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O Airbus A318 é a menor aeronave comercial em comprimento do fabricante europeu que voa nos dias de hoje. Ele mede apenas 31,44 metros de comprimento, mas por que é tão pequeno? E por que a Airbus decidiu construí-lo em primeiro lugar? Vamos dar uma olhada mais de perto na história do 'Baby Bus'.
A British Airways não opera mais seus A318s de classe executiva (Foto: Vincenzo Pace)
De onde veio?
A Airbus lançou sua popular família A320 em abril de 1988 com a Air France. Ele rapidamente atraiu bastante atenção, e o A321 esticado entrou em serviço em 1994. Isso foi seguido pelo A319 de fuselagem curta, que voou pela primeira vez para a Swissair em 1996. No entanto, novos desenvolvimentos estavam por vir.
No ano seguinte, a Airbus também firmou parceria com a China e Cingapura. Seu objetivo era desenvolver uma nova aeronave com capacidade para cerca de 100 assentos. Esta nova aeronave foi batizada de AE31X. Ele teria um alcance de 3.700 km (2.000 NM) e acomodaria até 125 passageiros em uma configuração de cabine de 3-2. Curiosamente, essas especificações são bastante semelhantes a como o Airbus A220 acabou duas décadas depois.
A transportadora de bandeira romena TAROM opera atualmente quatro A318 (Foto: Getty Images)
Infelizmente, as diferenças relativas à direção do projeto chegaram ao auge. A pesquisa de mercado mostrou a demanda por uma aeronave com menos de 100 lugares, enquanto os parceiros chineses queriam 150 lugares ou mais. Isso chegaria perigosamente perto do mercado ocupado pelo A320. Como isso deixou o projeto com um caso de negócio fraco, ele foi finalmente abandonado.
Desenvolvendo sua própria aeronave
A Airbus decidiu seguir em frente com seu conceito, mas com base em sua fuselagem A320 existente. Isso foi feito reduzindo ainda mais o A319 de fuselagem curta para produzir o A318. Desta forma, conseguiu chegar aos poucos clientes que haviam demonstrado interesse no programa AE31X, mas sem a necessidade de desenvolver um design totalmente novo.
Esta versão teria algumas vantagens exclusivas além de ser construída na mesma linha do A320. Ele teria motores mais potentes e seria capaz de manter um limite de saída de 136 passageiros (embora a capacidade máxima típica de uma classe estivesse em torno da marca de 132). Também teria um aprimoramento de 5.740 km (3.100 NM).
O A318 foi desenvolvido em um momento difícil para a aviação, após os ataques de 11 de setembro (Foto: Getty Images)
Dando vida ao A318
Não seria tão fácil para a Airbus levar o conceito ao mercado. O desenvolvimento do Airbus A318 foi repleto de problemas. O primeiro foi a falta de demanda por aeronaves após os ataques de 11 de setembro de 2001, o que levou a uma retração no setor de aviação comercial.
Além disso, muitas das companhias aéreas que inicialmente mostraram interesse desistiram dos pedidos completos. Entre eles estavam a Air China, a British Airways e a Trans World Airlines (que encomendou 50, embora tenham sido cancelados quando a TWA foi adquirida pela American Airlines). Outras companhias aéreas atualizaram seus pedidos para os maiores A319 e A320, com o A318 aparentemente provando ser muito nicho.
Além disso, quando a aeronave estava sendo certificada pela FAA e EASA, não foi classificada como um jato regional. Isso ocorreu porque ele foi baseado na fuselagem do A320 maior. Uma consequência negativa disso foi que atraiu taxas de pouso mais altas do que os jatos regionais convencionais.
A Avianca operou no Brasil o A318 (Foto: Felipe Ferret/Planespotters)
O A318 hoje
No final, a Airbus só conseguiu vender 80 A318s. Hoje, os exemplos restantes estão espalhados por um punhado de transportadoras e operadoras privadas/governamentais, em grande parte europeias . Isso inclui a Air France, a TAROM e a companhia aérea charter Titan Airways. A Frontier Airlines introduziu o tipo comercialmente em 2003, mas todos os 11 de seus exemplos foram descartados.
A British Airways costumava operar um serviço especial A318 da cidade de Londres para o JFK de Nova York via Shannon para reabastecimento. Essa rota era popular entre os viajantes de negócios, pois eles podiam passar pela alfândega americana na Irlanda antes de pousar nos Estados Unidos como se fosse um voo doméstico.
Os A318 da BA tinham 32 poltronas reclináveis da classe executiva 'Club World' a bordo (Foto: British Airways)
Os A318 foram configurados com apenas 32 poltronas reclináveis da classe executiva e pegaram o icônico vôo Concorde número BA1. Infelizmente, a British Airways suspendeu temporariamente o serviço em 25 de março de 2020. Esta decisão foi tornada permanente em julho. O último A318 restante da BA voou para o aeroporto de Twente, na Holanda, para aposentadoria no mês passado.
Hoje, o tipo está se tornando cada vez mais raro. No entanto, seus próprios componentes são compatíveis com o resto da linha A320. Como tal, eles ainda são valiosos para a Airbus, e o tipo pode sobreviver dessa forma, além do número limitado de A318s ainda voando.
Eventualmente grandes produtos, por alguma razão, se tornam um verdadeiro abacaxi, um mico para alguns. E é por isso que vamos falar desta vez do Airbus A318! Se o Airbus A320 é a família mais popular da aviação Brasileira, operada com sucesso pela Latam, Azul e até é o avião presidencial brasileiro, por qual razão o A318 é um abacaxi francês?
A Airbus trouxe o conceito de família nos anos 80 ao lançar o Airbus A320, desdobrado posteriormente em A319 e A321. No entanto, em uma tentativa de ocupar nichos, a Airbus desenhou o Airbus A318, para mercados em que o A319 (geralmente com 144 assentos) era grande. Resultado? O A318 nasceu curto, pesado e inclusive com um estabilizador vertical (vulgo cauda) distinto da família A319-320-321. O avião não foi um grande sucesso e acabou basicamente adquirido por Air France, Tarom, Frontier, Mexicana e Lan Chile, entre outros operadores menores. Todos escolheram a motorização CFM 56 para equipar suas aeronaves, exceto a Lan Chile, que adotou a motorização PW6000 para seus A318. Começa aqui o abacaxi!
A Lan Chile adquiriu 15 unidades do tipo, portanto os únicos do mundo com PW6000, motorização que sequer era disponível para os A319-A320-A321 (estes têm CFM56 ou IAE V2500). O avião teve vida curta no Chile e em um baita negócio de ocasião foi a escolha da Avianca Brasil (OceanAir) para expandir rapidamente sua frota. Na mesma velocidade ganhou o apelido de bisnaguinha na empresa, que tinha o A319 e A320. No entanto, se era confortável e querido, o A318 trouxe sérias dores de cabeça à empresa, pois o motor PW6000 começou a dar problemas graves, e como não se fabrica motor de avião da noite para o dia, a disponibilidade de sobressalentes era pequena ou inexistente. Logo a empresa passou a encostar seus A318 com a finalidade de retirar peças para manter os demais voando, isso inclusive foi a razão da saída da empresa do mercado mineiro por um período.
