domingo, 26 de março de 2023

Hoje na História: 26 de março de 1992 - O protótipo do avião Saab 2000 voa pela primeira vez

Apesar do enorme sucesso do Saab 340, apenas 63 Saab 2000 foram construídos.


Em 26 de março de 1992, o protótipo do Saab 2000 subia aos céus pela primeira vez. Construído na fábrica de aeronaves da Saab em Linköping, no sul da Suécia, o bimotor Saab 2000 está em serviço há 31 anos. Para ver como surgiu o Saab 2000, você precisa olhar para o início dos anos 1970, quando a Saab começou a pensar em aeronaves comerciais e não apenas em jatos militares.

A Saab estava convencida de que havia um mercado para aeronaves regionais de curta distância que poderiam transportar cerca de 30 passageiros. Em vez de equipar os aviões com motores a jato, a Saab optou por usar turboélices, pois eram muito mais baratos de operar. Em parceria com a fabricante de aeronaves americana Fairchild, a Saab criou o Saab-Fairchild 340. Em 1985, após ter feito 40 aviões, a Fairchild decidiu sair do negócio de aviação, deixando o projeto nas mãos da Saab.

A Saab decidiu construir um Saab 340 maior


Seguindo a popularidade do Saab 340 com as companhias aéreas, a empresa sueca decidiu capitalizar o sucesso do 340 construindo uma versão estendida de 50 assentos do avião que chamaria de Saab 2000. Com pedidos firmes de 46 aeronaves e mais 147 opções, o Saab 2000 voou pela primeira vez em 26 de março de 1992 antes de entrar em serviço com a companhia aérea suíça Crossair em setembro de 1994.

O Saab 2000 podia transportar entre 50 e 58 passageiros (Foto: Saab)
As companhias aéreas regionais compraram o Saab 2000 para transportar passageiros de aeroportos regionais menores para hubs mais significativos que tinham voos internacionais de longa distância. As companhias aéreas regionais também usariam o Saab 2000 em rotas ponto a ponto para aeroportos menores, onde a demanda de passageiros era alta. A Saab também vendeu o Saab 2000 para a Força Aérea do Paquistão, que o equipou com o radar Saab-Ericcson Erieye para ser usado como aeronave de alerta e controle antecipado.

Novos jatos Bombardier e Embraer mataram o Saab 2000


Apesar do entusiasmo inicial e do fato de a Crossair ter apostado alto no avião, as vendas foram prejudicadas com a chegada do Bombardier CRJ e Embraer ERJ 145. Os jatos regionais CRJ e Embraer ofereciam melhor desempenho e conforto aos passageiros e eram vendidos por cerca de mesmo preço que o Saab.

Um Saab 2000 sendo usado como aeronave de patrulha pela Guarda Costeira sueca (Foto: Saab)
O último avião foi entregue à Crossair em abril de 1999, encerrando a produção do Saab 2000 em 63 aeronaves. À medida que as companhias aéreas começaram a substituir o Saab 2000 por jatos, eles se tornaram populares entre as companhias aéreas de carga. Pegando-os de forma relativamente barata, as companhias aéreas de carga pagariam para remover os assentos e usar o Saab 2000 como transportador de carga.

Os Saab 2000 de segunda mão também se tornaram populares entre empresas e particulares. Várias equipes da NASCAR usaram os aviões para transportar suas equipes para corridas de stock car, pois provou ser uma opção mais barata do que fretar um jato particular.

Características gerais do Saab 2000:
  • Tripulação: Dois
  • Capacidade: 50-58 passageiros
  • Comprimento: 89 pés 6 pol
  • Envergadura: 81 pés 3 pol
  • Altura: 25 pés 4 pol
  • Área da asa: 600 pés quadrados
  • Peso vazio: 30.424 lb
  • Peso máximo de decolagem: 50.265 libras
  • Motor: 2 × motores turboélice Rolls-Royce AE 2100P
  • Hélices: Hélices Dowty de 6 lâminas
  • Velocidade de cruzeiro: 413 mph
  • Alcance: 1.549 NM
  • Teto de serviço: 31.000 pés
  • Taxa de subida: 2.240 pés/min

Dez Saab 2000s estão listados como ativos


Olhando para as informações fornecidas pelas estatísticas da aviação e pelo site de dados ch-aviation, podemos ver que de todas as aeronaves Saab 2000 construídas, apenas dez aeronaves estão listadas como ainda em atividade. Dos dez aviões, quatro pertencem à Força Aérea do Paquistão, com os demais pertencentes à Meregrass e à NYXAIR.

A Meregrass é uma empresa de fretamento aéreo com sede no Texas, com três Saab 2000 listados como ativos, enquanto a NYXair é uma empresa de fretamento aéreo que opera na Estônia e na Finlândia. Dos seus Saab 2000, quatro estão listados como ativos.

Avião de pequeno porte faz pouso forçado em rio de Roraima

Imagens que mostram o momento em que a aeronave faz o pouso viralizaram nas redes sociais.


O avião de pequeno porte Piper PA-34-180, prefixo PR-FDL, fez um pouso forçado na tarde deste sábado (25), no rio Cauamé, próximo ao banho do Curupira, no bairro Paraviana. Havia quatro adultos e duas crianças na aeronave. Ninguém ficou ferido. Confira o vídeo ao final da reportagem.

O Corpo de Bombeiros Militar de Roraima disse ter sido chamado às 16h18 para atender a ocorrência e deslocou imediatamente a equipe de salvamento para o local.

A corporação informou ter realizado o auxilio no transporte das vítimas para a margem seca do rio e os tripulantes da aeronave não precisaram de atendimento médico.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que a aeronave faz o pouso forçado. O piloto pergunta: “todo mundo de cinto?”. Pouco antes do pouso, é possível ver banhistas andando nas águas. A passageira grita após o pouso e mostra com a mão direita para exibir o quão nervosa estava.


Via FolhaBV e ANAC

Avião invade espaço aéreo de Campinas e paralisa operações do Aeroporto de Viracopos; confira o momento

Aeroporto de Viracopos, em cena da câmera ao vivo disponibilizada abaixo
(Imagem ilustrativa – Fonte: canal Golf Oscar Romeo)
A manhã deste sábado, 25 de março, foi marcada por uma situação de invasão de espaço aéreo na cidade de Campinas, interior de São Paulo, paralisando, por um breve período, as operações do Aeroporto Internacional de Viracopos, um dos mais movimentados do Brasil.
Como pode ser visto no vídeo apresentado abaixo, do canal Golf Oscar Romeo no YouTube, às 08h31 da manhã o controlador de tráfego aéreo da Torre de Viracopos efetuou o seguinte chamado na frequência de comunicação:

“Papa Romeo Echo Lima Echo, Torre Campinas.”

