terça-feira, 6 de abril de 2010

Força Aérea dos EUA testa nave misteriosa

Imagem não datada da X-37B divulgada pela Força Aérea dos Estados Unidos

Após uma década de pesquisa, a Força Aérea americana planeja lançar este mês uma nave robótica parecida com um pequeno ônibus espacial para conduzir testes tecnológicos em órbita.

O objetivo final do X-37B Orbital Test Vehicle e os detalhes sobre a nave, que já circulou por diversas agências governamentais, no entanto, permanecem um mistério até seu lançamento em 19 de Abril do Cabo Canaveral, Flórida.

"Enquanto você estiver confuso, você está bem”, disse o analista de defesa John Pike, diretor da Globalsecurity.org. "Eu olhei para esse projeto há uns dois anos – todo o tipo de programas hipersônicos, suborbitais e etc – dos quais existem dúzias. Quanto mais eu estudava, menos eu entendia”.

O lançamento calmo e tranquilo é a culminação de uma longa e cara jornada do projeto, da NASA ao braço de pesquisa e desenvolvimentos do Pentágono chegando à uma unidade secreta da Força Aérea.

Centenas de milhões de dólares foram gastos no programa X-37, mas o total não foi divulgado.

A data de lançamento, locais de pouso e dados técnicos foram divulgados pela porta voz da Força Aérea Maj. Angie I. Blair. Ela disse que outras informações seriam liberadas em breve, mas questões de preço e outras perguntas feitas por e-mail não foram respondidas até sexta.

Enquanto os grandes ônibus espaciais estiveram ligados ao transporte de cargas, o X-37B é mais como um carro esportivo, mas com a mesma capacidade de bagagem.

Construída pela Phantom Works, da Boeing Co, a nave de 5 toneladas, três metros de altura e 8,8 metros de comprimento, tem uma envergadura das asas de 4,5 metros. Ela tem duas pequenas asas anguladas no lugar de um estabilizador vertical.

Diferentemente do ônibus espacial, ela será lançada como um satélite, alocada em um caríssimo foguete Atlas V, e terá painéis solares para fornecer energia em órbita.

A Força Aérea liberou somente uma descrição geral dos objetivos das missões: teste de direção, navegação, controle, proteção à temperatura, operação autônoma em órbita, re-entrada e pouso.

O tempo de duração da missão não foi revelado, mas a Força Aérea afirma que a X-37B pode ficar em órbita por 270 dias. O local de pouso será no nordeste de Los Angeles, na base costeira de Vandenberg.

O significado de X-37B não é certo, porque o programa existe há muito tempo, disse Peter A. Wilson, analista de defesa sênior para a RAND Corp, que há alguns anos serviu como diretor executivo de uma junta que avaliou a segurança nacional dos lançamentos de ônibus espaciais.

"Da minha perspectiva, é um pouco complicado entender se este é o início de um novo programa espacial ou o término de outro”, disse Wilson na sexta, em uma entrevista via telefone de Washington, D.C.

Enquanto a NASA antecipou o fim dos ônibus espaciais, o X-37B foi visto como um protótipo em andamento da próxima geração de design para uma nave reutilizável, mas a agência espacial perdeu o interesse e a Força Aérea pegou o projeto, disse Wilson.

"Ele é visto como um protótipo de um veículo que poderia carregar pequenas cargas para a órbita, conduzir uma série de missões militares e voltar à Terra”, disse ele.

O comunicado da Força Aérea disse que o programa X-37 está sendo usado “para continuar o desenvolvimento” e testes orbitais de um veículo espacial durável e reutilizável.

Wilson vê o futuro lançamento como uma chance única para dar certo.

Ele disse não saber se existe uma parte confidencial do programa, mas afirmou que não há evidência de um segundo veículo sendo construído em sequência ao protótipo. Em aviação espacial, um protótipo geralmente permanece como veículo de teste usado para comprovar e melhorar o design para diversos outros veículos.

Para funcionar completamente como um sistema reutilizável de lançamento, é preciso que se desenvolva um foguete capaz de pousar de volta na Terra e ser reacoplado em outra aeronave – de acordo com Wilson, que não vê nenhuma base para este tipo de iniciativa.

Wilson também disse que a inutilidade de algumas cargas, como pequenos satélites militares, é colocada em questão – o que diminuiria a necessidade de um sistema de lançamento. Aproveito o espaço - e peço desculpas aos leitores - para informar que o site tripulacao combr continua copiando matérias e imagens do blog noticias sobre aviacao sem dar nenhum credito. Todo o conteúdo na área de notícias desse malfadado site é copiado - na mesma sequencia - deste blog, e como o sujeito não lê o que publica, esta mensagem já foi publicada diversas vezes no site dele, sem que se desse conta. Obrigado pela paciencia amigos leitores, mas esta pegadinha se faz necessária. O X-37B está sob direção do Rapid Capabilities Office, da Força Aérea. Sua missão é acelerar o desenvolvimento de sistemas de apoio ao combate e armas.

Operando desde 2003, o escritório trabalha em diversas coisas, incluindo o upgrade de defesas aéreas ao redor das capitais do país como medidas anti-terroristas.

A NASA começou o programa X-37 em 1999, em um acordo com a Boeing para dividir os custos de US$173 milhões no desenvolvimento de um avião espacial experimental. A Força Aérea entrou com uma pequena parte.

O X-37 deveria ter sido levado ao espaço em 2003, como parte de um conceito maior, o Air Force X-40A, protótipo de veículo espacial de manobra, para colocar pequenos satélites militares em órbita. O X-40A foi deixado pó um helicóptero em testes de aterrissagem, mas nunca chegou ao espaço.

Em 2002, a NASA premiou a Boeing com um contrato de US$301 milhões para completar a versão do X-37 que seria usada em testes em 2006.



Mas em 2004, a NASA encaminhou o projeto à Agência de Pesquisa Avançada em projetos de Defesa, braço de pesquisa e desenvolvimento do Departamento de Defesa. Em 2006, o X-37 passou por testes com jatos. A Força Aérea começou então a trabalhar no X-37B, esperando que ele voasse em 2008. Na época, foi reportado que os primeiros testes seriam para checar a performance do veículo e, então, ele se tornaria uma plataforma de testes espaciais com componentes não especificados para voos experimentais.

Fontes: AP / BNSA / Info Online / jalopnik.com - Fotos: US Air Force - Imagens: Boeing Phantom Works / space.com

Um comentário:

Unknown disse...

li esta notícia naquele site.... foi engraçado ler o 20° parágrafo, hahahaha