A OceanAir/ Avianca começou uma espiral descendente que a levaria à extinção em 2019. Em suas últimas semanas, o A318 era a única maquina disponível, haja vista a devolução forçada de seus Airbus A319 e A320 para os proprietários. Alguns A318 foram embora para Europa e América para desmanche, outros foram desmanchados no Brasil mesmo e a despeito da excelência dos produtos Airbus, o A318 foi um verdadeiro abacaxi francês na aviação comercial brasileira.
Devido ao aborrecimento causado a seus clientes, a 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais de Goiás condenou a empresa aérea Latam a indenizar um casal em R$ 5 mil por ter impedido a saída da aeronave durante uma parada de quatro horas e lhes oferecido apenas queijo Polenguinho e biscoitos para alimentação.
Ao lado: Passageiros não puderam sair da aeronave para comprar comida (Reprodução)
Os autores estavam em um voo de Goiânia para São Paulo com seus dois filhos — um de dois anos e outro de seis meses de idade. A média de duração do voo é de uma hora e meia, porém, devido às más condições climáticas, o avião teve de pousar em Campinas (SP), onde permaneceu por cerca de quatro horas.
Na ocasião, a empresa ofereceu, para alimentação, apenas queijo Polenguinho e biscoitos de água e sal. O casal não pôde desembarcar para comprar lanches para as crianças.
Os pais acionaram a Justiça buscando reparação pelo transtorno. O 1º Juizado Especial Cível de Goiânia acolheu o pedido e condenou a Latam a indenizá-los em R$ 3 mil.
Na Turma Recursal, o juiz relator, Fernando Ribeiro Montefusco, considerou que a assistência prestada pela empresa foi insuficiente. Ele ressaltou que as crianças, "a toda evidência, devido ao vasto lapso temporal, encotravam-se famintas e cansadas".
O magistrado ainda destacou que a atitude da Latam em prestar uma mínima assistência de alimentação aos passageiros "não elide sua responsabilidade em solucionar rapidamente e adequadamente a celeuma". O coelgiado concordou em aumentar o valor da indenização.
Filipino-americana de 39 anos está construindo sua própria aeronave, personalizando para que possa ser controlada com os pés.
Jessica Cox é a primeira pessoa sem braços do mundo a ter certificação para pilotar um avião (Foto: Jessica Korff/Fleur de Lea Photography)
Você sabia que a primeira piloto sem braços licenciada do mundo tem sangue filipino?
Jessica Cox é uma palestrante de motivação filipino-americana e fundadora da organização sem fins lucrativos Rightfooted Foundation, que auxilia pessoas com deficiência. Além disso, ela detém o recorde mundial do Guinness Book como a primeira pessoa sem braços certificada no mundo para pilotar um avião.
Ao programa New Day, da CNN Filipinas, desta terça-feira (8), Cox falou sobre o Projeto 2025, cujo objetivo é personalizar uma aeronave RV-10 para ser controlada com os pés, não apenas para atender às suas necessidades especiais, mas também para espalhar a mensagem ao mundo que “deficiência não significa incapacidade”.
“É uma meta bastante ambiciosa para qualquer um”, revelou. “Já estou voando há muitos anos, mas é muito desconfortável a maneira como eu voo. Fui inspirada a construir um avião que pode ser pilotado apenas com os pés, para passar a mensagem de que deficiência não significa incapacidade”.
“Esta será a primeira vez na história”, disse ela. “Será muito único e poderei levá-lo e continuar minha missão e visão.”
De acordo com Cox, o Projeto 2025 envolve cerca de 2 mil horas de trabalho à medida que personalizam e buscam materiais de diferentes países.
“Uma das fábricas de montagem fica nas Filipinas”, revelou Cox, que nasceu sem os braços devido a uma rara deficiência. “Algumas das partes críticas, como as asas, serão produzidas nas Filipinas”.
“Eu e uma equipe vamos juntar essas peças do avião para terminar o RV-10 e, obviamente, o objetivo é poder voar para vários lugares e inspirar outras pessoas”, acrescentou.
Cox também disse que a aeronave que eles estão construindo terá quatro assentos e velocidade de 320 quilômetros por hora, muito mais rápido que seu avião atual, um ERCO Ercoupe 415-C 1946, que pode voar a 140 km/h.
“A velocidade será melhor para que possamos fazer mais dessas viagens, é o que esperamos fazer, voar para mais lugares, talvez voar para as Filipinas!”, compartilhou Cox, que tem 39 anos, é nascida no Arizona, e também é a primeira faixa-preta sem braços na American Taekwondo Association.
Jessica está liderando o Projeto 2025, que tem o objetivo de personalizar uma aeronave RV-10 para ser controlada com os pés (Foto: Jessica Cox/Reprodução Facebook)
“Esse seria o sonho, eventualmente voar até lá e inspirar as pessoas de lá para que elas possam alcançar seu ‘próprio impossível’”, disse.
Os Estados Unidos rejeitaram a oferta feita pela Polônia de transferir sua frota de caças MiG-29 para uma base americana na Alemanha e, daí, para reforçar a Força Aérea da Ucrâniacomo havia pedido o presidente Volodimir Zelenski.
Ao mesmo tempo, Washington manteve nesta semana as patrulhas com quatro bombardeiros estratégicos B-52 no Leste Europeu, mandando um sinal à Rússia, que está em alerta nuclear máximo desde o domingo seguinte à invasão do país vizinho, 27 de fevereiro.
Caça MiG-29 ucraniano escolta um bombardeiro B-52 durante exercício conjunto em 2020 (Foto: Forças Armadas da Ucrânia - 4.set.2020/Reuters)
E o Pentágono anunciou que enviará duas baterias antiaéreas Patriot para território polonês, visando garantir que não haja um transbordamento do conflito ucraniano para fronteiras de membros da Otan, a aliança militar comandada pelos EUA.
Os três movimentos estão interligados. A proposta polonesa pegou o Pentágono de surpresa na segunda (8). "Simplesmente não está claro para nós se há uma racionalidade substantiva nela", disse francamente o porta-voz John Kirby.
Varsóvia queria, com a ideia, que os EUA fossem os guardiões e executores do plano de fornecer caças para Zelenski. Antes da guerra, a Ucrânia tinha 37 modelos de caças soviéticos MiG-29 e 34 Su-27. Muitos foram abatidos, segundo os relatos disponíveis.
Na Otan, a Polônia tem a maior frota de caças leves MiG-29, herança do tempo em que o país era comunista e fazia parte do Pacto de Varsóvia: 28 aviões. Um dos mais famosos aviões soviéticos, eles foram adaptados ao longo do tempo para serem integrados a armamentos e sistemas de comunicação e dados padrão Otan.
