quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Tragédia no Amazonas: pista de aeroporto onde avião caiu passou por fiscalização no início do mês

Acidente, que aconteceu no sábado (16), em Barcelos, e deixou 14 mortos.

Pista do aeroporto de Barcelos no Amazonas (Foto: Reprodução Rede Amazônica)
A pista de aeroporto de Barcelos, no Amazonas, onde um avião caiu, matando 14 pessoas, passou por fiscalização no início do mês. A informação é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O acidente aéreo aconteceu na tarde de sábado (16). Todos as pessoas que estavam no avião morreram: 12 turistas brasileiros, o piloto e o copiloto.

A pista do aeroporto chegou a ser fechada após o acidente mais foi reaberta na segunda-feira (18).

De acordo com a Anac, não há evidências de que a pista tem problemas. A agência informou, ainda, que fiscalização mais recente no local ocorreu no dia 1º de setembro.

"Atividades de fiscalização abrangem, em regra, todo o aeroporto ou partes dele, incluindo aspectos relativos a pavimentos, cerca, vegetação, condições de manutenção e operação, por exemplo", disse.

O local deve receber obras do Governo do Amazonas a partir de segunda-feira, 25 de setembro.

Via Eliena Monteiro, g1 AM

Destroços de caça de R$ 485 milhões que estava perdido são encontrados nos EUA

O F-35, visto nesta foto de arquivo, é um dos caças mais avançados do mundo e
custa US$ 100 milhões (Foto: PA Media)
Militares dos Estados Unidos encontraram os destroços de um caça militar F-35 que desapareceu depois que o piloto se ejetou sobre a Carolina do Sul no domingo (17/09).

Os destroços do avião, com valor de US$ 100 milhões (cerca de R$ 485 milhões), foram encontrados na zona rural do condado de Williamsburg, disseram as autoridades.

O piloto, que não foi identificado, conseguiu se ejetar, saltou de paraquedas e foi resgatado em segurança na cidade de North Charleston. Depois, ele foi levado a um hospital e sua condição é considerada estável.

Mais cedo, as autoridades haviam pedido que a população ajudasse a localizar o caça.

Em comunicado divulgado na segunda-feira (18), autoridades militares disseram que os destroços foram encontrados “duas horas a nordeste da Base Conjunta de Charleston”.

As autoridades concentraram suas buscas nos arredores dos lagos Moultrie e Marion, ao norte da cidade de Charleston.

Os destroços encontrados foram confirmados como pertencentes ao jato desaparecido, disse um porta-voz militar à BBC.

“O acidente está atualmente sob investigação e não podemos fornecer detalhes adicionais, de forma a preservar a integridade do processo investigativo”, disse o Corpo de Fuzileiros Navais na segunda-feira, após o término das buscas.

JJ Gertler, analista sênior da consultoria Teal Group, compartilhou com a BBC uma possível explicação para o ocorrido.

“Uma sequência plausível de eventos é que, quando o piloto foi ejetado, os componentes eletrônicos do transponder foram queimados e, portanto, os militares não conseguiram mais rastrear sua localização”, disse Gertler.


Para o analista, é possível que a aeronave tenha continuado voando depois que o piloto foi ejetado, mas isso seria "extremamente improvável" devido "aos danos que a aeronave teria sofrido com a ejeção" e com "a mudança na aerodinâmica quando o velame vai embora".


De acordo com a mídia local, o caça, um FB-35B Lightning II, pertencia ao Esquadrão 501 de Treinamento de Ataque de Caça da Marinha, que treina pilotos.

A Base Conjunta de Charleston postou no X (antigo Twitter) um pedido de ajuda ao público para encontrar a aeronave.


O pedido gerou piadas na internet e críticas de políticos.

Nancy Mace, uma congressista republicana pela Carolina do Sul, perguntou no X, antigo Twitter: "Como diabos você perde um F-35?"

"Como não existe um dispositivo de rastreamento e estamos pedindo à população que encontre um caça e o recupere?

A aeronave é um jato furtivo – o que significa que sua fuselagem, sensores e sistemas são projetados para operar sem serem detectados pelo radar inimigo.

Em um comunicado, o Corpo de Fuzileiros Navais disse na segunda-feira que as autoridades planejam “discutir questões de segurança da aviação e melhores práticas” ainda esta semana.


O órgão disse que o acidente com o F-35 foi o terceiro “acidente Classe A” nas últimas seis semanas — uma categoria de incidente que causa mais de US$ 2,5 milhões (R$ 12 milhões) em danos. Entretanto, não foram divulgados detalhes sobre as ocorrências anteriores.

Em agosto, três fuzileiros navais morreram em um acidente envolvendo um avião Osprey, e outro fuzileiro naval morreu quando seu jato caiu durante um treinamento perto de San Diego.

Em 2018, os militares dos EUA suspenderam temporariamente toda a sua frota de jatos F-35 após um acidente na Carolina do Sul.

Via BBC e Daily Mail

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Os incríveis, impossíveis e falsos aviões de passageiros que você encontra no Youtube


Não existe um Airbus A380 de seis andares. Obviamente. Você não precisa ser um especialista em aviação para perceber que esse tipo de monstruosidade nunca poderia decolar. Ainda assim, sempre que vejo algo parecido no YouTube, basicamente tenho que clicar nele. Essa é a razão pela qual ele existe.

