Um dos maiores mistérios em torno do desaparecimento do voo 370 da Malaysia Airlines, em março do ano passado, é a falta de destroços.
Um grupo de investigadores acredita ter descoberto como pode um avião despenhar-se no oceano e, literalmente, desaparecer, como foi o caso do MH370 da Malaysia Airlines: caindo a pique, com um ângulo de 90 graus, ou aproximado. Neste caso, as asas teriam saltado, afundando-se, seguidas da fuselagem, quase intacta.
"Os momentos finais reais do MH370 deverão continuar a ser um mistério até ao dia em que a caixa negra seja finalmente recuperada e descodificada", afirma em comunicado o matemático Goong
Chen, que liderou o estudo, publicado no Notices of the American Mathematical Society. "Mas as provas forenses suportam fortemente a teoria de que o MH370 mergulhou a pique no oceano".
Chen e uma equipa de investigadores das universidades Texas A& M, Penn State, e Virginia Tech, do MIT e do Instituto do Qatar de Investigação Energética e Ambiental, simularam cinco cenários possíveis, numa tentativa de descobrir se algum resultaria na possibilidade de o avião se afundar praticamente intacto de forma a não deixar quaisquer destroços à superfície.
Alguns dos ângulos testados levariam a danos imediatos e catastróficos no aparelho. Outro, que simulava uma amaragem semelhante à que aconteceu no rio Hudson em 2009, concluiu que as ondas no Oceano Índico também danificariam o avião, levando à existência de destroços. Este é, aliás, o comum em acidentes aéreos que terminam com o aparelho a despenhar-se na água. Da queda do voo 447 da Air France, também em 2009, resultaram, por exemplo, mais de 3500 destroços encontrados no Oceano Atlântico.
Fonte: visao.sapo.pt - Imagem: Reprodução