Os poloneses entraram na Otan em 1999, na primeira expansão da aliança após a Guerra Fria, algo que até hoje não foi perdoado pela Rússia. O "casus belli" central de Vladimir Putin na Ucrânia é justamente o avanço dela a leste, que já abarcou 14 países que foram socialistas, incluindo 3 repúblicas ex-soviéticas no Báltico.
Outro país vizinho da Ucrânia, a Eslováquia, que entrou na grande expansão de 2004, tem 11 MiG-29. A Bulgária (também da classe de 2004), mais distante, tem 15, mas são aviões em fase de desativação. Em tese, pilotos ucranianos podem pilotar todos esses modelos.
Desde o começo da guerra, a União Europeia e os EUA falam em enviar caças para Zelenski. Assim como na questão da zona de exclusão aérea pedida pelo ucraniano à aliança, contudo, a ideia parece esbarrar no temor de passar a impressão de envolvimento excessivo no conflito com os russos.
Não há uma linha desenhada no chão. Zona de exclusão aérea implicaria pilotos e operadores de defesa aérea ocidentais na Ucrânia. Putin alertou sem sutileza sobre "consequências nunca vistas" se alguém se intrometesse em sua operação. Em outras palavras, Terceira Guerra Mundial, nuclear.
Aparentemente, a Otan percebeu que enviar caças talvez seja aceitável quanto o fornecimento até aqui de cerca de 20 mil mísseis antitanque e antiaéreos para Kiev. "Nós continuamos as consultas com a Polônia e outros aliados da Otan sobre a questão e os difíceis desafios logísticos dela", disse Kirby.
No começo da semana, o porta-voz do Ministério da Defesa russo fez o alerta. "O uso da rede de aeródromos desses países [da Otan] para basear aviação militar ucraniana com o uso subsequente da força contra a Rússia pode ser considerado o envolvimento desses Estados no conflito", disse o general Igor Konachenkov.
Kirby concordou com a lógica na noite de segunda. A alternativa seria desmontá-los e enviar por caminhões, o que os exporia a bombardeio e eventual escalada se houvesse pessoal da Otan envolvido.
Ao mesmo tempo, os EUA precisam mostrar prontidão, e aí que entram os B-52, mamutes voadores que desde os anos 1950 são o esteio da força de bombardeiros americana. Eles podem lançar armas convencionais ou nucleares, como mísseis de cruzeiro. São um recado em si.
No início de fevereiro, com a invasão sendo chamada de iminente pelo Ocidente, quatro desses aviões foram deslocados para a base aérea britânica de Fairford. São exercícios rotineiros, mas o momento, não é. De lá, têm conduzido missões semanais de patrulha na Europa, a mais recente sobre a Romênia na segunda (7).
Além disso, a instalação dos Patriot na Polônia visa deixar bem clara a linha divisória entre as ações russas e o espaço aéreo da Otan. Até aqui, Moscou foi bastante cautelosa, tanto que opera de forma bastante leve no oeste ucraniano, onde se concentram os refugiados da guerra na cidade-chave de Lviv.
Tanto é assim que há uma linha de comunicação de emergência estabelecida entre Rússia e EUA sobre operações na região, para evitar que eventuais mal-entendidos virem uma declaração de guerra. Mas isso pode mudar, basta um caça russo sair do caminho e ser abatido na Polônia ou um míssil de Moscou cair do outro lado da fronteira.
Sukhoi Su-34 da Rússia (Foto: Dmitry Terekhov via Wikimedia Commons)
De acordo com publicação do site Aeroin, após ter afirmado que a Rússia pagará pela reconstrução ou pela finalização do segundo exemplar do maior avião do mundo, o Antonov An-225 Mriya, e enquanto divulga diariamente que está trabalhando no conserto de todo equipamento de guerra possível, a Ukroboronprom, conglomerado de empresas da indústria de defesa da Ucrânia, fez nesta terça-feira, 8 de março, um anúncio inusitado.
Segundo a associação de empresas, de acordo com a decisão do diretor-geral Yuri Gusev, a Ukroboronprom está pronta para pagar grandes bônus por aeronaves de combate roubadas dos ocupantes da Ucrânia.
A empresa afirma que pagará $ 1.000.000 por cada aeronave roubada ou capturada e que esteja pronta para combate, ou $ 500.000 por cada helicóptero militar capturado em funcionamento.
A Ukroboronprom aproveita para fazer um pedido de que todas as pessoas repostem o comunicado o máximo que puderem.
Além disso, o conglomerado informa também nesta terça-feira que as empresas da Ukroboronprom trabalham intensamente, com horas extras e em vários turnos, e continuarão a fazê-lo, para fornecer armas e equipamentos militares às Forças Armadas.
“Nesse sentido, há uma grande necessidade de especialistas. Trabalho pago!”, descreve o comunicado.
Novas medidas tornam crime qualquer avião russo ou operado por russos pousar ou circular no Reino Unido; um avião já teria sido apreendido.
Aviões Antonov do da companhia russa Volga-Dnepr parados no aeroporto de Leipzig/Halle, na Alemanha (Foto: Jan Woitas/dpa-Zentralbild/dpa)
O Reino Unido divulgou novas sanções à aviação da Rússia nesta quarta-feira (9), que dão o poder de deter qualquer aeronave russa e proibir a exportação de produtos aeronáuticos ou relacionados para a Rússia. Um avião já teria sido apreendido após a determinação.
As medidas para fortalecer a ação contra aeronaves russas significam que é crime qualquer avião russo voar ou pousar no Reino Unido.
A proibição inclui qualquer aeronave pertencente, operada ou fretada por qualquer pessoa ligada à Rússia ou indivíduos ou entidades designadas, e incluirá o poder de deter qualquer aeronave pertencente a pessoas ligadas à Rússia, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
“Proibir aviões com bandeira russa do Reino Unido e tornar um ato criminal voar com eles infligirá mais dor econômica à Rússia e àqueles próximos ao Kremlin”, disse a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss.
O Ministério das Relações Exteriores disse que estabelecerá nova legislação na quarta-feira para implementar as medidas, que também incluem o poder de remover do registro de aeronaves britânicas qualquer aeronave pertencente a indivíduos e entidades russas sancionadas.
O ministro dos Transportes, Grant Shapps, disse que uma aeronave já havia sido apreendida enquanto outras investigações eram realizadas. O jornal Telegraph informou que o jato particular estava ligado a um amigo do bilionário russo Roman Abramovich.
“Sabemos que não é uma empresa russa que detém a aeronave, mas sim uma aeronave registrada em Luxemburgo. Estamos realizando mais verificações antes de liberá-la”, disse Shapps à rádio LBC.
As novas sanções também impedirão as exportações relacionadas à aviação e ao espaço aéreo, incluindo seguros e resseguros.
Isso significa que a cobertura das apólices existentes será retirada e as seguradoras e resseguradoras britânicas não poderão pagar sinistros nas apólices existentes nesses setores, disse o comunicado.
