quinta-feira, 12 de junho de 2008

Aeroporto Lisboa está sem combustível

Aeroportos de Portugal suspendeu o abastecimento de combustíveis aos aviões no aeroporto da Portela, mas a medida não levou ao cancelamento de qualquer ligação aérea até ao momento, disse à Lusa fonte da empresa.

«Não estamos a ter capacidade para reabastecer qualquer avião à excepção dos de emergência, militares e de Estado», disse à agência Lusa o porta- voz da ANA, Rui Oliveira, sublinhando não haver até ao momento registo do cancelamento de qualquer voo.

O responsável da empresa lembrou que as companhias aéreas foram alertadas segunda-feira para esta situação, consequência da paralisação dos transportadores que está a impedir o abastecimento de combustível ao aeroporto da capital, e por isso estão a abastecer em outros aeroportos.

É o caso dos aviões da TAP que estão a abastecer nos pontos de origem, no caso do médio curso, e a fazer escalas técnicas em aeroportos como o do Porto ou Funchal no caso das ligações de longo curso, segundo disse à Lusa fonte da transportadora nacional.

«No médio curso a TAP opta por fazer abastecimentos no exterior, no longo curso a avaliação e a escolha dos locais de abastecimento é feita caso a caso», disse à Lusa, Isabel Palma do gabinete de comunicação da TAP.

A responsável apontou o caso de dois voos que partiram hoje de manhã para Brasília e Rio de Janeiro, Brasil, e abasteceram no Porto, apontando ainda o caso de outra ligação com S. Salvador, cujo abastecimento está previsto para o Funchal «por se localizar na sua rota».

Admitindo que esta situação esteja a causar atrasos nas ligações aéreas, a responsável da TAP afirmou, no entanto, que nenhuma ligação foi cancelada até ao momento.

O aeroporto de Lisboa, onde a TAP tem a sua base operacional, é abastecido diariamente por cerca de 60 camiões cisterna, a partir de Aveiras, e tem reservas para três dias.

Na noite de terça-feira, chegaram ao aeroporto apenas 12 camiões cisterna, o que segundo Rui Oliveira deu apenas para repor as reservas.

Segundo o porta-voz da ANA, não há quaisquer problemas de abastecimento nos aeroportos do Porto e Faro.

Fontes: Diário Digital / Agência Lusa (Portugal)

Aves ameaçam segurança de vôos em Brasília

Só este ano foram 11 colisões entre pássaros e aeronaves. Infraero e Ibama instalam redes para apanhar animais que proliferam nas faixas gramadas às margens da segunda pista

A disputa por espaço entre aves e aviões na região do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek levou a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) a uma solução emergencial para evitar acidentes aéreos. Na manhã desta segunda-feira (09/06), duas redes de náilon foram instaladas nas proximidades da segunda pista. Elas servirão para apanhar carcarás, quero-queros e curicacas e, dessa maneira, controlar a população de aves, que cresceu na região nos últimos seis meses.

Inaugurada há três anos, a segunda pista para pousos e decolagens ocupa uma área de 230 hectares, mede pouco mais de 3km e, nas laterais, tem duas faixas de proteção com cerca de 150m cobertos por grama. Pelo menos uma centena de carcarás, quero-queros e curicacas está vivendo nessas faixas verdes. Só este ano, foram registradas 11 colisões entre os pássaros e as aeronaves que chegam ou partem do Aeroporto JK. “Nos últimos seis meses, a população aumentou, o que nos obrigou a tomar uma medida de controle”, relata José Roberto Cantarino, coordenador de Prevenção de Emergência, Salvamento e Combate a Incêndio da Infraero na região Centro-Oeste.

Até agora, as colisões entre aves e aviões provocaram apenas prejuízos econômicos e transtornos às companhias aéreas e aos passageiros. São fuselagens amassadas e atrasos nas chegadas e partidas por conta do susto. Mas o temor é que as ocorrências cheguem ao extremo de provocar acidentes aéreos com vítimas. “Dependendo do tamanho do animal e da altura em que a aeronave estiver voando, o impacto pode ser igual ao de uma tonelada”, explica Cantarino. Em julho do ano passado, no espaço aéreo do estado de São Paulo, um urubu foi capaz de quebrar o pára-brisa de um avião. Os estilhaços atingiram o piloto e o deixaram cego. Segundo Cantarino, a hipótese de aves derrubarem um avião só se daria no caso de duas delas impedirem o funcionamento das turbinas.

As aves que forem apanhadas pelas redes instaladas no Aeroporto JK serão colocadas em caixas especiais e levadas para o Centro de Estudos de Animais Silvestres (Cetas), localizado na Floresta Nacional. Ali, técnicos do Instituto Brasileiro de Meio-Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) decidirão onde elas serão libertadas. “É a primeira vez que esse tipo de controle está sendo feito em Brasília, estamos agindo como parceiros da Infraero”, afirma o chefe de Fiscalização do Ibama-DF, Ênio Cardoso. Na manhã de ontem, os técnicos do Ibama prestaram ajuda para explicar como as redes deveriam ser instaladas. A partir de hoje, os funcionários da Infraero passarão pelo local de hora em hora para monitorar se alguma ave foi apanhada.

Ângela Mouro, coordenadora de Meio-Ambiente da Infraero Regional Centro-Oeste, reconhece que retirar as aves de um ambiente para soltá-las em outro é uma medida polêmica. Mas ressalta que a iniciativa foi adotada devido ao risco de acidente. “Faremos um plano de manejo especial para pensar em outras maneiras de afastar essas aves”, afirma ela. “Mas, paralelamente a isso, as redes se tornaram necessárias porque o número de colisões aumentou muito”, explica.

Apesar de conflitos entre aves e aviões serem comuns em aeroportos do mundo inteiro, o JK não havia vivido essa situação antes da construção da segunda pista. A hipótese mais provável é que a grama plantada nas faixas de segurança tenha aumentado a quantidade de insetos na área, o que atraiu as aves. Como parte das ações para afastar os animais, a Infraero também providenciou a retirada de árvores frutíferas da área e tem feito aparas periódicas na grama.

Fonte: Correio Brasiliense

Varig moderniza sua frota

A Varig incorporou duas novas aeronaves Boeing 737-700 Next Generation a sua frota. As aeronaves serão utilizadas nos vôos entre o Rio de Janeiro (Santos Dumont) e São Paulo (Congonhas).

Elas fazem parte do plano de renovação e modernização da frota da Varig, que encerrará o ano com modelos de nova geração. As aeronaves apresentam baixos custos operacionais, economizando 7,1% de combustível no consumo litros/hora.

Os Boeing 737-700 da Varig estão configurados com 130 assentos e possuem o maior espaço entre assentos do mercado doméstico brasileiro.

Fonte: Mercado & Eventos

Ultraleve faz pouso de emergência em estrada no Paraná

Piloto pretendia pousar em Apucarana, mas não localizou aeroporto.

Segundo testemunhas, vários veículos tiveram de desviar da aeronave.

Piloto de ultraleve fez pouco emergência no meio da rua

Alguns motoristas de Rolândia, no norte do Paraná, levaram um susto na noite de segunda-feira (9). Eles tiveram de dividir espaço na rua com um ultraleve. O piloto saiu de Cascavel, parou em Campo Mourão e pretendia pousar em Apucarana, mas não localizou o aeroporto.

Como já estava escurecendo e é proibido voar de ultraleve depois do pôr-do-sol, o piloto fez um pouso de emergência no meio da rua. O piloto não ficou ferido.

Segundo testemunhas, vários veículos tiveram de desviar da aeronave.

Na tarde de terça-feira (10), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o piloto a voar para Aracaju (SE).

Fonte: G1 - Foto: Reprodução (TV Paranaense)

Boeing 727 é abandonado em aeroporto do Vietnã

O avião abandonado no aeroporto

Autoridades do Vietnã afirmaram que um Boeing 727 foi abandonado no aeroporto de Noi Bai, na capital, Hanói.

O avião veio da cidade de Siem Reap, no Camboja, no final de 2007 e, até o momento, ninguém retirou a aeronave.

Uma autoridade do aeroporto vietnamita disse à BBC que uma companhia aérea baseada no Camboja pode ser a dona do Boeing.

O avião tem uma bandeira do Camboja em sua fuselagem, que também traz o nome de uma companhia aérea chamada Air Dream, mas as autoridades não têm informações sobre esta companhia.

De acordo com a autoridade ouvida pela BBC, se ninguém resgatar o avião, o Boeing será enviado para o ferro velho.

Mais cedo, uma outra autoridade de segurança do aeroporto Noi Bai disse ao Serviço Mundial da BBC que o avião poderia pertencer à companhia aérea cambojana Royal Khmer, que está falida.

Inicialmente foi dada uma permissão ao avião para permanecer no aeroporto enquanto um serviço de manutenção era feito na aeronave. Mas estes consertos não foram feitos.

