Familiares dos ocupantes brasileiros do voo AF 447, que caiu com 228 pessoas a bordo no oceano Atlântico, cobraram do governo agilidade para a liberação das declarações de óbito das vítimas. Em entrevista concedida nesta segunda-feira no Rio, Nelson Faria Marinho, 66, pai do mecânico de engrenagens Marinho Filho, 40, que embarcou no avião da Air France, fez um apelo ao ministro Tarso Genro (Justiça).
Leia a cobertura completa sobre o voo AF 447
"Eu faço um apelo ao ministro Tarso Genro, que vá se preparando para nos facilitar na documentação [declaração de óbito] porque a legislação brasileira é muito morosa e complicada, e isso nós vamos precisar tão logo seja terminado esse trabalho de recolhimento [dos corpos]", afirmou Marinho.
Até esta segunda-feira, 24 corpos haviam sido resgatados pela Marinha e Aeronáutica.
De acordo com o Marteen Van Sluijs, irmão da passageira Adriana Francisca Van Sluijs, com o recolhimento dos corpos, a angustia de muitas famílias agora é em reconhecer as vítimas.
"Para alguns familiares a angustia maior é a identificação dos corpos. E para outros, como eu, é esclarecer o que aconteceu de fato sobre o avião", disse.
Críticas
Na entrevista, os parentes das vítimas do voo também criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ainda não ter visitado pessoalmente as famílias atingidas pela tragédia.
"O presidente [Nicolas] Sarkozy [da França] foi direto ao aeroporto do país. A gente entende que o nosso presidente estava em viagem oficial [quando ocorreu o acidente], mas estamos esperando receber a solidariedade dele, além de ações efetivas que possibilitem desburocratizar todo o processo", afirmou Marteen.
"Acho que deveria haver um pouco mais de humanidade [ao presidente Lula]. Deveriam dar mais apoio para nós", disse, a aposentada Maria Eva Marinho, 60, mãe de Marinho, muito abalada.
Em seu programa semanal de rádio "Café com Presidente", o presidente Lula afirmou que vai manter o esforço para localizar todos os ocupantes do Airbus da Air France.
"O governo vai continuar fazendo o esforço, através da Marinha, através da Aeronáutica, para que a gente possa encontrar, se possível, todos os corpos, porque nós sabemos o que significa para uma família receber o seu ente querido desaparecido. Por isso, nós vamos fazer todo o esforço que estiver ao nosso alcance, com a Aeronáutica, com a Marinha, para encontrarmos, sabe, tudo que foi possível encontrar. E, principalmente, os corpos, porque, nesse momento de dor, não vai resolver o problema, mas já é um conforto imenso para a família, sabe, saber que está enterrando o seu ente querido", disse Lula. A assessoria da Presidência da República afirmou que não irá comentar as críticas.
Fonte: Diana Brito (Folha Online)
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"Eu faço um apelo ao ministro Tarso Genro, que vá se preparando para nos facilitar na documentação [declaração de óbito] porque a legislação brasileira é muito morosa e complicada, e isso nós vamos precisar tão logo seja terminado esse trabalho de recolhimento [dos corpos]", afirmou Marinho.
Até esta segunda-feira, 24 corpos haviam sido resgatados pela Marinha e Aeronáutica.
De acordo com o Marteen Van Sluijs, irmão da passageira Adriana Francisca Van Sluijs, com o recolhimento dos corpos, a angustia de muitas famílias agora é em reconhecer as vítimas.
"Para alguns familiares a angustia maior é a identificação dos corpos. E para outros, como eu, é esclarecer o que aconteceu de fato sobre o avião", disse.
Críticas
Na entrevista, os parentes das vítimas do voo também criticaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ainda não ter visitado pessoalmente as famílias atingidas pela tragédia.
"O presidente [Nicolas] Sarkozy [da França] foi direto ao aeroporto do país. A gente entende que o nosso presidente estava em viagem oficial [quando ocorreu o acidente], mas estamos esperando receber a solidariedade dele, além de ações efetivas que possibilitem desburocratizar todo o processo", afirmou Marteen.
"Acho que deveria haver um pouco mais de humanidade [ao presidente Lula]. Deveriam dar mais apoio para nós", disse, a aposentada Maria Eva Marinho, 60, mãe de Marinho, muito abalada.
Em seu programa semanal de rádio "Café com Presidente", o presidente Lula afirmou que vai manter o esforço para localizar todos os ocupantes do Airbus da Air France.
"O governo vai continuar fazendo o esforço, através da Marinha, através da Aeronáutica, para que a gente possa encontrar, se possível, todos os corpos, porque nós sabemos o que significa para uma família receber o seu ente querido desaparecido. Por isso, nós vamos fazer todo o esforço que estiver ao nosso alcance, com a Aeronáutica, com a Marinha, para encontrarmos, sabe, tudo que foi possível encontrar. E, principalmente, os corpos, porque, nesse momento de dor, não vai resolver o problema, mas já é um conforto imenso para a família, sabe, saber que está enterrando o seu ente querido", disse Lula. A assessoria da Presidência da República afirmou que não irá comentar as críticas.
Fonte: Diana Brito (Folha Online)
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