Em 9 de março de 2016, a aeronave Antonov An-26, prefixo S2-AGZ, de propriedade da Air Urga, foi alugada pela True Aviation (foto aciam), realizava um voo doméstico de transporte de carga em Bangladesh, entre os Aeroportos Cox's Bazar (CXB/VGCB) e Jessore (JSR/VGJR).
A bordo da aeronave estavam quatro tripulantes, no voo que era administrado pela Sky Blue Aviation. A aeronave estava transportando uma carga de camarão para Jessore quando um dos motores falhou logo após a decolagem.
A tripulação recebeu permissão para retornar para um pouso seguro e o capitão iniciou o circuito de volta. Na abordagem final, o capitão decidiu dar uma volta por motivo desconhecido. Durante a subida inicial, a aeronave estagnou e, às 9h05, o avião impactou as águas da Baía de Bengala, a 3 km do Aeroporto Cox's Bazar.
Os pescadores locais primeiro avistaram os destroços e alertaram as autoridades. A Marinha de Bangladesh, a Guarda Costeira e o corpo de bombeiros participaram do resgate.
Todos os quatro membros da tripulação a bordo eram cidadãos ucranianos. No momento da queda, dois morreram e dois ficaram gravemente feridos.
O navegador de voo Vlodymyr Kultanov estava em estado crítico e foi levado ao Hospital Sadar de Cox Bazar Cox Sadar de Cox, junto com outro sobrevivente inicial que mais tarde morreu. Os mortos eram o engenheiro de voo Kulisn Andriy, o piloto Murad Gafarov e o copiloto Ivan Patrov.
a) Falha em iniciar uma decolagem rejeitada durante a rolagem de decolagem após a indicação de falha do motor;
b) O não cumprimento do POP da empresa após a detecção de falha do motor durante a decolagem;
c) Considerando a pouca visibilidade no Aeroporto de Cox's Bazar, desviar para o aeródromo alternativo Aeroporto de Chittagong localizado a apenas 50 milhas náuticas de distância que tem a disposição para instalação de abordagem ILS completa. Isso poderia ter ajudado a tripulação a realizar um adequado pouso de aproximação de precisão com um único motor;
d) A aeronave voou a uma velocidade muito inferior à velocidade da configuração limpa. A aeronave voou a 225 km/h em configuração limpa, enquanto a velocidade mínima da configuração limpa é de 290 km/h.
e) De acordo com os dados do FDR, a aeronave estolou ao fazer uma curva para o lado do motor defeituoso em uma altitude muito baixa.
Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)
O voo 370 da Malaysia Airlines (MH370) foi um voo internacional regular de passageiros operado pela Malaysia Airlines que desapareceu em 8 de março de 2014 enquanto voava do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur para seu destino planejado, o Aeroporto Internacional de Pequim.
A tripulação da aeronave Boeing 777-200ER se comunicou pela última vez com o controle de tráfego aéreo (ATC) cerca de 38 minutos após a decolagem, quando o voo estava sobre o Mar da China Meridional.
A aeronave foi perdida das telas de radar do ATC minutos depois, mas foi rastreada por radar militar por mais uma hora, desviando para oeste de sua rota de voo planejada, cruzando a Península Malaia e o Mar de Andaman.
Ele deixou o alcance do radar 200 milhas náuticas (370 km) a noroeste da Ilha de Penang, no noroeste da Malásia peninsular. Com todos os 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo presumivelmente mortos, o desaparecimento do voo 370 foi o incidente mais mortal envolvendo um Boeing 777 e o mais mortal na história da Malaysia Airlines até que foi superado em ambos os aspectos pelo voo 17 da Malaysia Airlines , que foi abatido enquanto sobrevoando o leste da Ucrânia atingido pelo conflito quatro meses depois.
Foram reveladas novas imagens, nunca antes vistas, de Amelia Earhart. A piloto norte-americana é vista a fazer uma aterrissagem de avião no Texas.
Mais de 80 anos depois, o desaparecimento de Amelia Earhart ainda é um mistério por resolver. A piloto foi vista pela última vez a tentar cruzar o Oceano Pacífico em 1937. Nunca viria a ser encontrada e, dois anos depois, foi declarada a sua morte. Agora, foram reveladas novas imagens nunca antes vistas da piloto norte-americana.
O filme caseiro tem a duração de 2 minutos e 22 segundos. As imagens foram captadas por William B. Kendall Jr., seis anos antes do seu desaparecimento. Neste novo vídeo, a piloto é vista a fazer uma aterragem de avião em Dallas, no Texas.
Amelia Earhart tinha acabado de fazer um voo transcontinental quando decidiu parar em Dallas, passando lá a noite. “Ela faria o seu voo histórico ao longo do Oceano Atlântico no ano seguinte”, salientou o The Texas Archive of the Moving Image, citado pelo ATI.
Ellen Church na porta de um Douglas DC-3 da United Airlines com o seu primeiro uniforme de comissária de bordo (Foto: National Air and Space Museum)
As mulheres dominam a carreira de comissárias de bordo dos aviões em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, elas representam 68% dos profissionais da área, segundo o Anuário Brasileiro de Recursos Humanos para a Aviação Civil de 2018.
Essa história começou com uma enfermeira que tinha licença de piloto e sonhava em comandar aviões comerciais. Barrada na carreira de piloto pelo simples fato de ser do sexo feminino, Ellen Church entrou para história como a primeira mulher a exercer a função de comissária de bordo.
Até os anos 1930, eram poucas as companhias aéreas que contratavam comissários de bordo. Na maioria dos casos, quem cuidava dos passageiros eram os próprios pilotos. Quando havia algum comissário, sempre eram homens. Sem muita qualificação, tinham como função basicamente ajudar no embarque e desembarque dos passageiros, carregar malas e oferecer algodão para os ouvidos para abafar o barulho dos motores.
Ellen Church obteve a licença de piloto de avião enquanto cursava a faculdade de enfermagem. A aviação era sua paixão, e a enfermagem foi uma forma de agradar ao pai.
Nascida em 22 de setembro de 1904, Ellen trabalhou como enfermeira em um hospital de San Francisco, na Califórnia (EUA) até seus 25 anos. Ela até tentou trocar de profissão para seguir a carreira de piloto, mas as companhias aéreas se recusavam a contratar mulheres para a função.
Aviões voavam mais baixo, e passageiros passavam mal
O machismo da época não impediu que Ellen Church continuasse sonhando em trabalhar a bordo de um avião comercial. Em uma reunião com Steve Simpson, executivo da Boeing Air Transport (que se tornaria a United Airlines), Ellen sugeriu que a empresa contratasse enfermeiras como comissárias de bordo para cuidar e acalmar os passageiros com medo de voar.
Naquela época, os aviões não eram pressurizados e voavam a altitudes bem mais baixas. Enquanto os aviões de hoje voam a 12 mil metros de altitude, naquela época eles não chegavam nem a 2.000 metros. Isso significa que os aviões voavam em condições de tempo bem piores, com muita turbulência.