Aviões impossíveis - aeronaves Frankenstein com Photoshop com dezenas de motores ou fuselagens absurdas e bulbosas - estão em todo o YouTube. Uma busca rápida pelo "maior avião do mundo" revelará dezenas. Assistir a qualquer um e você gostaria de encontrar uma montagem de clipes roubados e não creditados, espalhados em dezenas de anúncios e carregados por contas obscuras com nomes como "STORM FORCE" ou "Techno Blog". Mesmo com vídeo de baixa resolução, marcas d'água flagrantes e pop-ups irritantes, esses vídeos chegam a milhões de visualizações graças em grande parte à mentira de suas miniaturas.

A arte da capa extrema e enganosa é um conto tão antigo quanto o YouTube. Costumava exigir um planejamento meticuloso e filmagem quando o YouTube selecionava automaticamente miniaturas de uma filmagem real. Mas agora que o YouTube permite miniaturas personalizadas que não precisam refletir um quadro do vídeo real, mentir exige muito menos esforço.

Acontece que os grandes aviões são incrivelmente fáceis de mentir. Muitos dos maiores aviões reais do mundo parecem bastante inacreditáveis, mesmo sem edição. As testas bulbosas do Airbus A300-600ST Beluga ou do Aero Spacelines Super Guppy parecem muito como se alguém as inflasse com software. O enorme Stratolauncher se parece muito com dois aviões menores juntos no Photoshop. Os aviões-X mais loucos da NASA parecem alguém copiado e colado em cerca de meia dúzia de hélices extras. Além de tudo isso, o fundo azul puro de um céu claro e a relativa suavidade do corpo de um avião de passageiros torna fácil até para Photoshoppers inexperientes criar modificações bastante verossímeis com pouca habilidade real. Venha comigo em uma jornada.

Desastres editados


Na vida real, os aviões com vários decks chegam a no máximo dois decks. A Emirates brincou com a ideia de um triplo decker, mas aparentemente a sério e também de brincadeira, mas por enquanto não existe tal coisa. Na verdade, as viagens aéreas estão tendendo a aviões menores .

Os aviões falsos, no entanto, podem ter até seis ou sete conveses, transformando-os em linguados voadores esticados.

INCRÍVEL Top 6 MAIORES Aviões do Mundo 2017—307.746 visualizações
(uma foto real de um Airbus Beluga com janelas em Photoshop)


Monstrosidades multi-motor


Outra maneira de explodir um avião fora de proporção é simplesmente adicionar mais motores às asas. Na vida real, os recordistas de motor incluem o barco voador Dornier Do X da era da Primeira Guerra Mundial, com suas 12 hélices e o octo-motor B-52 . No mundo bizarro do YouTube, esses números sobem muito mais.


Aviões alongados


Se cinco decks ou duas dúzias de motores é um pouco ostentoso para o seu gosto de avião falso, então talvez você prefira um alongamento simples. Na realidade, o avião de passageiros mais longo é o Boeing 747-8, com 250 pés e 2 polegadas. Mas as miniaturas do YouTube pegam esse registro e o estendem muito, muito além, muitas vezes deixando motores e asas em lugares estranhos e, às vezes, adicionando mais alguns para uma boa medida.


Calamidades conjuntas


Não há nenhuma lei nos livros que diga que um avião só pode ter uma fuselagem. Um dos maiores aviões reais da existência real - o avião-monstro transportador de foguete do Stratolaunch - usa um projeto de fuselagem dupla para ostentar a envergadura de asa mais longa do mundo. Talvez seja por isso que os Photoshoppers parecem pensar que podem se safar apenas colando dois Boeings na asa.


Atrocidades variadas


Nem toda criação estranha do Photoshop se encaixa perfeitamente em uma taxonomia de ilusão e, portanto, existem retardatários que são estranhos demais para serem classificados.

Dicas para escolher a mala ideal para sua viagem

Policarbonato ou Polipropileno? De 10kg, 23kg ou 32kg? Com ou sem cadeado? De bordo ou para despachar?

Uma boa mala pode durar uma vida. Veja dicas para escolher a sua
 (Foto: Weerayut Ranmai / EyeEm/Getty Images)

1. Tamanho


As malas de viagem geralmente seguem três padrões de tamanho. As pequenas são consideradas bagagem de mão porque, na teoria, não precisam ser despachadas nas viagens de avião. Na prática, porém, é preciso ficar atento às restrições de tamanho de cada companhia para que a mala possa ser acomodada no compartimento superior ou embaixo da poltrona. No Brasil, isso é padronizado: Azul, Gol e Latam estabelecem as dimensões máximas de 55cm de altura x 35cm de largura x 25cm de profundidade, além do limite de 10kg. Essa mala de rodinhas da Stradda à venda na LePostiche, por exemplo, está dentro da regra das aéreas brasileiras. No entanto, existem low costs, como a irlandesa Ryanair, que afirmam que a bagagem de mão não pode ultrapassar 40cm x 25cm x 20cm, o equivalente a uma mochila ou bolsa. Na dúvida, leia as letras miúdas.

Já no caso da bagagem despachada, Azul e Gol estipulam que as peças devem ter no máximo 80cm de altura x 50cm de largura x 28cm de profundidade, enquanto a Latam afirma que a soma da altura, largura e profundidade deve ser de no máximo 158cm lineares. Tanto as malas médias quanto as grandes costumam estar em mais ou menos conformidade com essas regras: as malas do modelo Algarve da Seanite, por exemplo, possuem 66cm x 43cm x 25cm e 76cm x 48cm x 29cm, respectivamente. No entanto, é preciso ter em mente que as três aéreas brasileiras determinam que cada unidade de bagagem despachada deve pesar no máximo 23kg – ultrapassado esse limite, é preciso pagar pelo excesso de peso. Nesse sentido, as malas de tamanho grande nem sempre são vantajosas: pode acontecer de sobrar espaço dentro delas e as roupas ficarem balançando para lá e para cá durante a viagem. Por outro lado, elas acomodam melhor objetos volumosos, como casacos de inverno.

