A aviação agrícola e a de instrução são as que mais preocupam os técnicos em segurança operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A primeira apresentou expressivo aumento no número absoluto de acidentes, passando de 12, em 2006, para 23, em 2008 - crescimento de 91,6%.
A segunda ampliou a participação em relação ao total de acidentes aéreos no País - de 4%, em 1999, para 13%, no ano passado, o mais elevado no período entre 1999 e 2008. Em ambos os setores, a tendência observada pelo relatório da Anac é de alta.
A agência usou dois indicadores - um extraído do Ministério da Agricultura e outro de seu próprio banco de dados - para analisar o comportamento dessas atividades ao longo dos anos. Os números absolutos de acidentes na aviação agrícola, por exemplo, foram comparados por milhão de hectares plantados. A taxa, que em 2006 ficava em torno de 1,5, saltou para 2,5 no ano passado. O índice de fatalidades, porém, se mantém estável desde 2004. Para o gerente-geral de Pesquisa e Análise em Segurança Operacional da Anac, Ricardo Senra, uma das explicações para o aumento está na maior notificação das ocorrências.
"Antigamente, os donos de aviões agrícolas podiam deixar de comunicar um acidente e a chance de serem descobertos era mínima", assinala Senra. "O risco hoje é muito maior, pois, com um celular ou uma câmera digital, alguém pode fotografar ou filmar o acidente e repassar para os órgãos de investigação." Também não se pode desprezar o fato de, por atuar nos rincões do País, o setor estar menos exposto à fiscalização, o que abre brechas para irregularidades - desde voos "piratas", sem as autorizações exigidas, até a montagem de aeronaves adaptadas para pulverizar agrotóxicos na lavoura.
O diagnóstico sobre os voos de instrução também é preocupante. O estudo da Anac atribui o crescimento dos acidentes no setor, entre outros fatores, ao "sucateamento da frota dos aeroclubes e deficiências no processo de instrução". Também registra um aumento das aeronaves usadas em aulas em relação à frota total em operação no País - de 10%, em 2005, para 15,3% em 2008, ano em que ocorreram 16 acidentes. Dados do Cenipa mostram que as ocorrências com aviões de instrução se concentram na Região Metropolitana de São Paulo e no interior do Estado, redutos das escolas de aviação.
Fonte: Agência Estado via iG
A segunda ampliou a participação em relação ao total de acidentes aéreos no País - de 4%, em 1999, para 13%, no ano passado, o mais elevado no período entre 1999 e 2008. Em ambos os setores, a tendência observada pelo relatório da Anac é de alta.
A agência usou dois indicadores - um extraído do Ministério da Agricultura e outro de seu próprio banco de dados - para analisar o comportamento dessas atividades ao longo dos anos. Os números absolutos de acidentes na aviação agrícola, por exemplo, foram comparados por milhão de hectares plantados. A taxa, que em 2006 ficava em torno de 1,5, saltou para 2,5 no ano passado. O índice de fatalidades, porém, se mantém estável desde 2004. Para o gerente-geral de Pesquisa e Análise em Segurança Operacional da Anac, Ricardo Senra, uma das explicações para o aumento está na maior notificação das ocorrências.
"Antigamente, os donos de aviões agrícolas podiam deixar de comunicar um acidente e a chance de serem descobertos era mínima", assinala Senra. "O risco hoje é muito maior, pois, com um celular ou uma câmera digital, alguém pode fotografar ou filmar o acidente e repassar para os órgãos de investigação." Também não se pode desprezar o fato de, por atuar nos rincões do País, o setor estar menos exposto à fiscalização, o que abre brechas para irregularidades - desde voos "piratas", sem as autorizações exigidas, até a montagem de aeronaves adaptadas para pulverizar agrotóxicos na lavoura.
O diagnóstico sobre os voos de instrução também é preocupante. O estudo da Anac atribui o crescimento dos acidentes no setor, entre outros fatores, ao "sucateamento da frota dos aeroclubes e deficiências no processo de instrução". Também registra um aumento das aeronaves usadas em aulas em relação à frota total em operação no País - de 10%, em 2005, para 15,3% em 2008, ano em que ocorreram 16 acidentes. Dados do Cenipa mostram que as ocorrências com aviões de instrução se concentram na Região Metropolitana de São Paulo e no interior do Estado, redutos das escolas de aviação.
Fonte: Agência Estado via iG
Um comentário:
Me admiro muito da ANAC vir com estes numeros fajutos, e ainda logo agora, em que ela desarma toda a estrutura de prevenção de acidentes para a aviação com um arremedo de Programa de Prevenção de Acidentes em que entrega a prevenção nas mãos das empresas. Cada uma sabe de si e vai ser um Deus nos acuda. O tempo dirá.
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