Por isso, ter uma enfermeira a bordo fazia todo sentido, e Ellen também apelou para o machismo da época para convencer o executivo da Boeing Air Transport a contratar enfermeiras. "Você não acha que seria bom psicologicamente ter mulheres lá no alto? Como um homem vai dizer que ele tem medo de voar quando uma mulher está trabalhando no avião?", teria dito a ele.
As oito pioneiras
As primeiras comissárias de bordo da história ficaram conhecidas como "the original eight" (Foto: National Air and Space Museum)
Steve Simpson aceitou a proposta de Ellen Church e ordenou que ela recrutasse mais sete enfermeiras. Elas fariam uma experiência de três meses.
No dia 15 de maio de 1930, as oito pioneiras (Ellen Church, Jessie Carter, Cornelia Peterman, Inez Keller, Alva Johnson, Margaret Arnott, Ellis Crawford e Harriet Fry) fizeram seu primeiro voo como comissárias de bordo, entre Oakland e Chicago, nos EUA. Elas ficaram conhecidas como "the original eight" (as oito pioneiras).
Após os três meses de experiência, não só continuaram voando, como abriram as portas para muitas outras mulheres. O sucesso foi tanto que diversas companhias aéreas passaram a contratar enfermeiras para a função de comissárias de bordo.
Apesar do pioneirismo, Ellen Church trabalhou apenas 18 meses a bordo de aviões comerciais. Um acidente de carro impediu que ela continuasse voando. Depois de sua recuperação, Ellen voltou a trabalhar como enfermeira em um hospital.
Ellen Church voltou a voar na Segunda Guerra Mundial
A primeira comissária de bordo do mundo voltaria a voar alguns anos mais tarde. Durante a Segunda Guerra Mundial, Ellen Church serviu como enfermeira de voo no Corpo de Enfermeiras do Exército (Army Nurse Corps) dos Estados Unidos. Pelo serviço prestado, recebeu a Medalha do Ar (Air Medal).
Depois da guerra, Ellen se mudou para Terre Haute, no estado de Indiana (EUA). Lá, foi diretora de enfermagem e diretora do Union Hospital. Ela casou-se aos 60 anos de idade, em 11 de setembro de 1964, com Leonard Briggs Marshall, presidente do Terre Haute First National Bank. A primeira comissária de bordo do mundo morreu em 22 de agosto de 1965, após cair de um cavalo.
O Dia Internacional da Mulher marca também a data em que a primeira piloto de avião obteve oficialmente uma licença de voo. O feito foi conquistado pela francesa Elisa Léontine Daroche, que também era atriz e adotou o nome artístico Raymonde de Laroche. A licença foi emitida em 8 de março de 1910.
Raymonde de Laroche obteve sua licença de pilota de avião em 8 de março de 1910 (Foto: Smithsonian Institution)
Naquele ano, a data ainda não era celebrada como o Dia Internacional de Mulher. A ideia de criar uma celebração das conquistas femininas viria alguns meses depois durante uma conferência internacional na Dinamarca. O Dia Internacional da Mulher só foi oficializado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975.
A data da emissão da licença de Laroche pode ter sido apenas uma coincidência, mas acabou por tornar o feito ainda mais relevante internacionalmente.
Paixão por aviões
A primeira mulher piloto de avião dizia ser muitas coisas: atriz, pintora, escultora, balonista, ciclista e piloto de corrida de carro. A paixão pela aviação surgiu quando voou pela primeira vez em uma aeronave de Wilbur Wright, um dos irmãos Wright.
Amiga do aviador francês Charles Voisin, Laroche o convenceu a ensiná-la a voar. Seu primeiro voo ocorreu em 22 de outubro de 1909 no campo de aviação de Châlons, na França. Como o avião de Voisin era um monoposto, Laroche tinha de acionar todos os comandos por conta própria.
Na primeira aula, Laroche deveria apenas taxiar a aeronave pelo campo de aviação de Châlons, enquanto Voisin dava as instruções em solo. Depois de uma primeira volta, ela não se conteve, acelerou pela pista e decolou o avião, atingindo cinco metros de altura.
Licença de Raymonde de Laroche emitida pela Aeroclube da França (Imagem: Reprodução)
Seu treinamento seguiu até Laroche obter a licença de número 36 emitida pelo Aeroclube da França. A primeira piloto de avião passou, então, a participar de competições aéreas pelo mundo. Laroche esteve no Egito, na Rússia e na Hungria. Em São Petersburgo (Rússia), foi reverenciada pelo czar Nicolau 2º e chamada de baronesa, título que só viria a receber mais tarde.
Acidente, recordes e morte
De volta à França, Laroche também se tornou, provavelmente, a primeira mulher a sofrer um acidente de avião. Apenas quatro meses depois de obter sua licença de piloto, em 8 de julho de 1910 seu avião caiu durante uma apresentação no show aéreo de Reims. Após uma longa recuperação, voltou a voar e a estabelecer novos recordes.
Laroche conquistou a Copa Feminina por um voo sem escalas de quatro horas. Em 1919, a já baronesa estabeleceu um recorde feminino de altitude de 4.785 metros (15.700 pés). Naquele mesmo ano, pretendia se tornar a primeira mulher a ser piloto de testes de um novo avião
Em 18 de julho de 1919, Laroche embarcou no aeroporto de Le Crotoy, no norte da França, para um voo de teste como copiloto. O voo transcorreu normalmente, mas na aproximação para pouso a aeronave mergulhou em direção ao solo, matando a primeira mulher do mundo a obter uma licença de piloto de avião. Os feitos de Laroche são reverenciados em todo o mundo, e ela ganhou uma estátua no aeroporto de Le Bourget, em Paris (França).
Falta de apoio da família, restrições legais, desigualdade de condições em relação aos homens. Nada disso impediu que quatro mulheres brasileiras se tornassem pilotas, a partir dos anos 1920, conquistando muito mais do que os céus.
Poucos anos haviam se passado desde o histórico voo do 14-Bis, de Santos Dumont, em 1906, e as mulheres já marcavam presença nesse universo. Voar, afinal, é algo que fascina, independentemente de idade ou gênero.
Mesmo diante de uma desigualdade de direitos civis, um grupo de mulheres lutou para ser incluído no setor aeronáutico, já nos anos 1920, conquistando o sonho de voar. Thereza di Marzo, Anésia Pinheiro Machado, Ada Leda Rogato e Joana Martins Castilho D’Alessandro foram essenciais para a transformação de um cenário que, antes, era exclusivamente masculino.