As palavras Papa Romeo Echo Lima Echo referem-se à matrícula PR-ELE da aeronave, um avião Cirrus SR22, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro.

Sem obter resposta, às 08h33, uma nova chamada foi realizada:

“Chama às cegas para o Papa Romeo Echo Lima Echo, chama às cegas para o Papa Romeo Echo Lima Echo. Está entrando na área de Campinas no momento, próximo da vertical de Campinas. Evite a aérea do aeroporto de Campinas. Chama às cegas para o Papa Romeo Echo Lima Echo, voando na proa de Campinas. Afaste-se do aeródromo de Campinas. Operação visual, pista uno cinco. Atento.”

Instantes depois, quando um piloto da Azul Linhas Aéreas informou que estava pronto para decolagem, o controlador o informou:

“Azul dois quatro sete meia, bom dia. Mantenha o ponto de espera. Temos tráfego intruso na área do aeródromo, sem contato rádio. O controle São Paulo suspendeu as operações de decolagem momentaneamente.”

Em seguida, mais uma vez com a esperança de que o piloto do Cirrus SR22 estivesse ouvindo a frequência de controle da Torre de Campinas, o controlador voltou a alertar:

“Papa Romeo Echo Lima Echo, operações em Campinas suspensas devido a sua presença na área do aeródromo. Afaste-se do aeródromo. Chame o controle São Paulo.”

Por fim, às 08h35, o controlador voltou a falar com o piloto da aeronave da Azul, informando que “o tráfego já se afastou do aeródromo” e que estava aguardando apenas a liberação de São Paulo para a autorização da decolagem. Às 08h36, as operações voltaram ao normal no Aeroporto de Viracopos.

Acompanhe todos os detalhes no player a seguir. Não foi possível visualizar a aeronave. Coincidentemente, um balão foi visto caindo em Campinas durante o período:


Avião de pequeno porte cai no Pará e deixa um morto e quatro feridos

Aeronave com cinco pessoas caiu próximo a pista de pouso em Conceição do Araguaia.

(Foto via Correio de Carajás)
O avião particular Embraer EMB-810C Seneca II, prefixo PT-WHJ, com cinco ocupantes caiu em Conceição do Araguaia , no sudeste do Pará. Neste sábado uma das pessoas que estavam no avião. Outras quatro pessoas estão hospitalizadas..

A queda ocorreu em uma área de mata próximo da cabeceira da pista de pouso do município na tarde de sexta-feira (24), quando estaria decolando.

(Foto: Divulgação)
O acidente ocorreu próximo ao Aeroporto de Conceição do Araguaia, em uma área de mata próximo da cabeceira da pista de pouso, quando estaria decolando. Os cinco ocupantes da aeronave foram socorridos pelo Samu, com a ajuda de moradores da área.

As vítimas foram encaminhadas para o hospital regional do município. Uma delas não resistiu e morreu. O hospital não informou o estado de saúde das outras quatro pessoas.

(Foto: Divulgação)
As circunstâncias do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo I Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).


Via g1 e ASN

Avião pulverizador cai em canavial na zona rural de Uberaba (MG) e piloto fica ferido

Acidente foi registrado na tarde de sexta-feira (24). Segundo os bombeiros, piloto foi resgatado por uma ambulância da usina e levado ao Hospital de Clínicas da UFU.

Avião pulverizador cai na zona rural de Uberaba (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
O avião pulverizador Embraer EMB-202 Ipanema, prefixo PT-ULV, da Aeroceu Aviação Agricola, usado para lançar herbicidas em uma plantação de cana-de-açúcar caiu na tarde de sexta-feira (24), na zona rural de Uberaba. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto foi socorrido com vida por uma ambulância da Usina Vale do Tijuco e encaminhado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).

Conforme os bombeiros, a usina conta com duas aeronaves para realizar a pulverização na lavoura. Porém, uma delas não voltou para a base ao fim do expediente, às 17h30, o que preocupou os funcionários.


Os trabalhadores procuraram pelo avião a pé, mas não tiveram sucesso. Com isso, eles acionaram o Corpo de Bombeiros, que iniciou as buscas no início da madrugada deste sábado (25), com o apoio de drones.

Já pela manhã, a corporação foi informada que o avião havia sido encontrado pelos funcionários e o piloto foi socorrido por uma ambulância da empresa.

Conforme os militares, a vítima teve traumatismo craniano leve, fratura na perna e escoriações, além de princípio de hipotermia.

(Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
A reportagem entrou em contato com o Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para saber se a causa da queda da aeronave é apurada e espera resposta.

Via g1 ASN

Como os aviões fazem curvas durante o voo?

Um dos sentimentos mais reconhecíveis de ser um passageiro em um voo comercial é o da aeronave girando. Assim como a sensação tangível de que a fuselagem do avião começou a inclinar, a mudança do ângulo da luz que entra pelas janelas também dá uma pista visual do que está acontecendo.

Geralmente associamos tais manobras com decolagem e pouso, mas o que deve acontecer para que ocorram? E de que outra forma os pilotos podem ajustar sua direção de viagem?

Aeronaves como os Airbus A380s fazem curvas especialmente inclinadas (Foto: Vincenzo Pace)

Várias superfícies de controle


Quando no ar, os pilotos ditam as direções de um avião ajustando uma variedade de superfícies de controle. Esses são seus ailerons, lemes e elevadores. No entanto, o último deles controla a inclinação da aeronave - em outras palavras, seu ângulo de subida ou descida.

Como tal, por si só, não influencia diretamente a direção de viagem de um avião em termos de rotação da aeronave Os elevadores estão localizados na cauda da aeronave no que é conhecido como estabilizador horizontal.

Várias superfícies de controle ajudam a mover a aeronave tanto vertical quanto
 lateralmente enquanto ela está em voo (Foto: Vincenzo Pace)
Enquanto isso, os ailerons e lemes desempenham um papel muito mais significativo em manter o avião apontando na direção para a qual deve seguir. Os ailerons estão situados na parte traseira das asas de uma aeronave. Estas são as superfícies de controle mais visíveis, tanto quanto o que os passageiros podem ver de dentro da cabine.