O jornal on-line vietnamita VietnamNet relatou que os proprietários do avião podem não ter o dinheiro para pagar as taxas de permanência da aeronave no aeroporto.

Fonte: BBC Brasil - Foto: VietnamNet

Avião que pegou fogo no Sudão foi rejeitado por aeroviários argentinos

Aerolíneas Argentinas pretendia incorporar a aeronave à sua frota.

Inspeção técnica verificou 'grave problema de corrosão' no aparelho.

Clique na foto para ampliá-la

O sindicato de pilotos da Aerolíneas Argentinas, integrante do grupo espanhol Marsans, afirmou nesta quarta-feira (11) que no ano passado rejeitou a incorporação à sua frota do avião que se incendiou no Sudão.

O presidente da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (APLA), Jorge Pérez Tamayo, disse que a aeronave acidentada e incendiada - um Airbus 310 de número de série 548, indicou o dirigente sindical - "tinha um grave problema de corrosão".

Air India

Segundo Pérez Tamayo, um representante de seu sindicato e outro da Associação do Pessoal Técnico Aeronáutico (APTA) revisaram, em setembro do ano passado, esse e outro aparelho, que na época faziam parte da frota da Air India e que pertenciam às Linhas Aéreas Sudanesas.

"Esse avião e outro seriam alugados pela Marsans para integrar a frota da Aerolíneas Argentinas, e tanto a APTA como a APLA se negaram a isso, pois os aviões estavam em condições de manutenção muito ruins e achamos que não estavam em condições de voar", disse o sindicalista.

Pérez Tamayo explicou que os pilotos e os técnicos da Aerolíneas Argentinas podem se recusar a operar um aparelho que não cumpre os requisitos mínimos de segurança.

"À medida que vão funcionando, os aviões têm sérios problemas de corrosão, de oxidação. Não é que o avião seja velho, pois este era dos anos 90, mas não foi bem cuidado e mantido, não mudaram placas que estavam corroídas", disse o titular da APTA.

A Aerolíneas Argentinas reconheceu em comunicado ter iniciado procedimentos em janeiro de 2007 para alugar o aparelho que se incendiou na aterrissagem nesta terça-feira, mas esclareceu que "as conversas com o locatário não foram além da assinatura de uma carta de intenção para esta aeronave".

Mortos

A Autoridade de Aviação Civil sudanesa informou hoje que o número oficial de mortos no acidente envolvendo o avião das Linhas Aéreas Sudanesas em Cartum chegou a 30, enquanto 25 passageiros da aeronave continuam desaparecidos.

As primeiras investigações indicam que a água da chuva que caiu na terça e se acumulou sobre as pistas do aeroporto pode ter causado o acidente.

"Parece que os freios do avião não funcionaram corretamente pela água acumulada na pista, que fez com que (o avião) se desviasse e se incendiasse", explicou um porta-voz da Autoridade de Aviação Civil sudanesa, que acrescentou que foi criado um comitê especial para realizar a investigação.

O aparelho procedia da Síria e Amã (Jordânia) e tinha feito escala no aeroporto de Porto Sudão, situado no Mar Vermelho, antes de se dirigir para a capital sudanesa, onde as más condições meteorológicas atrasaram em vários minutos seu pouso.

Fonte: EFE - Foto: Konstantin von Wedelstaedt (JetPhotos)

Avião desaparecido é achado no sul do Chile com nove sobreviventes

Cessna havia sumido no sábado com dez pessoas a bordo.

Helicóptero da Força Aérea localizou a aeronave quatro dias depois.

Um pequeno avião Cessna 208 da companhia Patagônia Airlines, pequena companhia aérea regional que havia desaparecido no sábado no sul do Chile com dez pessoas a bordo foi encontrado nesta quarta-feira (11) na região de Aisén com nove sobreviventes, informaram fontes oficiais.

O subsecretário do Interior chileno, Felipe Harboe, disse no palácio presidencial que a aeronave, um Cessna, foi avistada pouco depois das 12h de um helicóptero da Força Aérea, e minutos depois de um aparelho dos Carabineiros.

A única vítima fatal, segundo Harboe, seria o piloto do avião, identificado como Nelson Bahamonde, e os sobreviventes apresentam ferimentos de diversas gravidades.

Fonte: EFE

Instrutora da Força Aérea do Paquistão morre em queda de avião

Um T-37 Tweet americano semelhante ao que caiu no Paquistão

O piloto de um avião Cessna T-37 da Força Aérea do Paquistão (PAF - Pakistan Air Force) morreu na queda da aeronave próximo a Mardan , no Paquistão.

O acidente que vitimou a mulher, instrutora de pilotos em formação, ocorreu na quarta-feira (11).

Testemunhas oculares disseram que o avião pegou fogo durante um vôo rotineiro e mergulhou de nariz na área da Aldeia Garhi. Os destroços do avião foram encontrados dispersos por uma vasta área.

Fontes: thenews.com.pk / ASN - Foto: WonYong

Avião cai logo após decolagem na Noruega

Ninguém ficou gravemente ferido na queda do Cessna 172

O avião foi periciado por militares

Um avião Reims/Cessna F172P, prefixo LN-ALZ, registrado para o Clube Aéreo Hedmark Flyklubb, caiu no Aeródromo Reinsvoll, em Melbourne, na Noruega nesta quarta-feira (11).

O avião caiu a 200 metros ao sul da pista. Os três ocupantes escaparam sãos e salvos.

Tanto o piloto e como os passageiros saíram do avião logo após terem atingido o chão.

O avião teve problemas de flutuabilidade logo após a decolagem e não se sabe qual foi a causa do problema no avião. De acordo com um comunicado à imprensa o avião Cessna 172 e foi contratado por militares por ocasião do evento Mjøsa 2008.

O piloto informou que foi surpreendido pelas más condições climáticas pouco depois da decolagem. As fortes pancadas de chuva foram apontadas por ele como a possível causa da perda do controle do avião.

Fontes: nrk.no / ASN - Fotos: Leif Arne Moasveen

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Avião da Varig decola após problema em turbina

Vôo seguiria de Fernando de Noronha para Recife na terça-feira (10).

Segundo a Infraero, companhia aére arcou com custos adicionais.

Avião decolou com atraso depois de problemas nas turbinas

Um avião que sairia de Fernando de Noronha para Recife, na terça-feira (10), teve problemas nas turbinas e decolou apenas nesta quarta-feira (11).

Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), o problema foi resolvido e o vôo decolou por volta das 17h desta quarta-feira para seu destino.

Ainda de acordo com a Infraero, a Varig, empresa responsável pelo vôo, arcou com os custos adicionais de hospedagem dos passageiros. A Infraero não soube informar o número de passageiros afetados. O G1 entrou em contato com a Varig, mas a empresa ainda não se manifestou.

Fonte: G1 - Foto: Marcelo Jorge Loureiro (JC - Imagem/AE)

DADOS DA AERONAVE

BOEING 737-3M8
Prefixo: PP-VQO
Avião de 2 Motores a jato/turbo fan
Peso Máximo de Decolagem: 61234 - Kg
Número Máximo de Passageiros: 136

Fonte: ANAC

Denise Abreu reafirma que foi pressionada no caso Varig

Ex-diretora da Anac presta depoimento em comissão do Senado.

Principal alvo das acusações de Denise é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

No Congresso Nacional, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, reafirmou nesta quarta-feira (11) claramente e de forma enfática as denúncias de que teria sofrido pressão do governo no processo de venda da Varig.

“A pergunta é: houve ou não houve pressão? Já relatei as reuniões. Teve ingerência, sim, com os questionamentos no que diz respeito a mim porque estava requisitando Imposto de Renda, origem de capital. Se consubstanciava numa forma de estar determinando o caminho que a agência reguladora deve seguir”, disse.

“O que é pressão? Vamos ficar naquele jogo de palavras - dossiê e banco de dados, pressão ou não. Recebo como uma forma de pressionar uma agência reguladora a tomar uma decisão”, completou a ex-diretora.

Denise Abreu se referia ao caso do vazamento de dados do Sistema de Suprimento de Fundos (Suprim) com os gastos com cartões corporativos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso por um servidor da Casa Civil. O governo mantém que fazia uma banco de dados, enquanto a oposição no Congresso afirma que as informações foramaram um dossiê.

Ordem direta

Após mais de seis horas de depoimento à Comissão de Serviços e Infra-Estrutura do Senado ela disse, mais uma vez, que não recebeu ordem direta de ninguém.

“Não recebi ordem, ninguém disse: faça isso ou faça aquilo, até porque não tenho perfil para receber ordem, muito menos uma agência reguladora, que é órgão de estado”, disse a ex-diretora.

