Trabalho pode demorar quatro anos.
São testes que começam quando o avião ainda é apenas um modelo e prosseguem por anos, até que se tenha certeza de que a estrutura é absolutamente segura. Cada peça também é checada individualmente. Mas, no ar, uma aeronave enfrenta forças que nem sempre são previsíveis.
Em uma imagem disponível na internet, o avião levanta voo sob nuvens pesadas. Quando começa a ganhar altitude, é atingido em cheio por um raio. Mas segue viagem normalmente. Para enfrentar raios e tempestades e ainda resistir a acelerações brutais, a estrutura de cada aeronave precisa ser cada vez mais reforçada.
“Resiste pelo menos 50% a mais da carga para a qual ele foi previsto. Mas isso aí não dá ideia do grau de segurança. O grau de segurança é muito maior porque mesmo quebrando uma peça, o avião não cai, a não ser que aconteçam outras coisas”, aponta o ex-diretor do CTA e engenheiro aeronáutico, brigadeiro Hugo de Oliveira Piva.
Todo avião vai enfrentar várias tempestades ao longo de sua vida útil. Os que fazem a rota entre o Brasil e a Europa principalmente. Essas aeronaves passam pelo que os cientistas chamam de Zona de Convergência Intertropical. É uma área, no meio do oceano, onde os ventos que vêm do hemisfério norte encontram os ventos do hemisfério sul.
Na região, tempestades se formam rapidamente, e são alimentadas também pela água quente do mar. Este ano, os meteorologistas descobriram que a temperatura do Atlântico está um grau acima da média e que a zona de convergência se formou um pouco mais ao sul, o que explica as chuvas fora do normal no Nordeste do Brasil. Mas os que os cientistas não podem afirmar é se essas mudanças também estão tornando as tempestades mais violentas no caminho dos aviões.
“Não tem, na verdade, nada muito fora do normal. Foi uma tempestade intensa”, declara o meteorologista CPTEC/Inpe Marcelo Seluchi.
Antes de levantar voo e encarar as forças da natureza, cada aeronave é testada exaustivamente por equipes de engenheiros e pilotos especializados. Todo o processo, até que o avião esteja autorizado pelas autoridades aeronáuticas a voar, pode levar de 2 a 4 anos - dependendo do modelo.
Em túneis, partes de aviões ou maquetes deles recebem a força do vento. Os engenheiros descobrem como o será o comportamento da aeronave antes mesmo de ela ficar pronta. Outro teste é o de fadiga da estrutura. Nele, os técnicos avaliam se o avião pode ter uma vida útil até quatro vezes maior do que aquela para o qual foi projetado.
Os equipamentos forçam as asas e a fuselagem em vários pontos. Tudo é acompanhado em tempo real. Qualquer problema detectado é comunicado à fabricante do avião. Já pronto, uma aeronave nunca é entregue sem passar pelo ensaio em voo - quando é avaliada em pleno ar. Mesmo quando já está em operação, o avião pode voltar a passar por testes.
“Conforme for detectada uma pane, o avião volta”, diz o brigadeiro Hugo Piva.
O ex-diretor do Comando Geral de Tecnologia Aeropesacial, em São José dos Campos, faz uma comparação para mostrar quanto é seguro viajar de avião: “Em dois dias de trânsito, morrem 250 aqui no Brasil. Quer dizer, morre mais gente do que morreu nesse avião”.
Esses testes são feitos pelas indústrias aeronáuticas e também pela Força Aérea.
Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo) via G1
São testes que começam quando o avião ainda é apenas um modelo e prosseguem por anos, até que se tenha certeza de que a estrutura é absolutamente segura. Cada peça também é checada individualmente. Mas, no ar, uma aeronave enfrenta forças que nem sempre são previsíveis.
Em uma imagem disponível na internet, o avião levanta voo sob nuvens pesadas. Quando começa a ganhar altitude, é atingido em cheio por um raio. Mas segue viagem normalmente. Para enfrentar raios e tempestades e ainda resistir a acelerações brutais, a estrutura de cada aeronave precisa ser cada vez mais reforçada.
“Resiste pelo menos 50% a mais da carga para a qual ele foi previsto. Mas isso aí não dá ideia do grau de segurança. O grau de segurança é muito maior porque mesmo quebrando uma peça, o avião não cai, a não ser que aconteçam outras coisas”, aponta o ex-diretor do CTA e engenheiro aeronáutico, brigadeiro Hugo de Oliveira Piva.
Todo avião vai enfrentar várias tempestades ao longo de sua vida útil. Os que fazem a rota entre o Brasil e a Europa principalmente. Essas aeronaves passam pelo que os cientistas chamam de Zona de Convergência Intertropical. É uma área, no meio do oceano, onde os ventos que vêm do hemisfério norte encontram os ventos do hemisfério sul.
Na região, tempestades se formam rapidamente, e são alimentadas também pela água quente do mar. Este ano, os meteorologistas descobriram que a temperatura do Atlântico está um grau acima da média e que a zona de convergência se formou um pouco mais ao sul, o que explica as chuvas fora do normal no Nordeste do Brasil. Mas os que os cientistas não podem afirmar é se essas mudanças também estão tornando as tempestades mais violentas no caminho dos aviões.
“Não tem, na verdade, nada muito fora do normal. Foi uma tempestade intensa”, declara o meteorologista CPTEC/Inpe Marcelo Seluchi.
Antes de levantar voo e encarar as forças da natureza, cada aeronave é testada exaustivamente por equipes de engenheiros e pilotos especializados. Todo o processo, até que o avião esteja autorizado pelas autoridades aeronáuticas a voar, pode levar de 2 a 4 anos - dependendo do modelo.
Em túneis, partes de aviões ou maquetes deles recebem a força do vento. Os engenheiros descobrem como o será o comportamento da aeronave antes mesmo de ela ficar pronta. Outro teste é o de fadiga da estrutura. Nele, os técnicos avaliam se o avião pode ter uma vida útil até quatro vezes maior do que aquela para o qual foi projetado.
Os equipamentos forçam as asas e a fuselagem em vários pontos. Tudo é acompanhado em tempo real. Qualquer problema detectado é comunicado à fabricante do avião. Já pronto, uma aeronave nunca é entregue sem passar pelo ensaio em voo - quando é avaliada em pleno ar. Mesmo quando já está em operação, o avião pode voltar a passar por testes.
“Conforme for detectada uma pane, o avião volta”, diz o brigadeiro Hugo Piva.
O ex-diretor do Comando Geral de Tecnologia Aeropesacial, em São José dos Campos, faz uma comparação para mostrar quanto é seguro viajar de avião: “Em dois dias de trânsito, morrem 250 aqui no Brasil. Quer dizer, morre mais gente do que morreu nesse avião”.
Esses testes são feitos pelas indústrias aeronáuticas e também pela Força Aérea.
Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo) via G1
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