Em reconhecimento à ousadia e coragem dessas mulheres, que desafiaram padrões da época, o Instituto Embraer organizou, em 2016, a exposição virtual “Mulheres na Aviação”. A partir dela, o Journal of Wonder mostra o perfil de quatro aviadoras que mudaram o cenário da aviação no país:
Thereza di Marzo: a família não apoiou
Thereza di Marzo foi a primeira brasileira a receber o brevê – documento que dá permissão para pilotar aviões – da Fédération Aéronautique Internationale (Federação Aeronáutica Internacional, em português). Nascida em São Paulo, em 1903, ela logo desenvolveu a paixão por aviação.
A decisão de se tornar pilota, no entanto, não agradou sua família – principalmente o pai. Ainda assim, determinada, foi a pé até o Aeródromo Brasil para se inscrever em um curso de voo, o qual pagou ao rifar uma vitrola. As aulas eram ministradas pelos irmãos e veteranos de guerra João e Enrico Robba, mas, por viajarem demais, seu instrutor principal tornou-se o alemão Fritz Roesler.
As aulas de pilotagem começaram em 1921 e, já em 1922, Thereza voou sozinha pela primeira vez. Um mês depois, se habilitou no AeroClube Brasil e tornou-se uma pioneira ao receber um diploma de piloto-aviador internacional. Ela realizou o primeiro reide (excursão longa) para Santos, voos panorâmicos para passageiros, a construção de um hangar e outras conquistas.
Em 1926, no entanto, interrompeu a carreira ao se casar com o instrutor Fritz. “Depois que nos casamos, ele cortou-me as asas. Disse que bastava um aviador na família”, afirmou Thereza. O Código Civil de 1916 previa que mulheres casadas precisavam de autorização para realizar algumas atividades, e a emancipação feminina aconteceu apenas em 1962.
Sua carreira, apesar de curta, lhe rendeu mais de 300 horas de voo, além das não computadas. Ela faleceu em 1986, depois de receber inúmeras medalhas, homenagens e títulos.
Anésia Machado: voos altos, dos Andes a Nova York
Feminista e revolucionária, as conquistas de Anésia Pinheiro Machado vão muito além da aviação. Ela nasceu em 1904 e, aos 17 anos, já começou a pilotar aeronaves. Com apenas um dia de diferença da colega Thereza di Marzo, em 1922, ela se tornou a segunda mulher a receber o brevê no Brasil.
Anésia foi pioneira ao realizar um voo interestadual, o que lhe rendeu cumprimentos de Santos Dumont. Para comemorar os 100 anos da Independência do Brasil, ela pilotou de São Paulo até o Rio de Janeiro, viagem que demorou quatro dias – voava 1 hora e 30 minutos por dia, porque precisava parar para abastecer e fazer manutenção da aeronave.
Por um período de tempo, até 1939, foi proibida de voar por ter sobrevoado o navio Minas Gerais, jogando flores e um bilhete dizendo “E se fosse uma bomba?”. Ao retomar as atividades, continuou com suas conquistas. Recebeu licença para ser pilota privado e para voar em aeronave comercial, e foi habilitada como instrutora de voo, pilota por instrumentos e, nos Estados Unidos, instrutora de simulador de voo.
Anésia foi reconhecida também por um grande feito histórico, em 1951. Com um monomotor, voou de Nova York para o Rio de Janeiro. Em seguida, atravessou a Cordilheira dos Andes, indo de Santiago, no Chile, até a cidade de Mendoza, no interior da Argentina. Três anos depois, na Conferência de Istambul, na Turquia, a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) a proclamou como Decana Mundial da Aviação Feminina por ter o brevê mais antigo do mundo ainda em atividade.
Antes de falecer, em 1999, ela convenceu as autoridades ligadas à exploração espacial, nos Estados Unidos, a batizar uma das crateras da lua com o nome de Santos Dumont.
Ada Leda Rogato: atravessou a Amazônia apenas usando uma bússola
Ler os jornais mudou o destino de Ada Leda Rogato. Antes funcionária pública, ao acompanhar as notícias sobre aviação, decidiu se arriscar na carreira como pilota – que deu muito certo. Ela foi pioneira em obter licença como paraquedista na América do Sul; a primeira mulher a pilotar planadores; e a terceira a receber um brevê aeronáutico, em 1935, depois de Thereza e Anésia.
Ada, que sempre voava sozinha, impressionava com seu espírito aventureiro e corajoso. Durante a Segunda Guerra Mundial, fez mais de 200 voos voluntários de patrulhamento pelo litoral paulista; em 1950, atravessou os Andes 11 vezes; em 1951, voou mais de 50 mil quilômetros até o Alasca; pousou em baixa potência no aeroporto de La Paz, Bolívia, considerado o mais alto do mundo na época (4061 metros acima do nível do mar); e cruzou a região amazônica utilizando apenas uma bússola.
A condição do ar influencia diretamente o funcionamento de uma aeronave. O ar mais denso alimenta os motores do avião, gerando sua máxima potência. Grandes altitudes deixam o ar mais rarefeito, causando uma menor queima de combustível e, portanto, menor potência. Em pousos, como a velocidade do avião é a mais baixa possível, é necessário haver sustentação (quanto mais densidade de ar, mais sustentação) suficiente para ocorrer frenagem com segurança.
Ada Rogato recebe a 1ª Licensa feminina como piloto de planador, em 1934, no Clube Paulista de Planadores - Campo de Cumbica
Não foram poucas conquistas. Ada também foi convidada pelas autoridades para ajudar no combate à praga da broca-do-café, tornando-se pioneira no polvilhamento aéreo. Ela foi a primeira mulher a receber a Comenda Nacional de Mérito Aeronáutico e o título da Força Aérea Brasileira de Piloto Honoris Causa.
Em seus últimos anos de vida, dedicou-se ao Museu de Aeronáutica de São Paulo, que funcionava no Parque Ibirapuera, na capital. Ada recebeu diversas homenagens antes e depois de sua morte, em 1986.
Joana D’Alessandro: acrobacias aéreas
Dentre as quatro pilotas mencionadas nesta reportagem, Joana Martins Castilho D’Alessandro foi a única que recebeu apoio da família para alcançar o sonho de voar. Seus pais acreditavam que suas conquistas incentivariam outras mulheres no Brasil. Conhecida também como Joaninha ou a “Águia de Taubaté”, recebeu diversas homenagens pelo país, principalmente em Taubaté, cidade paulista onde morou.
Nascida em 1924, ela voou pela primeira vez aos 13 anos. Um ano depois, obteve o posto de aviadora acrobata mais jovem do mundo, sendo até citada pelo Guinness World Records (Guinness dos Recordes Mundiais, em português). Aos 15 e 16 anos, venceu dois campeonatos de acrobacias aéreas.
Seu nome ganhou destaque na mídia pela voz de Assis Chateaubriand, um dos comunicadores mais influentes do país entre 1940 e 1950. Joana também recebeu brevê das mãos do presidente Getúlio Vargas, que lhe prometeu 100 horas de voo – e nunca foram pagas. Ela, no entanto, não precisava de auxílio, já que podia contar com seus pais para se tornar uma pilota de renome.