Denise Abreu respondia a uma pergunta do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Ele se referia a reportagem publicada no G1 nesta quarta, em que ela negara ter recebido ordem direta da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Suspeitas

Mais cedo, Denise Abreu levantou suspeitas sobre o parecer da Anac que, em 23 de junho de 2006, aprovou a venda da VarigLog para a Volo do Brasil, negociação que ocorreu em janeiro de 2006.

Ela relatou que saiu da reunião, no Ministério da Defesa, em que o parecer da agência foi aprovado para, segundo ela, “não interferir” no caso. Ela contou que foi chamada de volta por volta das 23h. “Tomei a cautela de sair. Disse para o Milton [Zuanazzi, presidente da Anac à época]: quando tudo estiver pronto você me chama de volta porque não quero interferir nesse parecer, será um desgaste a mais. Eu já tinha imaginando que todo o meu trabalho teria sido jogado no lixo, que eu não entendia mais nada de direito”, declarou.

No foco das denúncias que fez contra a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a ex-diretora dissera, em entrevista, que houve pressão da Casa Civil para que a agência reguladora dispensasse a análise da declaração do Imposto de Renda e a verificação da origem do dinheiro dos sócios e a participação de cada um.

A pressão, segundo ela, seria para que fosse aceita a venda da VarigLog, e posteriormente da Varig, para o fundo norte-americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros. “O parecer [de junho] derrubava toda a argumentação do próprio procurador-geral da Anac que, em abril, determinava que era preciso averiguar a entrada de capital estrangeiro e o imposto de renda”, declarou.

Na explanação, Denise Abreu ressaltou que a verificação era indispensável, calcando-se em sua experiência sobre o tema. “Não há como verificar o limite de capital estrangeiro definido em legislação nacional sem apurar a entrada do capital. É impossível. Por interpretação da legislação, as medidas administrativas teriam que ser essas”, afirmou.

Pressão

Denise Abreu voltou a falar sobre as pressões que teria sofrido durante todo o processo de transferência acionária da empresa. Ela citou um parecer da Procuradoria da Fazenda Nacional referendando que não haveria “sucessão tributária de nenhuma ordem”, ou seja, que as dívidas da companhia não seriam passadas aos compradores.

Denise Abreu mencionou, em sua fala, o nome do advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - citado em suas denúncias anteriores à imprensa - e da filha dele, Valeska Teixeira.

“Havia uma pressão exercida sobre a área de segurança operacional para que toda documentação apresentada pelo escritório Teixeira Martins fosse agilizada. Como se a Anac não tivesse nada para fazer”, afirmou.

A ex-diretora acrescentou que o escritório de advocacia de Roberto Teixeira chegou a retirar uma ação na Justiça que contestava as exigências para que houvesse agilidade na votação sobre a transferência acionária.

Bode expiatório

A ex-diretora da Anac disse que foi transformada em "bode expiatório" para mascarar problemas no sistema aéreo brasileiro.

"Fui transformada em bode expiatório para blindar problemas gravíssimos que existiam no sistema", disse, ressaltando que estava refutando qualquer tentativa de reavivar os momentos em que, segundo ela, teria sido responsabilizada pela crise.

Na audiência pública, a ex-diretora disse que o governo arquitetou a saída da diretoria da agência reguladora. "Demorei a compreender as verdadeiras razões que levaram o governo a arquitetar a renúncia de todos os diretores da Anac. Primeiro tentaram me convencer que seria uma trama da Aeronáutica. Creio que não é verdade", declarou Denise, ressaltando que sempre teve relacionamento respeitoso com a Aeronáutica. Ela fez um elogio público ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.

A ex-diretora também afirmou que demorou nove meses para tomar a decisão de falar sobre o caso. E faz várias menções aos familiares. "Gestei nove meses a decisão de falar e me preparei para trazer à tona as informações sobre o caso VarigLog", afirmou, ressaltando que acompanhou, durante esse período, problemas de saúde dos pais.

Dossiê falso

Em sua explanação inicial, Denise Abreu refutou as acusações de que teria contas no exterior. Disse que é falso o dossiê que teria sido elaborado em agosto de 2007 e chegou à casa da mãe dela em novembro, dois meses e meio após a renúncia dela.

A ex-diretora confirmou ter procurado parlamentares para relatar o caso. "Sempre estive decidida a falar sobre o tumulto do caso VarigLog. Procurei sim o senadores Sérgio Guerra e Tasso Jereissati. Esse dossiê era falso, relatava a existência de contas bancárias no Uruguai com remessa de dinheiro a Luxemburgo e a existência de dois cartões de crédito. Jamais tive essas contas nem esses cartões".

Fonte: G1 - Foto: Reprodução

Dono do Google paga US$ 5 milhões por reserva em vôo espacial

Sergey Brin diz acreditar na exploração das fronteiras do espaço.

Valor será creditado do custo do vôo, que pode ultrapassar os US$ 35 milhões.

Sergey Brin, na foto, fundou o Google junto com Larry Page

O co-fundador do Google Sergey Brin quer viajar para o espaço e pagou US$ 5 milhões para reservar um lugar no futuro vôo espacial orbital com a Space Adventures, afirmou a empresa de turismo espacial nesta quarta-feira (11).

A companhia afirmou que está criando Círculo de Exploradores de Missão Orbital (Orbital Mission Explorers Circle) formado por membros que irão contribuir cada um com US$ 5 milhões para pagar pelo lançamento da primeira missão privada da empresa para a Estação Espacial Internacional.

O valor será creditado ao custo do vôo espacial futuro, que pode custar US$ 35 milhões ou mais, segundo o presidente-executivo da Space Adventures, Eric Anderson. O pagamento dá aos membros a prioridade de lugar na missão.

"Acredito muito no desenvolvimento comercial e de exploração da fronteira espacial e estou indo atrás da possibilidade de chegar ao espaço", afirmou Brin em comunicado.

Anteriormente, a Space Adventures comprou assentos das missões russas para a Estação Espacial Internacional para seus clientes, mas Anderson afirmou que irá agora construir seu próprio foguete para missões inteiramente privadas que podem começar por volta de 2011.

Fonte: Reuters - Foto: Divulgação

Ultraleve cai na República TCheca

Um Ultraleve com dois ocupantes caiu na terça-feira (10), por volta das 18 horas (hora local) perto do aeroporto em Oldrichov, próximo a Tachov, Distrito de Plzen, na República Tcheca.

O Ultraleve - com um homem e uma mulher a bordo - caiu dentro de uma floresta. No local, bombeiros e um helicóptero afetuaram os serviços de emergência. Enquanto a mulher conseguia andar com apenas ferimentos leves, o homem apresentava ferimentos mais sérios.

Para o local do acidente foram imediatamente enviados um helicóptero de combate a incêndio e profissionais de resgate da unidade de Tachova. O acidente ocorreu no noroeste do aeroporto Lesíku Oldřichov. O piloto foi transportado para o hospital por via aérea ", disse o porta-voz dos bombeiros da região, Ladislav Marešová Pilsen.

Fontes: tn.nova.cz / ASN - Foto: tn.cz

Choque aéreo em Portugal faz três feridos

Alpiarça. Um dos aviões conseguiu aterrar em segurança

Agricultores dizem ter visto aviões a fazer acrobacias no ar

Um choque entre dois aviões ligeiros provocou três feridos na terça-feira (10) numa herdade (fazenda, quinta) localizada na lezíria (terra baixa e alagadiça) a seis quilómetros da vila de Alpiarça, no Distrito de Santarém. O acidente deu-se cerca as 18.46 e resultou no despenhamento num campo lavrado de um dos aparelhos, onde viajavam os três feridos, enquanto a outra aeronave conseguiu fazer uma aterragem de emergência a cerca de um quilómetro, escapando ilesos os seus dois tripulantes.

Os três feridos ligeiros são o piloto do avião que se despenhou, José João Sardinheiro, de 47 anos de idade, o seu filho, ainda criança, e um outro homem. Os três foram recolhidos pelos bombeiros perto das casas da herdade do Mouchão do Inglês, a cerca de uma centena de metros do avião que se incendiou e ficou transformado num monte de cinzas.

"Quando chegámos ao local e vimos o estado do avião, pensámos que não iriamos encontrar sobreviventes", disse ao DN um dos bombeiros que primeiro chegou ao local. Os voluntários ficaram espantados quando viram os três tripulantes do aparelho, que conseguiram afastar-se do avião em chamas pelo próprio pé.

Localização da Vila de Alpiarça, no Distrito de Santarém

Segundo o coordenador distrital de Santarém do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil Joaquim Chambel, a aeronave, que transportava as três pessoas que ficaram feridas, ficou "totalmente destruída" e provocou um pequeno incêndio que foi rapidamente extinto pelos bombeiros de Alpiarça, Almeirim e Chamusca.

