Destroços e bagagens foram encaminhados às autoridades francesas.
Equipes de buscas encerraram, nesta sexta-feira (26), os trabalhos de buscas às vítimas do voo 447 da Air France. No total, as equipes de busca recolheram 51 corpos de vítimas.
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Os corpos foram entregues à Policia Federal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para os trabalhos de identificação, que foram feitos no Instituto Médico Legal do Recife. Segundo Munhoz, as famílias das vítimas já foram avisadas sobre o fim das operações.
Mais de 600 peças foram resgatadas do mar. Os destroços e bagagens recolhidos foram entregues às autoridades francesas. Os objetos que ainda estão em navios da Marinha serão entregues nos próximos dias. Assim que deixarem a área de buscas, os navios seguirão para o Recife e Natal.
As condições instáveis do tempo na região das buscas prejudicaram o trabalho. De acordo com a Aeronáutica, após passado tantos dias depois do acidente, as equipes não teriam mais condições de avistar sobreviventes ou corpos.
"Embora nosso desejo fosse resgatar 228 pessoas, temos plena consciência de que o melhor foi feito pela Marinha e pela Aeronáutica", afirmou Munhoz.
O tenente-coronel Henry Munhoz afirmou que desde o dia 12 apenas dois corpos foram encontrados, o último no dia 17.
A Marinha francesa prossegue com os trabalhos para tentar recuperar a caixa-preta do avião.
O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo deixou o Rio de Janeiro com destino a Paris no dia 31 de maio às 19h30 (horário de Brasília) e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.
Veja a nota oficial sobre o encerramento das buscas:
O Comando da Marinha e o Comando da Aeronáutica informam que, ao final do dia de hoje, 26 de junho, foi oficialmente dada por encerrada a maior e mais complexa Operação de Busca e Resgate já realizada pelas forças armadas brasileiras em área marítima, tanto no aspecto duração quanto na magnitude de meios empregados.
Nesses 26 dias de buscas aos passageiros e tripulantes do voo Air France 447, que desapareceu quando voava na rota Rio de Janeiro (RJ) – Paris (França), na noite de 31 de maio de 2009, foram resgatados 51 corpos e mais de 600 partes e componentes estruturais da aeronave, além de bagagens diversas.
A razão técnica que determinou o término das buscas é a impraticabilidade de se avistarem sobreviventes ou corpos, objetivo primordial da Operação, já decorridos 26 dias do acidente. Do dia 12 de junho ao dia 26, período de 15 dias, apenas dois corpos foram resgatados, sendo o último no dia 17. Nos últimos nove dias, nenhum corpo ou despojo foi avistado.
Os 51 corpos resgatados foram entregues à Policia Federal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para os trabalhos de identificação. Os destroços da aeronave e as bagagens recolhidas foram entregues ao Bureau D´Enquêtes et D´Analises Pour la Securité de I´Aviation Civile (BEA). A investigação sobre os fatores que contribuíram para o acidente também é de responsabilidade do BEA e conta com o apoio do setor correspondente no Brasil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
Em 26 dias de operação continuada sob responsabilidade do Brasil, em atendimento a compromissos internacionais de busca e salvamento, a Força Aérea Brasileira utilizou 12 aeronaves e contou com o apoio de aviões da França, dos EUA e da Espanha. A Marinha do Brasil atuou com 11 navios em revezamento na área de buscas, totalizando cerca de 35 mil milhas navegadas, aproximadamente oito vezes a extensão da costa brasileira.
Foram voadas cerca de 1500 horas, tendo sido realizadas buscas visuais numa área correspondente a 350 mil quilômetros quadrados, mais de três vezes a dimensão do estado de Pernambuco. O avião R-99, por sua vez, realizou busca
eletrônica numa área correspondente a dois milhões de quilômetros
quadrados, oito vezes a dimensão do estado de São Paulo.
Foram diretamente envolvidos na Operação 1.344 militares da Marinha do Brasil e 268 da FAB, perfazendo mais de 1.600 profissionais nas tarefas de busca, resgate e suporte a essas atividades.
Permanecem na área de buscas os meios navais dedicados a captar emissões das caixas de dados e voz da aeronave acidentada, coordenados pela França.
Toda a Operação de busca esteve sob a responsabilidade direta do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do SALVAERO Recife em coordenação com o SALVAMAR Nordeste, e atendeu ao previsto no anexo 12 da Convenção de Chicago, efetivado em 1950, que estabelece o compromisso dos países signatários com as operações de busca e salvamento nas suas áreas de jurisdição.
Conscientes de suas atribuições, os tripulantes e demais integrantes do Comando da Marinha e do Comando da Aeronáutica fazem do seu labor nessa jornada a maneira justa de ofertar reverência à dor que marca famílias brasileiras e a comunidade internacional.
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA
Fonte: G1