Pelos próximos anos, a sonda-robô será utilizada para missões de reconhecimento e análise da superfície marciana.
Método de pouso da sonda - Imagem: Reprodução/Apolo11
Se em 1969 o mundo parou para ver os norte-americanos da NASA pisando em solo lunar, nesta madrugada foi a vez de fazer o mesmo com o Planeta Vermelho. Ainda não é uma missão tripulada, mas a sonda Curiosity chegou a Marte e a partir de agora será responsável pela captura de imagens incríveis e, principalmente, pela coleta e análise de amostras de rochas e outros materiais que podem ser encontrados por lá.
Pouso em superfície marciana
No dia 26 de novembro de 2011, a Curiosity foi lançada da Terra em direção a Marte. Foram mais de 250 milhões de quilômetros entre os dois planetas até que o pouso fosse realizado na madrugada desta segunda-feira. Segundo o G1, até que o pouso fosse efetivamente concluído, ocorreram o que os cientistas chamam de “sete minutos de terror”. Isso aconteceu porque a atmosfera de Marte é diferente da terrestre, deixando o pouso mais arriscado.
A NASA revelou que a entrada no planeta ocorreu com velocidades próximas aos 20 mil km/h, o que torna a desaceleração bem complicada. Felizmente, não houve qualquer dano à sonda-robô Curiosity, que agora pode prosseguir com suas tarefas comuns. No vídeo acima deste parágrafo, você pode conferir a comemoração dos cientistas da NASA que estavam no Jet Propulsion Laboratory.
Missões da Curiosity
A sonda-robô terá vários objetivos a serem realizados durante sua “estadia” em Marte. Um dos principais é avaliar solo e condições climáticas para que os cientistas consigam saber se há chances de o Planeta Vermelho abrigar alguma forma de vida – ou mesmo se isso foi possível em algum momento do passado. Isso inclui a descrição completa e detalhada da geologia marciana.
Simulação do pouso da sonda - Imagem: Reprodução/NASA
Também é de extrema importância que os cientistas consigam dados mais completos acerca da influência da água no desenvolvimento do planeta, assim como identificar as fases do ciclo que atualmente ocorre com a água que existe lá. Por fim, a Curiosity deve detectar níveis e fontes de radiação que existem na superfície – o que será essencial para que as respostas às perguntas anteriores sejam encontradas.
A primeira fase do projeto dura pouco menos de dois anos, mas a sonda deve ficar por mais alguns anos (estima-se uma década) rastreando a superfície de Marte. É com base nisso que os cientistas da NASA e diversos outros laboratórios poderão afirmar se realmente existiu vida em Marte. Isso seria essencial para encontrarmos a resposta para uma das perguntas mais antigas da humanidade: “Estamos realmente sozinhos?”.
Qual a fonte de energia da sonda?
Ao contrário do que aconteceu com as sondas anteriores à Curiosity, a mais nova habitante de Marte não é movida por painéis solares. No lugar deles, a sonda-robô possui geradores de plutônio, que possuem capacidades para fornecer a energia necessária para pelo menos 14 anos. Com isso, o veículo da NASA tem garantida a energia necessária para a missão.
A primeira foto da Curiosity
Pouco depois da confirmação da chegada a Marte, também foi recebida uma fotografia que havia sido retirada do solo marciano. A imagem foi feita por uma câmera traseira – a mesma que será utilizada para garantir que não ocorra nenhum acidente com a Curiosity nos momentos em que ela estiver percorrendo o planeta.
Imagem: Reprodução/NASA
Ainda trata-se de uma fotografia de baixa resolução, pois vai demorar cerca de uma semana até que a primeira imagem panorâmica em alta definição seja enviada até os computadores da NASA. Quando isso ocorrer, tenha certeza de que o Tecmundo publicará o resultado para todos os apaixonados por ciência e astronomia.
Fonte: G1, The Verge, Apolo 11, Los Angeles Times e CNN via Renan Hamann (Tecmundo)