quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Governo estuda medidas para evitar novos fechamentos de aeroportos

Reunião foi convocada em Brasília após Viracopos ficar 45 horas fechado.

Uma das ações em estudo é uso de taxiways como pista alternativa.


O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse nesta quarta-feira (24) que o governo vai avaliar medidas para agilizar a resposta a incidentes com potencial para gerar fechamento de pistas de aeroportos do país. 

Uma das ações em discussão é a melhoria das faixas de taxiamento, que poderiam ser usadas como segunda pista nestas situações. Bittencourt deu a informação após reunião nesta quarta, em Brasília, com representantes de órgãos como Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Aeronáutica, para discutir o acidente com o avião da empresa aérea Centurion, que quebrou na semana passada ao aterrissar no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e provocou o fechamento da sua única pista por 45 horas. 

No dia 19, a Anac anunciou multa de R$ 2,8 milhões à Centurion por conta da demora na remoção da aeronave. A SAC, no mesmo dia, informou que o governo vai entrar na Justiça contra a empresa para pedir indenização pelos prejuízos materiais causados pelo acidente. “Fizemos nessa reunião uma avaliação sobre o acidente e os problemas que ele criou. E vamos agora discutir como é possível aprimorar procedimentos e regulamentações para que tenham mais eficácia”, disse Bittencourt. 

De acordo com o ministro, o “fortalecimento” de “taxiways” – caminhos que ligam a pista de pouso e decolagem aos terminais de passageiros – deve ser avaliado como alternativa para alguns dos mais importantes aeroportos do país que possuem apenas uma pista. 

Assim como Viracopos, eles também estão sujeitos a fechamento completo em caso de incidentes. Outra medida que será estudada, segundo Bittencourt, é a necessidade de compra de novos equipamentos chamados Recovery-Kit, usados para retirada de aviões de grande porte. 

Esses equipamentos custam entre R$ 2 e R$ 4 milhões. Hoje, no país, existe apenas um, que fica em São Paulo.

Fonte: Fábio Amato (G1, em Brasília) - Foto: Reprodução da TV

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