quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

FedEx transporta Pandas gigantes dos Estados Unidos para a China com o novo Boeing 777F

A FedEx Express doou seus serviços logísticos para transportar dois pandas gigantes dos Estados Unidos para a China, hoje (4).

Trabalhando em conjunto com o Zoológico Nacional do Smithsonian, de Washington, e o Zoológico de Atlanta, a FedEx Express leva os pandas em um voo sem escalas do Aeroporto Internacional Dulles, em Washington, para Chengdu, na China.

Tai Shan (foto mais acima), um panda macho de 4 ½ anos, nascido no Zoológico Nacional, e Mei Lan (foto logo acima), uma panda fêmea de 3 anos, nascida no Zoológico de Atlanta, viajam a bordo do “FedEx Panda Express”, o avião cargueiro 777 Freighter (777F), prefixo N850FD, customizado para a missão (fotos abaixo).

“A FedEx está preparada para fazer esta entrega especial, dada a nossa longa história de conexão entre os EUA e a China, e nossa ampla experiência global na entrega de cargas valiosas, de pacotes a pandas”, disse David J. Bronczek, presidente e CEO da FedEx Express. “É um privilégio servir como a transportadora de confiança desses raros pandas e estamos orgulhosos em apoiar os esforços de preservação desta espécie em extinção.”

Atualmente, ambientalistas estimam que somente 1.600 pandas ainda vivam em florestas. Tanto Tai Shan quanto Mei Lan fazem parte de programas globais de conservação de pandas gigantes.

A FedEx Express levou Mei Lan de Atlanta para a capital Washington, onde junto com Tai Shan, foi preparada para o voo transatlântico. A bordo da aeronave 777F – que é exclusiva para a jornada dos pandas - Tai Shan e Mei Lan viajam em dois contêineres de transporte feitos sob medida, fornecidos pela FedEx Express. Os pandas deixaram Washington no final desta manhã e chegarão a Chengdu no final da tarde desta sexta-feira (5), aproximadamente 14 ½ horas entre a decolagem e a aterrissagem.

O voo dos pandas será o mais curto possível, como resultado da eficiência em combustível da aeronave 777F, o maior avião de cargas bi-jato do mundo, a mais recente aquisição para a frota global da FedEx. No início de janeiro de 2010, a FedEx lançou o serviço internacional com o 777F, com uma conexão direta entre Xangai e os EUA.

Além de doar todo o transporte aéreo necessário, a FedEx Express também ofereceu apoio logístico terrestre em Washington e Atlanta. Em ambas as cidades, caravanas de veículos da FedEx levaram os pandas para o aeroporto (fotos abaixo). Autoridades policiais locais estiveram a postos para garantir um percurso tranquilo aos pandas. Os pilotos e motoristas da FedEx, selecionados para transportar os pandas, são alguns dos membros mais experientes da companhia.

A FedEx Express, o Zoológico Nacional, o Zoológico de Atlanta e os organizadores chineses em Chengdu trabalharam em parceria para garantir que todas as precauções necessárias fossem tomadas para proporcionar um voo seguro e confortável para os pandas. Especialistas em saúde animal de ambos os zoológicos receberam privilégios especiais de voo, para que pudessem acompanhar os pandas a bordo da aeronave.

Após a chegada em Chengdu, Tai Shan será recebido pela Associação Chinesa de Conservação da Vida Selvagem, e a Associação Chinesa de Jardins Zoológicos cuidará de Mei Lan. Tai Shan residirá na Reserva de Wolong, do Centro de Conservação e Pesquisa da China, em Sichuan, na China, e Mei Lan residirá na Base de Pesquisas e Criação de Pandas Gigantes de Chengdu.

Em virtude de regulamentações de segurança, a partida e a chegada de ambos os pandas foram fechadas ao público em geral.



Fontes: Aviação Brasil / EFE / FedEx / Flightglobal.com

Trem de pouso quebra durante decolagem de avião na Sibéria

Incidente ocorreu na cidade de Yakutsk.

Ninguém ficou ferido.


Funcionários de aeroporto e equipes de resgate tentam erguer o avião Antonov AN-24, prefixo RA-47360, da Yakutia Airlines, no aeroporto da cidade russa de Yaklutsk, na Sibéria, nesta quinta-feira (4).

O trem de pouso quebrou durante a decolagem às 7:30 (hora local) para a cidade de Olyokminsk. O avião, que transportava 35 passageiros e quatro tripulantes, mal teve tempo de subir e 'caiu de barriga' na pista, arrastando a fuselagem cerca de 100 metros até parar.

A tripulação relatou falha do motor esquerdo e tentou abortar a decolagem. A retração prematura do trem de pouso por um engenheiro de voo é suspeita de ter causado a quebra do equipamento.

Ninguém se feriu. O aeroporto foi reaberto às 16h00.

Em 1 de novembro do ano passado, nesse mesmo aeroporto, um Ilyushin IL-76 caiu durante a decolagem para o aeroporto da cidade de Anapa. A aeronave voou em baixa altitude por cerca de dois quilômetros e bateu em um depósitos de resíduos de uma mina de diamantes, matando 11 pessoas.

Fontes: G1 (com AP) / ASN / Rossiyskaya Gazeta - Fotos: AP / kursor.ru

Apesar do medo de avião, Guerrero quer renovar com Hamburgo

O atacante peruano Paolo Guerrero espera renovar contrato com o Hamburgo, da Alemanha, apesar de continuar preso em seu país por conta do medo de avião.

"Quero continuar no Hamburgo. O clube confia em mim e tenho uma boa relação com o técnico. É meu clube", afirmou Guerrero, de 28 anos, em declarações à revista esportiva "Kicker".

O jogador acredita que poderá entrar em campo novamente a partir de março, quando estiver completamente recuperado de uma lesão.

Guerrero falou também sobre o medo de voar, que tem impedido seu retorno à Europa. Ele admitiu que, da última vez, pediu para o avião voltar após 40 minutos no ar ao ter diarreia por consequência de uma gastrite.

A imprensa alemã chegou a afirmar que este problema colocava em risco a carreira do jogador, já que dificilmente seria contratado por um clube europeu.

O Hamburgo tenta obter um visto de entrada para que um primo de Guerrero possa acompanhá-lo no voo. Nas outras vezes, estavam com ele um irmão, sua mãe e sua namorada.

O pânico de voar do atacante tem origem na trágica morte de seu tio, o ex-jogador peruano José González, com passagem pela seleção e pelo Alianza Lima, em um acidente aéreo.

Além disso, ele ficou traumatizado com uma avaria no sistema hidráulico durante um voo de volta pelo Hamburgo, que obrigou a aeronave a realizar uma aterrissagem de urgência em Paris.

