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A equipe responsável por controlar o helicóptero da NASA, que já realizou sete voos em Marte desde abril, ganhou a edição 2021 do cobiçado prêmio John L. “Jack” Swigert Jr. de Exploração Espacial da Space Foundation. No anúncio feito nessa terça-feira (15), foram destacadas as “conquistas históricas do Ingenuity no Planeta Vermelho”.
O prêmio anual, criado em 2004, reconhece realizações extraordinárias no campo da exploração e descoberta do espaço. O nome é uma homenagem ao legado de exploração espacial do astronauta da NASA John Leonard “Jack” Swigert Jr., piloto do módulo de comando da missão Apollo 13, em 1970.
Segundo o CEO da Space Foundation Tom Zelibor, o Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA elevou o nível em relação às realizações extraordinárias no espaço, ao colocar o pequeno helicóptero para voar em Marte. “O trabalho desta equipe única mudou a história não apenas neste planeta, mas também realizou um feito incomparável”, elogiou Zelibor.
O cobiçado prêmio reconhece feitos extraordinários na exploração do espaço (Fonte: Space Foundation/Divulgação)
A cerimônia de entrega do prêmio John L. “Jack” Swigert Jr. de Exploração Espacial 2021 será realizada no dia 23 de agosto, em Colorado Springs (Estados Unidos), durante o 36º Simpósio Espacial. O evento, que terá transmissão ao vivo pela internet, contará ainda com palestras e outras atrações.
Desafios em Marte
Integrante da missão Marte 2020, que chegou ao Planeta Vermelho em fevereiro, com o rover Perseverance, o Ingenuity fez a equipe do JPL superar diversos obstáculos para levantar voo, como a atmosfera marciana extremamente fina e a gravidade significativa.
Depois de um primeiro voo cheio de complicações, quando ele subiu a até 3 metros de altura e pairou no ar por 30 segundos, as decolagens seguintes foram mais audaciosas, com ele indo a até 10 metros acima do solo de Marte. Novos planos de voo estão sendo desenvolvidos para levá-lo ainda mais longe, explorando todos os seus recursos.
Se você acredita que os assentos nos aviões são todos iguais, está enganado! Dentro de uma mesma aeronave é comum haver poltronas com configurações diferentes, com mais ou menos espaço para as pernas, que reclinam ou não, ou com diferentes níveis de conforto ou problemas para os passageiros. Nesse post você confere como identificar os piores lugares nos aviões e dicas para evitá-los. Muitas vezes não é preciso pagar nenhum centavo a mais para ficar numa poltrona bem melhor…
Os piores lugares no avião
Os lugares que os passageiros geralmente não gostam dentro do avião e que você deve evitar a qualquer custo são:
Assentos na última fileira de cada seção, ou antes das saídas de emergência
Eles não reclinam, até mesmo em boa parte dos voos internacionais de longa duração. O pior nesses casos é quando o passageiro da frente reclina e você não pode fazer o mesmo… A sensação é bem ruim. E o pior é que você paga o mesmo que os demais passageiros para voar com menos conforto.
Assentos próximos ao banheiro ou à área de serviço (galleys)
O que pega aqui é o barulho e a luminosidade, que podem tornar a sua viagem bem mais desagradável, especialmente num voo noturno. Nos banheiros, o barulho da descarga e o bater das portas pode ser contínuo, durante todo o voo (pense numa viagem de 10 horas…). Já nas áreas de serviço, é comum os comissários ficarem conversando, além do barulho natural durante a preparação das refeições.
Poltronas do meio
Exceto se ao seu lado vai algum parente ou amigo, não tem como comparar o conforto da janela ou do corredor com o assento do meio. Além da movimentação restrita, não oferece lugar para colocar os braços. Para piorar, só se você der o azar de voar no meio espremido entre dois passageiros.
Fileiras que não têm janela
Existem em praticamente todos os aviões, inclusive em algumas classes executivas. Você vai todo empolgado para ver a vista lá do céu, e fica com o ônus de estar “preso” distante do corredor, sem a contrapartida do visual.
Assentos com pouco espaço para os pés
Em alguns aviões certas poltronas podem ter uma caixa do sistema de entretenimento (IFE) bloqueando o movimento dos pés. Eu já passei por isso e é bem ruim, especialmente quando você quer dormir.
Assentos lá do fundão da aeronave
O maior risco aqui é ficar sem opção de escolha na hora refeição, no caso dos voos de longo curso. É comum as opções do cardápio serem limitadas, com um número x pratos de massa e pratos de carne. Se a maioria dos passageiros escolhe uma das opções, quem senta no final tem que comer o que sobrar… E quase todas as companhias começam a servir da frente para o fundo da aeronave. Além disso, a turma do fundão costuma sair por último da aeronave. Por outro lado, num voo com pouca ocupação, é lá atrás que costumam ficar fileiras inteiras vagas que permitem você deitar e fazer de uma fileira a sua própria cama. Ainda assim, eu prefiro ir testar a sorte no fundão apenas depois que o avião decolar.