Elementos do aeródromo de Santarém chegaram rapidamente ao local e também eles deram conta da sua satisfação pelo facto de todos os tripulantes terem escapado com ferimentos ligeiros. "Foi só chapa batida", comentou um dos elementos do aeródromo, também ele piloto, e que sublinhou ao DN que "José João Sardinheiro é um piloto muito experiente, e isto são acidentes que acontecem, mas com muito menos frequência do que com os nossos automóveis".

O avião levantou voo do aeródromo de Santarém, localizado na outra margem do rio Tejo, a 12 quilómetros do local do acidente. O outro avião envolvido no acidente pertence a um piloto de um aeródromo do norte do País. Esta aeronave aterrou em segurança num campo a cerca de um quilómetro de distância, nesta planície também pertencente à Herdade do Mochão do Inglês, estando os dois elementos em segurança, mas em "estado de choque".

Joaquim Chambel garantiu que não são ainda conhecidas as causas do acidente, mas o DN soube no local que alguns trabalhadores agrícolas foram testemunhas do acidente e disseram aos bombeiros ter visto os dois aviões a fazer acrobacias, ao passarem uma pela outra chocaram no ar.

Os feridos receberam assistência médica no local da equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de Santarém.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal) - Foto: João Baptista (DN) - Mapa: '''Rei-artur''' (Wikipédia) - Obs: Matéria editada e complementada pelo Autor

terça-feira, 10 de junho de 2008

Fotos do acidente no Congo

Fotos: M&C

Autoridades encontram helicóptero em área afetada por terremoto na China

Um helicóptero que caiu no sudoeste da China há 11 dias durante operações de resgate do terremoto de Sichuan foi localizado junto aos corpos de seus passageiros, informou a imprensa estatal chinesa.

O aparelho e os corpos foram encontrados nas montanhas próximas da cidade de Yingxiu, epicentro do terremoto, segundo a agência Xinhua (Nova China).

O helicóptero caiu no dia 31 de maio quando voava na área de Yingxiu com 19 pessoas a bordo: cinco tripulantes e 14 feridos, vítimas do tremor, que eram retirados da região para receber atendimento médico.

Fonte: France Presse

Acidente com avião em aeroporto sudanês deixa 28 mortos

Aeronave da Sudan Airways explodiu depois de pousar em Cartum, capital do Sudão.

Equipes de resgate encontraram 97 sobreviventes.


Destroços do avião acidentado após bombeiros apagarem o incêndio

Um avião da Sudan Airways explodiu na terça-feira (10) logo depois de pousar em Cartum, capital do Sudão. Autoridades disseram que pelo menos 28 dos 217 ocupantes do aparelho morreram.

A TV sudanesa mostrou imagens do avião em chamas na escuridão, enquanto bombeiros tentavam controlar o fogo com mangueiras. O aparelho, que a TV disse ser um Airbus, transportava 203 passageiros e 14 tripulantes.

A agência Reuters chegou a divulgar a informação de que já haviam sido confirmadas 120 mortes, mas o general Mohamed Osman Mahjoub, que havia passado o número, depois voltou atrás e disse que só 28 mortes eram confirmadas até o momento.

O subdiretor-geral de polícia Al Adel Ajeb disse à TV local que a operação de resgate dos corpos está complicada porque alguns deles estão estraçalhados e completamente carbonizados.

Um passageiro disse que o avião, que vinha de Amã (Jordânia), havia tentado pousar, mas que o comandante suspendeu a operação e avisou aos passageiros que isso se devia ao mau tempo.

O avião voou até Port Sudan, na costa do mar Vermelho, antes de voltar a Cartum, cerca de uma hora depois. "Quando tentou pousar houve uma colisão", relatou esse passageiro.

Explosão

No momento do acidente, uma tempestade de areia prejudicava a visibilidade na cidade, segundo moradores.

Outro sobrevivente, Al Haj Bashir, disse que o pouso em Cartum "não foi normal" e que ocorreu "uma explosão na asa direita" dois ou três minutos depois da chegada em terra.

O ministro dos Transportes, Mabrouk Mubarak Salim, confirmou ter havido uma explosão no motor direito. "Até agora não temos informação precisa, mas achamos que o tempo foi a principal razão do que aconteceu."

O incêndio no avião já foi debelado. No auge, o fogo parecia consumir a cabine e a fuselagem. A TV mostrou os tobogãs de fuga abertos nas laterais do aparelho.

Sobreviventes

As autoridades disseram que o piloto ficou levemente ferido, mas que entre os demais tripulantes só um foi achado com vida. Um porta-voz disse que a contagem de sobreviventes está confusa, porque eles acabaram se dispersando e muitos foram embora do aeroporto.

Yusuf Ibrahim, diretor do aeroporto, disse à TV que o pouso ocorreu "com segurança" e que já em solo a tripulação chegou a conversar com a torre, que orientou o avião sobre onde taxiar. "Nesse momento uma explosão aconteceu", disse ele.

Há cinco anos, um Boeing 737 da Sudan Airways caiu logo após decolar de Port Sudan, matando 104 passageiros e 11 tripulantes.

Fonte: Reuters - Foto: AP

Avião explode no Sudão com 217 pessoas a bordo

Aeronave pegou fogo ao pousar em Cartum; motor teria explodido.

Pelo menos 111 sobreviveram, mas há mortes, segundo a polícia.





Um incêndio em um avião que pousava no aeroporto de Cartum, capital do Sudão, deixou pelo menos 20 feridos nesta terça-feira (10).

O avião levava 217 pessoas (203 passageiros e 14 tripulantes). Há pelo menos 111 sobreviventes, segundo a polícia local.

"O avião aterrissou com segurança no aeroporto de Cartum e então falou à torre de controle, que o mandou taxiar. Neste momento, houve uma explosão", disse Yusuf Ibrahim, diretor do aeroporto.

Depois da explosão, o fogo espalhou-se e consumiu toda a aeronave, que, segundo a TV local, seria um Airbus. O trabalho de resgate ainda está sendo feito, e há corpos nos destroços.

Veja o local da queda do avião no Sudão

Um sobrevivente disse que o piloto tentou pousar, mas logo em seguida informou que não estava conseguindo por causa do mau tempo. Outro sobrevivente, Al Haj Bashir, disse que o pouso "não foi normal" e disse ter percebido "uma explosão na asa direita", dois ou três minutos após o pouso.

De acordo com autoridades do aeroporto, o vôo vinha de Damasco, na Síria, e de Amã, na Jordânia. Segundo a TV local, muitos dos passageiros eram turistas sudaneses.

O tempo estava fechado na hora do acidente, e a visibilidade era restrita. De acordo com o diretor do aeroporto, ainda é cedo para apontar uma causa para o desastre.

Fontes: G1 / Agências Internacionais- Foto: Arte G1

MAIS DADOS DO ACIDENTE

Status: Preliminar
Data: 10 JUN 2008
Tipo: Airbus A310-324
Operador: Sudan Airways
Registro/Prefixo: ST-ATN
C/n / msn: 548
Primeiro vôo: 23/08/1990
Motores: 2 Pratt & Whitney PW4152
Tripulação: Fatalidades: ? / Ocupantes: 14
Passengers: Fatalidades: / Ocupantes: 203
Total: Fatalidades: ? / Ocupantes: 217
Dano na Aeronave: total
Local: Aeroporto Civil de Khartoum (KRT) - Sudão
Fase: Aterrissagem
Natureza do vôo: Transporte Internacional de Passengeiros
Aeroporto de Partida: Aeroporto Internacional de Damasco (DAM/OSDI), Síria
Aeroporto de Destino: Aeroporto Civil de Khartoum (KRT/HSSS), Sudão
Número do Vôo: 109

Fonte: ASN

Helicóptero interceptado no segundo dia da Eurocopa


Atenção aos aviões

Se as autoridades da Suíça e da Áustria estão atentas às movimentações de adeptos nos respectivos territórios, prestando atenção a quem tenta passar as fronteiras, igualmente em relação ao espaço aéreo o alerta é total.

Os dois países apertaram as restrições à circulação de aviões, principalmente na proximidade das cidades que estão a receber jogos do Campeonato da Europa. E no domingo houve logo um problema. Cerca das 17 horas, um helicóptero aproximou-se da capital da Áustria, Viena, sem autorização das autoridades do país. De imediato foram enviados dois aviões da Força Aérea austríaca, que conduziram o aparelho até uma base aérea próxima, onde identificaram o prevaricador.

Para cada dia de jogo, a Áustria dispõe de dois caças, dois aviões e dois helicópteros de prevenção.

Fonte: Record.pt

Queda de avião mata ministros no Quênia

Acidente ocorreu próximo a reserva de caça no país africano.

Ministro dos Transportes e ministra-assistente para Assuntos Domésticos estavam a bordo.