As malas de viagem costumam seguir três padrões de tamanho: pequeno, médio e grande
(Foto: American Green Travel/Unsplash)

2. Material


As malas de tecido, geralmente de poliéster, costumam ser mais baratas e proporcionam maleabilidade para enfiar mais coisas de última hora. Por outro lado, elas podem rasgar – seja acidentalmente, durante o transporte, ou propositalmente, caso queiram roubar o que está dentro. A primeira situação pode ser evitada investindo em marcas reconhecidas no mercado, caso da American Tourister: a do modelo Troyer, no tamanho médio, está disponível na Amazon. Já a possibilidade de roubo só é amenizada optando mesmo por uma mala rígida, que também protege mais contra a água e impactos. As mais econômicas são as que são feitas de ABS, material não tão resistente. As de Polipropileno garante mais firmeza e ficam no meio termo no quesito preço. Na outra ponta estão as de Policarbonato: a Evoa da Samsonite chega a parecer um cofre.

3. Peso


Quanto mais leve for a mala quando vazia, mais coisas você conseguirá colocar dentro dela sem ultrapassar o limite de 10kg para bagagem de mão e de 23kg para bagagem despachada. A mala pequena do modelo Algarve da Seanite, à venda na LePostiche, pesa somente 2,3kg. Já a mala média do modelo Cannes da Day by Day tem 3,1kg.

4. Rodinhas


As malas mais fáceis de manusear são as que tem quatro rodinhas que giram 360º, como essa modelo Veneza da Roncalli, à venda na Amazon. Isso garante diferentes possibilidades: você pode conduzir a mala ao seu lado, empurrá-la na sua frente ou puxá-la atrás de você. Quando a bagagem possui apenas duas rodinhas fixas, a única opção é puxá-la, o que pode ser cansativo e até difícil, dependendo do peso.

As malas com quatro rodinhas são mais fáceis de “manobrar” (Foto: H.F.E & Co Studio/Unsplash)

5. Cadeado


Apesar de dificultarem, os cadeados não são infalíveis contra furtos. Além disso, toda bagagem despachada está sujeita a verificações aleatórias e as autoridades de segurança têm o direito de fazer o que for necessário para conferir o que está dentro – inclusive arrombar cadeados ou destruir zíperes. Uma solução é investir em cadeados TSA, que foram criados pela Transport Security Administration dos Estados Unidos e podem ser acessados usando uma chave mestra, evitando assim que sua bagagem seja danificada durante uma inspeção. Na Amazon, é possível encontrar o cadeado avulso, com senha numérica ou com chave. Mas existem também malas que já vêm com cadeados TSA embutidos, caso das malas de modelo Vegas da Samsonite.

Algumas malas já vêm com cadeado TSA embutido (Foto: Sun Lingyan/Unsplash)

6. Cores


Malas pretas podem ser confundidas facilmente umas com as outras. Por isso, ter bagagem colorida evita que alguém pegue a sua mala por engano: as malas Berlim da LePostiche, que podem ser coral ou azul claro, não passam despercebidas na esteira. Mas, se você for do time dos discretos, existe também a possibilidade de comprar uma mala de cor neutra e diferenciá-la com acessórios. Existem, por exemplo, fitas com as cores do arco-íris, capas de bagagem como essa de urso-astronauta e adesivos das bandeiras de diferentes países.

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Via viagemeturismo.abril.com.br

Aconteceu em 19 de setembro de 2008 - O acidente com Learjet envolvendo o baterista Travis Barker do Blink-182


Hoje faz 14 anos desde que o baterista do Blink 182, Travis Barker, escapou de um acidente de avião envolvendo um Learjet 60 em que viajava para a Califórnia. O acidente ocorreu enquanto o jato particular tentava decolar do Aeroporto Metropolitano de Columbia (CAE), na Carolina do Sul, e deixou o músico gravemente ferido.


Conforme estabelecido, o voo em que Barker estava a bordo quando caiu teve origem no Aeroporto Metropolitano de Columbia, na Carolina do Sul. Esta instalação está localizada convenientemente perto da área de Five Points de Columbia, onde Barker havia acabado de se apresentar. O Blink-182 não estava ativo como banda na época, com Barker em turnê com o TRV$DJAM, um projeto de colaboração entre ele e Adam 'DJ AM' Goldstein.

O destino do voo era Van Nuys (VNY) no sul da Califórnia, uma instalação frequentemente usada por aeronaves particulares com destino a Los Angeles. Além de Barker e Goldstein, dois outros passageiros estavam a bordo, Charles Monroe Still Jr e Chris Baker. Eles foram acompanhados por uma tripulação de voo de duas pessoas, dando uma ocupação total de seis.


A aeronave que operava o voo era o Learjet 60, prefixo N999LJ, da Global Exec Aviation (foto acima). O jato executivo com motor traseiro era relativamente novo na época, já que, de acordo com a Aviation Safety Network, ele havia voado pela primeira vez em 2006. Às 23h53, hora local, do dia 19 de setembro de 2008, iniciou uma decolagem que provaria ser seu último.

Enquanto acelerava ao longo da pista 11 de 2.622 metros de comprimento do Aeroporto Metropolitano de Columbia, os ocupantes do avião ouviram um estrondo alto. Os pilotos informaram ao controle de tráfego aéreo, que pôde ver faíscas saindo do jato, que estariam abortando a decolagem, acreditando que um pneu estourado teria sido a causa do barulho.