Situações mais difíceis de prever
Poltrona quebrada
Uma poltrona com problemas geralmente é bloqueada pela companhia aérea. Mas dependendo da situação e da ocupação do voo você pode ser premiado com um assento que deveria reclinar mas não reclina, um sistema de entretenimento que não funciona, ou uma poltrona que não fica estável (vai reclinando mesmo sem você querer). Nesses casos, é contar com a sorte mesmo! E reclamar com o comissário, pois o problema pode ter passado despercebido e podem haver outros assentos livres dentro do voo.
Sentar ao lado de pessoas inconvenientes
Não dá pra saber quem vai sentar ao nosso lado. Mas temos a responsabilidade de não tornar uma situação ruim ainda pior, mantendo a calma e sendo ainda mais educados diante de algum problema. Afinal, barraco dentro do avião é muito desagradável. No post “Manual do bom viajante: dicas de etiqueta e como evitar as piores gafes em viagens de avião” minha colega Monique Renne fala sobre várias situações que podem ser evitadas.
Proximidade com crianças de colo
Evite as cinco primeiras fileiras do avião. É nelas que geralmente as companhias aéreas acomodam famílias com bebês. Além disso, nas primeiras fileiras de cada cabine é onde geralmente se colocam os berços. Muitas vezes os pequenos sentem dores no ouvido, estão cansados, ou se sentem entediados durante a viagem, o que pode dificultar a vida de quem se incomoda com o barulho ou quer descansar.
Uma mesma companhia pode operar várias aeronaves diferentes numa mesma rota. Caso não saiba, veja como saber qual o modelo e a configuração do avião que você vai viajar. Depois, verifique no Seat Guru a configuração e escolha uma boa opção. Lembre-se que em vermelho estão marcados os assentos a evitar a todo custo, amarelos aqueles que tem problemas e em verde as melhores poltronas do avião. Os que não tiverem cor são assentos sem problemas, que podem ser escolhidos.
Exemplos de configurações de aviões indicadas pelo Seat Guru
2. Tente reservar o assento no momento da compra da passagem
É quando a maior parte das poltronas ainda está livre. Pode ser que nem todos os assentos sejam gratuitos, já que é comum as empresas cobrarem pelo espaço maior nas saídas de emergência. Algumas companhias aéreas e/ou tarifas promocionais exigem que se pague pela marcação antecipada de assentos. Nesses casos, siga a nossa próxima dica.
3. Faça o check-in assim que ele for liberado
Se você não reservou seu assento por qualquer motivo, saiba que quem faz o check-in primeiro fica com os melhores poltronas, seja por escolha própria, ou quando o sistema atribui automaticamente os lugares. O check-in online costuma ser liberado entre 72h e 24h antes do voo, na maioria das companhias aéreas. No caso específico de voos nacionais da Azul, a escolha de assentos gratuita só pode ser feita 48h antes do voo. Já na Latam, por questões de balanceamento da aeronave, o sistema pode atribuir um assento lá no fundão para quem faz o check-in de imediato. Nesse caso, tente cancelar o check-in, espere algumas horas, e faça um novo check-in. Com sorte você vai receber uma nova e melhor poltrona.
4. Procure um agente de aeroporto no check-in ou no embarque caso não tenha conseguido um bom assento
Se tudo der errado, não desista! Alguns assentos ficam bloqueados para que os funcionários do check-in possam encaixar famílias e passageiros com necessidades especiais. Mas, muitas vezes, podem sobram lugares. Além disso, mesmo em voos lotados, alguns passageiros não aparecem e liberam lugares no avião. Por isso, a minha dica é pedir ajuda a um funcionário da companhia aérea tanto no check-in, como no embarque, minutos antes do voo, tentando um assento melhor. Já funcionou várias vezes comigo.
5. Informe sempre o número do programa de fidelidade
A maior parte das empresas não cobra a marcação de assentos dos seus de seus passageiros frequentes. Em alguns casos guardam as melhores poltronas para quem tem status no programa.
Em dezembro de 2020, uma tentativa bem sucedida de lançamento de um protótipo da espaçonave Starship resultou em uma imensa explosão após a embarcação pousar com muita força em seu retorno. Segundo um novo relatório divulgado na imprensa americana, a SpaceX, de Elon Musk, ignorou alertas enviados pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) que, em tese, deveriam ter parado o processo de lançamento.
Segundo o documento (via The Verge), a SpaceX estava em violação de sua licença de lançamento, com a FAA dizendo que a empresa era “inconsistente com uma forte cultura de segurança”. “Apesar do relatório afirmar que todos os representantes da SpaceX acreditavam que o risco era suficientemente baixo para obedecer aos critérios regulatórios, a empresa usou métodos analíticos que pareciam ter sido desenvolvidos às pressas para obedecer ao prazo de lançamento”.
O relatório é assinado por Wayne Monteith, chefe da Divisão Espacial da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, que afirma ter repassado tais preocupações à presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell, pelo menos duas vezes, minutos antes do lançamento da Starship SN8.
Vale lembrar que os protótipos SN9 e SN11 também acabaram em explosão: o primeiro foi destruído após um erro no pouso, enquanto o segundo explodiu no ar.
Apesar da violação, a SpaceX não recebeu nenhum tipo de sanção por parte da FAA, e voltou à execução de testes do programa Starship dois meses depois, em fevereiro de 2021.