Curiosos observam destroços do avião que caiu no Quênia e causou a morte de quatro pessoas, entre elas dois ministros locais

O ministro dos Transportes do Quênia, Kipkalya Kones, e a secretária de Estado para Assuntos Internos, Lonar Laboso, morreram nesta-terça-feira (10) no oeste do país, segundo as autoridades de aviação do país.

O governo confirmou a morte dos dois ministros, que também eram deputados.

Além dos ministros, o piloto e um segurança também morreram, segundo a polícia local.

A aeronave, um pequeno avião Cessna pertencente a uma companhia privada, a Flight Trade Limited, caiu por volta das 14h30 (12h30 de Brasília), perto da localidade de Narok, cerca de 220 km ao sudoeste de Nairóbi, segundo a emissora, que cita fontes da polícia queniana.

Segundo os porta-vozes da polícia, o avião, que decolou do aeroporto Wilson, em Nairobi, caiu sobre uma casa desocupada quando tentava aterrissar no aeroporto de Kericho, a noroeste de Narok.

Aparentemente, os funcionários governamentais viajavam para a região do Vale do Rift para supervisionar as eleições legislativas parciais, previstas para amanhã.

Fonte: G1 / EFE - Foto: AFP - Atualizado às 22:29 hs.

Base espacial atingida por terremoto na China retoma atividades

A base lançou o satélite de telecomunicações Zhongxing IX.

O aparelho, de 400 toneladas, transmitirá sinais de televisão para os Jogos Olímpicos.


A base espacial de Xichang, em Sichuan, a província mais afetada pelo terremoto que atingiu a China em maio, retomou suas atividades com o lançamento de um satélite, após a reparação dos danos causados pelo tremor.

A base, situada no centro da província, e que não sofreu graves danos, lançou ontem à noite o satélite de telecomunicações Zhongxing IX, fabricado pela empresa francesa Thales Alenia Space, por encomenda da companhia China Satcom.

O aparelho, de 400 toneladas, transmitirá sinais de televisão para os Jogos Olímpicos de Pequim, e com ele se espera chegar a zonas do país asiático que ainda não têm cobertura televisiva.

A base de Xichang, uma das três com as quais conta o país asiático, foi a escolhida no ano passado para o lançamento do Chang'e-I, o primeiro satélite enviado pela China à Lua.

As missões tripuladas chinesas, por sua vez, costumam partir de outra base, situada em Jiuquan, na província de Gansu (noroeste).

Fonte: EFE

TAM informa que não fez oferta para comprar Varig

A empresa TAM informou ontem (09) que analisou oportunidades de investimentos no setor aéreo e não efetuou nenhuma proposta vinculativa no caso da Varig por considerar a relação risco/retorno desfavorável. Segundo reportagem veiculada na edição desta semana da revista Veja, a TAM teria apresentado uma oferta de US$ 738 milhões pela Varig. A revista questiona, então, por que a proposta da Gol, de US$ 320 milhões, foi aceita.

O caso da Varig virou polêmica desde que a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, afirmou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez pressão a favor do fundo norte-americano Matlin Patterson e de três sócios brasileiros no processo de venda da VarigLog. O negócio violaria a legislação brasileira, que limita a 20% o capital estrangeiro nas companhias aéreas.

Fonte: Estadão.com

Empresa de Dubai gasta US$ 2,5 bi em aviões

A companhia estatal Dubai Aerospace Enterprise (DAE) anunciou planos de aquisição de 50 aeronaves. Com valor estimado em US$ 2,5 bilhões, a compra tem como objetivo expandir a frota da DAE Capital, subsidiária da DAE no setor de leasing de aviões. As informações foram divulgadas pela agência Reuters.

De acordo com o CEO da DAE Capital, Bob Genise, os aviões deverão ser entregues à DAE nos próximos 18 meses e a compra inclui os modelos Boeing 777 e Airbus A330. Em novembro de 2007, a DAE Capital assinou um contrato para aquisição de 100 aeronaves, no valor de US$ 13,7 bilhões, da fabricante norte-americana Boeing. O contrato prevê a entrega de 70 aeronaves modelo 737 Next-Generation e outras 30 dos modelos 787, 777 e 747, entre 2010 e 2018, de acordo com o site do jornal Gulf News.

Também em novembro do ano passado, a empresa de Dubai comprou outras 100 aeronaves da fabricante européia Airbus, por US$ 13,5 bilhões, além de ter investido US$ 1,9 bilhões em motores para aviões da General Electric.

Fonte: Jornal Brasilturis

Seis morrem em queda de helicóptero na Tanzânia

Seis pessoas morreram ontem (09) quando um helicóptero de Patrulha Aérea em que estavam a bordo, caiu na região de Arusha, na Tanzânia.

O acidente ocorreu por volta do meio-dia em Mateves Village, a cerca de 17 quilômetros da cidade de Arusha, de acordo com o chefe da polícia regional, Basilio Matei.

Ele disse que o helicóptero pertencente à Tanzania People`s Defence Forces (TPDF) foi agendado para viajar para Dodoma, mas caiu pouco depois de ter decolado do aeroporto de Arusha.

"Aqueles que morreram eram dois pilotos, dois mecânicos e dois passageiros", afirma o comunicado sem nomear as vítimas.

Ele acrescentou que as investigações para determinar a causa do acidente tinha começado e a TPDF e outras autoridades estão envolvidas.

Testemunhas oculares disseram que o helicóptero caiu pouco depois da decolagem do aeroporto e foi localizado a 15 km a oeste da cidade. Os destroços do avião ficaram espalhados por uma grande área.

Entre as primeiras pessoas a chegar à cena do acidente estavam os Sr. Basilio, moradores e funcionários do aeroporto. O local do acidente está a poucos quilômetros da A to Z Textile Mill, que foi visitado pelo presidente dos EUA, George W. Bush, durante seu passeio pela Tanzânia, em fevereiro.

Fontes: ASN / All Africa

Cia. aérea de Cabo Verde inicia rota Lisboa-Praia-Bissau

A transportadora aérea cabo-verdiana, TACV, iniciou nesta segunda-feira (09) a realização de vôos semanais na rota Lisboa-Praia-Bissau.

Estudos feitos pela companhia indicam que esse vôo deverá realizar-se com uma taxa média de ocupação de 75% da capacidade do Boeing 575.

Pelas estimativas da TACV são cerca de 124 passageiros por vôo, conforme explicou à Rádio Nacional o diretor de marketing da transportadora aérea nacional, António Socorro.

A abertura da nova linha para Bissau surge com o objetivo de transportar passageiros de Lisboa para Bissau, mas também garantir a ligação Praia-Bissau.

“O objetivo desse vôo é trazer passageiros de Lisboa via Praia. Dentro dessa rota nós também aproveitamos para transportar os passageiros de Praia para Bissau e vice-versa para melhor rentabilizar o vôo”, explicou.

Os vôos são uma parceria com a Air Bissau Internacional, já que a TACV ainda não tem autorização da Aviação Civil Portuguesa para operar diretamente de Bissau para Lisboa, mas António Socorro garante que "as negociações estão bem adiantadas"

“Nós queríamos fazer vôo direto, mas temos constrangimentos ao nível das aeronáuticas e nesse momento não estamos aptos a fazer o vôo direto. E uma das alternativas é fazer via Praia, até que haja novas instruções em termos de aviação civil”, disse.

O novo vôo da TACV começa com o preço promocional de 642 euros (R$ 1647,6), a partir de Lisboa.

Fonte: Agência Lusa

Anac publica participação de mercado: Tam lidera

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) publicou ontem (09/06) as tabelas com dados comparativos de participação de mercado das empresas aéreas brasileiras, relativos a maio de 2008 e o acumulado dos cinco primeiros meses. No mercado doméstico, somente no mês de maio, a Tam teve 49,3% de participação, seguida pela Gol, com 37,2%, Varig, com 7,9% e OceanAir e WebJet com pouco mais de 1,9%.

Os primeiros cinco meses mostram um equilíbrio da Tam em relação ao mesmo período de 2007, com 49,2% agora e 49% no ano anterior. A Gol caiu de 39,1% para 38,2%, a Varig subiu de 4,4% para 5,5%, a OceanAir de 1,6% para 3,5% e a WebJet de 0,5% para 1,5%.

No mercado internacional, durante o mês de maio, a Tam representou 74,3%. Segundo a companhia, uma participação recorde. A Varig 16,6% e a Gol 8,7%. Na comparação dos primeiros cinco meses de 2008 com o mesmo período de 2007, a Tam passou de 67% para 69,7%, a Varig de 11,3% para 14,7,1%. A Gol registrou uma queda, de 16,7% para 9,9%.

Fonte: Mercado & Eventos

Piloto morre em queda de avião no Canadá

Um piloto de 55 anos de idade morreu depois que o pequeno avião Comp Air 4 em que voava caiu próximo ao aeroporto Springbank Calgary, em Alberta, no Canadá, na segunda-feira (09).

