Jovens que tentavam embarcar usando máscaras causaram tumulto dentro de aeronave. Os demais passageiros temiam que alguma delas tivesse contraído Influenza A. O voo, que seguia para Recife, teve atraso de duas horas. Há duas versões para o mesmo caso
Uma confusão, duas versões diferentes. O tumulto ocorreu em uma aeronave que saía de Fortaleza rumo a Recife (PE), no início da tarde de ontem. Algumas passageiras do voo 1998 da companhia Gol usavam máscaras, o que gerou a suspeita de que elas tivessem contraído Influenza A(H1N1). Os demais passageiros queriam que as jovens saíssem do avião. Até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fosse acionada, o médico chegasse e a aeronave partisse, foram duas horas.
Previsto para sair do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, às 12h50min, o voo 1998 da companhia Gol só decolou às 14h50min. Pararia em Natal (RN). Lúcia Lima, responsável pelo posto aeroportuário da Anvisa, conta que duas passageiras usavam máscaras como proteção contra a gripe A. Elas foram examinadas por um médico do posto localizado no aeroporto. “Não havia sintoma nenhum (da gripe A) nas duas. Estavam sem febre, sem dor de cabeça”, descreve.
Segundo Lúcia, as duas foram autorizadas a viajar e uma passageira, insatisfeita com isso, pegou as duas crianças e desembarcou do avião. O fato foi acompanhado por um fiscal da Anvisa, garante Lúcia. Ela diz que a Polícia Federal (PF) não precisou ser chamada: “Não havia razão”.
Uma das passageiras do voo, a estudante de Medicina Natália Falcão, 22, conta uma história diferente. Eram seis jovens usando máscaras e uma delas admitiu estar com pneumonia, diz Natália. O comandante do voo teria avisado que a aeronave só decolaria quando chegasse algum fiscal da Anvisa. “Muita gente ficou em desespero, querendo sair do avião”, descreve. A estudante diz que um médico examinou as seis, mas não deu atestado nenhum que descartasse a doença. A informação também foi repassada pelo comandante, conforme Natália.
Aí, a confusão começou. “Foi uma revolução dentro do avião. A gente ia descer se elas ficassem lá”, narra. As seis meninas tossiam e xingavam os demais passageiros, afirmando que não iam descer, conforme a versão da universitária. Natália conta que as seis jovens só desceram quando chegou a Polícia Federal.
A estudante conta que tem vídeos e fotos da confusão. “Elas ficaram agressivas, mas todo mundo estava com medo. Se elas não tinham nada de grave, faltou consciência. Se foi uma brincadeira, pior ainda”, acrescenta.
SAIBA MAIS
> Em nota divulgada à imprensa, a assessoria da Gol divulgou: “A Gol informa que seis passageiras embarcaram em Fortaleza no voo 1998 utilizando máscaras de proteção. Por conta disso, a chefe de cabine - seguindo o procedimento estabelecido pela Anvisa - perguntou às passageiras o motivo do uso das máscaras tendo uma delas afirmado ter sido vítima de uma pneumonia. A Anvisa foi acionada e as passageiras ficaram em solo.”
> Além disso, consta na nota que a Gol “está seguindo todas as recomendações” da Anvisa e dos “órgãos de saúde locais em cada um dos países nos quais opera, para o controle da Influenza A(H1N1)”.
> Natália Falcão, uma das passageiras do voo 1998, da Gol, contou que “o comandante e as aeromoças foram muito educados”, no tratamento com as seis jovens que usavam máscaras e com os demais passageiros da aeronave.
> Mais informações sobre a Influenza A(H1N1): 0800 61 1997 (Disque Saúde) e 0800 280 0808 (Disque Influenza A).
Fonte: Daniela Nogueira (O Povo Online)
Uma confusão, duas versões diferentes. O tumulto ocorreu em uma aeronave que saía de Fortaleza rumo a Recife (PE), no início da tarde de ontem. Algumas passageiras do voo 1998 da companhia Gol usavam máscaras, o que gerou a suspeita de que elas tivessem contraído Influenza A(H1N1). Os demais passageiros queriam que as jovens saíssem do avião. Até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fosse acionada, o médico chegasse e a aeronave partisse, foram duas horas.