A SpaceX goza de uma posição privilegiada no mercado privado de exploração espacial: como a líder de facto do setor, ela conseguiu assegurar negócios muito desejados por suas concorrentes. Atualmente, a empresa de Elon Musk fornece o único meio de transporte de astronautas da Nasa à Estação Espacial Internacional (ISS), além de ter recentemente fechado um contrato de quase US$ 3 bilhões (R$ 15,23 bilhões) para a construção de um módulo lunar para a agência espacial americana – este contrato, porém, encontra-se em estado contencioso na justiça federal estadunidense.
Apesar da ausência de punição, porém, o relatório obtido pela imprensa mostra que a SpaceX preferiu velocidade a qualidade, ignorando os avisos e chegando a afirmar que os softwares de supervisão e fiscalização das autoridades americanas sobre a SpaceX eram “uma fonte de frustração” que se mostrava “comumente impreciso ou excessivamente conservador na maioria das vezes”.
Em janeiro, um mês depois da explosão, a SpaceX e Elon Musk ainda recusavam-se a comentar sobre o caso, mas a FAA confirmou a presença de violações à imprensa. Agora, com o novo documento, a situação fica mais intensa: a SpaceX – e Musk, que estava no local durante o lançamento – sabiam de antemão dos problemas citados, e escolheram continuar, apesar das ressalvas. A SpaceX não comentou as novas informações divulgadas.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) emitiu uma diretiva para a Boeing segundo a qual os operadores do 737 MAX devem realizar inspeções adicionais do sistema de controle de vôo automatizado do jato. A diretriz garantiu que as instruções divulgadas pela Boeing em dezembro, o que significava que os aviões com mais de 6.000 horas de voo deveriam passar por verificações eletrônicas específicas, passariam a ser instruções obrigatórias.
A Boeing confirmou que "apoia totalmente o mandato da FAA" exigindo verificações funcionais em determinados intervalos para o sistema de controle de voo digital, trim do estabilizador e estabilizador de suporte de corredor primário e secundário. "As três inspeções repetitivas serão realizadas durante os programas de manutenção existentes", disse a FAA, “para garantir o funcionamento contínuo de certos sistemas durante a vida útil do avião”.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a FAA também divulgou na quarta-feira um aviso chamado Notificação de Aeronavegabilidade Continuada para a Comunidade Internacional (CANIC) “para destacar a importância dessas inspeções para outros reguladores internacionais e para operadoras fora dos Estados Unidos”.
A diretriz impactou aproximadamente 72 aviões registrados nos Estados Unidos e 389 aviões em todo o mundo, disse a FAA. A FAA disse que a diretiva é necessária porque uma “falha latente potencial de uma função do sistema de controle de voo” se combinada com “manobras de voo incomuns ou com outra falha do sistema de controle de voo” pode resultar na redução da controlabilidade do avião. A FAA também disse que todos os operadores de jatos 737 MAX registrados nos EUA já incluíram essas inspeções em seus programas de manutenção.
Nesta sexta-feira (18), o Boeing 787-8 Dreamliner, prefixo G-ZBJB, da British Airways, sofreu um colapso da engrenagem do nariz enquanto estacionava em um ponto remoto no Terminal 5, no Aeroporto Heathrow de Londres (LHR), no Reino Unido, deixando a fuselagem da aeronave no solo.
Anteriormente, o Boeing 787 Dreamliner havia realizado o voo de carga BA881 do Aeroporto Internacional Domodedovo de Moscou (DME), na Rússia, de volta ao LHR em 16 de junho de 2021.
De acordo com relatos da mídia local, a British Airways confirmou que o Boeing 787-8 Dreamliner foi usado apenas em operações de cargueiro. Portanto, não havia passageiros a bordo durante o preparo da aeronave para a próxima operação de carga. A causa do colapso do nariz ainda é desconhecida.
Um porta-voz da British Airways disse que não havia passageiros a bordo, pois se tratava de um serviço de frete. O porta-voz disse: “Um avião cargueiro foi danificado enquanto estava parado. Por ser uma aeronave exclusiva para cargueiros, não havia passageiros a bordo."
Local onde houve o incidente no Aeroporto Heathrow de Londres
O Boeing 787-8 foi gravado pela última vez para realizar um voo de Moscou em 16 de junho, antes do incidente acontecer, de acordo com o RadarBox .
Este também foi um dos primeiros lotes de aviões Dreamliner da companhia aérea, depois que a BA começou a operar B787-8s em 2013.
O Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido enviou uma equipe ao Aeroporto Heathrow de Londres para iniciar uma investigação.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já fechou acordo verbal com um comprador para se desfazer do avião adquirido pelo presidente afastado Rogério Caboclo. O contrato já está redigido, ficando pendente a assinatura, esperada para amanhã (18).
A negociação é em dólar. A CBF comprou por cerca de US$ 14 milhões (aproximadamente R$ 71 milhões) à vista. O valor acertado para venda é um pouco mais do que isso (cerca de R$ 72 milhões), o que evita um prejuízo na operação.
