domingo, 27 de maio de 2012

Airbus engaveta metas otimistas

A Airbus engavetou o plano de aumentar a produção do seu jato de um corredor A320, que é um sucesso de vendas, num sinal de que as incertezas mundiais começam a afetar a indústria aeronáutica.

Ontem, executivos da Airbus se disseram preocupados com a situação da economia mundial, o poder das companhias aéreas de financiar compras e a capacidade das fabricantes de peças.

A meta atual da Airbus é de produzir 42 A320 por mês, e ela vinha planejando aumentar essa média para 44 até 2014. A companhia, uma subsidiária da European Aeronautic Defence & Space Co., fabrica hoje 40 A320 por mês, um recorde do setor na produção de jatos comerciais. A decisão de recuar nos planos indica que a fase de crescimento contínuo do setor pode estar chegando ao fim.

Um avião A350 XWB sendo montado numa fábrica nova da Airbus em Toulouse, na França

Com uma carteira de pedidos que soma 3.290 A320 para fabricação e entrega ao longo dos próximos dez anos, a Airbus tinha cogitado elevar a produção para ainda além de 44 jatos por mês por vários anos. Essa ideia está suspensa por tempo intedeterminado. O avião, para rotas de curta e média distância, é muito utilizado em voos transcontinentais.

"No momento, estamos dizendo que 42 é suficiente e que [...] vamos dar uma pausa", disse Tom Williams, vice-presidente executivo de programas da Airbus. "Vamos esperar para ver como o mercado evolui". 

Enquanto isso, a rival americana Boeing Co. vai aumentar a produção mensal do 737, outro avião com um só corredor, para 42 unidades.

Tanto a Airbus quanto a Boeing registraram uma demanda inédita nos últimos anos, apesar da turbulência econômica e política em todo o mundo. O motivo? O crescimento econômico de certas regiões e a necessidade de reposição da frota em mercados menos dinâmicos.

Agora, executivos da Airbus dizem estar mais preocupados com o apetite de companhias aéreas por novos aviões e com o acesso delas a financiamentos para pagar pelas aeronaves já encomendadas.

"O mercado definitivamente piorou este ano", disse John Leahy, diretor de operações para clientes da Airbus. Embora a demanda continue forte o suficiente para sustentar o atual cronograma de produção, a Airbus está constantemente avaliando a capacidade da clientela de pagar, disse. "Precisamos ver o que acontece na economia mundial".

Vários dos grandes clientes da Airbus e da Boeing, incluindo a australiana Qantas Airways Ltd. e a americana Southwest Airlines Inc., há pouco pediram o adiamento da entrega de aviões já encomendados. Outras aéreas teriam tomado decisão parecida sem anunciá-la, dizem executivos do setor.

A Boeing e a Airbus estão mantendo os planos atuais de aumento da produção, em vez de reduzi-los, porque muitas companhias aéreas no mundo todo ainda querem aviões novos, que são mais econômicos. Só que as aéreas estão sofrendo com a alta dos preços do combustível e algumas começam a reconsiderar a abertura de novas rotas que já não fariam sentido em termos econômicos, disse Williams, o vice-presidente de programas.

E até as que querem jatos novos para gastar menos com combustível podem ter dificuldade para financiar a compra. 

"O crédito está ficando mais caro, mais escasso", disse recentemente Michael O'Leary, diretor-presidente da companhia aérea irlandesa Ryanair Holdings PLC., cliente da Boeing.

Além de lidar com o crédito mais rarefeito nos bancos, compradores de aviões da Boeing e da Airbus em breve terão de pagar mais pela garantia pública de empréstimos, como reza um acordo internacional. 

Williams observou que instituições de crédito no Japão e em outras praças estão cada vez mais interessadas no financiamento de aeronaves. Ainda que isso destrave um pouco o crédito, Airbus e Boeing ainda poderiam ser obrigadas a conceder, elas mesmas, mais crédito à clientela para compensar a oferta menor no resto do mercado.

A escassez de peças e componentes é outro problema, disse Williams, agora que Airbus, Boeing e rivais menores elevaram a produção.