O avião caiu entre as duas pistas do pequeno aeroporto, por volta das 10 horas (hora local), situado a cerca de 25 quilômetros da cidade de Calgary, de acordo com a Jory Jenson, uma oficial do Serviço de Emergência Médica.

A expedição da SME recebeu uma chamada às 10:17 e duas ambulâncias foram encaminhadas para o aeroporto, que é utilizado principalmente por escolas de aviação e, por vezes, como uma alternativa para o aeroporto de Calgary.

O piloto, do sexo masculino, foi declarado como morto no local, Jenson disse. Não foram encontrados outros passageiros no avião.

O nome do piloto não será liberado até que a família seja notificada.

Larry Stock, o gerente, no aeroporto Springbank disse esta é a primeira vez houve uma fatalidade no aeroporto onde ele trabalha há mais de 10 anos.

"Esta é a primeira fatalidade", disse ele.

Dois investigadores do Transportation Safety Board, foram enviados do escritório de Edmonton, informou o porta-voz John Cottreau.

Fontes: ASN / Dose.ca

Fogo em motor de Airbus pouco antes da decolagem no Catar

O Airbus A300-600, prefixo A7-ABW, da Qatar Airways, vôo QR521, que ia de Cartum (Sudão) para Doha (Catar) com 98 passageiros, estava na pista pronto para a decolagem, quando chamas foram notadas a do lado esquerdo do motor.

O incidente ocorreu no sábado (07). O fogo foi visto pelos passageiros e pela torre de controle.

Os passageiros foram imediatamente evacuados e rapidamente os bombeiros controlaram o fogo. Nenhuma lesão foi oficialmente comunicadas (ao contrário relatórios iniciais que informavam que um passageiro que recebeu queimaduras leves).

Fonte: AV Herald - Foto: Eye Wetnise

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Helicóptero de resgate médico cai no Texas. Quatro morrem.

Pouco depois pegar um paciente em Huntsville, um helicóptero médico Bell 407, da PHI Air Medical, caiu na Floresta Nacional Sam Houston na manhã de domingo (08), matando todos os quatro ocupantes.

O piloto não relatou nenhuma dificuldade e o helicóptero caiu na mata perto de Lake Raven, 1000 deixando um rasto de destroços, disseram as autoridades.

"O helicóptero ficou totalmente desintegrado após o impacto", disse John Sampa, da polícia do estado.

O helicóptero Bell 407 foi parte de uma frota operada no Texas e em outros estados pela PHI Air Medical.

O pedido de um vôo aéreo veio do Huntsville Memorial Hospital, disse o porta-voz da PHI Air Medical, Jonathan Collier.

A equipe médica do ar, baseada em Campo Coulter em Bryan, pegou o paciente por volta das 2:45 da madrugada.

Wayne Kirby, 63 é piloto da PHI há 32 anos.

"Dois minutos depois que decolou, eles perderam comunicações", disse John Sampa.

O protocolo diz que o piloto deve fazer contato a cada 15 minutos. Quando o expedidor não ouviu mais nenhum contato a partir das 3 horas da manhã, uma busca foi iniciada.

O GPS a bordo do helicóptero mostrou a sua última posição. O Departamento de Segurança Pública do Texas avistou os destroços da aeronave na Fazenda Campbell Gene, na floresta nacional, uma vasta área que abrange mais de 167.000 hectares, nos Condados de Montgomery, São Jacinto e Walker.

Os destroços se espalharam por mais de uma milha.

A NTSB (National Transportation Safety) enviou um investigador ao local no domingo à tarde.

De 2002 a 2004, houve 55 acidentes com aeronaves de serviço médico.

Fontes: Chron.com / ASN

Seis morrem em acidente aéreo em Ohio, EUA

Um pequeno avião Cessna caiu domingo (08) à tarde numa área residencial em Freemont, Ohio, EUA e matou as seis pessoas a bordo, incluindo o piloto, um ex-legislador do estado que ofereceu o passeio a cinco pessoas após um almoço de caridade.

O republicano Gene Damschroder Sr., de 86 anos, serviu na Câmara do Estado de Ohio de 1973 a 1983.

Ninguém ficou ferido em solo e nenhuma edificação ficou danificada. Ainda é muito cedo para dizer o que causou o acidente. O National Weather Service afirmou que não havia mau tempo na região.

O Lions Clube de Fremont realizava, no domingo, um almoço onde pilotos realizavam vôos a partir do Aeroporto de Fremont Aeroporto para exibir seus aviões.

Depois do evento, Damschroder ofereceu aos visitantes uma oportunidade para voar pelo custo do combustível, de acordo com um cartaz no aeroporto. Esses passeios não estavam relacionados com o evento do Lions Clube.

Também morreram no acidente: Bill Ansted, 62; Allison Ansted, 23; Danielle Gerwin, 31; Emily Gerwin, 4, e Matt Clearman, 25.

"Ele voa desde a Segunda Guerra Mundial. Ele tem voado a sessenta anos", afirmou o filho do piloto, Rex Damschroder. "Voar era a sua vida."

Fontes: The News Tribune (Ohio) / ASN - Foto: AP

Turbina de aviao da Rico explode no Amazonas

Um problema técnico em uma das turbinas provocou pânico no vôo 4844 da Rico Linhas Aéreas, por volta das 12h30 de sábado (07). O problema ocorreu no municipio de Tefé (a 525 quilometros de Manaus).

O avião, um Boeing 737-200 deixou Manaus às 10h30 hs. com destino a Tabatinga e escala em Tefé, com aproximadamente cem pessoas a bordo. Entre elas o prefeito de Atalaia do Norte, Rosário Conte Galati, e o vice-prefeito de Tabatinga, Carlos Donizete. "A turbina explodiu e o pneu do trem de pouso furou. O avião começou a cair e o que se via era gente em estado de pânico", informou Rosário Galati, por telefone. "Tivemos que retornar para Tefé, dez minutos depois de termos embarcado. Graças a Deus e a perícia do comandante, estamos vivos", desabafou.

De acordo com o prefeito, os problemas técnicos nas aeronaves da Rico têm sido constantes no interior do Estado. "Esta é a segunda vez que escapo de um acidente em vôos da Rico. A primeira foi há oito meses, quando o aviâo estalou todinho na viagem que fiz para Manaus", recordou o prefeito de Atalaia do Norte.

APELO

Prefeito, vice-prefeito e a maioria dos passageiros que passaram minutos de pânico no Boeing 737-200, tiveram de ficar num restaurante de Tefé, a espera de outra aeronave. O problema é que nao havia mais voos para Tabatinga, um outro, também da Rico havia saído mais cedo.

"Nós, prefeitos dessa região do Amazonas, estamos preocupados com as condições dos aviões da Rico. Estamos voando nesse avião que não tem mais condiçao de vôo. Fazemos um apelo a ANAC e ao Governo Federal, pois precisamos de uma outra companhia urgente para cá", insistiu Rosário Galati

Muitas crianças e pessoas da terceira idade ficaram em transe durante o incidente em Tefé. Segundo testemunhas, uma das aeromoças passou mal e sequer conseguia ficar em pé.

Fonte: A Crítica, Manaus, 08 de Junho de 2008

A pergunta de 418 milhões de dólares

Por que a proposta de 738 milhões da TAM pela Varig foi recusada e a de 320 milhões da Gol foi aceita?

Reportagem: Felipe Patury e Fábio Portela

Dedicatória – "Para o amigo Marco Audi, um abraço do Lula"

(1) Larissa, filha de Roberto Teixeira; (2) Cristiano Martins, genro de Teixeira; (3) o chinês Lap Chan, do fundo Matlin Patterson; (4) Valeska, filha de Teixeira; (5) Marco Audi, da VarigLog; (6) Lula; (7) Guilherme Laager, então presidente da Varig; (8) Eduardo Gallo, da VarigLog; (9) Santiago Born, do Matlin Patterson; (10) Roberto Teixeira

De todas as indagações sobre as circunstâncias que cercaram a venda da Varig para a Gol, uma parece ser a de resposta mais difícil. Por que, tendo uma oferta de 1,2 bilhão de dólares pela companhia feita pela TAM, a VarigLog, então dona da Varig, optou por uma proposta de 320 milhões de dólares? Pela simples aritmética, essa resposta vale 900 milhões de dólares. A suspeita, no entanto, é a de que a busca dessa explicação pode trazer à tona fatos desabonadores para altas autoridades do governo Lula e para o próprio presidente, cujo nome foi usado por interessados no negócio – em especial por aqueles que conseguiram que a venda fosse feita ao comprador que oferecia menos. O documento cujo trecho ilustra a página ao lado mostra que a TAM chegou a oficializar por escrito sua proposta em que aceita a avaliação inicial de 1,2 bilhão de dólares. A proposta andou. Foram feitas as diligências financeiras próprias desse tipo de negociação e a TAM decidiu que, para prosseguir, estaria disposta a desembolsar 738 milhões de dólares para se tornar dona da tradicional marca Varig e de seu patrimônio. Pela simples aritmética, a diferença inicial de 900 milhões de dólares cai para 418 milhões. Mas isso não muda em nada o valor da resposta sobre por que a pior oferta foi a vencedora.