Fonte: EFE via EPA

Não é avião, ovni, nem balão: é o Aircruise

Parece um ovni, mas é um dirigível de alto luxo

Não é um avião. Nem um balão. Parece uma nave especial dos filmes hollywoodianos, mas também não é. É o Air Cruise uma nave semelhante a um dirigível e que é movida a hidrogênio e energia solar. Vertical e de alto luxo, o transporte foi projetado para ser um hotel de luxo pela empresa Seymour Powell.

O conceito foi posteriormente capturado a imaginação do gigante coreano Samsung Construction and Trading (Construção e Comércio - C & T). Impulsionada por seu interesse em novos materiais para construção, Samsung C & T, pediu a Seymour Powell para aperfeiçoar a ideia e produzir uma animação de computador detalhado da experiência proposta para ilustrar esta abordagem visionária para o futuro.

O vídeo pode ser visto aqui:



Nick Talbot, diretor do projeto na Seymourpowell explica. "As questões conceito Aircruise se o futuro das viagens de luxo deverá acabar com as limitações de espaço, de um recurso de compra que nos faz passar fome como são, muitas das vezes, as estressantes de viagens aéreas. A experiência de transporte mais sereno vai apelar para as pessoas que procuram uma viagem mais reflexiva, onde a experiência da viagem em si é mais importante do que ir de A para B rapidamente".

Assim o “cruzeiro do ar”, resumi o que há de mais abundante em espaço e luxo para viagens em uma velocidade de 100 a 150 km/h contra o vento. Numa época em que o impacto ambiental é uma questão fundamental para a arquitetura, os construtores pensam que o projeto pode começar a ser realizado até 2015.

O projeto prevê um Aircruise com peso de um jumbo, 270 toneladas, com 265 metros de altura e capacidade para 100 passageiros e 20 tripulantes. Ele terá propulsores de estabilidade e controle automático de altitude com ajuste automático da densidade de gás deve garantir um bom passeio, em comparação com os dirigíveis anteriores. A altura máxima é de 12 mil pés.

Apesar de ainda ser suscetível às variações do tempo, radares meteorológicos e sistemas avançados de previsão do tempo podem garantir uma viagem mais segura.


Fonte: Márcio Baena (Diário do Pará Online) - Imagens: Divulgação

Companhias aéreas da região da Ásia-Pacífico irão adquirir 8.000 novos aviões nos próximos 20 anos

As companhias aéreas da Ásia e da região do Pacífico irão adquirir cerca de 8.000 novas aeronaves de passageiros e de carga ao longo dos próximos 20 anos, de acordo com a Airbus, fabricante européia de aviões. Avaliado em US$ 1,2 trilhão, esse volume representa um terço das entregas globais previstas até 2028 e a região passa a liderar a demanda por aviões grandes. A previsão mais recente da empresa para a região foi apresentada hoje no Singapore Airshow, por John Leahy, Diretor de Operações para Clientes da Airbus.

Para o mercado de passageiros, a Airbus prevê que o tráfego na região crescerá em média 5,9% por ano, enquanto anualmente o tráfego de carga aumentará 6,3%. Essas estimativas se comparam a uma média global de 4,7% para o tráfego de passageiros e 5,2% para o transporte de carga. Como resultado desse crescimento e da contínua renovação da frota, estima-se que a região deva receber cerca de 880 aviões de grande porte, 2.570 aeronaves de corpo largo e corredor duplo e 4.560 aeronaves de corredor único.

A elevada proporção de aviões de maior porte reflete a concentração das populações em torno dos principais centros urbanos da região, que geram um tráfego de alta densidade em rotas inter-regionais importantes e também uma limitação de capacidade dos destinos internacionais na Europa e América do Norte. Enquanto isso, espera-se que a demanda por aeronaves de corredor único na região sofra uma aceleração nos próximos anos, impulsionada pelo crescimento das companhias de baixo custo e pela abertura de novas rotas entre os destinos secundários, especialmente na China, na Índia e no Sudeste Asiático.

No setor de transporte de carga, a região continuará a dominar o mercado global, com a frota de cargueiros operada por companhias aéreas da Ásia-Pacífico apresentando crescimento de cinco vezes seu tamanho atual, chegando a 1.500 aeronaves. Embora muitos desses aviões venham a ser convertidos de modelos de passageiros, a Airbus prevê que cerca de 340 novos cargueiros serão entregues na região durante os próximos 20 anos. Essas entregas serão predominantemente compostas de aeronaves de corpo largo e representarão 40% da demanda global esperada de novos aviões de carga.

Ao apresentar os detalhes da estimativa, John Leahy disse que dentro de 20 anos a região vai ultrapassar os Estados Unidos e a Europa como o maior mercado do mundo de transporte aéreo, quando as companhias aéreas da região transportarão mais de 30% do tráfego global de passageiros e cerca de 40% do total de cargas aéreas.

"Para atender a essa demanda serão necessários aviões maiores, que irão aliviar o congestionamento e obter mais eficiência com menos equipamentos", disse ele. "Para isso, as companhias aéreas da região receberão mais de 40% das aeronaves de dois corredores e serão responsáveis por mais de 50% da demanda por aviões de grande porte, como os A380. Com uma moderna, eco-eficiente e abrangente linha de produtos, incluindo o único avião totalmente inovador do segmento de aeronaves muito grandes, a Airbus estará particularmente bem posicionada para atender às necessidades das companhias aéreas da região".

O mercado da região Ásia-Pacífico é fundamental para a Airbus e representa um quarto de todas as encomendas da empresa até o momento. A região conta, atualmente, com cerca de 1.430 aviões Airbus a serviço de 66 operadores, além de 1.120 aeronaves já encomendadas. Isso representa 32% da carteira de pedidos da empresa e reflete a importância da região como o mercado de aviação civil com o crescimento mais rápido.

A estimativa da Airbus para a região Ásia-Pacífico faz parte do Global Market Forecast, estudo produzido pela empresa, que prevê uma demanda total de quase 25 mil novos aviões de passageiros e de carga, avaliada em US 3,1 trilhões de dólares entre 2009 e 2028. Essa estimativa inclui uma demanda total de 1.700 aviões de porte muito grande, 6.250 aviões de corpo largo e dois corredores e quase 17.000 aeronaves de corredor único.

Fonte: Aviação Brasil

Embaixador dos EUA diz que Boeing está no páreo por venda de caças

Ministros disseram que não há definição ainda, diz Thomas Shannon.