Conforme revelou o blog do Rodrigo Mattos, a compra foi fechada por Caboclo no mesmo dia em que o presidente se tornou, oficialmente, alvo de uma denúncia de assédio moral e sexual por parte de uma funcionária.
A CBF conseguirá se desfazer com certa facilidade do avião porque a empresa compradora já estava interessada nele antes de a entidade adquiri-lo. O valor da venda será devolvido integralmente aos cofres da CBF, segundo membros da diretoria. A aeronave é um jato Legacy de 16 lugares. A CBF já tinha outro avião, um Citation, que comporta 12 passageiros.
A venda do avião era um objetivo a curto prazo da "nova" diretoria da entidade, que assumiu a partir do afastamento — ainda temporário — de Caboclo. Além de vender o avião, a CBF demitiu o secretário-geral Walter Feldman. Semana passada, quem deixou a entidade foi o então diretor de recursos humanos, Marco Dalpozzo.
A maioria das forças aéreas é mantida e comandada por Estados soberanos, fazendo parte de suas estruturas militares e com o objetivo de proteger os interesses do país. Porém, há outro tipo de força aérea: as privadas, pertencentes a empresas comerciais e oferecendo seus serviços com fins lucrativos.
Claro, a mera noção da existência de empresas militares privadas (PMCs - Private Military Companies) pode ser um pouco chocante, principalmente devido à imagem que essas empresas têm. No entanto, nem todos os PMCs consistem em (ou têm) mercenários com roupas paramilitares surradas, óculos escuros, barbas grandes e velhos Kalashnikovs. Muitos oferecem uma variedade de serviços relacionados à guerra, desde construção e logística até treinamento e coleta de informações.
As forças aéreas de propriedade da PMC seguem a mesma tendência, geralmente por ter um número de aeronaves de transporte ou utilitárias em seu estoque, ou uma frota de drones de observação de tamanho e resistência variados. Mas é claro que não viemos aqui para ouvir sobre isso.
Também existem forças aéreas privadas orientadas para o combate e podem ser amplamente classificadas como destinadas a auxiliar o treinamento ou a participar de uma guerra real. Contra-intuitivamente, os segundos costumam ser muito menos impressionantes.
Exércitos corporativos
Embora seja muito difícil obter informações concretas sobre o tipo e a quantidade de aeronaves que os PMCs proeminentes (e secretos) operam, algumas informações tendem a escapar. Possivelmente, a primeira empresa privada a empregar poder aéreo pesado foi a Executive Outcomes da África do Sul, que conduziu operações de contra-insurgência em Angola e Serra Leoa no início dos anos 90.
Membros da Executive Outcomes em operação em Serra Leoa, na África
Além de uma série de blindados pesados ex-soviéticos, a empresa operou um Mi-24 Hind e três helicópteros Mi-8 Hip, três caças MiG-23 e converteu um esquadrão de treinadores Pilatus PC-7 para ataque ao solo. A empresa foi criada como uma “mão amiga” para as forças especiais sul-africanas, portanto tinha laços estreitos com os militares do país e foi dissolvida pelo governo em 1998.
A situação do Executive Outcomes é um tanto semelhante à história muito mais recente do Wagner Group, o sombrio PMC russo supostamente de propriedade do oligarca Yevgeny Prigozhin. Embora a independência de Wagner do exército russo seja uma questão de debate, não há dúvida de que a própria empresa mantém uma imagem de não-lealdade.
Foto do MiG-29 a caminho da Líbia tirada pelo Comando dos EUA na África (AFRICOM) em 2020
Não há melhor exemplo disso do que uma frota de caças MiG-29 Fulcrum com marcações e números cobertos que apareceu na Síria no verão de 2020 e mais tarde foi vista na Líbia, em cuja guerra civil a Rússia diz não estar envolvida.
De acordo com o comando dos EUA na África, Wagner em algum momento operou pelo menos 14 jatos - caças MiG-29 e aeronaves de ataque ao solo Su-24 - da Base Aérea de Al Jufra, na Líbia. Pelo menos dois Fulcrums foram abatidos desde então.
O PMC mais conhecido e infame do mundo, a Academi (ex-Xe, ex-Blackwater) é possivelmente a mais avançada em termos de capacidade aérea. Embora (pelo menos oficialmente) não empreguem caças ou helicópteros de ataque, a empresa tem seu próprio campo de aviação na Flórida, possui várias empresas de aviação - incluindo Aviation Worldwide Services e Presidential Airways - e tem subsidiárias envolvidas em pesquisa e desenvolvimento de aeronaves.
A maioria de seus ativos aerotransportados concentra-se em transporte e vigilância - como o dirigível Polar-400 desenvolvido de forma independente, cuja pródiga campanha publicitária ainda remonta à época em que a empresa não tentava ocultar todas as suas atividades. Mas Academi também possui uma frota de aeronaves leves de ataque ao solo Embraer EMB 314 Super Tucano, adequadas para apoio próximo ao solo.