O NTSB descobriu que de fato havia um pneu estourado devido à manutenção inadequada e baixa pressão. Infelizmente, quando a tripulação optou por abortar a decolagem, o jato já havia acelerado além da V1, a velocidade máxima na qual uma decolagem pode ser interrompida com segurança. Como tal, invadiu a pista.

Isso fez com que ele batesse em uma cerca no final da pista de pouso e seguisse pela rodovia 302 da Carolina do Sul, antes de parar em um aterro. Neste ponto, explodiu em chamas, embora Baker e Still infelizmente já tivessem morrido com o impacto. O incêndio também resultou tragicamente na morte dos dois pilotos devido a uma combinação de inalação de fumaça e queimaduras.


Desde criança, Travis Barker tinha pavor de viagens aéreas e atormentado por pensamentos e visões de morrer em um acidente de avião. Mas voar era algo que o baterista tinha que fazer com frequência depois de se juntar ao baixista Mark Hoppus e ao guitarrista Tom DeLonge no trio punk-pop Blink-182 em 1998.

À medida que as turnês mundiais da banda ficaram maiores e mais cansativas, Barker se medicou com doses cada vez mais pesadas de medicamentos prescritos apenas para passar por cada jornada. Durante um voo para a Austrália no início dos anos 2000, ele tomou tanto Xanax que dormiu quase todo o caminho e teve que ser arrastado para fora do avião por comissários de bordo que não conseguiram acordá-lo.

Desde o início, o baterista sentiu que o voo estava amaldiçoado. Na época, ele e Adam Goldstein (também conhecido como DJ AM, um dos melhores amigos de Barker) estavam tocando como a dupla de dança TRV$DJ-AM e estavam prontos para fazer um show na Colômbia. Inicialmente, a ex-mulher de Barker, a modelo Shanna Moakler, deveria ir com ele, mas ela decidiu ficar em casa com seu filho, Landon, que tinha quase 5 anos na época, e sua filha, Alabama, 3. seu pai indo embora. “[Ela] apenas dizia: 'O telhado vai cair, papai, o teto vai cair'”, lembra Barker no livro de memórias  “Can I Say”.

Após o show, ele, Goldstein, seu segurança Charles “Che” Still – que ocupou o lugar de Moakler no avião – e Chris Baker (assistente de longa data de Barker) decidiram voar de volta para Los Angeles em vez de ficar na Carolina do Sul. Embora ele estivesse medicado com Xanax e Vicodin, o Learjet 60 à espera assustou Barker. Ele ligou para seu pai, Randy, antes de entrar e disse a ele que “algo não parece certo”.

Poucos minutos após a decolagem, os dois pilotos do avião tentaram abortar após um pneu estourar, mas a aeronave saltou pela pista, atravessou uma cerca e caiu em um aterro.

“Lembro-me muito bem – pensei que ia morrer com certeza”, disse Barker ao The Post. Assim que o avião parou, Barker sacudiu Goldstein para acordar. Os pilotos, Still e Baker já estavam mortos, mas Barker ainda não percebeu isso.

Ele tentou alcançar seus amigos na cabine, incendiando suas mãos no processo. Depois de abrir a porta e inadvertidamente se encharcar em combustível de jato vazando, Barker acidentalmente se transformou em uma bola de fogo. Ele entrou em pânico, mas de alguma forma conseguiu sair do avião e tirar suas roupas, mesmo enquanto as chamas continuavam a engoli-lo. Apesar de estar drogado, Barker lembra no livro que ele estava “com a dor mais louca de todos os tempos, como nada que eu já senti antes”.

Ele fugiu do avião até que, finalmente, Goldstein o alcançou e apagou o fogo. “Cerca de 60 segundos depois, o avião explodiu”, lembra Barker no livro. “Eu estava deitado ao lado de AM, gritando: 'Estamos vivos!?' ”

Barker teve queimaduras de terceiro grau em 65% de seu corpo e passou meses no hospital, passando por 16 cirurgias. Depois de anos de abuso de analgésicos, seu corpo estava tão acostumado com as drogas que ele acordou em agonia durante quase metade das operações. Os médicos usaram a pele de suas costas para substituir o tecido queimado em suas pernas, o que significava que em um ponto, Barker estava deitado no hospital com seu músculo exposto.

As amputações de pernas e pés foram brevemente consideradas e, por um tempo, Barker ficou tão decidido ao suicídio que ligava para amigos pedindo que o tirassem de sua miséria. Passaram-se muitos meses antes que ele pudesse olhar uma foto do acidente. Quando o fez, percebeu que o teto do avião havia sido arrancado no acidente – exatamente como sua filha havia previsto.

A única pessoa a quem ele tinha de recorrer era Goldstein. “Não havia nenhum grupo de apoio que soubesse como era sobreviver a um acidente de avião”, disse Barker ao The Post. “Só tínhamos um ao outro.”

Goldstein, que supostamente sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus no couro cabeludo e nos braços, estava em uma queda emocional. Como Barker, ele desenvolveu culpa de sobrevivente e transtorno de estresse pós-traumático após o acidente. E depois de 11 anos de sobriedade, ele começou a usar Xanax para passar pelos voos – o que o levou a usar drogas mais pesadas, principalmente crack.

A própria recuperação física de Barker foi lenta; mesmo depois que as feridas cicatrizaram, ele não podia se sentar ao sol por medo de danificar sua pele. Mas seus filhos e família forneceram uma motivação inestimável, algo que faltava a Goldstein em sua vida. No livro, Barker se lembra de uma conversa com seu amigo em que Goldstein explicou sua solidão e isolamento pós-acidente.