Finalmente, há o leme, que é uma parte móvel da cauda do avião. Por estar situado próximo ao estabilizador vertical da aeronave, pode ser fácil confundir os dois. No entanto, como veremos, há uma diferença crucial entre os dois em termos de suas funções.

O que os ailerons fazem?


Como estabelecemos, os ailerons são a superfície de controle mais visualmente visível da perspectiva do passageiro. Os movimentos que eles permitem que uma aeronave faça também estão entre os mais óbvios em termos do que os passageiros podem sentir de forma tangível.

Os ailerons estão localizados na parte traseira das asas de uma aeronave. Os pilotos
usam isso para ajustar o ângulo de rotação do avião (Foto: Jake Hardiman)
O papel dos ailerons é elevar e abaixar as asas da aeronave. Os pilotos ajustam essas superfícies com uma roda de controle. Eles servem para alterar o ângulo de rotação da aeronave. Conforme relata a NASA, “girar a roda de controle no sentido horário aumenta o aileron direito e abaixa o aileron esquerdo, que faz a aeronave girar para a direita”.

Claro, o mesmo é verdade na direção oposta. Isso quer dizer que girar a roda de controle no sentido anti-horário acaba rolando a aeronave para a esquerda. Essas manobras são conhecidas como curvas em curva e servem para mudar a direção do avião. Curiosamente, os lemes, que exploraremos mais adiante em breve, também desempenham um papel nas curvas inclinadas. 

A NASA afirma que: “O leme é usado durante a curva para coordenar a curva, ou seja, para manter o nariz da aeronave apontado ao longo da trajetória de voo. Se o leme não for usado, pode-se encontrar uma guinada adversa em que o arrasto na asa externa afasta o nariz da aeronave da trajetória de voo.”

Ao tirar fotos de aeronaves que partem, você pode frequentemente encontrá-los
inclinando-se para longe do aeroporto (Foto: Vincenzo Pace)

Como funcionam os lemes?


O leme de uma aeronave controla o que é conhecido como guinada. Este termo se refere ao movimento lateral em torno de um eixo vertical, que inclina a aeronave para a esquerda ou direita sem ajustar seu ângulo de rolamento. 

Os pilotos controlam os lemes com pedais. Isso os coloca em contraste com os ailerons, que, como estabelecemos, são operados com uma roda de controle. Em aeronaves maiores, como o Boeing 747, o leme consiste em duas superfícies de controle móveis.

Esses pedais estão ligados a uma série de sistemas hidráulicos que ajustam o leme em correspondência com a pressão dos pés do piloto. Isso significa que, quando o piloto pressiona um determinado pedal de leme, a aeronave vai guinar naquela direção. De acordo com o Aviation Stack Exchange, isso permite maior precisão do que se fosse operado eletronicamente, por controles computadorizados.

Conforme mencionado anteriormente, às vezes você pode acidentalmente confundir o leme de uma aeronave com seu estabilizador vertical. Afinal, esses componentes são encontrados na parte traseira de uma aeronave.

O Boeing 747 possui um leme de duas partes. Você pode quase ver onde ele se
 divide no 'V' da marca Virgin Atlantic em sua cauda (Foto: Jake Hardiman)
No entanto, há uma diferença fundamental que ajuda a diferenciar suas funções. Embora o leme seja uma superfície móvel que fornece controle de guinada, o estabilizador vertical permanece estático. Sua função, relatórios do Aviation Stack Exchange, é fornecer estabilidade de guinada. O leme permite que a aeronave deslize lateralmente quando você quiser; o estabilizador vertical evita que ele deslize para o lado quando você não quiser.

Crucial em ventos laterais


Os lemes são um componente particularmente vital quando se trata de pousar aeronaves em condições de vento cruzado. Isso ocorre porque a aeronave se aproxima de uma pista em um ângulo para mitigar os efeitos do vento cruzado.

Um A320 fazendo uma aproximação de 'caranguejo' no Aeroporto de Palma de Mallorca (PMI),
na Espanha (Foto: Javier Rodríguez via Flickr)
Visualmente, às vezes pode parecer que o avião está quase voando de lado. Como tal, essa manobra é conhecida como 'caranguejo', já que essas criaturas crustáceos também são conhecidas por andar de lado. Suas pernas rígidas e articuladas significam que é mais fácil e rápido para eles viajarem assim.

Ao realizar tal pouso, o leme desempenha um papel crucial em trazer a aeronave para fora do caranguejo. Pouco antes do flare de pouso, o piloto aplicará o leme na direção que alinha a aeronave com a pista. 

Simultaneamente, eles usarão o aileron oposto para manter as asas niveladas. Isso garante que todos os aspectos da aeronave estejam corretamente alinhados com a pista no toque. Isso permite que pousos seguros ocorram em meio aos ventos laterais mais fortes.

Aço no céu: afinal, aviões mais 'duros' evitariam mortes em acidentes?

Foto de arquivo mostra um boeing 737 MAX da American Airlines pousando no
aeroporto de La Guardia, em Nova York (Imagem: Shannon Stapleton/Reuters)
Na última segunda-feira (21), um avião Boeing 737-800 sofreu um acidente no sul da China, deixando todos os seus ocupantes mortos. A situação levantou uma dúvida: será que se as aeronaves fossem construídas com materiais mais resistentes, haveria a chance de haver sobreviventes?

Primeiramente, é importante ressaltar que as características do acidente no qual a aeronave da China Eastern Airlines se envolveu foram atípicas e, particularmente extremas, com o avião despencando praticamente na vertical em direção ao solo. Não se tratou, portanto, de um pouso emergencial ou forçado que deu errado ou algo do tipo: a situação em questão, por si só, já praticamente zera a chance de alguém sobreviver.

De qualquer maneira, segundo especialistas consultados por Tilt, as técnicas atuais de construção de aeronaves já tornam elas seguras e resistentes.

"Os materiais mais usados na construção de estrutura e fuselagem de aeronaves comerciais, como o Boeing 737, são perfis e chapas de diferentes ligas de alumínio, por vezes chamadas de 'alumínio aeronáutico'", explica Rodrigo Magnabosco, professor do departamento de engenharia de materiais do Centro Universitário FEI.