Jornal diz que Lula escolheu caça francês após revisão de preço.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe as credenciais do embaixador dos Estados Unidos, Thomas Alfred Shanon Jr

O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, afirmou nesta quinta-feira (4), em entrevista coletiva, que a empresa norte-americana Boeing continua na disputa pela concorrência aberta pelo governo brasileiro para a compra de caças para reaparelhar a Força Aérea Brasileira (FAB). "O avião da Boeing é um produto bom, merece atenção do governo do Brasil," disse.

Shannon disse que conversou nesta quinta com os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Celso Amorim (Relações Exteriores), que teriam afirmado que o Brasil ainda não definiu se comprará aviões norte-americanos, franceses ou suecos. “Sobre os aviões, o ministro Jobim e o ministro Amorim disseram que não há uma definição ainda do governo do Brasil”, disse o novo embaixador, que tomou posse no cargo nesta quinta.

Reportagem publicada nesta quinta pelo jornal "Folha de S. Paulo" afirma que, depois de uma queda de quase R$ 4 bilhões no valor do pacote de 36 caças, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa optaram pela proposta francesa na negociação de novos aviões para a FAB.

Em nota emitida mais cedo, o comando da FAB já havia afirmado não ter recebido "qualquer comunicação oficial" sobre a suposta compra dos caças franceses pelo governo brasileiro. O ministro Nelson Jobim também negou, em entrevista nesta quinta, que haja uma definição pelos caças franceses.

Relações

O embaixador observou que os EUA têm se empenhado para que a Boeing seja a escolhida, mas destacou que uma eventual não escolha da empresa não afetará as relações com o Brasil.

“É importante observar que França e Suécia são amigos e aliados dos EUA. Isso são relações comerciais, que não vão afetar nossas relações”, garantiu. “Esse é um ato de diplomacia comercial. Obviamente temos grande interesse, mas França e Suécia são aliados e amigos”, completou.

Transferência de tecnologia

Thomas Shannon destacou ainda que a decisão da Boeing de transferir tecnologia para o Brasil é sem precedentes. “Isso mostra a nossa confiança no Brasil.”

Fonte: Diego Abreu (G1) - Foto: Antônio Cruz/ABr

Avião monomotor colide em morro de Campo Largo (PR)

O acidente, que aconteceu por volta das 19h45, foi acompanhado de explosão

Um avião de pequeno porte chocou-se em um morro no município de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, no início da noite desta quinta-feira. Segundo informações da Sala de Imprensa da Polícia Militar, a aeronave teria feito um voo rasante para depois se chocar contra o morro, que fica nas proximidades da estrada Três Córregos, região rural do município.

O acidente, que aconteceu por volta das 19h45, foi acompanhado de explosão, afirmou a PM.

Os bombeiros se deslocaram ao local e ainda não sabem informar sobre a mortos ou feridos por causa desse acidente.

Fonte: Bem Paraná

Decisão é vitória pessoal de Jobim

ANÁLISE

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


O previsível desfecho da novela dos caças, ainda a ser confirmado com assinaturas e compromissos financeiros, consolidou a parceria estratégica entre Brasil e França e foi uma vitória pessoal de seu maior defensor, Nelson Jobim.

Foi ele quem costurou o amplo acordo militar em que o Brasil atrelou sua força de submarinos e helicópteros aos franceses no ano passado, e nunca escondeu que a escolha do vetor de aviação de combate tinha de seguir a mesma lógica.

O ponto central: acesso a tecnologias agora e no futuro, além da abertura de canais que ultrapassam a área militar. A- lém disso, ao atropelar a preferência da FAB, Jobim manteve a consolidação do poder do Ministério da Defesa sobre as Forças Armadas -algo que só começou a ocorrer agora, mais de dez anos depois de sua criação.

Mas a escolha levanta dúvidas sobre a conveniência de manter tal dependência de um só país num campo tão sensível quanto o militar. Agora, serão mais de R$ 30 bilhões a depositar nos cofres franceses. Historicamente, isso não é favorável.

E há a questão básica pela qual a FAB havia preferido o sueco Gripen NG: o Rafale é uma aeronave cara de comprar e, principalmente, de operar. O motivo é justamente o que o governo e a França apontam como vantagem, que é o fato de que o avião não usa tecnologia sensível de nenhum outro país.

Como só é usado hoje pelos franceses, o aparelho sofria de encarecimento por falta de escala industrial. Tudo é feito na França a custos altos. O contrato brasileiro, quando assinado, dá sobrevida ao avião como produto comercial e poderá até baixar seus custos futuros. De todo modo, as reduções de preço propaladas ainda têm de ser vistas em contratos e sob lupa.

A FAB preferia o Gripen também por ser um projeto em desenvolvimento de um caça já existente, que abria mais possibilidades de interação e transferência de conhecimento. O Rafale é um avião pronto.

O F-18 americano é um avião desejado por pilotos e com preço competitivo, mas pesa contra ele o fato de que nunca estaria livre da sombra de embargos eventuais no futuro. Ainda vai demorar para Washington superar essa desconfiança.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo

Vitorioso foi o último colocado em avaliação

Além de ter ficado em último lugar na avaliação técnica da Força Aérea Brasileira, que irá operar os novos caças no mínimo pelos próximos 30 anos, o francês Rafale, da Dassault, não foi considerado o melhor em nenhum dos sete critérios finais.

O jato francês foi apontado como a pior opção em cinco desses critérios: técnico, logística, compensações tecnológicas/comerciais, geração de emprego e preço.

O vencedor, o Gripen NG, foi considerado melhor em quatro quesitos: técnico, transferência de tecnologia, geração de empregos e preço.

Seu maior ponto fraco, a ser explorado pelo relatório político elaborado pelo ministro Nelson Jobim, foi o fator "risco", pois se trata de uma evolução do Gripen original, ainda em fase de teste.

Na questão de oferta de empregos, a comissão da FAB ouviu as empresas brasileiras de defesa e avaliou que a proposta da Saab pode gerar 22 mil postos; a da Boeing, 5.000, e a da Dassault, 2.500. Responsável por uma das avaliações externas, a pedido da FAB, a Embraer apontou a proposta sueca como mais estimulante à indústria nacional.

Fonte: Eliane Cantanhêde (jornal Folha de S.Paulo)

Dassault diminui preço, e Lula escolhe caça francês

Valor do pacote de 36 caças cai quase R$ 4 bi, e governo bate o martelo pelo Rafale

Mesmo com redução, avião fabricado pela França custará quase 40% a mais do que o concorrente mais barato, o sueco Gripen


ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Nelson Jobim (Defesa) bateram o martelo a favor do caça francês Rafale. A decisão foi tomada depois que a fabricante, Dassault, reduziu de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões) o preço final do pacote de 36 aviões para a Força Aérea Brasileira.

