sexta-feira, 11 de julho de 2008

Atraso em programa militar causará perda de US$ 250 milhões para Boeing no segundo trimestre

A Boeing anunciou nesta quinta-feira (10) que seu resultado do segundo trimestre será impactado por uma perda de US$ 250 milhões (US$ 0,22 por ação) antes de impostos. O prejuízo é reflexo dos atrasos relacionados a seu programa de Controle e Alerta Antecipado Aéreo (AEW & C, na sigla em inglês), anunciado anteriormente. A companhia, porém, manteve suas expectativas de lucro por ação para o ano entre US$ 5,70 e US$ 5,85.

Segundo a companhia, ações de melhoria de performance e produtividade devem compensar o prejuízo até o final do ano. A Boeing também afirmou que irá manter sua expectativa de crescimento de dois dígitos nos lucros em 2009, esperando que fique entre US$ 6,80 e US$ 7,00 por ação.

O prejuízo com o programa AEW & C foi causado, principalmente, por problemas no desenvolvimento dos sistemas de suporte terrestre e guerra eletrônica, que levou também a uma necessidade maior de tempo para a integração e teste dessas tecnologias. A fabricante, afirma em nota que já foi feito progresso significativo no desenvolvimento dos radares e do sistema de integração de missões como um todo.

A companhia diz que deve entregar os dois primeiros aviões equipados com esses sistemas, mas com capacidade ainda limitada, em julho de 2009 à Austrália, como parte de um contrato que prevê a venda de seis unidades ao país. Isso representa um atraso de quatro meses em relação ao plano original.

O restante dos aviões, que junto com os dois primeiros então estarão com os sistemas totalmente operacionais, devem chegar aos australianos em 2010. A fabricante diz acreditar que o problema no programa não vai afetar as entregas para outros governos que adquiriram o sistema.

O resultado fechado do segundo trimestre do ano será divulgado, segundo a Boeing, no próximo dia 23 deste mês.

O sistema AEW & C é montado em um avião 737-700 modificado e utilizado em missões de vigilância aérea e marítima e controle de tráfego aéreo em cenários de combate.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

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