A Boeing enviou sua proposta final à Força Aérea dos EUA para a substituição da frota de aviões-tanque do país, num contrato avaliado em US$ 40 bilhões. A fabricante de aeronaves propõe a troca dos modelos KC-135 atuais (produzidos por ela mesma) por aviões KC-767, construídos sobre o jato comercial 767.
Completamos o processo KC-X da forma que começamos: ouvindo nosso cliente, a Força Aérea, disse o executivo e presidente da divisão de Defesa da Boeing, Jim Albaugh. Acreditamos que o KC-767 será considerado o avião-tanque mais capaz, mais avançado tecnologicamente e mais barato para o país, completou.
A disputa deve ser decidida em breve pelo Departamento de Defesa dos EUA. Além da Boeing, a arqui-rival européia Airbus também tenta se sair vencedora da concorrência com um avião montado sobre a plataforma do modelo civil A330.
Desde a última feira de Le Bourget, em Paris, a disputa entre as duas empresas ficou mais acirrada. Ao contrário do que é comum em licitações para fornecimento de aviões militares, as duas fabricantes têm atacado consistentemente o produto apresentado pela rival. Em uma indústria em que o competidor de um projeto é o parceiro de outro, essa atitude é relativamente rara.
Segundo a Boeing, além da experiência de mais de 75 anos fabricando e fornecendo aviões-tanques, inclusive para as forças armadas dos EUA, sua vantagem é econômica e operacional. A empresa afirma que o KC-767 consome 24% menos combustível que o modelo da Airbus, representando uma economia anual de US$ 14,6 bilhões apenas para fazer voar os aviões-tanque. Além disso, afirma que seu modelo representa US$ 4 bilhões a menos de gastos operacionais que o A330.
Em resposta, a Airbus afirma que o A330 é maior e mais novo que o modelo apresentado pela Boeing, baseado no 767, além de apontar para os atrasos no desenvolvimento de outros aviões-tanques vendidos pela norte-americana para outros países. Recentemente, a Boeing realmente anunciou atrasos em entregas de aviões-tanques por problemas técnicos. Em um contrato com o Japão, a empresa prevê atraso de um ano e, em outro acordo com a Itália, a demora pode chegar a três anos.
Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)
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