Segundo ele, embora aumentos anteriores na produção do A320 tenham transcorrido normalmente, "cruzamos uma espécie de barreira do som" com o salto recente para 40 aviões por mês. "A cadeia de suprimento demorou um pouco mais para se estabilizar".

A Airbus despachou engenheiros e outros profissionais da casa para ajudar fornecedores a aumentar a produção de componentes — de peças de metal a banheiros, contou. Isso significa que o aumento recente da produção "exigiu mais tempo e esforço da nossa parte".

Apesar das nuvens no horizonte, a Airbus ainda pretende aumentar a produção geral este ano. Segundo Leahy, a empresa planeja entregar o recorde de 570 aviões no ano, mais que os 534 no ano passado. O executivo espera que o número de pedidos este ano — "na faixa dos 600", disse — supere o de entregas. Isso incluiria 30 pedidos do A380, o superjumbo da Airbus, disse.

Airbus e Boeing andaram trocando farpas sobre táticas para crescer no mercado. Executivos da Boeing recentemente acusaram a Airbus de dar grandes descontos em uma nova versão da linha A320, ainda na prancheta. Leahy, em troca, acusou a Boeing de iniciar uma guerra de preços.

Fontes: David Pearson e Daniel Michaels (WSJ Americas) - Foto: European Pressphoto Agency

Sokol reformará avião ANT-25

Avião se tornou lendário pela viagem sem escalas Moscou–Polo Norte–Vancouver 


A empresa aeronáutica russa Sokol deu início à reforma do avião ANT-25, no qual a tripulação do lendário piloto Valeri Tchkalov realizou, há 75 anos, o voo sem escalas Moscou–Polo Norte–Vancouver, no Canadá. A viagem durou 63 horas e 16 minutos, com a aeronave percorrendo uma distância superior a 9 mil quilômetros. 

 As obras de reforma e recuperação do avião ANT-25 deverão estar concluídas no início do próximo mês. As solenidades em homenagem ao feito de Valeri Tchkalov e da sua tripulação acontecerão em 23 de junho, na cidade de Tchkalovsk. Serão realizadas competições de esportes aéreos com a disputa da Taça Tchkalov e um torneio de aeromodelismo com a participação dos estudantes locais.

Fonte: Voz da Rússia - Foto: Reprodução

Saiba como vencer o jet lag

Alguns truques podem ajudar a contornar o desconforto depois do voo


Viajar é maravilhoso, mas pensar em entrar em um avião raramente é divertido. Se você tem problemas de sono, o jet lag (espécie de fadiga de viagem, condição fisiológica que traz um desajuste do relógio biológico ocasionado pela troca de fuso horário) pode causar alguns estragos ao seu organismo. O site Health listou sete dicas que vão ajudá-lo a ficar descansado. Confira: 

1. Ter um bom sono 

Aeroportos cheios, mala pesada, voos atrasados (ou cancelados) e bagagem perdida são fatores que deixam qualquer viajante à beira de um ataque de nervos. Mas para as pessoas que lutam contra a insônia, viajar de avião pode trazer ainda mais problemas. A interrupção dos seus horários de sono pode fazer uma bagunça no organismo. A melhor saída é tentar pensar no destino, nas férias, no prazer, no descanso e experimentar tirar pelo menos um cochilo durante o voo. 

2. Melatonina 

Esse hormônio natural, que também é vendido como um suplemento, regula o ciclo do sono. É ela que faz sentirmos sono durante a noite e que nos mantêm acordados durante o dia. Alguns estudos mostram que tomar melanina ajuda a prevenir os efeitos do jet lag. Por isso, especialistas recomendam ingeri-la após o anoitecer na data em que for viajar e por alguns dias depois. No entanto, a melatonina pode interagir com outros medicamentos e, se for tomada incorretamente, pode realmente atrapalhar o sono. Então, não deixe de consultar seu médico. 