Ele acrescenta que, em alguns casos, também se usam materiais compósitos, sendo que os de matriz polimérica (como epóxi e PEEK ou PPS, nos projetos mais modernos) são reforçados com fibras de carbono, o que contribui para essa resistência.

Materiais do tipo atendem às principais exigências para a construção de uma aeronave: proporcionar uma estrutura rígida e resistente que mantenha a forma no ar e suporte os esforços decorrentes do voo ao mesmo tempo que seja leve.

"Alumínio é um material extremamente leve e resistente. Quanto mais leve, melhor para a aviação. O custo acaba sendo secundário neste ponto, tanto que alguns aviões usam até titânio, que é um material muito resistente a altas temperaturas e bem mais caro do que o alumínio", acrescenta Lito Sousa, especialista em segurança da aviação, ex-mecânico de aeronaves e responsável pelo canal Aviões e Músicas no YouTube.

E se os aviões fossem mais "duros"?


É incorreto pensar que se os aviões fossem feitos de materiais mais "duros", como o aço, as consequências de acidentes aéreos seriam menores. Adotar tais materiais acarretaria em aeronaves mais pesadas e com capacidade de voo comprometida.

"Como são construídos hoje, os aviões são até melhores em amortecer impactos do que veículos", diz Sousa. Outro ponto a ser considerado é que, mesmo se os aviões ficassem intactos após acidentes, isso não significaria que seus ocupantes sairiam ilesos.

O motivo para tal é que o maior problema em situações do tipo é a desaceleração súbita, que causa danos consideráveis — e potencialmente fatais — aos órgãos do corpo.

Mesmo em situações como um pouso forçado, uma suposta resistência adicional não evitaria que a desaceleração súbita fosse o maior fator de risco para os ocupantes. Aqui, é importante diferenciar pouso de emergência de pouso forçado.

"O termo pouso de emergência significa que o piloto está solicitando uma prioridade para o pouso, não que o avião, necessariamente, tenha um problema técnico urgente", explica Sousa.

O que ocorre nesses casos é que o avião acaba "furando a fila" de prioridade dos aeroportos para pouso. É uma situação que pode ocorrer por diversos motivos, como um passageiro passando mal ou problemas técnicos. E, mesmo no caso de problemas técnicos, nem sempre há necessidade de um pouso imediato.

"Um exemplo é quando, durante a decolagem, o avião perde algum motor devido à ingestão de um pássaro. Neste caso, especialmente quando os voos são mais longos, o procedimento mais comum é o avião ficar voando ao redor do aeroporto por meia hora ou 45 minutos para fazer o alijamento de combustível [ato de se liberar no ar combustível dos tanques], diminuir seu peso e conseguir pousar com segurança", aponta Sousa.

Ele complementa dizendo que situações do tipo são relativamente comuns e ocorrem de quatro a cinco vezes por dia em todo o mundo.

Já um pouso forçado também é uma situação de emergência, só que envolve contextos mais críticos, como problemas no trem de pouso, danos mais severos no avião e aterrissagem em superfícies inadequadas, como na água.

E, mesmo em casos assim, o uso de materiais mais resistentes em nada influenciaria, segundo os entrevistados. Da mesma forma, a percepção de que aviões de pequeno porte tendem a resistir melhor a esse tipo de situação acaba sendo errada.

"Tantos aviões comerciais quanto os de pequeno porte têm projetos similares de engenharia para pousarem de barriga e há uma série de procedimentos que os pilotos realizam nessas situações. Além disso, não há qualquer estudo estatístico que aponte que o porte da aeronave influencia no resultado dessas ocorrências", conclui Sousa.

Via Rodrigo Lara (Tilt/UOL)

Restos mortais de piloto da 2ª Guerra são encontrados 80 anos depois

Americano William B. Montgomery voava de volta à Inglaterra quando avião foi atingido por projétil alemão.

Restos mortais de piloto britânico William B. Montgomery, morto na Segunda Guerra,
são encontrados (Foto: Defense POW/MIA Accounting Agency)
O piloto americano sentiu seu avião estremecer no céu perto da costa de West Sussex, na Inglaterra. Era 22 de junho de 1944. A praia brilhava lá embaixo, e à sua frente se estendia um pasto verde.

Ele e nove outros tripulantes a bordo do B-24 Liberator acabavam de ser sacudidos por um explosivo disparado por um avião alemão. O projétil rasgou o metal da aeronave, colocando o piloto, tenente William B. Montgomery, em desespero enquanto tentava voar de volta de Paris à sua base na Inglaterra.

O piloto do Exército americano tinha 24 anos e era conhecido em sua cidade —Ford City, Pensilvânia— como jogador de futebol americano que gostava de usar o anel de ouro de sua fraternidade universitária. Ele parecia saber que o esforço seria inútil. Segundo historiadores, manteve o avião voando em West Sussex para que seus colegas pudessem saltar de paraquedas. Sete deles o fizeram e sobreviveram.

Montgomery e dois outros permaneceram no avião, que caiu num campo agrícola, abrindo uma cratera incandescente que soterrou partes da aeronave e restos humanos numa profundidade de cerca de seis metros. Eles acabaram sendo incluídos na conta dos mortos da Segunda Guerra Mundial.

Por oito décadas as autoridades classificaram os restos mortais de Montgomery como irrecuperáveis. Mas este mês, após uma trajetória que abrangeu gerações e envolveu exames de DNA e pistas vagas dadas por agricultores, uma agência do Departamento de Defesa anunciou ter identificado os restos do tenente. Montgomery será sepultado no Cemitério Nacional de Arlington, numa cerimônia que contará com a presença de um sobrinho septuagenário que recebeu o nome do piloto.

O piloto do Exército, William B. Montgomery, tinha 24 anos na época em que seu
avião caiu na Inglaterra (Foto: DPAA via The New York Times)
“Fiquei tão emocionado”, disse o William Montgomery mais jovem, que tem 76 anos e vive em Roswell, na Georgia, falando do momento em que foi informado da descoberta. “Cheguei a derramar lágrimas.”

O xará do tenente ouviu histórias sobre seu tio contadas por seu pai, Thomas Braden Montgomery, morto em 2010, sobre como Montgomery salvou a vida de sete homens na Europa no meio de uma batalha épica contra as potências do Eixo. Como ele tinha sido capitão do time de futebol americano e da equipe de atletismo no Washington & Jefferson College. E de como esse rapaz de quase 1,80 metro e 86 quilos se tornara um piloto forte, capaz de pilotar aeronaves imensas como o B-24, cujo peso podia passar de 24 toneladas.