Em 2017, Eric Prince, ex-CEO e fundador da Blackwater, ganhou as manchetes ao oferecer ao Afeganistão a substituição de sua força aérea por sua nova empresa de segurança, Lancaster6, ostentando - além de uma variedade de aeronaves de reconhecimento e transporte - A-4 Skyhawk light jatos de ataque e helicópteros Aérospatiale Gazelle. O Afeganistão não concordou e não está claro se a aeronave foi comprada, mas por um breve período, o problemático país da Ásia Central pareceu ser o primeiro a substituir um ramo inteiro de suas forças armadas por uma empresa privada.
Tanto A-4s quanto Super Tucanos, entre outros aviões leves de ataque ao solo, como o L-39 Albatros, superam repetidas vezes no contexto de PMCs. Eles são relativamente baratos, fáceis de operar e acessíveis. Se forem movidos a jato, eles requerem apenas uma pequena modificação para serem quase tão capazes quanto os verdadeiros jatos de combate de 4ª geração, e podem fingir ser aqueles no cenário de exercícios militares.
Esses exercícios são uma área onde as forças aéreas privadas realmente brilham. Sua idade de ouro começou em meados dos anos 2000, quando empresas privadas começaram a oferecer apoio adversário aos militares dos Estados Unidos.
Mercenários supersônicos
No auge da Guerra Fria, tanto a Marinha quanto a Força Aérea dos Estados Unidos tinham esquadrões dedicados a imitar um inimigo com o propósito de praticar. Todas as principais forças aéreas do mundo tinham algo parecido - pilotos que voariam de maneira estrangeira, usando aeronaves de fabricação estrangeira ou seus substitutos domésticos em batalhas simuladas. Conhecido como Adversary Air Support (AAS) ou simplesmente “red air”, este tipo de serviço tornou-se em grande parte desnecessário após o fim da Guerra Fria.
À medida que a situação internacional começou a esquentar, surgiu um interesse em AAS dentro da OTAN, mas as capacidades já haviam desaparecido. Foi então que os militares americanos se voltaram para o setor comercial. As primeiras empresas, oferecendo-se para voar em jatos estrangeiros em combates simulados, começaram a surgir por volta de 2000. Nas duas décadas seguintes, o mercado simplesmente explodiu.
Em 2019, a Força Aérea dos Estados Unidos assinou um contrato de US$ 6,4 bilhões com sete PMCs para a prestação de serviços aéreos vermelhos. Ostentando impressionantes capacidades ar-ar e ar-solo com uma equipe de pilotos de caça veteranos e frotas de aviões de combate um tanto antiquados, essas empresas indiscutivelmente ostentam o poder de fogo mais pesado já empunhado por uma entidade privada.
Uma das mais antigas e intimidantes é a Airborne Tactical Advantage Company (ATAC), uma subsidiária do conglomerado Textron. Por muito tempo, seu garoto-propaganda foi IAI F-21 Kfir, um caça israelense ligeiramente modificado baseado no Dassault Mirage 5.
Uma ala do ATAC Kfirs ainda está operacional, além de uma dúzia de caçadores Hawker e vários L-39s. Mas em 2017, a empresa conseguiu sua maior atualização, comprando mais de 60 caças Dassault Mirage F1 da Força Aérea Francesa, reformando-os e atualizando-os, e oferecendo suporte ao adversário.
Duas dezenas de Mirage F1s também são pilotados por outra famosa empresa de defesa, a Draken International. Junto com Atlas Cheetahs, A-4s, L-159s, Mig-21s e vários outros modelos, afirma operar a maior frota comercial de aeronaves de combate do mundo, além de oferecer serviços de transporte e reabastecimento.
Há também a Air USA, que comprou 46 F/A-18 Hornets australianos em 2020 para complementar seus MiG-29s, AlphaJets e BAE Hawks. Bem como Top Aces, que comprou 29 F-16s de um fornecedor desconhecido no mesmo ano. O Suporte Aéreo Tático, a primeira empresa a começar a operar o Sukhoi Su-27 Flanker, também merece uma menção (embora eles tenham mudado para Northrop F-5s e suas versões canadenses CF-5D).
Don Kirlin, proprietário da Air USA
Há uma grande quantidade de empresas menores, com vários L-39s, A-4s ou Tucanos em seu estoque. Eles - junto com os gigantes listados acima - oferecem capacidades ar-solo para exercícios onde controladores aéreos avançados e outro pessoal treinam para dirigir ataques aéreos. Aviões menores também às vezes imitam mísseis de cruzeiro ou antinavio durante o treinamento naval, envolvem-se em simulações de guerra eletrônica ou oferecem dezenas de outras funções de combate possíveis que os militares da OTAN podem precisar em seus exercícios, mas consideram caro demais para adquirir.
Embora todas as empresas militares voltadas para o treinamento tendam a operar jatos mais antigos, aposentados das forças armadas do mundo e comprados por um preço de banana em comparação com as aeronaves mais recentes, seu principal objetivo é oferecer suporte adequado. Consequentemente, os aviões geralmente são equipados com os mais novos sistemas de aviônica, comunicação, seleção de alvos e guerra eletrônica que o dinheiro pode comprar. Obviamente, eles conduzem missões CAS sem armamento e os caças são frequentemente desarmados, mas o treinamento ar-solo frequentemente envolve o uso de munição real, levando as empresas a brandir as capacidades destrutivas de seus aviões.