3. Óleo de lavanda 

Esse óleo essencial ajuda a trazer o sono. Um estudo realizado por psicólogos na Universidade Wesleyan, nos Estados Unidos, em 2005, mostrou que a lavanda atua como um suave sedativo, promovendo um sono profundo e deixando as pessoas que o tomaram mais revigoradas no dia seguinte. Outra dica é colocar poucas gotas do óleo no travesseiro do hotel, pois ajuda a relaxar. 

4. Pycnogenol 

Esse suplemento alimentar, é um extrato retirado da casca de pinheiros franceses. E, para uma pequena parcela de voluntários analisados na Itália em 2008, reduziu os sintomas de jet lag. As pessoas que tomaram 50 mg de pycnogenol três vezes por dia durante uma semana, começando dois dias antes do voo, tiveram sintomas de fadiga, insônia e lentidão mental reduzidos. Como com qualquer suplemento, é preciso consultar o seu médico antes de toma-lo. 

5. Remédios para dormir 

O médico Carlos Schenck, especialista do sono em Minnesota, Estados Unidos, afirma que medicamentos para dormir de curta ação podem ser úteis nas viagens. No entanto, nunca os tome sem receita médica e nem misturados com álcool. 

6. Tome banhos de sol 

Ao voar de oeste para leste, é provável que você se sinta sonolento no dia seguinte ao de sua chegada. Dormir o máximo possível na noite anterior vai ajudar. No dia seguinte, uma boa pedida é tomar um pouco de sol e evitar tirar cochilos para que o efeito do jet lag não seja maior. Se você voar de leste a oeste e chegar na parte da tarde, uma forma de recarregar as energias é tomar sol no fim de tarde. 

7. Ajuste o relógio biológico 

Ajustar o relógio para fuso horário do seu destino antes de entrar no avião pode ajudá-lo a permanecer à frente do jet lag. Se você está voando a leste, pode ir dormir uma hora mais cedo que o habitual a cada noite por alguns dias antes de seu voo. Caso voe para a direção oposta, fique acordado até mais tarde. Isso vai ajudá-lo a ter menos problemas com o sono. 

Fonte: Ponto a Ponto Ideias (Terra) - Foto: Getty Images

Gol é condenada a pagar R$ 100 mil a família de vítima do acidente com jato Legacy

O desastre que ocorreu em 2006 matou 154 pessoas DO R7 

A 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios condenou a empresa aérea Gol a pagar indenização de R$ 100 mil à família de uma das vítimas do acidente aéreo com um avião da companhia em setembro de 2006, matando 154 pessoas. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (23) no Diário da Justiça. 

O voo 1907 da Gol, que faria o trajeto Manaus/Brasília, foi atingido por um jato Legacy, pilotado por dois americanos, que vinha em sentido contrário a 36 mil pés de altitude, provocando a morte de todos os passageiros e tripulantes do voo. 

Na sentença, o desembargador afirmou que apesar da empresa aérea ter adotado providências para "ao menos diminuir a dor e o sofrimento dos parentes das vítimas", é cabível a indenização por se tratar de responsabilidade civil objetiva, mesmo a empresa não tendo praticado ou se omitido da prática de qualquer ato que pudesse evitar o acidente. 

A reportagem do R7 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Gol, mas ainda não recebeu retorno.

Fonte: R7 via Midia News

Avião desviado França-EUA: passageira voltará ao seu país sem acusação

Lucie Zeeko Marigot, uma francesa de 41 anos, cujo comportamento suspeito provocou a aterrissagem de emergência de um voo transatlântico na terça-feira, será devolvida à França sem acusações, anunciou nesta quarta-feira o ministério americano da Justiça. 

O promotor federal Thomas Delahanty informou nesta quarta-feira a um tribunal do Maine (nordeste) que "com base na investigação aberta não seria formulada nenhuma nenhuma denúncia contra ela (Marigot)", mas que a mulher daria entrada em um centro de detenção "até ser devolvida à França", anunciou o ministério. 


Quando o voo 747 que seguia de Paris para Charlotte (Carolina do Norte) sobrevoava o oceano Atlântico, foi tomada "a decisão prudente de desviar o voo para Bangor (Maine), levando em conta as circunstâncias", acrescentou o comunicado. 

