Repórter teve bagagem extraviada três vezes no mesmo ano
A primeira mala extraviada a gente nunca esquece. É a companhia aérea que esquece por você. No meu caso, foram três vezes a mesma bagagem, coincidentemente, ou não, em viagens a trabalho a Los Angeles, todas neste ano. Acho que da última vez aprendi e não vou despachá-las mais em voos para o Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX). Mas as empresas aéreas deveriam ser menos "malas" com a fiscalização da bagagem de seus clientes e cuidar melhor delas.
A primeira vez dói...
Depois de ter trabalhado durante todo um domingo, peguei um voo da American Airlines com destino a LA. Imagine chegar ao aeroporto de Los Angeles após mais de 16 horas de viagem, com conexão em Miami, e descobrir que a sua mala não chegou com você. Perdi mais de uma hora no balcão de reclamações da empresa e também perdi o almoço com os demais jornalistas com os quais fui cobrir o lançamento de uma série de televisão.
Coisa de cinema: chegar ao hotel, tomar um banho e... vestir a mesma roupa para sair correndo para a première do seriado. Como foi a primeira vez, o desespero era grande, pois eu ainda tinha uma semana de nevasca para enfrentar em Nova York depois. Felizmente, a mala foi entregue à noite no hotel, e não morri de frio.
Com que roupa eu vou?
Da segunda vez, já fui esperando o pior. Mas, quando peguei minha mala no LAX, respirei aliviado. Porém, esqueci que havia o voo de volta, com conexão em Atlanta e destino final em Brasília. Chegando à capital brasileira, surpresa desagradável: nem sinal da minha bagagem. Demorei uma hora para preencher um formulário amarelo descrevendo a minha mala, e a Delta demorou três dias para me devolvê-la no hotel.
Gastei mais de R$ 100 em roupas, para não ter que ir nu a um congresso da Unesco. Liguei para o seguro de viagem que eu havia contratado, mas eles explicaram que só cobriam gastos no exterior. E ficou por isso mesmo...
Que a justiça seja feita
Na terceira vez, imaginava, resignado, que minha mala poderia ser extraviada. Um voo da Taca com conexão em Lima, no Peru, e outro da American Airlines para LA, operado pela LAN - não tinha como dar certo. Quando cheguei ao LAX, e disseram que minha mala não chegara, quase puxei aquele cartaz: "eu já sabia". O que eu não sabia é que só a veria de novo naquele mesmo aeroporto, no voo de volta. Até lá, foram cinco dias de muita enrolação e pouca informação.
Escolado, levei duas mudas de roupa na mochila, comprei outras duas, além de artigos de higiene pessoal. Mas os responsáveis só ressarciriam gastos até US$ 70. O resto estou tentando reaver na Justiça para tentar compensar, em parte, o tempo perdido, o desgaste e o constrangimento por que passei ao sair de um hotel cinco estrelas com dois sacos plásticos de roupas sujas nos braços.
Fonte: Lauro Neto (Boa Viagem/O Globo)
A primeira mala extraviada a gente nunca esquece. É a companhia aérea que esquece por você. No meu caso, foram três vezes a mesma bagagem, coincidentemente, ou não, em viagens a trabalho a Los Angeles, todas neste ano. Acho que da última vez aprendi e não vou despachá-las mais em voos para o Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX). Mas as empresas aéreas deveriam ser menos "malas" com a fiscalização da bagagem de seus clientes e cuidar melhor delas.
A primeira vez dói...
Depois de ter trabalhado durante todo um domingo, peguei um voo da American Airlines com destino a LA. Imagine chegar ao aeroporto de Los Angeles após mais de 16 horas de viagem, com conexão em Miami, e descobrir que a sua mala não chegou com você. Perdi mais de uma hora no balcão de reclamações da empresa e também perdi o almoço com os demais jornalistas com os quais fui cobrir o lançamento de uma série de televisão.
Coisa de cinema: chegar ao hotel, tomar um banho e... vestir a mesma roupa para sair correndo para a première do seriado. Como foi a primeira vez, o desespero era grande, pois eu ainda tinha uma semana de nevasca para enfrentar em Nova York depois. Felizmente, a mala foi entregue à noite no hotel, e não morri de frio.
Com que roupa eu vou?
Da segunda vez, já fui esperando o pior. Mas, quando peguei minha mala no LAX, respirei aliviado. Porém, esqueci que havia o voo de volta, com conexão em Atlanta e destino final em Brasília. Chegando à capital brasileira, surpresa desagradável: nem sinal da minha bagagem. Demorei uma hora para preencher um formulário amarelo descrevendo a minha mala, e a Delta demorou três dias para me devolvê-la no hotel.
Gastei mais de R$ 100 em roupas, para não ter que ir nu a um congresso da Unesco. Liguei para o seguro de viagem que eu havia contratado, mas eles explicaram que só cobriam gastos no exterior. E ficou por isso mesmo...
Que a justiça seja feita
Na terceira vez, imaginava, resignado, que minha mala poderia ser extraviada. Um voo da Taca com conexão em Lima, no Peru, e outro da American Airlines para LA, operado pela LAN - não tinha como dar certo. Quando cheguei ao LAX, e disseram que minha mala não chegara, quase puxei aquele cartaz: "eu já sabia". O que eu não sabia é que só a veria de novo naquele mesmo aeroporto, no voo de volta. Até lá, foram cinco dias de muita enrolação e pouca informação.
Escolado, levei duas mudas de roupa na mochila, comprei outras duas, além de artigos de higiene pessoal. Mas os responsáveis só ressarciriam gastos até US$ 70. O resto estou tentando reaver na Justiça para tentar compensar, em parte, o tempo perdido, o desgaste e o constrangimento por que passei ao sair de um hotel cinco estrelas com dois sacos plásticos de roupas sujas nos braços.
Fonte: Lauro Neto (Boa Viagem/O Globo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário