Possível problema nas asas do B-17 deve motivar o aterramento dos aviões mantidos em condições de voo.
B-17 Yankee Lady em pleno voo; avião foi produzido pela Boeing no fim da Segunda Guerra Mundial, mas nunca entrou em combate (Kogo via Wikimedia Commons) |
Um avião que deixou de ser produzido há quase 80 anos deve ser obrigado a ficar em solo nas próximas semanas. De acordo com o website Scramble, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos deve emitir em breve uma Diretriz de Aeronavegabilidade (AD) ordenando o aterramento de antigos bombardeiros Boeing B-17 “Flying Fortress” (Fortaleza Voadora).
De acordo com a publicação, a diretriz da FAA deve ser motivada por conta de problemas encontrados nas longarinas das asas encontradas no B-17G “Yankee Lady” após uma inspeção recente. A aeronave fabricada em julho de 1945 (umas das últimas a ser produzida pela Boeing) é mantida em condições de voo pelo Yankee Air Museum. Até o defeito ser contornado, o clássico avião ficará no chão.
Em abril de 2021, outro B-17, o “Aluminum Overcast” mantido pela Experimental Aircraft Association, apresentou um problema semelhante nas asas. Até hoje, o avião não voltou a voar.
Embora ainda não tenha emitido um aviso oficial, a FAA já teria notificado os operadores dos B-17 nos EUA a voar com seus aparelhos para outras localidades antes da AD ser publicada e impedir as decolagens, segundo o site.
É esperado que AD da FAA force a parada de todos os B-17 com certificados de aeronavegabilidade válidos ao redor do mundo: são cinco modelos nos EUA e um no Reino Unido.
Não é o original: B-17G com pintura e pinup imitando o “Memphis Belle”, o B-17 mais famoso |
Em outubro do ano passado, o B-17G Texas Raiders colidiu no ar com antigo caça P-63 Kingcobra durante um show aéreo em Dallas, no estado do Texas. O acidente matou todas as seis pessoas que estavam nos aviões.
Com mais de 12.000 unidades construídas, os B-17 foram fundamentais no esforço dos Aliados contra a Alemanha nazista e o Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente nos combates ocorridos na Europa. Após o conflito, diversos exemplares foram exportados para outros países, incluindo para o Brasil – a Força Aérea Brasileira foi o último operador militar do modelo, desativando em 1968.
Via Thiago Vinholes (Airway)
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