Por Jorge Tadeu (site Desastres Aéreos) - Com The Drive e aerotime.aero
Em 17 de junho de 1989, às 6h20, horário de Berlim, a aeronave Ilyushin IL 62M, prefixo DDR-SEW, da Interflug (foto acima), deu partida em seus quatro motores Soloviev D-30KU para se preparar para a decolagem para o voo 102 do Aeroporto Schönefeld de Berlim, na então Alemanha Oriental, em direção ao Aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, na Rússia, na então União Soviética. A bordo da aeronave estavam 103 passageiros e 10 tripulantes.
Posteriormente, o desbloqueio dos controles de voo aconteceria imediatamente. De acordo com o gravador de voz da cabine (CVR), a tripulação não executou essa tarefa. A tripulação não verificou o painel de avisos das condições do elevador. Quando o capitão estava taxiando para a pista, ele verificou uma segunda vez para o movimento do elevador. Ele não percebeu que os elevadores estavam trancados e não podiam se mover.
A aeronave foi liberada para decolagem na pista 25L e os motores foram ajustados para a potência reduzida, pois o avião pesava 113 toneladas. Às 06h28m05s, horário local, a aeronave atingiu a velocidade de rotação (VR).
A tripulação puxou o manche, mas o avião não respondeu. Quatro segundos depois, o capitão decidiu abortar a decolagem. Neste momento, a velocidade do avião era de 293 km/h (182 mph). O engenheiro de voo desligou todos os quatro motores, o que impediu o uso de empuxo reverso. O avião agora viajava a 303 km/h (188 mph), a 940 m (3.080 pés) do final da pista.
O avião ultrapassou a pista a 262 km/h e saiu da linha central. Durante a frenagem de emergência, cinco pneus do trem de pouso principal foram destruídos. O avião entrou em um poço de construção com 40 cm (16 pol.) de profundidade, causando o colapso do trem de pouso principal. A direção ativa não estava disponível neste momento.
Em seguida, quebrou-se em três pedaços e o avião pegou fogo depois de atingir um tanque de água, estacas de concreto da cerca que cerca o aeroporto, um aterro de estrada e seis árvores. Às 06h28m37s, hora local, o avião parou.
Equipes de resgate chegaram às 6h38, e 82 passageiros foram resgatados da fuselagem nos primeiros 2 minutos. A parte frontal da fuselagem estava intacta e parte da tripulação pôde usar as janelas da cabine para escapar do avião em chamas. A tripulação ajudou na evacuação dos passageiros. As chamas foram extintas às 8h09.
O acidente custou 21 vidas; dois morreriam devido aos ferimentos no hospital, todos eles passageiros.
As investigações não conseguiram determinar a causa exata do acidente. Não foi possível excluir um problema técnico com os controles ou componentes do leme e não foi possível comprovar um erro por parte da tripulação.
Mas foi levantado que contribuiu para o acidente o travamento de alguns dos controles de voo. Se isso foi devido a um problema mecânico ou a erro de checagem por parte da tripulação, isso não pôde ser provado.
Todos os Il-62s da Interflug foram temporariamente aterrados. Nove dos 11 Il-62s restantes da Interflug foram liberados no dia seguinte ao acidente.
Existem muitos exemplos de jatos em propriedade VIP ou privada. Freqüentemente, eles passam despercebidos ao passarem pelos aeroportos em uniformes simples. Alguns usuários, entretanto, gostam de anunciar sua presença - e muitos grupos musicais têm feito isso ao longo dos anos. Os Rolling Stones tiveram sua vez com aeronaves 737-400 em 2014 e 2015.
Rolling Stones 737-400 em Viena em 2014 (Foto: Bernd K via Wikimedia)
Contratação de 737s para passeios
Ao longo de 2014 e 2015, os Rolling Stones foram vistos frequentemente chegando para fazer shows em uma aeronave 737 privada, destacando-se com a imagem da marca dos lábios do grupo na fuselagem (e o nome da banda, se necessário).
O primeiro deles (de acordo com The Points Guy) foi fretado para a turnê europeia do grupo em 2014. Tratava-se de uma aeronave 737-400 alugada da empresa de leasing grega GainJet. A aeronave, com registro SX-ATF, voou anteriormente com a KLM e foi transferida para a GainJet em 2012. Ainda permanece em uso de leasing ativo com a empresa.
O grupo então fez o mesmo em sua turnê 'Zip Code' nos Estados Unidos de 2015. Outro 737-400 foi contratado da empresa de leasing Swift Air, sediada em Phoenix. Esta aeronave carrega o registro N802TJ e novamente permanece em uso de leasing, agora com a operadora de leasing iAero Airways.
O Swift Air 737 - visto aqui antes de ser usado pela banda ( Foto: Eddie Maloney via Wikimedia)
De acordo com relatos da mídia durante a turnê, a aeronave era surpreendentemente simples por dentro. A banda não os restaurou com interiores luxuosos. A aeronave Swift Air operou com 68 assentos padrão de classe executiva.