“Imagino que as famílias daqueles sete militares ficaram muito felizes por meu tio ser um ótimo piloto”, comenta Montgomery.

O escritor britânico Andy Saunders, estudioso da história da aviação, tentou durante anos determinar onde estavam os restos mortais de Montgomery. Em 1974, ele começou a investigar a perda de uma aeronave, possivelmente envolvendo um B-24 americano que poderia ter caído nas proximidades de Arundel, cidade perto do Canal da Mancha com cerca de 3.000 habitantes.

Um dos trabalhadores de uma fazenda nas proximidades administrada por um morador local chamado John Seller disse a Saunders em 1974 que, durante a guerra, havia ido ao local do acidente e recolhido uma pulseira com o nome Montgomery. Ela foi entregue às autoridades na época, e não se sabe o que foi feito dela desde então.

Seller compartilhou com Saunders em 1974 que, por volta das 21h do dia 22 de junho de 1944, quando era garoto e estava se preparando para ir dormir, ouviu “o grito lancinante de um avião num mergulho vertical”, segundo anotações feitas na época por Saunders.

Saunders pediu à Agência de Pesquisas Históricas da Força Aérea um relatório sobre o acidente. O material documentou detalhadamente as ações de Montgomery naquele dia, por meio de relatos na primeira pessoa de membros sobreviventes da tripulação. Também identificou os dois outros tripulantes que permaneceram no avião e morreram naquele dia: John C. Crowther, oficial de voo cujo corpo foi encontrado a metros do local da queda, e sargento John Holoka Jr., cujos restos mortais ainda não foram identificados.

A tripulação tinha sido enviada para bombardear uma pista de pouso próxima ao Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, que estava sob ocupação alemã. Mas o avião foi atingido por disparos antiaéreos. Eles fugiram para West Sussex, onde sete dos tripulantes saltaram de paraquedas, segundo o relatório.


O piloto William B. Montgomery, na primeira fila, o segundo homem da direita, com outros membros das Forças Aéreas do Exército dos EUA Foto: DPAA via The New York Times

“Quando saltei do avião e meu paraquedas abriu, eu vi o avião. E, uns 30 segundos depois ou até menos, ele iniciou um mergulho vertical e se chocou contra o solo”, disse o segunto tenente Herbert K. King. Outro tripulante, o segundo tenente D.M. Henderson, contou que eles estavam perto da costa inglesa “quando chegou a ordem pelo interfone: preparem-se para saltar”.

Saunders disse que por décadas procurou convencer a agência do Departamento de Defesa responsável por localizar militares desaparecidos em ação ou prisioneiros de guerra a investigar o local do acidente.

Finalmente, uma vez em 2019 e novamente em 2021, a agência enviou equipes ao local e submeteu a exames de DNA alguns fragmentos de ossos encontrados a metros debaixo da superfície, que mesmo décadas mais tarde ainda cheiravam a fluido hidráulico, conta o pesquisador de história militar Mark Khan.

Os fragmentos eram “muito insubstanciais”, diz Khan, que auxiliou a equipe arqueológica, com a exceção de um dente e de uma bota dentro da qual haviam ossos preservados de um pé, que pode ter sido de Montgomery ou de Holoka.

Foram encontrados outros objetos, incluindo uma pulseira que provavelmente era de Holoka e o anel da fraternidade universitária Phi Kappa Psi que Montgomery usava.

Foi esse objeto que o sobrinho do tenente viu quando um oficial da base militar Fort Benning, na Georgia, foi à sua casa para discutir os arranjos para o funeral. O anel estava amassado, e seu brilho dourado original adquirira uma aparência de um objeto antigo de latão.

Montgomery o tirou do saquinho lacrado em que estava e olhou uma foto de seu tio sorrindo com seus tripulantes. Olhou mais de perto. Viu que havia uma faixa escura no dedo de seu tio. “É o anel.”

Via Estadão

sábado, 25 de março de 2023

Sessão de Sábado: Filme "Fogo Acima - Ataque Veloz" (Dublado)


Nos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial, um comboio internacional de 37 navios aliados, liderados pelo capitão Ernest Krause em seu primeiro comando de um destroier americano, cruza o Atlântico Norte enquanto perseguido por submarinos nazistas.

("Greyhound Attack", EUA, 2019, 80 minutos, Ação, Dublado)

Aconteceu em 25 de março de 2005: Acidente com o voo 9955 da West Caribbean Airways na Colômbia


Em 25 de março de 2005, 
Let L-410UVP-E, prefixo HK-4146, da West Caribbean Airways (foto abaixo), estava programado para realizar o voo 9955, um voo programado entre a Isla de Providencia e a Ilha de San Andrés, ambas na Colômbia, levando a bordo 12 passageiros e dois tripulantes.


A aeronave havia acabado de decolar do Aeroporto El Embrujo às 9h50, quando o motor esquerdo entrou em pane. A tripulação continuou com a decolagem, mas a velocidade da aeronave diminuiu rapidamente. 

O avião então inclinou perigosamente muito para a direita e estolou. A aeronave caiu em uma floresta de mangue, localizada a apenas 113 metros (371 pés) da pista do aeroporto de origem. 

Ambos os pilotos e sete dos 12 passageiros morreram no acidente. Um passageiro inicialmente sobreviveu ao acidente, mas sucumbiu aos ferimentos logo após ser resgatado. Os sobreviventes foram levados para hospitais em San Andrés e Bogotá.


O Relatório Final do acidente apontou uma série de fatores como causa ou contribuintes para a ocorrência.

A não observância dos procedimentos descritos para falha de motor após V1, principalmente os relativos à manutenção da velocidade segura de decolagem de 84 nós, retração dos flaps, acionamento automático da alavanca do trem de pouso e uso da força de contingência. 

A operação errônea da alavanca de controle de fluxo de combustível (FCL) do motor número um, o movimento da posição aberta para a posição fechada durante a cadeia de eventos, que deixou o avião e o uso inadequado da alavanca de controle de fluxo de combustível (FCL) do motor número dois, para trazê-lo para a posição MAX NG na tentativa de obter desempenho do motor. 