Mesmo com a redução, os caças franceses têm preço muito superior ao dos concorrentes. Conforme a Folha apurou, a proposta do modelo Gripen NG, da sueca Saab, foi de US$ 4,5 bilhões, e a dos F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, de US$ 5,7 bilhões.

Além do custo do pacote, que inclui avião, armas, logística e custo de transferência tecnológica, a Dassault estimou que a manutenção dos aviões por 30 anos custará US$ 4 bilhões.

Os valores foram revistos após o presidente Lula anunciar antecipadamente a vitória do Rafale, em setembro. O preço unitário, sempre uma estimativa, era então menor para todos os concorrentes porque o pacote não previa vantagens incluídas na renegociação -como o custo de a Embraer fabricar o caça futuramente.

Norte-americanos e suecos dizem que houve também uma mudança de condições na negociação. Na seleção da FAB, cujo relatório foi finalizado em dezembro, os preços eram fechados e inegociáveis. Pelo documento, o Rafale ficou em último (o Gripen liderou a lista).

Com a redução apresentada a posteriori pela França, o preço ficaria sujeito a alterações futuras, informação que não é confirmada pelo governo.

A redução de US$ 2 bilhões na oferta francesa foi concluída no sábado, quando Jobim passou por Paris na volta de uma viagem a Israel. Deu o aval após reunião com o embaixador brasileiro, José Maurício Bustani.

O secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica, brigadeiro Aprígio Azevedo, foi a Paris para participar da negociação. É a FAB quem arca com os custos de manutenção.

A intenção de Jobim, conforme disse à Folha em janeiro, era reavaliar pessoalmente os critérios no relatório técnico da FAB e, após redistribuir o sistema de pesos para cada um, o que poderia mudar o resultado final, levar o relatório próprio ao presidente. A ideia não evoluiu porque o formato do relatório da FAB era muito rígido, e o Rafale não foi o melhor em nenhum dos critérios.

Assim, Jobim estudou o relatório, elaborado em mais de dez meses pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronaves de Combate), e fez, anteontem, uma exposição a Lula para justificar a escolha do Rafale, decidida há meses.


Jobim comunicou a decisão ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que, conforme relatos, ficou "desolado", mas determinado a acatar o posicionamento político do Planalto e da Defesa.

Depois de desistir de alterar os pesos dos critérios da FAB, Jobim vai defender a escolha do Rafale contrariando os argumentos técnicos e os meses de estudos, viagens e avaliações dos aviadores da Copac.

A decisão de Lula sobre a escolha é soberana, segundo a Constituição. Governo e Congresso têm de aprovar financiamentos, e o TCU checa as contas. É uma decisão de difícil reversão após assinada.

A base da justificativa vai ser que o F-18 é americano e o Gripen NG tem componentes dos EUA, como o motor, e ambos deixariam o Brasil vulnerável -os EUA já impediram a Embraer de vender os aviões Super Tucano à Venezuela por terem peças americanas.

No caso do Gripen NG, Jobim vai dizer que o avião "é só um projeto" e reúne peças de diferentes países, o que poderia exigir múltiplas negociações para revenda internacional.

A Aeronáutica argumenta que o motor é "apenas mecânico". A aviônica (parte eletrônica) e o sistema de armas ("comunicação" entre o avião e seu armamento), esses sim, poderiam sofrer vetos e restrições.

Nenhum aspecto técnico poderia demover o governo de fechar com a França, decisão tomada no contexto do que Planalto, Defesa e Itamaraty classificam de parceria estratégica.

Fonte: jornal Folha de S.Paulo - Arte: AFP

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Operação "voando alto" prende estelionatária

Imagine comprar uma passagem aérea, de ida e volta, para qualquer lugar do Brasil, por apenas R$ 500,00! Impossível? Para Kelly Cristina da Silva Alves, de 30 anos, considerada pela polícia uma das maiores estelionatárias do Pará, era perfeitamente possível. Então, surge a pergunta: como assim?

Primeiro Kelly publicava anúncios em jornais, nos quais oferecia as passagens. Paralelamente a isso, ela conseguia extrair informações de pessoas (como nome completo e número de CPF), de forma que pudesse efetuar compras através dos seus respectivos cartões de crédito, via telefone ou internet.

A delegada Beatriz Machado, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Tecnológicos (DRCT), diz que Kelly obtinha os dados pelo chamado “Golpe do Telefone”. “Geralmente, ela ligava para a recepção de hotéis frequentados por pessoas de elevado nível de renda ou para residências”, ressaltou.

Ainda segundo a delegada, ao ser atendida - no caso de hotéis -, Kelly solicitava que a ligação fosse transferida para um determinado quarto. Nesse momento, ela conseguia o nome do cliente. Em seguida, se passava por uma funcionária de uma empresa de aviação comercial, identificando-se como Mariana.

Durante o contato com a vítima, a golpista comunicava ao cliente que ele não havia preenchido corretamente o bilhete de uma passagem, ao passo que necessitava confirmar os dados. Caso a vítima tivesse realizado uma viagem aérea, o procedimento era bem-sucedido.

Com as informações disponíveis, Kelly tinha acesso ao saldo dos cartões de créditos, o que lhe proporcionava cacife financeiro para comprar passagens aéreas para qualquer lugar do Brasil.

Sendo assim, quando os interessados nas passagens lhe contatavam, Kelly realizava a compra, mas explicava aos clientes que os mesmos deveriam confirmar pessoalmente a emissão do bilhete à empresa de aviação. Além disso, ela fornecia o número de uma conta bancária para o depósito de R$ 300,00 - para o caso de passagem de ida -, ou R$ 500,00 para o caso de passagem de ida e volta.

Algumas das vítimas foram consultadas por suas respectivas operadoras de cartão de crédito a respeito da compra das passagens. Outras vítimas não conseguiam realizar a suposta viagem paga ou só concretizavam a viagem de ida, mas sem retorno. Assim, descobriam que tinham sido vítimas de um golpe.

As ações de Kelly resultaram em 15 denúncias na DRCT e culminou na operação “Voando alto”, iniciada em novembro de 2009. Após adotarem diversas estratégias, policiais da DRCT, com auxílio da Delegacia de Repressão a Roubos de Cargas (DRRC), cumpriram o mandado de prisão de Kelly Cristina, expedido pelo juiz Pedro Sotero, da 1ª Vara Criminal e Medidas Cautelares.

A prisão ocorreu no final da tarde de anteontem, quando tentava alugar um novo apartamento, no condomínio “Meu sonho”, localizado no bairro Jiboia Branca, em Ananindeua.

“Ela frequentemente trocava de endereço para dificultar sua localização por parte das vítimas e da polícia”, observou a delegada Beatriz Machado.

