécies galha-branca oceânico e tubarão azul são as mais comuns na região.
Tubarão azul pode chegar a quatro metros de comprimento
De acordo com Marcelo Szpilman, biólogo marinho especialista em peixes marinhos e tubarões, o oceano perto do arquipélago de São Pedro e São Paulo é considerado um "deserto de vida marinha", mas é rota das duas espécies de tubarões. Essa pode ser uma preocupação das equipes de militares que atuam na região.
"O galha-branca oceânico é reconhecido pela literatura científica como o primeiro a chegar em naufrágios ou acidentes marítimos. Ele é especialista em naufrágio e esse perfil foi identificado desde a 2ª Guerra Mundial."
O biólogo marinho, que é diretor do Instituto Ecológico Aqualung, disse ainda que só o impacto de uma aeronave na água já seria suficiente para atrair os tubarões para a região. "Os tubarões possuem vários sensores e perceberiam a movimentação das ondas do mar a quilômetros do local do acidente. Além da movimentação, eles perceberiam qualquer alteração na composição da água, seja por pequenos dejetos humanos ou por combustível".
Szpilman disse ainda que o galha-branca oceânico e o tubarão azul são os mais agressivos do que os demais tubarões quando se trata de naufrágio. "É natural que eles investiguem as alterações da movimentação e da composição da água. É muito material orgânico para eles serem atraídos ao local."
O biólogo afirmou que o tubarão azul costuma viver em cardumes, mas o galha-branca oceânico tem costumes diferentes e vive de maneira mais independente. "Apesar disso, quando encontra possibilidade de alimentação, ele se mobiliza em cardumes também. De qualquer forma, essas duas espécies não tem o hábito de atacar seres humanos."
Szpilman informou que o galha-branca pode atingir dois metros de comprimento. O tubarão azul, segundo ele, pode chegar a quatro metros de comprimento.
Fonte: Glauco Araújo (G1) - Imagens: Reprodução do livro "Tubarões no Brasil", de Marcelo Szpilman
Um comentário:
Esses tubarões já parecem um avião!!!
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