Goldstein foi encontrado morto em seu apartamento no Soho em 28 de agosto de 2009, ao lado de um cachimbo de crack e vários frascos de remédios. Seu último tweet foi a letra de uma música do Grandmaster Flash: “Nova York, Nova York, grande cidade dos sonhos / Mas tudo em Nova York nem sempre é o que parece”.

Quando Barker ouviu a notícia, ele estava em Hartford, Connecticut, no meio de uma turnê com o Blink-182. Ele pegou o ônibus da turnê de volta à Califórnia por quatro dias seguidos para comparecer ao funeral. “Lembro-me de apenas algumas semanas antes de [Goldstein] morrer, eu o vi e ele me disse: 'Estou com vontade de tomar um monte de drogas e apenas dizer: 'Foda-se'”, disse Barker ao The Post. “A próxima coisa que eu soube, ele se foi. Eu ainda me pergunto sobre isso até hoje. Ele teve uma overdose ou cometeu suicídio?”

Das seis pessoas no avião naquele dia fatídico, Barker é agora o único sobrevivente. Ele não toma mais nenhum tipo de pílula, mas ainda não teve a ideia de voar novamente. Os efeitos psicológicos permanecem aparentes. Barker admite em suas memórias que ele tem um Alerta do Google configurado para notificá-lo sempre que um avião cair. “Minha bunda psicótica sempre quer saber sobre eles”, escreve ele.

Fãs deixaram flores do lado de fora da loja de moda Barker's Fast Life em Los Angeles após o acidente
O Relatório Final do acidente apontou que a manutenção inadequada dos pneus do avião por parte do operador, que resultou em várias falhas de pneus durante a decolagem devido à baixa pressão severa, e a execução do capitão de uma decolagem rejeitada (RTO) após a V1, que era inconsistente com seu treinamento e procedimentos operacionais padrão.

Após a recuperação de Barker, o Blink-182 se reuniu em fevereiro de 2009, tendo inicialmente feito um 'hiato indefinido' quatro anos antes. A banda pop-punk permaneceu ativa desde então, embora, durante grande parte desse tempo, Barker não voasse durante a turnê, tendo desenvolvido PTSD devido ao acidente. De acordo com o TMZ, ele finalmente voltou aos céus em agosto de 2021, quase 13 anos após o acidente.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)

Com informações de Aviation Safety Network, TMZ e New York Post - Imagens: Reprodução / Getty Images

Aconteceu em 19 de setembro de 1989 - Voo 772 da UTA - Explosão terrorista a bordo

Na terça-feira, 19 de setembro de 1989, o voo UTA 772 era uma rota comercial realizada pelo McDonnell Douglas DC-10-30, prefixo N54629, da Union de Transports Aériens - UTA (foto acima), entre Brazzaville, na República do Congo e Paris, na França, com escala em N'Djamena, no Chade. Tragicamente, uma bomba explodiu a bordo do avião, matando todos os seus ocupantes.

O avião partiu de N'Djamena às 13h13 no horário local, levando a bordo 14 tripulantes e 156 passageiros. Havia pessoas de 18 nacionalidades a bordo do avião.

O avião estava navegando a 31.500 pés quando a bomba explodiu (GCmaps)
Às 13h59, depois de o DC-10 alcançar o nível de voo 350 (35 mil pés de altitude) em condições totalmente normais, todo o contato com o voo 772 foi perdido. Quarenta e seis minutos depois, em sua altitude de cruzeiro de 35.100 pés (10.700 m), uma mala-bomba explodiu no porão de carga dianteiro da aeronave, na localização 13R, fazendo com que a aeronave se desintegrasse em pleno voo. O artefato estaria escondido na bagagem e teria embarcado no avião em Brazzaville. 

Os destroços da aeronave caíram no Deserto do Saara, 450 quilômetros (280 milhas) a leste de Agadez, no sul de Ténéré, no Níger. A explosão espalhou destroços por centenas de quilômetros quadrados de deserto.

Todos os 156 passageiros e 14 membros da tripulação morreram. Entre as vítimas estava a esposa do então embaixador americano no Chade, Robert L. Pugh. Oito das vítimas fatais foram trabalhadores do petróleo (da Esso, Parker, Schlumberger ) voltando da perfuração concluída do poço Kome-3 no sul do Chade.

Depois que o avião foi bombardeado, Leonardo Leonardi, porta-voz da embaixada italiana em Paris, disse que a embaixada acreditava que seis italianos estavam no voo. Um porta-voz da ordem religiosa dos Frades Menores Capuchinhos disse que dois membros da ordem estavam a bordo do avião. O bispo de Moundou estava no voo.

As vítimas vieram de 18 países diferentes, sendo a maioria franceses, chadianos e congoleses: 54 franceses, 48 ​​nacionais da República Popular do Congo, 25 chadianos, 9 italianos, 7 americanos, 5 camaroneses, 4 britânicos, 3 nacionais do Zaire (República Democrática do Congo), 3 canadenses, 2 centro-africanos, 2 malineses, 2 suíços, 1 argelino, 1 boliviano, 1 belga, 1 grego, 1 marroquino e 1 senegalês.

Uma agência de notícias em Londres recebeu um telefonema de um anônimo, segundo o qual a Jihad Islâmica seria responsável pela explosão. O anônimo exigiu a libertação do xeique Abdel-Karim Obeid, que havia sido sequestrado no sul do Líbano em julho de 1989 por forças de Israel. A agência recebeu um novo telefonema de um anônimo, o qual dizia que um grupo de resistência do Chade havia sido responsável.