Denúncia foi feita por dona do relógio, que o esqueceu numa bandeja depois de passar pelo raio-X.
A mulher que apanhou o relógio foi descoberta e retirada do avião poucos minutos antes que este levantasse voo (Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Uma mulher de 73 anos, passageira de um voo que sairia do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana, foi presa pela Polícia Federal, por estar com um relógio que encontrou dentro de uma das bandeiras ao final da máquina de raio-X.
A confusão teve início quando uma passageira procurou os agentes alfandegários da esteira em que ela passou seus pertences. Pegou quase todos, esquecendo apenas o relógio de pulso.
Imediatamente, os agentes foram verificar as imagens daquele espaço e surgiu a imagem da idosa pegando o relógio e colocando-o dentro da bolsa. O voo dessa mulher foi descoberto e os policiais federais chamados, indo até o aparelho, dando voz de prisão à idosa. Ela estava com o relógio.
Ela foi retirada do avião e o relógio entregue à sua proprietária. Por exercer a atribuição constitucional de polícia aeroportuária, a PF atendeu ao caso, dando voz de prisão à idosa, que foi levada para a Delegacia de Polícia Civil de Vespasiano.
Todos os réus poderão recorrer em liberdade. Esta é a primeira condenação relacionada a Operação Flak, da Polícia Federal do Tocantins.
Imagem dos aviões no dia em que foram apreendidos durante a 1ª fase da operação Flak, em 2019 (Foto: Divulgação)
A Justiça Federal condenou seis mecânicos de avião que foram alvo da Operação Flak, da Polícia Federal por darem suporte a uma quadrilha de tráfico internacional de cocaína. Ele teriam adaptado aeronaves para que pudessem ser reabastecidas em voo. O objetivo era que conseguissem realizar grandes deslocamentos de drogas sem precisar pousar em aeroportos ou aeródromos onde há fiscalização.
Foram condenados
Jurandir de Jesus de Sousa
Antônio Carlos Ramos
Iron Ribeiro Ferreira
Flavio Martins Ferreira
Hamilton Gouveia Alberto
Francisco Silva Ferreira Filho
Os cinco primeiros foram condenados a pena de 8 anos e 8 meses de prisão cada. Já Francisco Silva Ferreira Filho foi condenado a 7 anos, dois meses e 20 dias de prisão. Ele foi beneficiado pela chamada 'atenuante etária', por ter mais de 70 anos de idade.
Todos ainda terão que ressarcir valores que somam R$ 13.430.000,00. Este valor é a estimativa de quanto o grupo criminoso arrecadou com o transporte de drogas no período da investigação.
A decisão da condenação é do juiz federal substituto João Paulo Abe. Se trata da primeira sentença relacionada a operação Flak, uma das maiores da história da Polícia Federal no Tocantins. Como se trata de uma decisão da primeira instância e nenhum dos condenados está sob prisão preventiva, eles poderão recorrer em liberdade.
A operação Flak mirou um grupo que usaria aviões modificados e até um submarino improvisado para levar cocaína produzida na América do Sul para a Europa, América do Norte e África. O caso foi descoberto após a PF do Tocantins identificar pistas de pouso no estado sendo usadas de forma irregular como pontos de apoio para a quadrilha.
Na primeira fase da operação, a PF conseguiu mandados para a apreensão de mais de 40 aeronaves de pequeno porte. Na época, mais de 30 pessoas foram presas, mas a maioria delas responde ao processo em liberdade. Em 2021, o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou leilões de nove das aeronaves que foram apreendidas. (Veja no vídeo)
O que dizem os citados
O advogado de Jurandir de Jesus de Sousa disse que a sentença deixou de considerar alguns elementos dos autos. Afirmou que respeita a decisão proferida, mas que vai recorrer e que está confiante de que conseguirá reverter a sentença nas próximas instâncias.
A defesa de Antônio Carlos Ramos disse que não concorda com a decisão e que vai recorrer. Afirmou que a sentença leva em consideração apenas os argumentos do Ministério Público e da Polícia Federal e que as evidência apresentadas pela defesa não foram levados em conta. Afirmou ainda que o conjunto de provas relacionado a Antônio Carlos Ramos é precário.
A defesa de Iron Ribeiro Ferreira preferiu não comentar sobre o processo. Em juízo, o réu disse que tudo se tratou de um mal entendido e que nunca se envolvei com clonagem ou adulteração de aeronaves.
O advogado que representa Flavio Martins Ferreira e Francisco Silva Ferreira Filho não atendeu as ligações. Nos autos, os dois reconheceram ter feito serviços nos aviões do suposto chefe da quadrilha, mas negaram ter adulterado o sistema de abastecimento ou ter conhecimento do esquema de tráfico de drogas.
O g1 não conseguiu localizar a defesa de Hamilton Gouveia Alberto. No processo, ele declarou que nunca adulterou a autonomia dos aviões e que a condenação anterior que possuía por tráfico de drogas se tratou de um mal entendido.
Por João Guilherme Lobasz e Ana Paula Rehbein, TV Anhanguera e g1
O que era para ser apenas uma brincadeira de uma criança de 10 anos, se tornou um alerta de segurança sério. O incidente foi registrado no domingo (6) num voo da Alaska Airlines entre Seattle e Orlando, nos Estados Unidos, e tudo começou quando outro passageiro recebeu uma mensagem de um desconhecido, alertando sobre uma ameaça de sequestro contra o voo.
Diante da situação inesperada, a tripulação foi avisada e também o comandante, que decidiu por seguir o voo até o destino final, que já não estava tão distante. A polícia do aeroporto foi avisada sobre a potencial ameaça contra a aeronave, que foi direcionada para uma área isolada do aeródromo.
Testemunhas dizem que policiais armados cercaram o avião. Um grupo de agentes embarcou, liberou os passageiros um a um e depois removeu a família do menino de 10 anos, que a essa altura já havia sido “descoberto” pelos pais, os quais mostraram muito constrangidos, diz a reportagem do Click Orlando.
Mais tarde, foi identificado pela polícia que a criança enviou uma mensagem para outro passageiro através da tecnologia AirDrop da Apple, que permite a comunicação entre os dispositivos da marca.
A empresa aérea emitiu uma nota sobre o ocorrido: “Depois que o voo 16 da Alaska Airlines pousou em Orlando, ele estacionou remotamente por causa de uma ameaça potencial que mais tarde foi considerada não credível. A polícia embarcou e liberou a aeronave. O avião continuou até o portão e os passageiros desembarcaram normalmente. Levamos a segurança a sério e pedimos desculpas pelo inconveniente para nossos hóspedes”.
A má fase da Haas na Fórmula 1 parece interminável. Após o péssimo desempenho em 2021 e o imbróglio interno ocasionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, levando ao encerramento imediato do contrato com a patrocinadora principal – Uralkali – e de Nikita Mazepin, e uma performance abaixo do esperado nos testes de Barcelona, a equipe norte-americana ganhou uma nova dor de cabeça.