Manter uma atitude do avião na decolagem após a falha do motor número 2 com consequente redução da velocidade e manutenção da aeronave em atitude de subida, após corte do motor, que veio em velocidade de estol e a consequente falta de controle da aeronave. 

A falha do motor por motivos indeterminados durante a rolagem de decolagem, após V1, obrigou a tripulação a realizar uma série de procedimentos de emergência para lidar com a falha e continuar com a subida inicial. 

A ausência ou falha de gerenciamento de recursos entre os membros da tripulação de voo durante a sequência de eventos. A redução imensurável da consciência situacional da tripulação em decorrência da situação financeira da empresa e do divórcio em que esteve envolvido o Comandante da aeronave. 


Este acidente piorou ainda mais a situação já crítica que enfrentava a West Caribbean Airways. Apenas 5 meses depois, a companhia aérea sofreu outro acidente fatal e ainda mais mortal quando, em 16 de agosto de 2005, o voo 708, um McDonnell Douglas MD-82, caiu na Venezuela matando todas as 160 pessoas a bordo. A companhia aérea encerrou as operações em outubro do mesmo ano.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com

Aconteceu em 25 de março de 1978: 48 mortos em acidente com Fokker F-27 da Burma Airways na antiga Birmânia


Em 25 de março de 1978, o
Fokker F-27 Friendship 200, prefixo XY-ADK, da Burma Airways (foto acima), partiu para realizar o voo doméstico entre o Aeroporto Yangon-Mingaladon e o Aeroporto de Myitkyina, ambos em Mianmar (antiga Birmânia), levando a bordo 44 passageiros e quatro tripulantes.

Após a decolagem do aeroporto de Yangon-Mingaladon, o avião bimotor encontrou dificuldades para ganhar altura. Ele atingiu o topo de árvores localizadas a cerca de 150 metros do final da pista, estagnou e se espatifou nas chamas em uma área arborizada.

A aeronave foi totalmente destruída e todos os 48 ocupantes morreram, entre eles sete alemães, seis japoneses, dois franceses, dois suíços, dois australianos e um britânico.

A agência AP disse que o turboélice Fokker Friendship 27 "pegou fogo no ar" e caiu a sudeste de Pagan, uma cidade cujos antigos templos budistas atraem muitos turistas estrangeiros. Pagan tem cerca de 5.000 residentes. Encontra-se em um terreno plano na margem leste do rio Irrawaddy, que atravessa a maior parte da Birmânia. A cidade e os arredores têm centenas de templos construídos durante os séculos 11 e 12.

O acidente aconteceu um dia depois que fontes diplomáticas relataram um aumento da proteção policial da Embaixada dos Estados Unidos em Rangoon por causa de relatos de que um grupo terrorista antiamericano havia entrado na Birmânia.

As autoridades não especulariam sobre possíveis ligações entre o acidente e terroristas, e nenhuma informação adicional estava disponível sobre a suposta chegada de terroristas.

Foi o segundo desastre da companhia aérea em menos de quatro meses. Um acidente da Burman Airways em 21 de junho matou 45 birmaneses.

Naquele acidente, um Fokker Friendship 27 atingiu uma montanha de 8.200 pés de altura minutos após a decolagem da cidade de Heho, no leste do estado de Shan, cerca de 280 milhas a nordeste de Rangoon.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN e AP

Aconteceu em 25 de março de 1937: Acidente com o voo TWA 15A em Pittsburgh

Um Douglas DC-2 da TWA similar ao avião acidentado
Em 25 de março de 1937, o Douglas DC-2-112, prefixo NC13730, da Transcontinental and Western Airways (TWA), partiu para realizar o voo 15A de Newark, em Nova Jérsei, para Pittsburgh, na Pensilvânia, com escala em Camden, Nova Jérsei. 

Após chegar em Camden, por causa das preocupações com o clima, o voo 15A foi carregado com combustível extra antes da partida para Pittsburgh. Esse combustível permitiria ao avião seguir para Columbus, Ohio, caso as condições climáticas em Pittsburgh impedissem o pouso lá. O peso do combustível extra resultou na recusa de embarque de alguns passageiros regulares. A bordo da aeronave estavam 10 passageiros e três tripulantes. 

Apesar das condições meteorológicas, o voo 15A prosseguiu normalmente. Outro avião da TWA, o voo 6 de Columbus, estava se aproximando do Aeroporto do Condado de Allegheny a uma altitude de 2.000 pés. O piloto deste voo, AM Wilkins, avistou o voo 15A bem à frente em voo nivelado a uma altitude ligeiramente mais baixa. 

O capitão Wilkins observou que o voo 15A parecia iniciar uma curva à esquerda, mas, em vez disso, iniciou uma série de espirais para a esquerda antes de se chocar contra o solo. O capitão Wilkins virou seu avião para evitar que seus passageiros vissem os destroços e notificou os funcionários do aeroporto sobre o que testemunhou.

Douglas DC-2-112, prefixo NC13730, havia caído em um barranco em Clifton, na Pensilvânia (atualmente Upper Saint Clair), um subúrbio a aproximadamente 11 km ao sul de Pittsburgh. 

O acidente ocorreu aproximadamente às 18h40, horário da costa leste dos EUA, matando todos os 13 passageiros e membros da tripulação. 


Devido ao local do acidente, várias testemunhas estiveram nas proximidades e puderam responder rapidamente à ocorrência. Essas testemunhas relataram ter encontrado uma aeronave fortemente danificada e nenhum sobrevivente. 


Os corpos das vítimas ficaram gravemente traumatizados, indicando que o avião atingiu o solo com grande força. Vários dos respondentes iniciais notaram uma camada de gelo nas superfícies de controle do DC-2. Apesar da presença de combustível, nenhum incêndio ocorreu.

Uma investigação inicial foi realizada em Pittsburgh pelo Bureau of Air Commerce. Além do testemunho do capitão Wilkins, outros pilotos relataram sua experiência com o acúmulo de gelo em seus aviões ao se aproximarem do aeroporto do condado de Allegheny na noite do acidente fatal. Várias testemunhas também relataram ter observado gelo nas asas e ailerons dos destroços do voo 15A.


Este acidente marcou o terceiro acidente fatal de um avião comercial na área de Pittsburgh dentro de um ano. Em 7 de abril de 1936, o voo 1 da TWA , também um DC-2, colidiu com a Cheat Mountain a sudeste de Pittsburgh, perto de Uniontown, com 12 mortes. 