Por quê? Uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo, publicada na última quarta-feira, começou a responder à pergunta de 418 milhões de dólares e a outras que cercam a operação, mas o enigma não terá solução satisfatória sem que se abram investigações sobre as circunstâncias da transação. O que existe são versões. A primeira é a de Marco Antonio Audi, líder dos três empresários brasileiros proprietários da VarigLog, empresa então dona da Varig. Ele contou ao jornal paulista que foi pressionado a fechar o negócio pela pior oferta por seu sócio estrangeiro na empreitada, um chinês chamado Lap Chan, representante do fundo americano de investimento Matlin Patterson. Até aqui se tem apenas uma confusão empresarial difícil de entender e chata de ler até mesmo em páginas especializadas em negócios. Ocorre que, como em quase todos os países do mundo, no Brasil as transações envolvendo empresas aéreas só deslancham quando elas recebem sinal verde de órgãos do governo e da agência reguladora da atividade, no caso a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil. A tendência natural e esperada dos empresários nesses casos é procurar advogados com experiência e "trânsito" no governo e na agência reguladora. Audi diz que fez uma pesquisa de mercado e decidiu-se pelo nome do advogado paulista Roberto Teixeira, que vem a ser um amigo de trinta anos e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse ponto, o que parecia ser apenas uma história de um negócio privado nebuloso começa a ter, segundo os relatos publicados pelo Estado de S. Paulo, as feições de uma transação mais complexa, com tentáculos públicos, um daqueles casos típicos de Brasília que envolvem favores e empurrões oficiais vindos de cima em troca de não se sabe bem o quê.

Teixeira, ao centro, no elevador do Planalto com os donos da Gol, Nenê Constantino (à esq.) e Constantino Junior: sem escalas para a sala de Lula - Foto: José Cruz (ABR)

Entra em cena a ex-diretora da Anac Denise Abreu, demitida do cargo no ano passado no auge das repercussões negativas do caos aéreo para o governo. Denise, militante de esquerda na juventude, alinhada, portanto, com o atual governo, contou aos repórteres do jornal ter sido pressionada pelo governo, em especial por Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, para cortar caminhos em favor do grupo que queria vender a Varig para a Gol pela pior proposta. As pressões, na verdade, antecederam a venda da Varig para a Gol, pois era preciso antes legitimar a própria compra da VarigLog para o grupo de empresários liderados por Marco Antonio Audi, que, como se viu acima, tinha como sócio endinheirado um chinês com capital americano. A Anac relutava em chancelar a transação, pois havia a suspeita clara de que Audi e companhia eram apenas testas-de-ferro dos americanos. Os brasileiros estariam no negócio somente para atender ao Código Brasileiro de Aeronáutica, que impede o controle acionário de empresas aéreas por estrangeiros. Denise Abreu conta então que, embora dirigisse uma agência reguladora, por princípio independente do executivo, recebeu pressões para ignorar a lei e aprovar rapidamente o negócio, sem verificar as credenciais nacionais do capitalista comprador. Dilma Rousseff teria sido o instrumento do governo nessas pressões. "Numa reunião, a ministra se insurgiu contra as (duas) exigências, dizendo que isso não era da alçada de uma agência reguladora, mas do Banco Central e da Receita", afirma Denise.

A ministra Dilma Rousseff admitiu ter acompanhado com interesse o negócio, mas nega ter pressionado Denise Abreu. Três outros ex-diretores da Anac – Leur Lomanto, Jorge Velozo e Josef Barat – apareceram para corroborar as acusações de Denise Abreu. A mesma atitude teve o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero. A VEJA, Denise diz ter vindo a público apenas para se proteger. Ela alega ter decidido conceder a entrevista depois que soube da circulação de um dossiê contendo contas bancárias das quais seria a titular. "Enquanto os ataques se limitavam a destruir minha auto-estima profissional e me enxovalhar, mantive-me quieta, embora emocionalmente destruída. Mas quando inventaram um dossiê falso contra mim, colocando em jogo a minha integridade, o quadro mudou. Tenho o dever de proteger a minha imagem e a da minha família."

Antes que se avance na conclusão de que se tratou de uma negociata, é preciso ter em mente que a maneira de trabalhar do governo Lula lembra em muito os tempos autoritários do governo militar. O governo decide que a Varig tem tradição, tem milhares de funcionários e é preciso salvá-la. "A engrenagem abaixo então começa a trabalhar a toda nesse rumo, atropelando as leis e o bom senso", lembra um poderoso ex-ministro do governo dos generais. A observação é boa. Ajuda a entender o interesse e os métodos do governo no caso. Mas não ajuda a compreender por que a proposta pior venceu. Permanecem, portanto, sem explicação as razões pelas quais Audi, seus sócios brasileiros e mesmo os americanos donos do dinheiro e o representante chinês decidiram que não precisavam de 418 milhões de dólares. Volta à cena o advogado Roberto Teixeira, aquele amigo e compadre do presidente Lula. Segundo Denise Abreu, a ex-diretora da Anac, Teixeira, sua filha Valeska e o marido dela, também advogado, não apenas defendiam seus constituintes, mas o faziam a toda hora lembrando os funcionários de sua intimidade com o presidente da República. "Podemos ir embora, papai já está no gabinete do presidente", teria dito Valeska para demonstrar suas relações privilegiadas com Lula, de quem, de fato, é afilhada.

Em junho de 2006, a Anac finalmente avalizou a venda da VarigLog, legalizando a existência da empresa que viria a ser dona da Varig. Um mês depois, à frente da VarigLog, o então desconhecido Audi é apresentado ao Brasil como um empresário de grande tino comercial ao arrematar a Varig por 24 milhões de dólares – cuja origem, via o chinês Lap Chan, era o fundo americano. Mais uma vez a história estiolaria se não entrasse em cena, de novo, com todo o seu esplendor, o estado regulador. Quanto valia a Varig? Com suas dívidas de 4,8 bilhões de dólares com o governo, não valia nada. Sem as dívidas, valia uma fortuna. O empresário Audi diz que o advogado Teixeira foi o instrumento mais efetivo em Brasília para livrar a Varig das dívidas, tornando-a atrativa no mercado. "Teixeira chegou a sugerir pagamento de propinas a funcionários públicos, mas eu nunca aceitei. Só paguei dinheiro a ele a título de honorários", afirma Audi. O empresário conta que, em Brasília, o advogado amigo do presidente abria portas com muita facilidade – "como um deus", nas palavras de Audi. Pelos canais de Teixeira, Audi foi recebido pelos ex-ministros Waldir Pires (Defesa) e Luiz Marinho (Trabalho), além da ministra Dilma Rousseff. Com o assessoramento jurídico de Teixeira e de outros escritórios de advocacia, Audi e seus sócios conseguiram se livrar das dívidas bilionárias da velha Varig, estimadas em 4,8 bilhões de dólares. Ficaram apenas com a parte boa – e lucrativa – da companhia: suas rotas internacionais. Logo, apareceram diversos interessados com propostas para comprar a Varig.

A partir desse ponto, o advogado Teixeira e o empresário Marco Antonio Audi, que estiveram do mesmo lado da trincheira no processo de legalização da VarigLog aos olhos da Anac, começam a tomar rumos diferentes na história. O chinês Lap Chan também adquire outros ares, e seus interesses, antes coincidentes com os dos sócios brasileiros, subitamente passam a ser conflitantes com os deles. Audi e o advogado Teixeira, a quem o empresário afirma ter pago, no total, 5 milhões de dólares para resolver os problemas da Varig-Log em Brasília, começam a se estranhar. Qual é a razão da briga, agora que todos conseguiram o que tanto queriam em Brasília? Seja qual for o motivo da cizânia, o certo é que tem sua origem ali a resposta à pergunta de 418 milhões de dólares. O azedume começou justamente quando chegou a melhor hora para todos: a de vender o maior patrimônio da VarigLog, a própria Varig que o grupo arrematara por uma bagatela e planejava desde o começo passar à frente com grande lucro.

