Mesmo sendo um caça furtivo o F-35 foi rastreado no Flightradar24, assim como eventualmente ocorre com outras aeronaves militares.
Caças e demais aviões militares podem ser rastreados por aplicativos quando acionam o sistema ADS-B (Foto: USAF) |
O caça de quinta geração F-35 Lightning II, criado para oferecer elevada furtividade, foi flagrado no aplicativo de rastreamento de voos Flightradar24. Embora seja incomum aeronaves militares serem acompanhadas, o fato ocorreu após o caça acionar seu sistema de transponder ADS-B, se tornando assim rastreável.
Aplicativos de rastreamento de aeronaves, como os populares Flightradar24 e RadarBox, mostram, em sua maioria, a rota, altitude e velocidade de aviões civis. No entanto, alguns aviões militares também aparecem e chamam a atenção.
Em sua maioria, são cargueiros, aviões-tanque e até aeronaves de controle aéreo avançado. Todavia, também acontece de aparecer caças e aviões de treinamento em voos de rotina. Um exemplo são os jatos treinadores T-38 Talon da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) e os T-27 Tucano da Força Aérea Brasileira.
Os T-27 Tucano são constantemente flagrados em voo de instrução na região da Academia da Força Aérea |
Para que seja possível rastrear voos nos aplicativos* é necessário que os aviões estejam com o ADS-B ligados, assim atentas em solo captam sinais e algumas informações sobre o voo, como altitude, velocidade, modelo, entre outros.
Foi assim que o F-35 foi acompanhado, após ter o ADB-B acionado, possibilitando a transmissão dos dados em tempo real.
Existem casos de aeronaves militares que raramente aparecem ou mesmo são bloqueados, em especial quando estão em missões sensíveis, ou mesmo aviões presidenciais, como o icônico Air Force One.
Do outro lado, mesmo drones sofisticados como o RQ-4 Global Hawk, uma poderosa aeronaves não-tripulada de inteligência, eventualmente é vista em voo. Em geral quando está em missão que existe o interesse de mostrar sua presença, como ocorre na guerra da Ucrânia. Mesmo voando acima do limite de voo de qualquer avião comercial ou executivo, o transponder é acionado no modo civil, permitindo ser identificado.
Casos curiosos
Esses voos chamam atenção devido ao contexto misterioso, podemos citar, por exemplo, os voos do avião militar WC-135R, conhecido como Farejador Nuclear, que voou próximo ao Brasil em duas ocasiões seguidas.
O motivo da missão, segundo os norte-americanos, era coletar amostras base das condições atmosféricas que seriam futuramente usadas para estabelecer níveis de radiação em condições normais.
A aeronave partia de Porto Rico, no Caribe, e descia até a costa do Rio de Janeiro, mantendo-se em espaço aéreo internacional, o que, de acordo com leis internacionais, não exije nenhum tipo de solicitação formal.
* O sistema ADS-B é mais complexo do que a explicação, feita de forma simplificada apenas para entendimento geral, sem detalhar questões técnicas que fogem ao propósito da notícia.
Via André Magalhães (Aero Magazine)
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