Beatriz afirma que Kelly aplica golpes desde 1997 e responde a 14 inquéritos na Justiça. Em 2006, ela foi presa pela Polícia Federal durante a operação “Balaústre”, cujo alvo foram integrantes de uma quadrilha que utilizava, sem autorização, dados de aposentados e pensionistas para obter empréstimos em instituições financeiras.

Atualmente, Kelly Cristina gozava de liberdade provisória. No entanto, agora terá que responder a mais 15 inquéritos, dessa vez, por estelionato e falsa identidade. Ela foi encaminhada para o Centro de Recuperação Feminino, localizado no bairro do Coqueiro, em Ananindeua.

Fonte: Diário do Pará

Avianca e Taca firmam parceria após acordo de acionistas

Após concluir com êxito o processo de aprovação regulatória e antitruste, os acionistas da Avianca-Taca fecharam oficialmente o acordo que visa criar a maior e mais completa rede de transportes aéreos de passageiros e de carga na América Latina. A Synergy Aerospace Corp., acionista majoritário da Avianca, e Kingsland Holding Limited, proprietário do Grupo Taca, informaram que fecharam o seu acordo para iniciar oficialmente as suas integração estratégica, chamada de "Joint venture", anunciada em outubro de 2009.

Esta aliança permitirá mais destinos e uma gama mais ampla de opções durante a captura de sinergias em benefício dos clientes, das comunidades e dos países onde as companhias operam. Avianca e Taca conjuntamente geram receitas anuais de cerca de US $ 3 bilhões. Elas servem mais de 100 destinos em todo o mundo, incluindo 75 cidades na América Latina.

Conforme informado no momento, Roberto Kriete será o presidente do Conselho de Administração da Joint venture, enquanto Fabio Villegas irá assumir seu papel como CEO da Avianca-Taca, Estuardo Ortiz como COO e Gerardo Grajales como CFO.

Fonte: Mercado & Eventos

Portugal: Câmara de Lisboa aprova Red Bull Air Race

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira o protocolo para a realização em Lisboa da prova de acrobacias aéreas – Red Bull Air Race. O protocolo contou com os votos contra de todos os vereadores da oposição na Assembleia camarária.

Segundo avançaram à Lusa fontes municipais, a autarquia lisboeta aprovou o protocolo para a realização do Red Bull Air Race.

A proposta foi viabilizada pelos vereadores da maioria socialista e pelos independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos na lista do PS).

Os vereadores do PSD, PCP e CDS-PP votaram contra.

Fonte: Fábrica de Conteúdos (Portugal) - Imagem: nunofmiranda.com

Webjet bate novo recorde de passageiros transportados em janeiro

A Webjet elevou o número de passageiros transportados em janeiro para mais do que o dobro do que registrado no mesmo mês do ano passado.

A Webjet transportou 437.484 pessoas no mês passado, alta de 107,2% frente igual período de 2009, quando 211.144 mil pessoas voaram pela empresa. O aumento pode ser atribuído, entre outros fatores, ao aumento da frota, que pulou de 11 para 20 aeronaves, e passou a oferecer um número de assentos-quilômetro 75% superior em relação a janeiro de 2009, pulando de 213.135.795 para 433.713.268 no período.

Também este mês, a demanda dos passageiros-quilômetros avançou 103,49% comparado a janeiro de 2009, proporcionando um aproveitamento médio de 87,49% nos voos da empresa – crescimento de 12,25 pontos percentuais ante janeiro de 2009.

Fonte: Mercado & Eventos

Câmara dos Deputados arquiva proposta de deputado para compra de jatinho

A Mesa Diretora da Câmara arquivou nesta quarta-feira, por unanimidade, o requerimento do deputado Ernandes Amorim (PTB-RO), para que fosse incluída na proposta orçamentária da Casa em 2011 a compra de um jatinho do tipo Legacy, fabricado pela Embraer. O pedido havia sido encaminhado à Mesa no dia 16 de dezembro.

Na justificativa do pedido, o deputado alegava que se trata de uma compra para as comissões permanentes em seu trabalho nos Estados, "pois a nossa força aérea não dispõe de condições técnicas ou materiais para atender às necessidades do Congresso Nacional".

O parlamentar afirmou ainda que a grande maioria das comissões externas não conclui seus trabalhos "por absoluta falta de condições para os deslocamentos dos senhores parlamentares, principalmente para as unidades da federação mais distantes".

"Creio não ser necessárias mais justificativas, pois esse é um problema que afeta a todos os parlamentares, sem distinção de partidos ou ideologias", concluiu o deputado.

Fonte: Diário do Grande ABC Online - Charge: Myrria (A Crítica)

Anac adia distribuição de slots em Congonhas para dia 10

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu a sessão em que redistribuiria 355 slots no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Inicialmente prevista para a última segunda-feira e remarcada para esta quarta-feira, a distribuição está agora agendada para o dia 10.

A Anac espera que até lá o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manifeste posição em relação à companhia aérea Pantanal, comprada pela TAM e que tenta manter seus 61 direitos a pousos e decolagens em Congonhas.

O STJ determinou que a Anac se abstivesse de distribuir os slots da Pantanal e continuasse o processo dos outros 294 slots.

Para a agência reguladora, porém, o processo de distribuição fica prejudicado sem os slots da Pantanal, que perdeu o direito aos pousos e decolagens no aeroporto mais movimentado do país por irregularidade nos voos.

Os horários da Pantanal, que opera voos regionais, interessam principalmente à própria TAM. Dos direitos de pousos e decolagens a serem redistribuídos pela Anac, a Pantanal detém os únicos de segunda a sexta-feira - os demais são horários aos sábados e domingos.

A escolha dos slots será feita pelas próprias companhias aéreas, na ordem de sorteio pela Anac. A retirada dos slots da Pantanal alteraria a sequência de escolha das empresas envolvidas, segundo a Anac.

"A gente poderia estar prejudicando as empresas em ordem de sequência. Vamos aguardar para que a gente tenha toda a decisão e todo o conjunto de slots que foi anunciado", disse o diretor da comissão responsável pelo processo de distribuição dos slots, Ronei Saggiono Glanzmann.

Fonte: Maria Carolina Marcello (Reuters) via O Globo

Air Canada condenada por danos morais em Santa Catarina

Decisão judicial histórica para ser comemorada pelos passageiros que vivem sofrendo prejuízos e constrangimentos das empresas aéreas nacionais e internacionais.

A 5a. Turma de Recursos do Judiciário Estadual, com sede em Joinville (SC), confirmou a sentença da juíza Anna Finke Suszek, da comarca local, que havia condenado a companhia aérea Air Canada ao pagamento de indenização por danos morais numa ação indenizatória proposta em conjunto por dois passageiros que embarcaram em viagem aérea a Toronto 28 horas depois do horário programado para a decolagem.