Rota do voo UTA 772

Entretanto, vários anos mais tarde, o governo da Líbia, se tornaria o principal suspeito, visto que em 1999, Muammar Gaddafi admitiria sua participação direta no planejamento do atentado de Lockerbie. 

Gaddafi aceitou pagar US$ 35 milhões como indenização às vítimas, porém, com a condição explícita de que o governo da Líbia não teve participação no ataque contra o voo 772.

O motivo para o pagamento dessas indenizações seria o embargo imposto à Líbia em 1993 que foi suspenso temporariamente em 1999.

O governo dos Estados Unidos chegou a exigir do país o pagamento de US$ 6 bilhões como indenização às famílias de 7 vítimas norte-americanas, mas essa exigência foi retirada. 


Investigadores obtiveram a confissão de um dos supostos terroristas, uma figura de oposição congolesa que teria ajudado a recrutar um dissidente para embarcar a bomba clandestinamente no avião. Essa confissão fez com que seis líbios acabassem sendo acusados de participação no ataque. O Relatório Final sobre o acidente foi divulgado.

Eles foram identificados pelo juiz francês Jean-Louis Bruguière: Abdallah Senussi, cunhado de Gaddafi; Abdallah Elazragh, primeiro conselheiro da embaixada líbia em Brazzaville; Ibrahim Naeli e Arbas Musbah, membros do serviço secreto líbio; Abdelsalam Issa Shibani, oficial técnico do serviço de inteligência líbio e Abdelsalam Hammouda.

Gaddafi não permitiu que os acusados fossem extraditados para a França, portanto eles permaneceram na Líbia.

O Memorial mais remoto do planeta


Em 2007 um memorial, financiado pelo governo libanês, foi criado por uma associação de famílias das vítimas nas coordenadas 16°51′53″N,11°57′13″L. Sendo visível a partir do Google Earth.


Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN e Wikipédia

Aconteceu em 19 de setembro de 1976: Voo 452 da Turkish Airlines - Pousando 97 km antes da pista


Em 19 de setembro de 1976, o Boeing 727-2F2, prefixo TC-JBH, da Turkish Airlines (Türk Hava Yollari - THY) (foto abaixo), operava o voo 452, um um voo doméstico regular de passageiros do Aeroporto Atatürk de Istambul, para o Aeroporto de Antalya, ambas cidades da Turquia. 

Esse Boeing 727-200 foi construído em 1974 com o número de série 20982 e estava equipado com três motores turbofan Pratt & Whitney JT8D-15.

A aeronave envolvida no acidente que deixou 157mortos
O capitão era Celal Topçuoğlu, o primeiro oficial era Sacit Soğangöz, o engenheiro de voo era Ahmet Bursali e o técnico Muhittin Güçlü. Os quatro tripulantes de cabine eram Feyzan Güngör, Neriman Düzelli, Kâmuran Küçükkoşum e Canan Dinç. Três funcionários da Turkish Airlines, programados para voar em um McDonnell Douglas DC-9 de Antalya para Istambul na manhã seguinte também estavam no voo.

O avião chegou ao Aeroporto Atatürk de Istambul (IST/LTBA) vindo da Itália às 21h30, horário local, com 68 passageiros. Mais 78 passageiros embarcaram em Istambul. No toral, o voo 452 passou a transportar 146 passageiros e 8 tripulantes. 

O voo 452 partiu do Aeroporto Atatürk de Istambul às 22h45 (horário da Europa Oriental (EET) - 20h45 UTC) para o voo de uma hora para o Aeroporto de Antalya, no sul da Turquia. 

Às 23h11 EET, o primeiro oficial ligou para a torre de controle do Aeroporto de Antalya para relatar que tinham as luzes da pista à vista, embora a aeronave ainda estivesse voando sobre Isparta, bem ao norte de Antalya, a cerca de 100 quilômetros (62 milhas) da pista.

Trita minutos após a decolagem, eles anunciaram que estavam se aproximando do Aeroporto de Antalya e desceriam de 4.400 metros (14.400 pés) para 4.000 metros (13.000 pés).

Ele solicitou uma abordagem diretamente para a Pista 36 (voltada para o norte) e imediatamente começou a descer para a abordagem final de acordo com as regras de voo visual, em vez de regras de voo por instrumentos e sem esperar pela autorização do controlador de tráfego aéreo (ATC). 

Quando os pilotos confirmaram que tinham a pista à vista, o controlador em Antalya notificou-os de que não os conseguia ver. O primeiro oficial Soğangöz respondeu: "Devo acreditar em você ou nos meus olhos?" 

Vendo as luzes de uma rodovia reta de 4.000 metros (13.000 pés) ao norte da cidade de Isparta, o primeiro oficial respondeu que via a pista com seus próprios olhos, mas, na verdade, estava confundindo uma rodovia com a pista.

Como a aeronave estava a 150 metros (490 pés), o comandante Topçuoğlu, que estava na cabine de passageiros,  voltou à cabine e percebeu que a aeronave estava descendo em uma rodovia com tráfego de caminhões. Ele iniciou uma subida repentina com força total ao avistar um morro à frente. 


Testemunhas oculares relataram que o avião voou muito próximo da cidade e que “quase puderam ver os passageiros”. A aeronave passou pela colina Sidre Tepe perto de Isparta, após o que começou a subir.

Às 23h20, uma forte explosão foi ouvida em Karatepe, a colina depois de Sidre Tepe. A aeronave bateu com a asa direita em uma colina, após o que ricocheteou para o outro lado do vale e se desintegrou, resultando na morte de todas os 154 pessoas a bordo. 