Previsto para sair do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, às 12h50min, o voo 1998 da companhia Gol só decolou às 14h50min. Pararia em Natal (RN). Lúcia Lima, responsável pelo posto aeroportuário da Anvisa, conta que duas passageiras usavam máscaras como proteção contra a gripe A. Elas foram examinadas por um médico do posto localizado no aeroporto. “Não havia sintoma nenhum (da gripe A) nas duas. Estavam sem febre, sem dor de cabeça”, descreve.
Segundo Lúcia, as duas foram autorizadas a viajar e uma passageira, insatisfeita com isso, pegou as duas crianças e desembarcou do avião. O fato foi acompanhado por um fiscal da Anvisa, garante Lúcia. Ela diz que a Polícia Federal (PF) não precisou ser chamada: “Não havia razão”.
Uma das passageiras do voo, a estudante de Medicina Natália Falcão, 22, conta uma história diferente. Eram seis jovens usando máscaras e uma delas admitiu estar com pneumonia, diz Natália. O comandante do voo teria avisado que a aeronave só decolaria quando chegasse algum fiscal da Anvisa. “Muita gente ficou em desespero, querendo sair do avião”, descreve. A estudante diz que um médico examinou as seis, mas não deu atestado nenhum que descartasse a doença. A informação também foi repassada pelo comandante, conforme Natália.
Aí, a confusão começou. “Foi uma revolução dentro do avião. A gente ia descer se elas ficassem lá”, narra. As seis meninas tossiam e xingavam os demais passageiros, afirmando que não iam descer, conforme a versão da universitária. Natália conta que as seis jovens só desceram quando chegou a Polícia Federal.
A estudante conta que tem vídeos e fotos da confusão. “Elas ficaram agressivas, mas todo mundo estava com medo. Se elas não tinham nada de grave, faltou consciência. Se foi uma brincadeira, pior ainda”, acrescenta.
SAIBA MAIS
> Em nota divulgada à imprensa, a assessoria da Gol divulgou: “A Gol informa que seis passageiras embarcaram em Fortaleza no voo 1998 utilizando máscaras de proteção. Por conta disso, a chefe de cabine - seguindo o procedimento estabelecido pela Anvisa - perguntou às passageiras o motivo do uso das máscaras tendo uma delas afirmado ter sido vítima de uma pneumonia. A Anvisa foi acionada e as passageiras ficaram em solo.”
> Além disso, consta na nota que a Gol “está seguindo todas as recomendações” da Anvisa e dos “órgãos de saúde locais em cada um dos países nos quais opera, para o controle da Influenza A(H1N1)”.
> Natália Falcão, uma das passageiras do voo 1998, da Gol, contou que “o comandante e as aeromoças foram muito educados”, no tratamento com as seis jovens que usavam máscaras e com os demais passageiros da aeronave.
> Mais informações sobre a Influenza A(H1N1): 0800 61 1997 (Disque Saúde) e 0800 280 0808 (Disque Influenza A).
Fonte: Daniela Nogueira (O Povo Online)
2 comentários:
A pior coisa do mundo é ignorância. Sou uma das passageiras que foi retirada desse avião e digo que essa suposta estudante de medicina precisa estudar um bocado até conseguir seu diploma. Algumas de nós (éramos 5 primas) estávamos nos recuperando de gripe, dor de garganta, sinusite (devido ao tempo extremamente seco na nossa cidade) e uma havia tido uma pneumonia BACTERIANA, ou seja, causada por uma bactéria, não transmissível.
A comissária de bordo causou um tumulto espalhando que estávamos com suspeita de gripe suína e amendrontou os demais passageiros.
O fiscal da ANVISA fez sua avaliação e concluiu em seu laudo médico que não oferecíamos qualquer risco a tripulação, inclusive nos desejando boa viagem.
A ignorância dos passageiros aliada a falta de trato dos comissários causou a situação mais humilhante de todas as nossas vidas, já que fomos xingadas de assassinas, vagabundas, irresponsáveis, fomos cuspidas, empurradas e assediadas (um passageiro chegou a me empurrar pegando nos meus seios).
E, ainda, não ouvimos qualquer pedido de desculpas.
Temos todas as provas a nosso favor. Um atestado do melhor pneumologista do nosso estado, cópia do laudo do fiscal da ANVISA e demais docuentos da GOL.
Todas as medidas judicias serão tomadas.
OBS: éramos 6 primas, eu e mais cinco...
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