Mudando para um 767-300ER
Os grupos usaram aeronaves 737-400 ao longo de 2014 e 2015. Mas para sua próxima turnê 'Sem filtro' em 2016, o grupo mudou para uma aeronave 767-300ER maior. Este foi contratado da empresa de leasing Aeronexus. A aeronave, com registro, ZS-NEX, voou anteriormente com a LOT Polish Airlines e só entrou em uso de fretamento em 2015.
Rolling Stones 767 (Foto: Alec Wilson via Wikimedia)
De acordo com relatos da mídia durante a turnê, isso elevou o nível de luxo. O widebody tinha apenas 96 assentos maiores, um sofá e uma área de dormir em uma cabine privativa na frente. A aeronave também foi usada na Austrália em 2017. Atualmente ainda está com Aeronexus, mas armazenada.
Pode ser visto aqui pousando no aeroporto de Zurique para um show em 2017:
Os Rolling Stones não estão sozinhos
Muitas outras bandas usaram aeronaves privadas. O Iron Maiden fretou um avião 757 da Astraeus Airlines e o usou para o 'Somewhere Back in Time World Tour' em 2008. Outro foi usado para uma turnê em 2011, mas o grupo mudou para um 747 em sua próxima turnê em 2016.
O Iron Maiden usou um 757 em 2008 e 2011 para as turnês (Foto: Ken Fielding via Wikimedia)
E olhando mais para trás, Led Zepellin usou seu próprio Boeing 720 durante os anos 1970. A unidade possuía o registro N7201U e foi o primeiro Boeing 720 construído, e anteriormente voava com a United Airlines.
Boeing 720 do Led Zeppelin (Foto: Getty Images)
A banda o remodelou luxuosamente - com um sofá de 30 pés de comprimento, cadeiras giratórias de couro, bem como um bar, órgão elétrico e um chuveiro.
O bar do Led Zeppelin Boeing 720 (Foto: Getty Images)
A Avianor e a LATAM Cargo concluíram e certificaram modificações temporárias de carga em três Boeing 767.
Em maio, a LATAM Cargo anunciou que até dez 767 serão convertidos definitivamente em carga nos próximos anos. A implementação da modificação temporária da carga da Avianor foi uma solução rápida e eficiente enquanto aguardam suas conversões.
A solução de modificação temporária de carga da Avianor tem apoiado companhias aéreas em todo o mundo, permitindo-lhes adaptar sua oferta às necessidades da economia, apoiar o influxo de demandas de comércio eletrônico e maximizar o uso de aeronaves durante a pandemia.
A LATAM operará essas aeronaves com o Certificado de Tipo Suplementar (STC) da Avianor Transport Canada Civil Aviation (TCCA) enquanto elas são validadas pela Federal Aviation Administration (FAA).
“Estamos orgulhosos de trabalhar em conjunto com a LATAM Cargo em nossa primeira modificação temporária de carga no Boeing 767, uma solução alternativa e econômica para manter as operações e gerar receitas. O retorno é tão curto que o torna a solução perfeita. Nosso objetivo é apoiar e responder continuamente às necessidades das companhias aéreas em todo o mundo com nossa solução de conversão de carga eficaz”, Marie-Christine Huberdeau, vice-presidente de vendas de interiores da Avianor.
“A implantação da modificação de carga temporária da Avianor foi rápida, em menos de 12 semanas materializamos três aeronaves. Houve um excelente e colaborativo trabalho em equipe que conseguiu alcançar o sucesso, em tempos tão difíceis como uma pandemia. Todas as aeronaves modificadas estão em operação e sem complicações. A estrada ainda não foi concluída e ainda estamos trabalhando juntos na melhoria da carga útil da cabine”, acrescentou Kamal Hadad, diretor de rede e alianças da LATAM Cargo.
Mais de mil usuários indicaram problemas na Southwest Airlines e outros 400 usuários reportaram o mesmo para a Delta Air Lines.
Os sites das principais companhias aéreas americanas como American Airlines, Southwest Airlines, United Airlines e Delta Air Lines enfrentaram ficaram fora do ar na manhã de quinta-feira (17) de acordo com o site de monitoramento Downdetector.
Mais de mil usuários indicaram problemas na Southwest Airlines e outros 400 usuários reportaram o mesmo para a Delta Air Lines, de acordo com a Downdetector. Esse número girava em torno de 300 para as outras duas companhias aéreas.
A Southwest cancelou quase 300 voos na quarta-feira e atrasou mais de 500 depois de ser forçada a suspender temporariamente as operações devido a uma falha no computador.
Em 17 de junho de 1948, um Douglas DC-6 da United Airlines, realizava o voo 624 que se originou em San Diego, na Califórnia , com paradas em Los Angeles e Chicago em rota para o Aeroporto LaGuardia em Nova York.
O avião a hélice de quatro motores Douglas DC-6, prefixo NC37506, da United Airlines, batizado como "Mainliner Utah", levava a bordo 39 passageiros e quatro tripulantes.
O voo 624 tinha acabado de completar uma descida inicial de rotina como parte de sua abordagem para a área de Nova York, quando a luz indicadora de fogo do porão de carga se acendeu, levando a tripulação a acreditar que havia um incêndio naquele porão. Embora isso mais tarde tenha se revelado um falso alarme, a tripulação decidiu descarregar as garrafas de CO2 no porão de carga dianteiro, para tentar extinguir o possível incêndio.
