quinta-feira, 25 de junho de 2009

Congresso Nacional de Aviação Agrícola fecha prometendo repercussão

As queixas sobre o tratamento desigual dos órgãos regulamentadores entre empresas de aviação agrícola e produtores rurais que possuem aviões e a expectativa da regulamentação, até 2011, da homologação da conversão de motores de aeronaves para o uso de álcool combustível estão entre os principais pontos que ainda devem repercutir nos próximos meses, a partir do Congresso Nacional de Aviação Agrícola. A programação começou na última quarta-feira e terminou na sexta, em Cuiabá. O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), que promoveu o encontro, considera o balanço satisfatório.

Também ficou clara no Congresso a preocupação do setor aeroagrícola com o atraso nos testes que comprovariam ou não a eficácia dos novos sistemas de ozonizadores. Equipamento que deve se tornar obrigatório, a partir de 2010, para tratamento de efluentes dos pátios de descontaminação de aeronaves. Além disso, o uso de aviões no combate ao mosquito da dengue e contra o mosquito da febre amarela também esteve na pauta. Assim como a necessidade de qualificação de empresas e pilotos, inclusive incentivando a busca de certificações ISO 9001 e 14001. Tema que abordou indiretamente a preocupação com a segurança nas operações, assunto que ainda teve outras três palestras exclusivas.

AUTORIDADES

“Houve uma grande participação de pilotos, empresários, técnicos e pesquisadores, aliada à boa presença de altas autoridades que representaram os órgãos reguladores da categoria. O resultado foi um elevadíssimo nível técnico nas discussões”, avalia o presidente do Sindag, Júlio Augusto Kämpf. Em resumo, segundo ele, os operadores aeroagrícolas, que vêm ganhando respeito nos últimos anos, agora tiveram um congresso que foi direto ao que interessa.

O Congresso de Aviação Agrícola contou com a presença do secretário de Aviação Civil do Ministério da Defesa, tenente-brigadeiro-do-ar Jorge Godinho Barreto Nery, que representou o ministro Nelson Jobim. Também passaram pelo evento o diretor do Departamento de Infraestrutura de Logística da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Biramar Nunes de Lima, que falou em nome do ministro Reinhold Stephanes. Além do chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro-do-ar Jorge Kersul Filho e do gerente-geral de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Senra de Oliveira.

O titular da Gerência Geral de Certificação Operacional da Anac, Jefferson de Lucena Costa também participou dos debates. Assim como o superintendente federal da Agricultura no Mato Grosso, Chico Costa; o diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Cláudio Renato da Silva Patta, e o presidente do Sindicato nacional das Empresas de Táxi Aéreo, Aeroclubes, Aviação Agrícola e de Garimpo, Prestadores de Serviço, Controle e Comunicação, Comércio Aeronáutico e Autônomos (Sinaero), Walter Félix, entre outros.

O encerramento do Congresso Nacional de Aviação Agrícola teve até a presença do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR). Ele esteve na festa de encerramento do evento, que teve churrasco e demonstração aérea no aeródromo da Estância Santa Rita, do Distrito Industrial de Cuiabá. Maggi retornava de um encontro com o presidente Luis Inácio Lula da Silva e parou para cumprimentar o presidente do Sindag, Júlio Kämpf.

PÚBLICO E VITRINE

Em três dias de evento, foram cerca de 780 inscrições para participar de 13 painéis, debates e palestras. Um público que também movimentou os mais de 60 estandes da mostra comercial e técnica que ocorreu junto ao auditório do Congresso, no salão do Hotel Fazenda Mato Grosso. “Este ano foi melhor porque o público foi mais dirigido. Tivemos muitos pilotos e donos de aeroanves”, comenta o administrador da DGPS & Cia, especializada em equipamentos de localização por satélites (GPS) para aeronaves, Augusto Santana.

Na sexta-feira, ele comemorava os resultados da feira. “Nossa meta foi superada, em vendas e em negócios alinhavados.” A opinião de Santana é compartilhada pelo gerente comercial da Embraer/Neiva, Fábio Bertoldi Caretto. “O movimento foi bom e praticamente todo o público eram de clientes ou possível clientela”, ressaltou. Para ele, isso comprovou que o Congresso Sindag está se tornando uma vitrine cada vez mais importante para quem atua no ramo aeroagrícola. As informações são de assessoria de imprensa do Sindag.

Fonte: Agrolink via Safra News

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