Um caso grave foi registrado num voo da Ethiopian Airlines e poderia ter resultado em algo ainda pior, quando um Boeing 737 não pousou pelo fato dos pilotos estarem dormindo na cabine.
A Ethiopian Airlines é a maior companhia aérea da África e ficou conhecida nos noticiários brasileiros após o acidente envolvendo um dos seus Boeing 737 MAX em 2019, embora a culpa pela tragédia recaia sobre a fabricante da aeronave e seu sistema de controle de voo problemático (risco hoje mitigado, após o modelo ficar quase dois anos parado).
No entanto, o caso recente envolveu um modelo de geração anterior, o 737-800, da série Next Generation (NG), mas poderia ter acontecido com qualquer outra aeronave, já que a falha foi totalmente humana.
Ocorre que o 737-800 de matrícula ET-AOB estava realizando o voo ET-343 de Cartum, no Sudão, para Addis Ababa, base da empresa. Em certo momento, o Controle de Tráfego Aéreo não havia conseguido contatar a aeronave na medida que ela se aproximava da capital etíope.
O radar apontava que o avião continuava no nível de voo 370 (cerca de 11 mil metros de altitute), o mesmo que ele manteve durante todo o voo de cruzeiro. Só após o avião sobrevoar a pista, os pilotos restabeleceram o contato e iniciaram a descida.
Dados da plataforma de rastreamento de voos RadarBox apontam a exata situação vista pelos controladores, e seguida de uma descia íngreme para atingir a altitude ideal para a aproximação.
Segundo o The Aviation Herald e mídia internacional está reportando, os pilotos fatigados teriam dormido e não colocaram o avião para descer. Eles só acordaram quando o avião sobrevoou a pista e após terem recebido um alerta sonoro na cabine.
Mesmo com o procedimento de pouso inserido, é necessário que os pilotos mudem a altitude para que o piloto automático inicie a descida de maneira independente e, ao que tudo indica, eles já estavam dormindo no momento ideal de inserir a altitude de descida.
Apesar do “susto”, o avião pousou em segurança em torno de 25 minutos depois de ter sobrevoado o aeroporto, ainda em altitude de cruzeiro. Não está anunciado se uma investigação formal será aberta para o caso.
Via Carlos Martins (Aeroin)
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