Depois de 13 horas de debates, a Câmara de Deputados da Argentina aprovou, na madrugada desta sexta-feira (22), o projeto de lei do governo da presidente Cristina Kirchner para a reestatização da companhia aérea Aerolíneas Argentinas. O governo contou com os votos de 169 deputados. Outros 79 parlamentares votaram contra.
Agora, o projeto será enviado ao Senado nos próximos dias. Se for aprovado na Câmara alta, o governo de Cristina passará à fase final das negociações com a companhia aérea espanhola Marsans, que controla a Aerolíneas desde 2001.
Mudanças
Para obter a aprovação na Câmara de Deputados, o governo argentino teve de realizar uma série de modificações ao projeto de lei original. Entre as mudanças implementadas a pedido de setores da oposição (e do próprio partido governista, o Justicialista, mais conhecido como Peronista), está a exclusão de uma cláusula que previa a reprivatização - ou uma abertura parcial do capital da empresa.
A Aerolíneas é um emblema da aviação civil no país. Fundada em 1950, é a maior empresa aérea da Argentina. Junto com sua subsidiária Austral, é responsável por 83% dos vôos internos e 52% das viagens internacionais. Dos 67 aviões que possui - com idade média de 20 anos - somente 24 estão em condições de voar.
Privatização
Em 1990, durante o governo do então presidente Carlos Menem, a Aerolíneas foi privatizada, passando às mãos da estatal espanhola Iberia. Mas, a meados dos anos 90, a Iberia entrou em graves problemas financeiros.
A empresa espanhola conseguiu seduzir a American Airlines para participar do controle da Aerolíneas em 1998, mas a empresa americana não conseguiu colaborar no funcionamento da companhia e saiu da operação. Em 2001, a empresa espanhola privada Marsans assumiu o controle da Aerolíneas.
No entanto, nas mãos da Marsans, a Aerolíneas aprofundou a crise que a assolava. Desde a virada do século a companhia foi assolada por constantes greves de funcionários, equipamento em mau estado e problemas financeiros. Os cancelamentos de seus vôos foram uma constante.
Quatro estatais
Com a reestatização da Aerolíneas e sua subsidiária Austral (dedicada aos vôos domésticos), o Estado argentino se tornará proprietário de quatro empresas aéreas, um caso inédito no continente.
O governo argentino já administra a Linhas Aéreas do Estado (Lade), uma companhia com uma velha frota (seus aparelhos são principalmente Twin Otters, F27, F28 e Boeings 707) cujos vôos concentram-se no Sul do país, especialmente a pequenas cidades. A Lade foi criada em 1940 e está vinculada à Força Aérea.
A Lafsa foi criada em 2003, quando o país estava recuperando-se da crise de 2001-2002. O motivo de sua fundação foi o de absorver os trabalhadores das empresas aéreas Lapa e Dinar, que haviam falido. No entanto, embora conte com uma estrutura de funcionários e verbas federais, nunca teve um único avião, nem jamais operou.
Fonte: Agência Estado
Agora, o projeto será enviado ao Senado nos próximos dias. Se for aprovado na Câmara alta, o governo de Cristina passará à fase final das negociações com a companhia aérea espanhola Marsans, que controla a Aerolíneas desde 2001.
Mudanças
Para obter a aprovação na Câmara de Deputados, o governo argentino teve de realizar uma série de modificações ao projeto de lei original. Entre as mudanças implementadas a pedido de setores da oposição (e do próprio partido governista, o Justicialista, mais conhecido como Peronista), está a exclusão de uma cláusula que previa a reprivatização - ou uma abertura parcial do capital da empresa.
A Aerolíneas é um emblema da aviação civil no país. Fundada em 1950, é a maior empresa aérea da Argentina. Junto com sua subsidiária Austral, é responsável por 83% dos vôos internos e 52% das viagens internacionais. Dos 67 aviões que possui - com idade média de 20 anos - somente 24 estão em condições de voar.
Privatização
Em 1990, durante o governo do então presidente Carlos Menem, a Aerolíneas foi privatizada, passando às mãos da estatal espanhola Iberia. Mas, a meados dos anos 90, a Iberia entrou em graves problemas financeiros.
A empresa espanhola conseguiu seduzir a American Airlines para participar do controle da Aerolíneas em 1998, mas a empresa americana não conseguiu colaborar no funcionamento da companhia e saiu da operação. Em 2001, a empresa espanhola privada Marsans assumiu o controle da Aerolíneas.
No entanto, nas mãos da Marsans, a Aerolíneas aprofundou a crise que a assolava. Desde a virada do século a companhia foi assolada por constantes greves de funcionários, equipamento em mau estado e problemas financeiros. Os cancelamentos de seus vôos foram uma constante.
Quatro estatais
Com a reestatização da Aerolíneas e sua subsidiária Austral (dedicada aos vôos domésticos), o Estado argentino se tornará proprietário de quatro empresas aéreas, um caso inédito no continente.
O governo argentino já administra a Linhas Aéreas do Estado (Lade), uma companhia com uma velha frota (seus aparelhos são principalmente Twin Otters, F27, F28 e Boeings 707) cujos vôos concentram-se no Sul do país, especialmente a pequenas cidades. A Lade foi criada em 1940 e está vinculada à Força Aérea.
A Lafsa foi criada em 2003, quando o país estava recuperando-se da crise de 2001-2002. O motivo de sua fundação foi o de absorver os trabalhadores das empresas aéreas Lapa e Dinar, que haviam falido. No entanto, embora conte com uma estrutura de funcionários e verbas federais, nunca teve um único avião, nem jamais operou.
Fonte: Agência Estado
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