Para o relator do processo, juiz Roberto Lepper, que também presidiu a sessão de julgamento, a alegação de que a aeronave apresentou problemas que a impediram de decolar ou mesmo de que o retardo deveu-se ao fato do piloto não ter conseguido descansar o suficiente para enfrentar a longa viagem aérea refogem àquilo que se poderia compreender como circunstâncias de força maior ou de caso fortuito, que, se constatadas, até poderiam isentar a companhia aérea da obrigação de indenizar.

Para o juiz relator, "tropeços desta envergadura não se justificam para isentar o prestador do serviço de transporte aéreo das suas obrigações em relação ao consumidor, que tinha o direito de embarcar no local e horário previamente ajustados. Atrasos só poderiam se justificar em situações extraordinárias, o que não aconteceu no caso concreto. Mesmo assim, nestes casos, a companhia aérea deve sempre prestar toda a assistência material necessária a mitigar o desconforto que este retardo sempre causa ao usuário". Ainda segundo o juiz relator, "a verba de R$ 8.000,00 arbitrada pela juíza sentenciante aos dois passageiros chega a ser até acanhada para compensar, de alguma forma, o transtorno causado aos passageiros, que, durante nada menos que 28 horas, permaneceram só com as suas roupas do corpo na expectativa de embarcarem, o que só aconteceu na madrugada do dia 12.08.2006".

O recurso foi interposto apenas pela companhia aérea. Participaram do julgamento, pela Turma Recursal, os juízes Paulo Marcos de Farias e Gustavo Henrique Aracheski, que acompanharam o voto do relator.

Fonte: Blog do Moacir Pereira

EUA prometem revisão de "lista negra" da segurança aérea

Os Estados Unidos revisarão em breve a lista de países cujos passageiros são submetidos a uma revista mais rigorosa e poderão retirar algumas nações, como a Nigéria, caso elas não sejam mais consideradas ameaças à segurança, disse uma autoridade norte-americana.

A Nigéria e outros aliados, como Arábia Saudita e Argélia, manifestaram desagrado por serem incluídos na lista de 14 países, divulgada no mês passado por Washington após uma tentativa frustrada de explodir um avião comercial norte-americano.

Passageiros que viajam entre esses 14 países e os Estados Unidos estão sujeitos a uma revista especial antes do vôo de acordo com a medida, incluindo uma revista no corpo e na bagagem de mão.

"Haverá uma revisão em breve e se for verificado que o alerta não é mais aplicável à Nigéria, o país será removido (da lista)", disse Johnnie Carson, secretário assistente de Estado para Assuntos Africanos dos EUA, nesta quarta-feira, em Acra, capital da vizinha Gana.

"Os EUA não têm nada contra o povo e o governo da Nigéria e ainda mantemos um bom relacionamento com esse país", disse Carson a jornalistas, acrescentando que a medida era destinada a "gerar consciência" sobre possíveis ameaças.

No dia de Natal, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, descrito pelas autoridades norte-americanas como membro da Al Qaeda, tentou sem sucesso detonar explosivos escondidos em sua cueca enquanto o avião se aproximava da cidade norte-americana de Detroit, procedente de Amsterdã, na Holanda.

Os 14 países na lista de Washington são Cuba, Irã, Síria, Sudão, Afeganistão, Argélia, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália e Iêmen - na maioria aliados importantes na luta contra a Al Qaeda.

Fonte: Kwasi Kpodo (Reuters) via O Globo

Cadela "extraviada" fica presa 22h na 1ª viagem aérea

Depois de quase 22 horas presa dentro de uma gaiola, conhecida como contâiner, em um voo da companhia aérea Gol, a cadela poodle Kika, com 5 anos de idade, voltou aos braços de sua dona, a comerciante Lenir Muller, 54 anos, às 13h40 de hoje.

Após a conexão em São Paulo, a cachorrinha foi embarcada no avião errado, indo parar em Uberlândia. Na cidade mineira, Kika embarcou direto para Campo Grande.

Às 16h de ontem, Lenir colocou a cadelinha no container e a despachou no voo de Curitiba para Campo Grande, da Gol Linhas Aéreas. Como a empresa considerou o tempo de vôo curto, não pediu para sedar o animal. “Eu tive R$ 178,62 de despesas, mais a caixa, que custou R$ 45,00”, contou a comerciante, que chegou na Capital às 22h50 de ontem.

Ao tentar retirar o animal, ela foi informada que a cadela havia sido enviada, por engano, para Uberlândia (MG), a 894 quilômetros de Campo Grande.

Início

A comerciante foi até a capital paranaense buscar Kika. “Ela estava com seus filhotes e para eles se acostumarem ao ambiente, meus parentes levaram a Kika para Curitiba também”, contou. Ela ficou aproximadamente um mês longe de Campo Grande.

Os parentes levaram a cachorra de carro até Curitiba. Na volta, que foi ontem, a cachorra realizou sua primeira viagem de avião. E acabou percorrendo uma distãncia 1.788 quilômetros além do previsto, considerando-se as viagens de ida e volta de Uberlândia.

Perda

Na viagem de volta, Lenir disse que seu voo fez conexão em São Paulo, onde trocou de avião. “Eu pedi para ver a Kika e funcionários da Gol me disseram que isso só aconteceria em Campo Grande”, contou.

A cachorrinha ficou presa na gaiola durante todo o percurso, desde as 16h de ontem e ficou sem água e comida. No container havia várias identificações e o destino final da “passageira”.

No momento em que uma funcionária da Gol trouxe o container, a cadela estava visivelmente estressada e mordia as barras de ferro da gaiola. Lenir, que estava acompanhada de sua filha Glice Muller, 27, disse que pretende ingressar com uma ação contra a companhia aérea. “Faltou responsabilidade deles", comentou.

Porém, mesmo com a experiência das últimas 24 horas, Lenir, que possui cinco cachorros, não pensa em desistir de viajar com seus animais de avião. "Eu só espero que nunca mais aconteça isso, é muito doloroso”, lamentou.

A gerência da Gol não quis se pronunciar, dizendo seguir normas da empresa. No entanto, um funcionário da companhia acompanhou a cadelinha até um médico veterinária, que analisaria seu estado de saúde.

Processo

Em junho do ano passado, a Gol foi condenada a pagar R$ 8 mil de indenização por danos morais a uma passageira por maus tratos aos seus animais. A 1ª Turma Recursal do Rio de Janeiro manteve a sentença em primeira instância da juíza Isabela Lobão dos Santos, titular do 20º Juizado Especial Cível, da Ilha do Governador.