Os destroços estavam a uma altitude aproximada de 1.130 metros (3.710 pés). No momento do acidente, um filme de terror estava sendo exibido na televisão, fazendo com que alguns moradores deixassem suas casas após a explosão.

O impacto destruiu os destroços da aeronave em uma área de 2 quilômetros (1,2 milhas). Após ouvirem a explosão, moradores próximos subiram ao topo do morro por duas horas.
 

Militares foram enviados para a área e já estavam no local. Eles encontraram pedaços da aeronave em chamas e os extinguiram jogando areia sobre eles. Uma das asas foi encontrada no topo do morro, enquanto os motores estavam localizados na parte inferior. 

Um gerador foi usado para iluminar o local à noite. Para evitar o saque de bens, as autoridades fecharam a área aos civis, apesar do que milhares de pessoas subiram a colina e puderam ver os destroços e os corpos depois da meia-noite. 

O primeiro gravador de voo foi encontrado um dia após o acidente. O gravador de dados de voo foi encontrado em 22 de setembro. 

Em 2009, alguns restos do avião ainda foram encontrados no local do acidente.


Um total de 155 pessoas, 144 passageiros e 11 funcionários da Turkish Airlines, morreram no acidente. 125 desses passageiros eram descendentes de não-turcos, sendo em grande parte turistas italianos. 

Entre as vítimas estava Kemal Ziya Öztürk, um membro independente da Grande Assembleia Nacional da Turquia do distrito de Aydın e pai do aviador Murat Öztürk. O acidente também custou a vida do ex-soldado italiano e ganhador da Medalha de Ouro de Valor Militar, Enrico Martini. Ilhan Cavcavestava a bordo da aeronave na primeira etapa e também deveria continuar o voo para Antalya, mas mudou de ideia e voou para Ancara.

Segundo testemunhas oculares, os corpos das vítimas estavam gravemente queimados, impossibilitando a identificação. Embora a maioria dos corpos das vítimas italianas tenha sido enviada para Itália, 18 dos passageiros italianos foram enterrados num cemitério local.


No dia seguinte ao acidente, um raio foi eliminado como causa do acidente, com base nos boletins meteorológicos. Os investigadores acessaram o gravador de voz da cabine em 22 de setembro, cuja transcrição foi mantida em segredo. 

Os especialistas que inspecionaram as gravações anunciaram mais tarde que os pilotos estavam tentando voar visualmente, em vez do voo instrumental, que era exigido à noite, e que confundiram a área escura à frente deles - as Montanhas Taurus Ocidentais - com o Mar Mediterrâneo, e as luzes da cidade de Isparta para as de Antalya. Também foi revelado que o equipamento de medição de distância do aeroporto de Antalya quebrou três dias antes do acidente.

Em setembro de 2023, o acidente ainda considerado o mais mortal acidente de avião que já ocorreu na Turquia.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN e baaa-acro

Rússia lança mísseis em manobra e intercepta avião dos EUA no Ártico

Em imagem divulgada pelo Ministério da Defesa russo, navio de guerra dispara míssil de cruzeiro Vulkan durante exercício no mar de Bering, nesta segunda (18) (Foto: Ministério da Defesa da Rússia/Reuters)
Em plena crise com o Ocidente devido à Guerra da Ucrânia, a Rússia flexionou sua musculatura militar na região do Ártico, uma de suas principais fronteiras estratégicas, nesta segunda (18).

Cerca de 10 mil militares da Marinha participaram de lançamentos de mísseis de cruzeiro Vulkan, Granit e Onix em alvos simulados no mar de Bering, que separa o seu território do Alasca, estado norte-americano que foi vendido pelos russos aos EUA em 1867.

Os exercícios foram conduzidos na região de Tchukotka e também no mar de Tchuktchi, que fica acima de Bering no círculo polar ártico. Os mísseis foram disparados de terra, de navios e de submarinos, numa demonstração supervisionada pelo comandante da Marinha, almirante Nikolai Ievmenov.

O objetivo declarado da manobra era a "proteção da rota marítima da norte", um dos projetos prioritários de Vladimir Putin. Desde a aceleração do derretimento do gelo ártico no verão, devido às mudanças climáticas, foi facilitado o transporte comercial entre os portos da Rússia no mar de Barents, no extremo leste do país, e a China, passando pelo círculo polar.

A Rússia já opera a única frota de quebra-gelos de propulsão nuclear do mundo. Com menos obstáculos, os planos foram feitos para incrementar o intercâmbio comercial com a vital aliada na Guerra Fria 2.0 contra os EUA e seus aliados ocidentais.

Ao demonstrar capacidades militares, Moscou busca lembrar os adversários de que pretende garantir a segurança naquela rota. No ano passado, Putin afirmou que deverá gastar o equivalente a US$ 150 bilhões até 2035 com o desenvolvimento da infraestrutura portuária ao longo da rota do Ártico —a região já ganhou a única usina nuclear flutuante do mundo.

No mês passado, em encontro do bloco Brics (com Brasil, Índia, China e África do Sul) ao qual compareceu de forma virtual para evitar ser preso devido à ordem do Tribunal Penal Internacional, o presidente russo afirmou que novos terminais de exportação de hidrocarbonetos estão sendo construídos —já há grandes projetos de exploração de gás natural na região, como o Iamal.

Também nesta segunda, a Rússia interceptou um avião de patrulha e espionagem P-8A da Marinha dos EUA perto de seu espaço aéreo no mar de Barents. Um caça MiG-31 da Frota do Norte, baseada no porto de saída da rota marítima em Murmansk, foi empregado na ação.