The cargo plane that was supposed to transport the Haas F1 cars & equipment to Bahrain has broken down in Istanbul. The freight is still stuck at London. It's not sure whether everything will arrive in time for the first day of testing.
Enquanto a maioria das equipes chegam ao Bahrein com seus equipamentos nesta segunda-feira (07), o avião de carga que levaria o material da Haas, entre carros e peças, ficou preso no aeroporto de Istambul com problemas técnicos antes de sair para o Reino Unido, onde os equipamentos aguardam transporte.
As informações vêm diretamente do site Auto Motor und Sport, a equipe está procurando assimilar a situação, e neste momento não está claro se eles serão capazes de fazer o primeiro dia de testes.
A programação agora prevê que a carga será levada para Leipzig, na Alemanha, esta noite e depois para o Bahrein na terça-feira de manhã, segundo a matéria.
"Podemos ter que cancelar o primeiro dia de testes. Todas as outras equipes têm uma vantagem de dois dias na preparação", disse Steiner.
A publicação diz que, nesse caso, o regulamento prevê que a Haas poderia ter a oportunidade de testar por um dia extra. Isso pode ser domingo, 13 de março.
A equipe internacional do Motorsport.com apurou que, no entanto, que a carga chegará ao Bahrein, sem problemas, amanhã pela manhã.
O avião envolvido no incidente (Foto: Agustín Anaya/JetPhotos)
Um avião da companhia norte-americana Spirit Airlines perdeu um painel de uma de suas superfícies de controle no momento da decolagem, mas o voo prosseguiu até o destino programado.
A ocorrência envolve o avião Airbus A320-232 registrado sob a matrícula N620NK. Segundo o reporte da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) acessado pelo AEROIN, a aeronave realizou o voo NKS-9120 no último sábado, 5 de março, partindo de Lake City e pousando em Fort Lauderdale.
A descrição do evento, classificado pela FAA como “Incidente”, indica que “a aeronave perdeu um painel de aileron na decolagem, em Lake City, Flórida”.
Os ailerons são as superfícies de controle que você vê na parte traseira das asas, geralmente mais próximos da ponta da asa, e que atuam para girar o avião em torno do eixo da fuselagem, ou seja, para abaixar e levantar as asas durante as curvas.
Segundo dados das plataformas de rastreamento online, o voo NKS-9120 partiu de Lake City às 11h35 da manhã do sábado e pousou cerca de 1 hora depois em Fort Lauderdale, às 12h37.
Não há mais detalhes sobre a ocorrência, portanto, ainda não é possível saber se os pilotos souberam do incidente logo após acontecer e optaram por prosseguir com o voo, ou se foi descoberto apenas após a chegada ao destino.
O Airbus A320 permaneceu em solo em Fort Lauderdale por quase dois dias completos, até decolar na manhã desta segunda-feira, 7 de março, para um voo local de 50 minutos, possivelmente um teste pós-manutenção. Mais tarde, às 12h58, retornou aos voos comerciais.
Imagens dramáticas gravadas em um aeroporto em Kanpur, na Índia, mostram o momento em que um avião derrapou na pista após o pouso e bateu em uma estrutura de concreto. Segundo relatos, não houve feridos no acidente.
O fato ocorreu no sábado (5) com o avião Dornier 228-101, prefixo CG756, da Guarda Costeira Indiana, que levava a bordo quatro ocupantes.
A aeronave havia sofrido uma falha no motor nº 1 (esquerda) e a tripulação embandeirara a hélice. Durante o pouso na pista 14 da Estação da Força Aérea de Kanpur, a aeronave virou para a direita e derrapou na lateral da pista. A aeronave atropelou uma parte irregular do terreno, causando o colapso do trem de pouso do nariz. Em seguida, atingiu uma estrutura do aeroporto e parou. Os quatro ocupantes saíram ilesos.
Incidente é chamado de 'excursão de pista'. Não há relatos de feridos.
Um avião da companhia low cost Cebu Pacific Air saiu da pista assim que pousou no Aeroporto Internacional de Manila (Ninoy Aquino), nas Filipinas, nesta terça-feira (8).
A aeronave pousou na pista 24 de Manila às 11:27L (03:27Z ), mas experimentou uma perda de controle e parou na grama logo após o cruzamento com a pista 13/31, informa o Aviatoin Herald.
O incidente envolvendo o voo DG 6112, operado pelo modelo ATR-72-212A, registro RP-C7283, que ia de Naga (WNP) a Manila (MNL), ocorreu por volta das 11h45 no Terminal 3 da NAIA.
"Todos os 42 passageiros e quatro tripulantes desembarcaram normalmente e estão seguros, sem ferimentos relatados. Os passageiros estão sendo atendidos e cuidados", acrescentou a Cebu Pacific.
Em um comunicado separado, a companhia afirmou que trabalhava para normalizar as operações depois que seu avião foi rebocado pouco após as 13h desta terça-feira (8).
"Todos os passageiros afetados foram atendidos adequadamente e deixaram o aeroporto. Estamos trabalhando para normalizar nossas operações o mais rápido possível", informou a companhia.
"Pedimos sinceras desculpas pelo inconveniente que isso causou e agradecemos sua gentil compreensão", acrescentou.
Vários voos de e para Manila foram suspensos ou desviados para Clark devido ao incidente, segundo informa a ABS-CBN News.
A Missão de Policiamento Aéreo F-16 aprimorada da OTAN realizou um pouso de barriga.
Um Falcon realizou um pouso de emergência da OTAN na Base Aérea de Aviano, no nordeste da Itália, na quarta-feira, 2 de março de 2022.
Um piloto da Força Aérea dos EUA pousou com segurança um jato F-16C Fighting Falcon na Itália depois de sofrer uma emergência em voo na tarde de quarta-feira, fazendo com que prédios próximos à pista fechassem.
A aeronave era da 31ª Ala de Caça, que está estacionada na Base Aérea de Aviano. Existem dois esquadrões de F-16 operando como parte da 31ª Ala de Caça em Aviano.
Jatos F-35 britânicos desembarcaram na Estônia para realizar patrulhas aéreas na Europa Oriental para impedir a Rússia de tomar quaisquer ações agressivas contra membros da OTAN.
Os F-35 Lightnings da RAF Marham, Reino Unido, se juntaram a outros caças aliados de 5ª geração fornecidos pela Força Aérea dos EUA e da Força Aérea Real da Holanda, que estão participando de patrulhas aéreas na Europa Oriental.
Esta atividade fornece policiamento aéreo do espaço aéreo da OTAN garantindo um escudo robusto e integrado para o espaço aéreo aliado e contribuindo para a segurança da Europa.
Esta nova implantação verá a aeronave baseada ao lado dos F-16 belgas, onde eles estarão melhor posicionados para apoiar a missão da OTAN em andamento. Eles se juntarão a outros caças aliados de 4ª e 5ª geração realizando patrulhas sobre o espaço aéreo polonês e dos Estados Bálticos.