Cintia Leisgold viajou de São Paulo ao Rio de Janeiro com um gato e um cachorro. No momento do embarque, ela foi avisada de que o voo partiria de outro aeroporto e que os animais seriam transportados para o novo local junto com as bagagens.

Na chegada ao Rio, percebeu que os animais estavam estressados, desidratados e com o batimento cardíaco acelerado.

Extravio

A bagagem, inclusive os animais, será considerada extraviada caso não seja entregue no seu ponto de destino. Quando isso acontece, deve-se procurar o balcão da companhia aérea para o preenchimento do RIB (Registro de Irregularidade de Bagagem).

O fiscal de Aviação Civil do DAC, localizado na Seção de Aviação Civil nos principais aeroportos brasileiros, deve ser acionado em caso de problemas.

Confirmado o extravio, a companhia tem um prazo máximo de 30 dias para a localização e entrega da bagagem.

Após esse tempo, o passageiro deve ser indenizado pela companhia. Como medida de prevenção, o passageiro pode declarar os valores atribuídos à bagagem, mediante o pagamento de uma taxa suplementar estipulada pela companhia. Neste caso, a empresa tem o direito de verificar o conteúdo da bagagem - e o valor da indenização é o declarado e aceito pela empresa.

Fonte: Denis Matos (Campo Grande News) - Foto: Fernando Dias

Azul desloca voo para São José dos Campos por alerta sobre freio

Uma aeronave Embraer 190, da Azul Linhas Aéreas, que voava de Porto Alegre ao Rio de Janeiro, fez um "pouso de precaução" em São José dos Campos (SP) nesta quarta-feira, após o painel do avião acusar problema no sistema de freio de estacionamento da aeronave, informou a companhia.

"Todos os 75 clientes e 5 tripulantes a bordo foram reacomodados em ônibus por profissionais da Azul e seguiram para o Aeroporto de Viracopos, Campinas, de onde prosseguem para o Rio de Janeiro", informou a companhia aérea em comunicado.

De acordo com a empresa, o pouso em São José dos Campos ocorreu "sem qualquer anormalidade" às 14h28, horário de Brasília.

"Este aeroporto foi escolhido como alternativa para esta operação por apresentar condições ideais de segurança operacional", afirma a nota.

Operando desde dezembro de 2008, a Azul voa para 17 cidades do Brasil e tem uma frota de 14 aeronaves, todas fabricadas pela Embraer.

Fonte: Eduardo Simões (Reuters) via O Globo

EUA: Segurança permanece inalterada após acidente fatal entre Newark e Buffalo

Quase 1 ano depois do acidente aéreo fatal que clamou a vida de 50 passageiros e tripulantes no voo entre as cidades de Newark (NJ) e Buffalo (NY), mudanças fundamentais na segurança ainda não foram implementadas, mesmo depois de promessas feitas por órgãos federais de aviação e legisladores. Na última terça-feira (2), a poucos dias do primeiro aniversário do acidente, o Departamento Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) preparou-se para citar as causas do acidente e, conseqüentemente, fazer recomendações.

O acidente é considerado uma das tragédias mais significantes ocorridas nos últimos anos, pois revelou a falha na segurança entre as principais linhas aéreas e empresas regionais no que diz respeito à voos de curta distância. O problema foi frisado durante uma reunião realizada pelo NTSB em maio do ano passado na qual foi constatado que pilotos de companhias aéreas pequenas estão vulneráveis à fadiga, viagens de longa distância ao trabalho e treinamento inadequado. Desde então, o administrador da Associação Federal de Aviação (FAA), Randy Babbitt, tem persuadido companhias regionais e suas linhas aéreas parceiras a adotarem voluntariamente uma série de melhorias. A FAA também aumentou as inspeções nos seus programas de treinamento de pilotos. Entretanto, o órgão ainda está criando legislações que resolvam as questões de segurança mais críticas levantadas depois do acidente. Uma resolução final pode ser adotada daqui há alguns meses, ou mesmo anos.

Karen Eckert, residente em Williamsville (NY), cuja irmã Beverly Eckert morreu no acidente, disse que os familiares das vítimas estão frustrados pela demora. Ela frisou, por exemplo, que uma versão anterior da proposta de treinamento da tripulação deu às linhas aéreas 5 anos para que seja implementada.

“Isso é muito tempo, levando-se em consideração que vidas podem ser perdidas”, disse ela.

Em Washington – DC, a Casa Branca aprovou uma legislação que obriga o FAA a fortalecer as regulamentações. Não há discordância no que diz respeito à necessidade da legislação, entretanto, a ação tem diminuído o ritmo no Senado por outras disputas. Ainda não é certo quando um projeto de lei será aprovado.

“Aqui estamos nós, quase um ano depois, e basicamente nada mudou no que diz respeito às condições que causaram o acidente”, disse a ex-membro do conselho do MTSB, Kitty Higgins. “A única coisa que mudou é a consciência pública”.

Em 12 de fevereiro de 2009, o voo 3407 da Continental Airlines estava se aproximando do Aeroporto Internacional Buffalo-Niagara quando as turbinas da aeronave sofreram uma parada aerodinâmica e ela mergulhou de encontro à uma casa. Todos os 49 passageiros e tripulantes a bordo morreram, além de 1 residente que se encontrava na casa. Durante a audiência realizada em maio, testemunhos indicaram que os dois pilotos da aeronave cometeram uma série de erros críticos que levaram ao acidente.

O capitão do voo, Marvin Renslow, não possuía prática em um equipamento de segurança no Bombardier Dash 8-Q400 que teve importância fundamental nos últimos segundos do voo, embora ele tenha recebido treinamento em um equipamento similar, mas em um avião menor que ele previamente voou. Além disso, Reslow havia falhado em vários testes de pilotagem antes de ser contratado pela Colgan Air Inc. de Manassas (VA), a empresa regional que operava o voo para a Continental.

A primeira oficial, Rebecca Shaw, 24 anos, havia ganhado menos de US$ 16 no ano anterior. Ela morava com seus pais perto de Seattle e atravessou o país durante a noite até Newark (NJ) para fazer parte do voo 3407. Ela estava doente, mas não quis cancelar seu voo porque havia vindo de muito longe, segundo uma gravação feita na cabine de pilotagem.

Não foi determinado quantas horas de sono ambos pilotos tiveram na noite anterior ao trágico voo.


Visit msnbc.com for Breaking News, World News, and News about the Economy


Fonte: Leonardo Ferreira (Brazilian Voice) - Fotos: Agências

Há 51 anos: acidente aéreo matou Big Bopper, Ritchie Valens e Buddy Holly

O dia 3 de fevereiro é um dos dias mais tristes da história da música, em especial para o rock. Há 51 anos, morria o americano Buddy Holly, principal expoente do gênero na década de 50. Ao lado de Ritchie Valens, autor de La Bamba, e J.P. "The Big Bopper" Richardson, Holly havia participado de um show em Iowa no dia anterior, mas sofreu um acidente aéreo fatal, graças a uma tempestade de neve, que atrapalhou a visão do piloto. A viagem durou poucos minutos, até o avião se perder em meio a um milharal.

