quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Dez pessoas serão indiciadas por acidente da TAM

Todos vão ser indiciados por atentado contra a segurança do transporte aéreo, o inquérito seguirá para Justiça Federal e a pena máxima para este tipo de crime é seis anos de prisão.

A polícia anunciou nesta quarta (19) que vai indiciar dez pessoas pelo acidente com o Airbus da TAM, que deixou 199 mortos, em julho do ano passado, em São Paulo.



Veio só parte do inquérito. O documento completo tem 16 mil páginas. Em um ano e quatro meses, mais de 300 pessoas foram ouvidas na apuração das causas do maior acidente da aviação brasileira.

E a polícia concluiu: o principal fator que levou à tragédia foi uma das alavancas de controle dos motores, que ficou em aceleração.

"É muito remota a hipótese de ter havido um problema no equipamento", afirmou o delegado Antônio Carlos Barbosa.

Para o delegado, uma série de regras também foi desrespeitada. Vão responder por isso o ex-presidente da Infraero, José Carlos Pereira, e dois funcionários da empresa que liberaram a pista de Congonhas, Agnaldo Esteves e Esdras Ramos.

O ex-presidente da Anac, Milton Zuanazi, a ex-diretora, Denise Abreu, e três funcionários da agência, Luiz Miyada, Marcos dos Santos e Jorge Velozo. E ainda, o diretor de segurança de vôo da TAM, Marco Aurélio Castro, e o ex-gerente de engenharia da empresa, Abdel Salam.

Todos vão ser indiciados por atentado contra a segurança do transporte aéreo e cabe à União julgar. Por isso, o inquérito seguirá para Justiça Federal, e a pena máxima para este tipo de crime é seis anos de prisão.

Os advogados do ex-presidente da Anac, Milton Zuanazi, e da ex-diretora Denise Abreu disseram que não há responsabilidade dos dois no acidente.

Para o ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, o avião, nas condições em que estava, teria problemas em qualquer aeroporto do mundo.

O funcionário da Infraero Agnaldo Esteves e o diretor da TAM Marco Aurélio Castro não quiseram se manifestar.

Jorge Veloso, da Anac, afirmou que o acidente foi uma fatalidade, que está com a consciência tranqüila, que não foi ouvido pela polícia e não teve acesso aos laudos.

Até o início desta edição do Jornal Nacional, a nossa equipe não conseguiu localizar o ex-gerente da TAM Abdel Salam, os funcionários da Anac Luiz Miyada e Marcos dos Santos, e Esdras Ramos, da Infraero.

Fontes: G1 / Jornal Nacional (TV Globo)

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