A passageira, nascida no Camarões, "entregou um bilhete a um membro da tripulação, assim como um livro escrito em francês". No bilhete, pedia "ajuda" ao presidente americano, Barack Obama, e sua mulher, afirmando ter "sido vítima de um grupo de médicos" e que por isso "carregava um objeto no corpo que (ela) não podia controlar". 

"Quando o membro da tripulação perguntou se este objeto poderia fazer mal a ela ou a algum passageiro, ela respondeu que não sabia", acrescentou o gabinete do promotor neste comunicado datado de Bangor. 

O exame feito pelos médicos a bordo do avião determinou que a mulher não tinha "cicatrices visíveis que indicassem algum tipo de implante". 

Enquanto se comprovava que na bagagem tampouco havia explosivos, a passageira permaneceu detida em Bangor, onde foi interrogada por membros do FBI. Nesta quarta-feira, se apresentou perante um juiz federal.

Fonte: AFP

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Batismo de fogo do Brasil na Segunda Guerra completa 70 anos

Ontem completou-se exatos 70 anos que, a pacata cidade de Fortaleza, com pouco mais de 180 mil habitantes, foi a porta de entrada de um convite nada agradável: entrar na II Guerra Mundial.


Era 22 de maio de 1942 quando um avião B 25J Mitchel partia do Ceará para realizar o primeiro disparo contra um navio inimigo. 

O Brasil, que até então se mantinha à distância da guerra iniciada em setembro de 1939, foi empurrado ao combate quando, quatro dias antes, um submarino italiano acertou o navio brasileiro Comandante Lyra dentro de águas nacionais. 

Em 18 de maio de 1942, o navio brasileiro estava a 330 metros de Fernando de Noronha quando recebeu um torpedo, bombas e disparos de canhão de 100mm. O submarino Barbarigo foi certeiro e causou grandes prejuízos, mas não chegou a afundar o navio cearense. Parecia, então, mais um recado do que propriamente um ataque fatal. 

Tanto que a edição do jornal "O Povo" do dia 25 de maio publicou “Está causando espécie, aqui, o fato de ter o submarino alemão, depois de atacar o navio brasileiro 'Comandante Lira', deixado o mesmo flutuando, com possibilidades de salvar-se, quando habitualmente os traiçoeiros e covardes corsários do Eixo não largam a sua presa antes de sabê-la de fato irremediavelmente perdida, sem se importar com a sorte das tripulações”. 

E o recado foi visto ao longe. O Comandante Lyra precisou ser rebocado até Fortaleza. Durante o percurso, a fumaça que saía do navio ganhava o céu e podia ser vista da capital cearense. A escolha do alvo não pareceu ser ao acaso. 

No ano anterior, Fortaleza começou a receber a construção de uma base militar americana. O local é o bairro conhecido hoje por Pici. Outra base também passou a ser construída, anos depois, no Cocorote, área onde hoje funciona o aeroporto internacional de Fortaleza. 

O Brasil precisava dar o troco. 

B 25J Mitchell 


Os aviões B 25J Mitchell, considerados bastante modernos para a Segunda Guerra Mundial, eram aeronaves bem equipadas com armas pesadas.

Veja a ficha técnica:

Motor: dois motores Wright R-2600-13 de 14 cilindros, cada um com 1.500 HP.
Comprimento: 16,12 metros.
Envergadura: 20,59 metros.
Velocidade máxima: 438 km/h.
Alcance máximo: 2.170 km.
Armamento: 18 metralhadoras de 12,7 mm, oito foguetes não-guiados levados sob as asas e até 1.360 kg de bombas em um compartimento interno.
Tripulação: seis pessoas. Eram dois pilotos, um navegador que também era bombardeiro, um operador de rádio que também era artilheiro, um engenheiro de voo que também era artilheiro e um artilheiro de cauda.