Em 5 de setembro de 1936, um Stinson operando para a Skyways caiu perto do aeroporto do condado de Allegheny durante um voo turístico, matando 9 de 10 a bordo, incluindo o piloto. Linda McDonald, de 17 anos, foi a primeira sobrevivente conhecida de um acidente de aviação comercial.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipedia e ASN

"Turbulência severa" deixa 10 feridos num voo da TAAG entre Lisboa e Luanda

Quando sobrevoava os céus da República Democrática do Congo, um voo da TAAG foi surpreendido por forte turbulência. Dez pessoas acabaram feridas e uma recebeu primeiros socorros durante o voo.


Comida espalhada pelo chão que até chegou ao teto. Um episódio de “turbulência severa”, por conta das “condições atmosféricas adversas”, deixou, na quinta-feira (23), 10 feridos num voo da TAAG entre Luanda, em Angola, e Lisboa, em Portugal.

Em comunicado, a companhia aérea informa que o voo DT 652 Luanda-Lisboa passou uma “zona de turbulência severa” quando sobrevoava a República Democrática do Congo. Os passageiros estavam a comer no momento em que ocorreu a turbulência, o que causou o caos dentro do avisão. De acordo com o Novo Jornal e pelas imagens publicadas nas redes sociais, os carros de serviços às refeições chegaram a ser projetados no ar.


Desde que o avião descolou do aeroporto de Luanda, a turbulência foi uma constante durante a viagem, tendo apenas acalmado pouco tempo antes da chegada a Lisboa.

Dois membros da tripulação e oito passageiros ficaram feridos, tendo um deles recebido os primeiros socorros dentro do avião de um médico que ia a bordo. Na chegada ao aeroporto Humberto Delgado, a TAAG indicou que estavam à espera dos passageiros uma ambulância e uma “equipa médica”, que observou os passageiros. Nenhum ficou ferido com gravidade.

No comunicado, a TAAG garante que “irá continuar a acompanhar estas situações, estando internamente a levantar relatórios de segurança e planos de contingência para os voos condicionados devido as condições meteorológicas sinalizadas”.

Via Observador (Portugal)

Câmera a bordo mostra planador colidindo com casa logo após a decolagem na Índia

O planador decolou da pista de pouso de Barwadda, em Dhanbad, na Índia, e colidiu com a casa a cerca de 500 metros.


Na quinta-feira (23), o planador Pipistrel Sinus 912, prefixo VT-GDI, de propriedade do Jharkhand Flying Institute, atingiu um prédio residencial logo após decolar no distrito de Dhanbad, em Jharkhand, na Índia, ferindo o piloto e um passageiro de 14 anos. Ambos foram hospitalizados em estado grave, disseram autoridades.

O planador decolou da pista de pouso de Barwadda em Dhanbad e colidiu com a casa a cerca de 500 metros. Autoridades disseram que um problema técnico pode ter levado ao incidente, mas o motivo só será conhecido após uma investigação adequada.

Visuais do local do acidente mostram a cabine do planador esmagada por um pilar de concreto da casa. A área onde o piloto e o passageiro estariam sentados está entalada entre o pilar.

Nilesh Kumar, dono da casa onde o planador caiu, disse que ninguém de sua família ficou ferido. Seus dois filhos que estavam brincando dentro de casa escaparam por pouco, acrescentou.


O passageiro ferido é morador de Patna. Ele veio a Dhanbad para a casa de seu tio e decidiu fazer um passeio de planador para ver a cidade do ar. O serviço é executado por uma agência privada. Apenas duas pessoas, o piloto e um passageiro, são permitidas neste serviço de planador.

Este serviço de planador foi iniciado para que o povo de Dhanbad pudesse assistir a cidade do ar para recreação. O passeio aéreo pela cidade foi interrompido por enquanto após o incidente.

Via NDTV e ASN

Avião precisou desviar ao decolar do Aeroporto de Viracopos para evitar colisão com objeto

O ATR 72 desviando, em cena do vídeo apresentado abaixo (Imagem: canal Golf Oscar Romeo)
O último domingo, 19 de março, foi marcado por mais uma perigosa sequência de balões cruzando as proximidades do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), ou caindo nos arredores do terminal aéreo, colocando em grande risco a segurança dos passageiros e tripulantes dos voos.

Desde o início até o meio da manhã, quem assistia às imagens ao vivo da câmera do canal Golf Oscar Romeo no YouTube viu ao menos cerca de 10 a 15 dos objetos de ar quente passando tanto altos pelo céu quanto cruzando os trajetos de aproximação e de decolagem dos aviões.

Dois balões no trajeto de aproximação, em cena do vídeo abaixo (Imagem: canal Golf Oscar Romeo)
Alguns dos momentos captados pela câmera foram publicados pelo canal nesta quinta-feira, como pode ser visto no player a seguir. Houve até um ATR 72 da Azul Linhas Aéreas que precisou fazer uma curva poucos segundos após decolar, para evitar um dos balões:


Vale ressaltar que estes não são balões do tipo tripulados. Os tripulados são regularizados e autorizados a voar, sem colocar em risco a segurança da aviação.

Os artefatos vistos no vídeo são balões de ar quente soltados por baloeiros, em atos criminosos, já que a soltura de balões é crime, por colocar em risco a segurança, não apenas de aviões, mas também porque podem causar incêndios.

No caso da aviação, a colisão com um balão deste porte pode resultar até em queda da aeronave, ao causar danos a sistemas de coletas de dados fundamentais ao voo, perda de controle por danos às superfícies móveis ou perda de potência por ingestão pelos motores.

Piloto fora de serviço voando como passageiro assume o controle do avião depois que o capitão fica incapacitado no meio do voo

Um piloto fora de serviço viajando como passageiro interveio para prestar assistência depois que o capitão da companhia aérea sofreu uma emergência médica no ar.


O voo 6013 da Southwest Airlines de Las Vegas para Columbus, em Ohio, na quarta-feira, retornou à cidade de partida duas horas após a decolagem, quando um dos pilotos ficou incapacitado e precisou de “atendimento médico”.

Um piloto de outra companhia aérea que estava no voo supostamente forneceu assistência com comunicação por rádio enquanto o outro piloto da Southwest assumiu o controle da aeronave.

A aeronave sobrevoou Utah ao norte do Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante antes de retornar a Las Vegas.

