Diante da expectativa acerca da aprovação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) do pedido das companhias aéreas TAM e Gol de retomada das operações no aeroporto da Pampulha, moradores da região já se mostram descontentes. Três anos depois da transferência de vôos nacionais e ao exterior para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, que consolidou o da Pampulha como terminal regional, as empresas encaminharam solicitação conjunta à Anac na sexta-feira para retomar as pontes aéreas de Belo Horizonte a Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
A informação foi confirmada pela agência, que afirmou estar o processo em estágio inicial, mas não é comentada pelas gigantes da aeronáutica, correndo extra-oficialmente. Uma fonte do setor garantiu que a intenção não é excluir vôos em Confins, mas otimizar o espaço na Pampulha. No entanto, a comunidade está assustada com a possibilidade de volta dos transtornos registrados quando o terminal não comportava a demanda de passageiros.
Em 2005, quando 130 vôos foram transferidos para Confins, a situação do aeroporto na Pampulha era de saturação, como lembra o presidente da Associação de Amigos da Pampulha (Apam), Flávio Marcus Ribeiro, que, à época, participou ativamente em defesa da aprovação da transferência. “Com capacidade para 740 mil passageiros por ano, a Pampulha tinha volume superior a 3 milhões, com 90 mil pousos e decolagens, em 2004. Tinha vôo de 10 em 10 minutos. Já o Aeroporto Tancredo Neves, inaugurado em 1984, com capacidade para 5 milhões de passageiros/ano (que será atingida em 2008) e estrutura moderna, estava subutilizado, um elefante branco, com apenas 472 mil passageiros em 2002”, lembra.
Ele fala de problemas como constantes congestionamentos, falta de conforto para os usuários e de segurança, excesso de ruído, a rota de pousos e decolagens que inclui uma população de 400 mil pessoas no entorno e as constantes inundações nas pistas, que chegavam a atingir a plataforma de embarque, balcões e equipamentos nos dias de chuva forte.
Para o presidente da Associação Comunitária dos Bairros Aeroporto, Jaraguá e Adjacências, Edílson de Almeida Júpiter, que também acompanhou o processo, a retomada dos vôos na Pampulha seria um retrocesso. “Voltariam os transtornos. Congestionamentos, desconforto para os passageiros, barulho. A região não está apta a atender um fluxo grande de pessoas”, conclui.
O terminal da Pampulha conta com área de 2 milhões de metros quadrados, pista de 2.540 metros e pátio de manobras com capacidade para receber aeronaves de grande porte. Tem média diária de 40 vôos pequenos, que passaria para 78 com a chegada das novas pontes aéreas.
Com capacidade para até 1,5 milhão de passageiros por ano, se firmou como importante elo entre as regiões de Minas, comprovado pelo crescimento de 60% da aviação regional desde a transferência dos vôos para Confins, segundo dados da Infraero.
Apesar de argumentar não poder dar uma posição oficial antes do julgamento do pedido pela Anac, a Infraero adiantou que obras de infra-estrutura teriam que ser feitas na Pampulha, que tem como principal ponto positivo o acesso rápido, distante apenas oito quilômetros do Centro de Belo Horizonte.
Fonte: UAI
A informação foi confirmada pela agência, que afirmou estar o processo em estágio inicial, mas não é comentada pelas gigantes da aeronáutica, correndo extra-oficialmente. Uma fonte do setor garantiu que a intenção não é excluir vôos em Confins, mas otimizar o espaço na Pampulha. No entanto, a comunidade está assustada com a possibilidade de volta dos transtornos registrados quando o terminal não comportava a demanda de passageiros.
Em 2005, quando 130 vôos foram transferidos para Confins, a situação do aeroporto na Pampulha era de saturação, como lembra o presidente da Associação de Amigos da Pampulha (Apam), Flávio Marcus Ribeiro, que, à época, participou ativamente em defesa da aprovação da transferência. “Com capacidade para 740 mil passageiros por ano, a Pampulha tinha volume superior a 3 milhões, com 90 mil pousos e decolagens, em 2004. Tinha vôo de 10 em 10 minutos. Já o Aeroporto Tancredo Neves, inaugurado em 1984, com capacidade para 5 milhões de passageiros/ano (que será atingida em 2008) e estrutura moderna, estava subutilizado, um elefante branco, com apenas 472 mil passageiros em 2002”, lembra.
Ele fala de problemas como constantes congestionamentos, falta de conforto para os usuários e de segurança, excesso de ruído, a rota de pousos e decolagens que inclui uma população de 400 mil pessoas no entorno e as constantes inundações nas pistas, que chegavam a atingir a plataforma de embarque, balcões e equipamentos nos dias de chuva forte.
Para o presidente da Associação Comunitária dos Bairros Aeroporto, Jaraguá e Adjacências, Edílson de Almeida Júpiter, que também acompanhou o processo, a retomada dos vôos na Pampulha seria um retrocesso. “Voltariam os transtornos. Congestionamentos, desconforto para os passageiros, barulho. A região não está apta a atender um fluxo grande de pessoas”, conclui.
O terminal da Pampulha conta com área de 2 milhões de metros quadrados, pista de 2.540 metros e pátio de manobras com capacidade para receber aeronaves de grande porte. Tem média diária de 40 vôos pequenos, que passaria para 78 com a chegada das novas pontes aéreas.
Com capacidade para até 1,5 milhão de passageiros por ano, se firmou como importante elo entre as regiões de Minas, comprovado pelo crescimento de 60% da aviação regional desde a transferência dos vôos para Confins, segundo dados da Infraero.
Apesar de argumentar não poder dar uma posição oficial antes do julgamento do pedido pela Anac, a Infraero adiantou que obras de infra-estrutura teriam que ser feitas na Pampulha, que tem como principal ponto positivo o acesso rápido, distante apenas oito quilômetros do Centro de Belo Horizonte.
Fonte: UAI
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