Um Douglas DC-6 da United Airlines similar ao avião acidentado
Embora o procedimento operacional adequado seja necessário para abrir as válvulas de alívio de pressão da cabine antes de descarregar as garrafas de CO2, para permitir a ventilação do acumulo do gás CO2 na cabine e no cockpit, não havia evidências de que a tripulação abriu as válvulas de alívio. Consequentemente, o CO2 lançado escoou de volta para a cabine do porão de carga dianteiro e aparentemente incapacitou parcialmente a tripulação de voo.
O grande avião seguia para o leste de Chicago para Nova York. Ao passar pela estação de rádio Phillipsburg, Pensilvânia, o voo recebeu autorização para continuar. Pouco depois, o capitão foi ouvido pelo rádio avisando que eles estavam com problemas e fazendo uma descida de emergência.
Eles continuaram para o leste, mas descendo. O voo seguinte passou sobre o aeroporto de Sunbury às 12h33, a uma altitude de 4.000 pés. À medida que o avião inferior se aproximava de Shamokin, ele atraiu observadores terrestres que perceberam que ele parecia estar voando de forma irregular, fora de controle e descendo. Ao norte da cidade, fez uma curva superficial à esquerda.
Passando ao norte do Monte Carmel e ainda descendo, a aeronave, já rente ao solo, fez uma curva e atingiu um transformador e fios de alta tensão, se espatifando em chamas na encosta de um morro às 13h41. O fogo dos destroços queimou uma área de tamanho igual a três quarteirões da cidade. Havia várias pessoas importantes e cineastas a bordo do avião. Todos os 4 membros da tripulação e 39 passageiros a bordo.
Entre os passageiros estavam o empresário do teatro da Broadway Earl Carroll e sua namorada, a atriz Beryl Wallace, além de Henry L. Jackson, editor de moda masculina da revista Collier's Weekly e cofundador da revista Esquire.
Ed Darlington, da estação de rádio WCNR nas proximidades de Bloomsburg, disse que "não havia sinal de vida e aparentemente todos foram mortos". A cena do acidente foi em uma área densamente arborizada a cerca de cinco milhas do Monte Carmel, na Pensilvânia, a a 135 milhas da Filadélfia, onde os delegados estavam se reunindo para a Convenção Nacional Republicana. A notícia do acidente trouxe sussurros dos delegados. Ninguém sabia ao certo se algum alto funcionário republicano estava no avião.
Ira F. Roadarmel de Monte Carmel, uma das primeiras pessoas a chegar ao local, disse que "tudo estava espalhado. A maior parte do avião que restou foi um motor. O resto do avião estava em partes pequenas - tão pequenas que podiam ser carregadas".
George Minnich, um funcionário da Midvalley Colliery No. 2, disse que ao ver a inclinação do avião, que o mesmo perdeu por apenas 100 metros sua aterrissagem segura. "De repente, houve um acidente horrível", disse ele. "Tudo que você podia ver era uma massa de chamas. Parecia que o fim do mundo estava chegando."
O diário de bordo do avião, encontrado próximo ao local do acidente em uma área densamente arborizada, identificava o piloto do avião como Capitão George Warner.
O Civil Aeronautics Board (CAB) investigou o acidente e publicou uma narrativa descrevendo a seguinte sequência de eventos em seu relatório final:
"O avião, batizado de Mainliner Utah, chegou a Chicago às 9h52 na rota de Los Angeles para Nova York. Após uma reviravolta de 52 minutos, o DC-6 partiu para Nova York. O avião subiu em rota para a altitude planejada de 17.000 pés. Às 12h23 e às 12h27, a tripulação fez um reconhecimento de rotina de autorização para descer em rota a uma altitude entre 13.000 e 11.000 pés. Um pouco depois, um alerta de incêndio levou a tripulação a acreditar que um incêndio havia ocorrido no porão de carga à frente."
"Eles então descarregaram pelo menos um banco de garrafas de CO2 do extintor de incêndio no porão de carga dianteiro. Por não seguirem o procedimento correto, as válvulas de alívio de pressão da cabine foram fechadas. Isso fez com que concentrações perigosas de gás entrassem na cabine. Essas concentrações reduziram os pilotos a um estado de consciência confusa, provavelmente resultando em perda de consciência."
"Uma descida de emergência foi iniciada até que descreveu uma curva rasa à esquerda, em direção a um terreno em constante elevação 8 km a leste de Shamokino, o avião voando apenas 200 pés acima do solo, entrou em uma curva ascendente à direita. Ao passar ao norte do Monte Carmel, a atitude de subida em curvas aumentou acentuadamente. O avião então caiu em uma clareira de linha de energia em uma encosta arborizada a uma altitude de 1.649 pés. O avião atingiu um transformador de 66.000 volts, cortou linhas de força e pegou fogo."
A investigação revelou que o aviso de incêndio no compartimento de carga era falso. O CAB concluiu com a seguinte causa provável para o acidente: “A Direção determina que a causa provável deste acidente foi a incapacitação da tripulação por concentração de CO2 na cabine."