“O voo pousou com segurança e uma tripulação alternativa está operando o voo para CMH (Columbus)”, disse a Southwest em comunicado. “Parabenizamos a equipe por seu profissionalismo e agradecemos a paciência e compreensão de nossos clientes em relação à situação.”

O voo Southwest 6013 de Las Vegas para Columbus, Ohio, retornou a Las Vegas e precisou
de atendimento médico (Foto: Diane McGlinchey)
A FAA na quarta-feira emitiu alertas de segurança para companhias aéreas, pilotos e outros sobre a “necessidade de vigilância contínua e atenção para mitigar os riscos de segurança” após uma série de quase colisões de alto nível.

“Embora os números gerais não reflitam um aumento de incidentes e ocorrências, a gravidade potencial desses eventos é preocupante”, disse a FAA.

A agência convocou uma cúpula de segurança na semana passada, após seis graves incursões em pistas ocorridas desde janeiro.

“As operadoras devem avaliar as informações coletadas por meio de seus processos de gerenciamento de segurança, identificar riscos, aumentar e melhorar as comunicações de segurança com os funcionários e adotar medidas de mitigação”, disse o alerta.

O National Transportation Safety Board está investigando uma série de situações graves, incluindo uma quase colisão em fevereiro entre os aviões da FedEx e da Southwest Airlines em Austin, Texas, onde os jatos chegaram a 30 metros um do outro, e uma incursão na pista do Aeroporto John F. Kennedy Airport envolvendo uma aeronave da American Airlines.

Segundo relatos, um jato da Southwest Airlines quase colidiu com uma ambulância que cruzava a pista quando decolou no aeroporto de Baltimore em mais um incidente.

O veículo Aircraft Rescue and Fire Fighting (ARFF) cruzou a pista 15R no Aeroporto Internacional Thurgood Marshall de Baltimore-Washington sem autorização, informou o DC News Now na terça-feira.

A aeronave Southwest Boeing 737 foi liberada para decolagem da mesma pista e errou a ambulância por “menos da metade do comprimento de um campo de futebol”.

“A separação horizontal estimada mais próxima ocorreu a uma distância de 173 pés”, disse a Federal Aviation Administration (FAA) em sua análise.

Via g7 e ABC News

Acidentes aéreos: oito aeronaves caíram no intervalo de um mês, no Brasil; relembre

Quedas envolvem aviões - todos de pequeno porte - e helicópteros; dez pessoas morreram.


Pelo menos oito aeronaves caíram no intervalo de um mês, no Brasil. Os acidentes aéreos incluem quedas de avião - todos de pequeno porte - e de helicóptero e resultaram em dez pessoas mortas.

Na quarta-feira, uma aeronave colidiu contra um sobrado, em Goiânia. Havia seis ocupantes no avião, e dois morreram. Os demais foram hospitalizados. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, vai investigar as razões do acidente.

Ainda na capital goiana, em 2 de março, a instrutora de voo Laura Graziella Trigueiro Botelho morreu na queda de um bimotor. A jovem de 29 anos era passageira da aeronave pilotada pelo irmão, que sobreviveu.

Outras quatro mortes foram registradas na queda de um helicóptero no bairro da Barra Funda, em São Paulo, na última sexta-feira. As vítimas são Antonio Cano dos Santos Junior, de 42 anos, o designer Caio Lucio de Benedetto Moreira, 30 anos, Wellington Palhares, 28 anos, e João Intorne Neto, de 32 anos.

Dois acidentes aéreos ocorreram na Grande Belo Horizonte no último mês. Ambos no mesmo dia: 11 de março. Em um deles, na capital mineira, o piloto morreu. A queda aconteceu sobre duas residências no bairro Jardim Montanhês, próximo ao aeroporto Carlos Prates. O piloto não resistiu aos ferimentos, mas sua filha, que era passageira, sobreviveu.

Em Sabará (MG), um vídeo registrou o momento em que um monomotor cai em uma área de mata, no bairro Morro Vermelho. A queda teve o impacto reduzido pelo uso de um paraquedas, como dispositivo de amortecimento. As seis pessoas que ocupavam o veículo tiveram apenas ferimentos leves.

Em Juína, no estado de Mato Grosso, duas pessoas morreram na queda de um avião agrícola no dia 3 de março. Piloto e passageiro não resistiram aos ferimentos.

Os outros dois acidentes não resultaram em mortes. Um deles foi em Taubaté, no interior de São Paulo. O piloto de 80 anos foi resgatado desorientado e encaminhado ao hospital. E em Corupá, município de Santa Catarina, um avião agrícola caiu sobre um bananal. A aeronave era ocupada apenas pelo piloto, que não se machucou.

Via O Globo

Brasil registrou mais de 430 ocorrências de queda de avião com mortes desde 2012

Somente neste ano, 13 pessoas morreram em razão de 10 acidentes aéreos no país.

No dia 11 de março deste ano, um avião caiu em cima de casas no entorno do
Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte (Foto: Videopress Produtora)
O avião que caiu em Goiânia, provocando a morte de dois mineiros, na quarta-feira (22), é mais um acidente aéreo contabilizado nos últimos anos no Brasil. Desde 2012, foram registradas 437 ocorrências de queda de aeronaves, com ao menos uma morte envolvida. Os dados são do painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), disponibilizado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Segundo informações do Cenipa, os números se referem à quantidade de ocorrências geradas no sistema. Ou seja, em alguns casos, um mesmo acidente pode ser notificado mais uma vez, caso tenha mais de uma causa possível, como por exemplo: falta de combustível, pane sistêmica ou falha humana. A estatística, no entanto, é usada como referência para se calcular a incidência de problemas no setor em todo o país.

Somente neste ano, 13 pessoas morreram em razão de 10 ocorrências registradas no painel do Sipaer. Um dos acidentes que integra essa contagem é o que ocorreu no dia 11 deste mês, no entorno do Aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte. A aeronave caiu sobre duas casas, matando o piloto - um médico, de 66 anos- e ferindo a filha dele, de 29.

Veja o número de ocorrências de queda de avião, com ao menos uma morte envolvida, nos últimos 11 anos:
  • 2012: 55
  • 2013: 43
  • 2014: 37
  • 2015: 47
  • 2016: 45
  • 2017: 30
  • 2018: 39
  • 2019: 35
  • 2020: 35
  • 2021: 25
  • 2022: 36
  • 2023: 10 (até terça-feira (21/03)
Via O Tempo