O P-8A, principal modelo do tipo dos EUA e de diversos países, deu meia-volta. Nas últimas semanas, isso havia acontecido ao menos três vezes com um avião idêntico da Força Aérea da Noruega, que é vizinha da região de Murmansk.

Tais interceptações são uma realidade quase diária em pontos de atrito entre grandes e médias potências. Com a guerra, o mar Negro viu explodir a atividade aérea, com os riscos inerentes explicitados no choque entre um caça russo e um drone americano no começo do ano. Báltico, Ártico, Oriente Médio, mar do Sul da China e estreito de Taiwan veem ações frequentes.

Enquanto isso, na Ucrânia, o conflito segue em alta temperatura. Ao longo da noite de domingo para segunda, as forças locais disseram ter derrubado todos os 17 mísseis de cruzeiro lançados contra seu território, além de 18 de 24 drones suicidas. Houve explosões em vários pontos do país, e ao menos quatro pessoas morreram.

Não houve ataques relatados na região do rio Danúbio, onde destroços de drones russos têm caído na vizinha Romênia, integrante da aliança militar ocidental Otan. O país, contudo, diz que tais incidentes não configuram um ataque, o que elevaria ainda mais a crise em curso.

Nesta segunda, a Bulgária, outro membro da Otan às margens do mar Negro, afirmou ter localizado um drone armado com explosivos em uma de suas praias. Não está claro se ele caiu ou se havia sido levado pelas correntes marítimas, e também não foi divulgado se ele era russo ou ucraniano.

Em Kiev, o governo segue a mudança no comando da Defesa, com a troca dos seis vice-ministros da pasta. Há duas semanas, o titular, Oleksii Reznikov, foi substituído após o desgaste decorrente das dificuldades ucranianas na contraofensiva lançada em junho e de diversos casos de corrupção.

Desde então, o governo de Volodimir Zelenski tem focado ações mais espetaculosas, como o ataque que danificou um navio e um submarino russos em reparos numa doca seca na sede da Frota do Mar Negro, em Sebastopol, na semana passada.

Além disso, após propagandear que estaria perto de um avanço mais decisivo no sul de sua frente contra os invasores, Kiev agora parece ter focado na tentativa de reconquistar Bakhmut, bastião da região de Donetsk (leste) que os russos haviam tomado em maio.

Nesta segunda (18), as Forças Armadas de Zelenski afirmaram ter rompido uma linha de defesa próxima da cidade com a conquista de dois vilarejos em ruínas na semana passada. O Ministério da Defesa da Rússia contesta isso, dizendo que segue repelindo os ataques dos rivais.

Seja qual for a realidade, o fato é que o tempo para os ucranianos está acabando, dado que as chuvas do outono do Hemisfério Norte devem começar talvez em um mês ou menos, obstruindo movimentos de tropas e blindados. O momento para conquistar algum prêmio e manter o apoio do Ocidente, para os generais ucranianos, é agora.

Os russos, por sua vez, têm apostado na resistência e nos avanços que fazem mais ao norte, esperando a chegada do mau tempo para iniciar uma campanha de bombardeio com mísseis de longa distância semelhante à do ano passado, visando deixar a Ucrânia sem energia durante os meses de inverno.

Via Igor Gielow (Folha de S.Paulo)

Casal é flagrado fazendo sexo em avião e aplaudido; isso é crime?


Um casal foi flagrado fazendo sexo no banheiro de um avião da EasyJet durante um voo de Luton, na Inglaterra, para Ibiza, na Espanha. Novas imagens do caso que aconteceu na semana passada e viralizou nas redes sociais mostram que passageiros aplaudiram e festejaram os envolvidos na situação.

Afinal, fazer sexo no avião é crime?


Não existe lei internacional específica, nem na aviação, para regulamentar essas práticas, segundo a inglesa BBC. Desta forma, a lei aplicada em caso de sexo durante voos é a do país onde a aeronave está registrada.

Punição no Brasil

O artigo 233 do Código Penal brasileiro, por exemplo, diz que "praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público" pode render de três meses a um ano de detenção. Além disso, os passageiros pegos podem ser obrigados a desembarcar da aeronave.

Outros exemplos

No Reino Unido, sexo dentro do avião pode configurar "crime contra a decência pública" e gerar seis meses de prisão. Há ainda países muçulmanos onde este tipo de atitude pode colocar o viajante durante um tempo ainda mais longo na cadeia.

Além da lei, os tripulantes estão de olho. Especialmente em voos noturnos, os comissários costumam ser orientados a ficar atentos a qualquer situação anormal dentro do voo. A tripulação pode intervir caso o comportamento de um passageiro comprometa a segurança do voo.

O que aconteceu


Flagra aconteceu no último dia 8, em voo da EasyJet. Na ocasião, um comissário abriu a porta do banheiro a pedido dos passageiros. Dentro, foi possível ver o casal com as calças abaixadas até os tornozelos. O homem fechou a porta rapidamente.

Companhia confirmou o incidente e disse ter notificado a polícia. "Esse voo de Luton a Ibiza foi recebido pela polícia ao chegar, devido ao comportamento de dois passageiros a bordo", disse a EasyJet em nota ao tabloide inglês Daily Mail, sem esclarecer se os dois foram detidos.

Um novo vídeo mostra o casal saindo do banheiro do avião e sendo ovacionado. Nas imagens, é possível ver os dois caminhando pelo corredor e reagindo aos gritos dos passageiros. A mulher leva as mãos ao alto e "comemora", enquanto o homem passa sorrindo e cumprimentando os demais.

Via Nossa Viagem (UOL)