O que se sabe é que Audi e seus sócios brasileiros começaram a negociar com a TAM. Lap Chan, com a ajuda de Teixeira, conversava com a Gol. A briga ficou feia. O fundo americano e seu chinês decidiram tomar a empresa de Audi e companhia. Cessaram toda a injeção adicional de recursos e foram à Justiça em busca do bloqueio das atividades da VarigLog. A Justiça entregou o comando da companhia a Lap Chan. Diante disso, a Anac quer agora que o fundo Matlin Patterson reduza sua participação na empresa, atraindo sócios capitalistas brasileiros. A parte mais explosiva da história ainda não é conhecida. Ela tem a ver com os 418 milhões de dólares da diferença entre a proposta da TAM e a da Gol – e trará em seu bojo um escândalo incomensurável se ficar provada a ingerência no episódio do advogado Teixeira, amigo e compadre do presidente da República.

Memorando no qual a TAM admite comprar a Varig por 1,2 bilhão de dólares. No fim da negociação, a TAM se propôs a pagar 738 milhões de dólares pela companhia. Surpreendentemente, a Gol levou a Varig pela metade do preço

As acusações contra Teixeira

Nas negociações que envolveram a Varig e a VarigLog, Roberto Teixeira teria tido atuação muito mais destacada que a de advogados comuns. Além de cuidar de processos jurídicos, ele teria tratado de assuntos relativos às empresas com pelo menos quatro ministros e apresentado seus clientes a três deles.


Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil

O advogado e os sócios brasileiros da VarigLog relataram a ela os obstáculos postos pela Anac para que eles operassem a companhia



Nelson Jobim, ministro da Defesa

O ministro contou a executivos do setor aéreo que Teixeira pediu a ele que interferisse nas disputas societárias da VarigLog





Luiz Marinho, ex-ministro do Trabalho

Teixeira orientou seus clientes a convencê-lo de que a compra da Varig evitaria que milhares de aeroviários perdessem o emprego



Waldir Pires, ex-ministro da Defesa

Em uma visita de cortesia, Teixeira e os donos da VarigLog apresentaram seu plano de negócios para a companhia
Fotos: Sergio Lima (Folha Imagem) e André Dusek (AE)



Como o caso abalroou o governo

25 de janeiro de 2006
À beira da falência, a Varig vende sua subsidiária de transporte de carga, a VarigLog, ao fundo americano Matlin Patterson e a seus sócios brasileiros por 48 milhões de dólares

24 de junho de 2006
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprova a venda da VarigLog. A empresa dá um prêmio de 750 000 dólares a Teixeira, a quem atribui o sucesso da operação

20 de julho de 2006
Assessorada por Teixeira, a VarigLog compra a Varig por 24 milhões de dólares. Fica com as rotas da companhia, mas não herda suas dívidas bilionárias

28 de março de 2007
Teixeira e o fundo Matlin Patterson planejam a venda da Varig para a Gol por 320 milhões de dólares. A TAM queria comprar o mesmo ativo por 738 milhões de dólares. Foi preterida

4 de abril de 2007
A Casa Civil é acusada de pressionar diretores da Anac a aprovar a legalização da VarigLog apesar de a maioria de seu capital ser estrangeiro

Fonte: Veja de 11/06/2008

Varig recusou proposta melhor

A venda da Varig para a Gol em 2006 foi fechada por um valor 418 milhões de dólares menor do que o oferecido pela TAM pela companhia aérea negociada. A razão pela qual a VarigLog, então dona da Varig, aceitou vender a empresa para a Gol por 320 milhões de dólares – quando poderia tê-la negociado com a TAM por 738 milhões – é objeto de investigação de uma reportagem de VEJA desta semana.

Conforme comprova um documento reproduzido pela revista, a TAM chegou a oficializar por escrito uma proposta de compra da Varig por 1,2 bilhão de dólares. Após as diligências financeiras próprias desse tipo de negociação, a TAM diminuiu a oferta. Decidiu que estaria disposta a desembolsar 738 milhões de dólares para se tornar dona da tradicional marca Varig e de seu patrimônio. O valor é 418 milhões de dólares maior do que o pago pela Gol – mas foi recusado.

Por que os então donos da companhia rejeitaram uma proposta mais de duas vezes maior do que a que aceitaram? O enigma não terá solução satisfatória sem que se abram investigações sobre as circunstâncias da transação, já que o que existe até agora são versões.

Denise e Dilma – O que se sabe até aqui, segundo revelou ao jornal O Estado de S. Paulo durante a semana a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, é que houve pressão do governo, em especial de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, para que a Anac cortasse caminhos em favor do grupo que queria vender a Varig para a Gol pela pior proposta.

Além de ser uma interferência indevida do Executivo em uma agência reguladora – por princípio independente –, a pressão da Casa Civil pode ter também violado a lei brasileira. Segundo o Código Brasileiro de Aeronáutica, empresas aéreas nacionais não podem ser controladas por estrangeiros. À época da venda, a Anac suspeitava que o grupo então dono da Varig, liderado pelo empresário Marco Antonio Audi, era na verdade uma fachada do fundo americano Matlin Patterson, sócio dos brasileiros.

O amigo do presidente – Para piorar, toda a negociação foi conduzida pelo advogado paulista Roberto Teixeira, amigo e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a assessoria do advogado, os donos da Varig conseguiram se desfazer das dívidas de 4,8 bilhões de dólares que a companhia tinha com o governo. Uma outra reportagem do Estado, publicada neste sábado, confirma que a Casa Civil pressionou a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para que livrasse a Varig de seus débitos.

Fonte: Veja Online (07/06/08)

Marrocos encomenda 24 aviões F-16 americanos

O Governo de Marrocos oficializou a sua encomenda de 24 aviões de combate F-16 ao construtor "Lockheed Martin" dos Estados Unidos por 233 milhões e 600 mil dólares americanos, noticiou sábado a imprensa local.

De acordo com os jornais locais, que citam o construtor aeronáutico americano, os primeiros aviões serão entregues em 2011.

Em Dezembro último, o Pentágono anunciou a intenção de vender a Marrocos 24 aviões F-16, bem como equipamentos e serviços associados por um montante global estimado em dois biliões e 400 milhões de dólares americanos.

Marrocos é o 25º país no mundo a adquirir F-16.

Fonte: Panapress

Brasileiro levou VarigLog sem gastar

Toda a guerra de pressões políticas e lobbies na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) começou com um negócio nebuloso: a formação da sociedade entre estrangeiros e brasileiros para comprar a empresa de cargas VarigLog, entre 2005 e 2006. Segundo a Justiça paulista, o negócio foi arquitetado para burlar a legislação brasileira, que proíbe estrangeiros de serem donos de mais de 20% do capital votante de uma companhia aérea.

O que vem a público agora é que os três sócios brasileiros que aparecem como controladores da VarigLog, com 80% do capital votante, não desembolsaram um real para comprar a empresa. A parte deles foi comprada com dinheiro emprestado, numa operação financeira costurada pelo sócio estrangeiro, o fundo de investimentos americano Matlin Patterson.

O sócio do fundo, Lap Chan, nascido na China e criado no Brasil, contou ao Estado, há três meses, que ele mesmo procurou um banco para emprestar o dinheiro aos brasileiros para que eles comprassem a VarigLog. Marco Antônio Audi, Marcos Haftel e Luiz Eduardo Gallo receberam um empréstimo de US$ 1 milhão cada um. “Consegui um empréstimo para eles no banco JP Morgan”, contou Lap.

A garantia dada ao empréstimo foram ações da Volo Brasil - empresa criada pelos brasileiros para comprar a VarigLog. Uma vez formado o grupo, foi travada uma feroz batalha jurídica e política para aprovar a composição acionária na Anac. Segundo a ex-diretora da agência, Denise Abreu, o jogo de pressões envolveu o escritório do advogado Roberto Teixeira e a Casa Civil. A aprovação permitiu que a VarigLog pudesse comprar a Varig.

Os sócios estrangeiros e brasileiros contam a mesma versão para explicar a origem do capital, mas divergem sobre quem montou a sociedade. Na versão de Lap, a iniciativa partiu dele.

“O Haftel é meu amigo desde os quatro anos. Estudamos juntos no Saint Paul’s. O Gallo é amigo do meu sócio Santiago Born. E o Audi foi recomendação do escritório de advocacia XBB”, disse.

Ele contou que na época contratou detetives para investigar Audi. Mas mesmo desconfiando de Audi, Lap achava que não teria problemas porque era ligado aos outros dois sócios brasileiros. Hoje, os três brasileiros brigam com Lap pela VarigLog.

Audi, dono de uma empresa de helicópteros, conta uma história diferente. Ele nega ser “laranja” e diz que há tempos sonhava em comprar a Varig. Quando a Varig entrou em colapso, pediu ajuda ao amigo e consultor Marcos Mantovani para buscar um sócio capitalista para comprar a empresa.

Mantovani é acusado de participar do esquema de desvio de verbas do BNDES, que envolve o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. “Foi o Mantovani que me apresentou o Lap, não posso esconder a verdade”, disse Audi.

Fonte: O Estado de S.Paulo