O episódio ficou marcado para sempre na história do rock. Em 1971, o cantor Don McLean compôs a música American Pie, que imortalizava o acidente de Holly, 11 anos antes. Segundo trecho da canção de McLean, o dia 3 de fevereiro ficará para sempre marcado como "o dia em que o rock morreu".

Autor de sucessos como That'll be the day, Peggy Sue e Maybe baby, Buddy Holly foi um dos pioneiros do rock'n'roll e também rival de Elvis Presley, outra estrela em ascensão na época. Guitarrista de qualidade e compositor de canções consideradas sofisticadas pela crítica, Holly teve uma carreira curta, mas influenciou vários artistas que surgiram a seguir, como os Beatles.

Um dos integrantes da banda, Paul McCartney admitiu a influência que as músicas de Buddy Holly tiveram na formação do grupo. "Pelo menos 40 músicas que escrevemos com os Beatles foram influenciadas por ele", diz McCartney em uma reunião de citações da New Musical Express.

Segundo McCartney, o nome Beatles foi inspirado em função da primeira banda de Holly, chamada The Crickets. Outro que se influenciou pelas novidades trazidas por Holly foi Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones. Uma das primeiras canções gravadas pelos Stones foi Not Fade Away, que tinha feito sucesso na voz de Holly.

Além de Holly, os outros dois músicos mortos no acidente também influenciaram as gerações seguintes. Apelidado de The Big Bopper, Richardson foi o criador do primeiro vídeo musical, na apresentação de Chantilly Lace, em 1958, um ano antes de sua morte. Já Ritchie Valens foi o autor da canção La Bamba, lançada pouco antes do acidente, e ficou marcado ao utilizar a influência mexicana em suas canções.

Fonte: Terra
MAIS

O Acidente


Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper, entre outros, participavam de uma série de shows chamada Winter Dance Party no meio oeste americano em meio a um inverno com neve.

Depois de uma performace no dia 2 de Fevereiro no Surf Ballroom em Clear Lake, Iowa, resolveram aproveitar uma carona no avião Beechcraft Bonanza B35 (V-tail), prefixo N3794N, que pertencia a um amigo de Buddy Holly. O último lugar disponível foi disputado por cara-ou-coroa e ganho por Ritchie Valens.

O avião deixou o aeroporto da cidade de Mason por volta da 1h de 3 de fevereiro de 1959, em direção a Moorhead, Minnesotta. Os músicos queriam um descanso da cansativa e gelada viagem de ônibus pelo interior dos Estados Unidos.

O piloto não tinha experiência em voar com instrumentos e não soube se orientar com o mau tempo e caiu em um milharal de Albet Juhl, algumas milhas depois da decolagem, às 1h05 da manhã.

O avião, pilotado por Roger Peterson, 21 - um piloto local que trabalhou para Dwyer Flying Service em Mason City, Iowa - explodiu arremessando os corpos dos ocupantes a dezenas de metros.

Esse evento inspirou o cantor Don McLean a criar uma popular música de 1971, chamada "American Pie", e imortalizou o dia 3 de Fevereiro como "o dia que o Rock Morreu".

easyJet ajuda Papa a cortar custos na visita ao Reino Unido

No seguimento das notícias que dão conta que a viagem do Papa ao Reino Unido irá custar aos contribuintes ingleses mais de 20 milhões de euros, a easyJet ofereceu-se para ajudar a reduzir os custos da viagem transportando o Papa gratuitamente.

"A easyJet poderá oferecer a Sua Santidade uma variedade de rotas desde Roma para vários aeroportos do Reino Unido e toda uma nova experiência de viagens de baixo custo", segundo um comunicado da 'low-cost' britânica.

"O Papa poderá fazer o check in online, usufruir da generosa política de transporte de bagagem de mão, sentar-se e beneficiar do serviço prestado pela simpática tripulação. Adicionalmente a companhia irá também incluir speedy boarding gratuito para permitir a Sua Santidade que esteja entre os primeiros passageiros a entrar no avião e poder escolher o seu lugar", pode ler-se no mesmo documento.

Um abaixo-assinado na internet em protesto contra a visita do papa Bento XVI ao Reino Unido já conta com 4 mil assinaturas, segundo os seus organizadores. O presidente da Sociedade Secular Nacional (NSS), Terry Sanderson, citado hoje pelo 'The Times', disse que a visita do papa custará aos contribuintes 24 milhões de euros.

O papa Bento XXI confirmou ontem que fará a sua primeira visita ao Reino Unido. Apesar de não ter revelado uma data, espera-se que a viagem seja em Setembro.

Fonte: Económico (Portugal)

IAI procura parceiro para fabricar aviões regionais na Ásia

A IAI, maior montadora israelense de defesa, está procurando um parceiro na região Ásia-Pacífico para construir aviões para companhias domésticas à medida em que a demanda para viagens intra-regionais deve crescer, afirmou o presidente do conselho da empresa nesta quarta-feira.

A Israel Aerospace Industries (IAI), cuja especialidade vai desde aviões comerciais a aviões teleguiados, desenvolveu modelos de negócios com dois parceiros na Ásia para montar aeronaves com capacidade entre 40 e 90 assentos, disse o presidente do conselho da IAI, Yair Shamir, à Reuters.

Contudo, ele se recusou a dar nome às empresas ou dizer de que país são.

"Estamos procurando um parceiro para desenvolver e produzir aviões regionais aqui", disse Shamir em entrevista durante a Singapore Airshow.

"Nossa ideia é aparecer com um modelo de negócio único."

A IAI é a mais nova fabricante de aviões a entrar na competição por aviões menores para a Ásia-Pacífico, que deve tomar o lugar os Estados Unidos e Europa como maior mercado para transporte aéreo em duas décadas.

Na Singapore Airshow, a Embraer, terceira maior fabricante mundial de aeronaves depois da Airbus e Boeing, disse que planeja apresentar novos modelos em 12 a 18 meses, incluindo seu novo maior jato.

Shamir disse que levará cerca de cinco anos para que o primeiro avião da IAI fabricado na Ásia decole e que a nova joint-venture tenha uma produção inicial de 24 aeronaves por ano.

As vendas na Ásia-Pacífico correspondem a cerca de 40 por cento da receita total da IAI, disse Shamir.

Fonte: Nopporn Wong-Anan (Reuters)