Leia também: 


Fonte: Jornal O Povo

Passaredo anuncia compra de aviões ATRs por US$ 450 milhões

ATRs 72-600 se juntarão a jatos da Embraer na Passaredo

A Passaredo Linhas Aéreas anunciou nesta terça-feira assinatura de contrato acertado no final de 2011 para compra de aviões turboélice da franco-italiana ATR, com investimento estimado em US$ 450 milhões. 

A companhia com sede no interior de São Paulo anunciou a compra de 14 aeronaves ATR 72-600, das quais 10 junto à fabricante franco-italiana e 4 junto à americana Air Lease Corporation. Há ainda outros 2 turboélices 72-500 comprados da ATR, totalizando pedido de 16 aviões. A empresa ainda tem 10 opções de compra de modelos ATR 72-600. Segundo a Passaredo, o investimento em 10 unidades ATR 72-600 e nas opções é de US$ 450 milhões. As entregas estão previstas para até 2015. 

Os aviões ATR 72-600, com capacidade para 70 passageiros, incrementarão a frota atual da Passaredo, composta atualmente por 14 jatos Embraer 145, que podem transportar cerca de 50 passageiros. 

A estratégia da Passaredo, que na semana passada anunciou um novo acordo de compartilhamento de voos com a Gol e opera 104 voos diários para 26 destinos no Brasil, assemelha-se à adotada pela Azul, terceira maior companhia aérea do País, que está montando uma frota formada por jatos Embraer e ATRs. Em junho passado, a Azul anunciou a compra de dez turboélices da franco-italiana por US$ 227 milhões.

Fonte: Terra - Foto: Divulgação/Embraer

Avião cai em jardim e mata piloto na Suécia

Um homem morreu após o avião que pilotava cair no jardim de uma casa na localidade de Vinaes, no centro da Suécia, nesta terça-feira (22), informa a agência AP.



O piloto era a única pessoa no ultraleve Zenair CH 601 DX, prefixo SE-VPR, no momento do acidente. Ele morreu na hora. A área onde o avião caiu está localizada nas proximidades do aeroporto de Mora. Segundo as autoridades, ninguém no solo ficou ferido. As causas do acidente ainda são desconhecidas.

Fontes: Terra / ASN - Fotos: AP / Jennie-Lie Kjörnsberg (dalademokraten.se)

Learjet 70 e Learjet 75 já têm sistema de propriedade compartilhada

Com grandes inovações tecnológicas, os aviões são os mais rápidos da categoria de jatos leves. 

A Bombardier Business Jets já disponibilizou os novos jatos Learjet 70 e Learjet 75 para serem vendidos em regime de propriedade compartilhada. A comercialização das quotas será feita pela Flexjet, empresa do grupo Bombardier. A previsão de início de entrega desses modelos é 2013.

A propriedade compartilhada é uma tendência que cresce em todo o mundo. Consiste na divisão dos direitos de propriedade sobre o mesmo avião entre vários clientes, por meio da compra de porcentagens do valor da aeronave. É uma estratégia interessante para um executivo que tem necessidade de ter um avião, mas não o utiliza com tanta frequência. A solução permite o uso com custos operacionais reduzidos.

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GOL: pátio de aeroporto Salgado Filho no RS está esgotado à noite


O diretor financeiro da Gol, Edmar Lopes, disse nesta terça-feira que a capacidade à noite do estacionamento do pátio do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, está esgotada. "Se Gol quiser fazer voo à noite não tem espaço para deixar o avião lá", disse no Rio Investors Day, na capital fluminense. 

O executivo afirmou ver com bons olhos o processo de concessão de aeroportos no Brasil. Ele acredita que a iniciativa privada melhorará a infraestrutura com mais agilidade que o setor público. 

Para Lopes, apesar dos desafios que enfrenta o setor, como a alta do preço do petróleo e o câmbio, há espaço para a aviação civil crescer no País. Um segmento promissor, na avaliação dele, seria o de carga. Segundo ele, no último trimestre, o combustível respondeu por 40% das despesas da Gol. 

Depois de registrar um prejuízo líquido de mais de R$ 700 milhões no ano passado, a Gol iniciou neste ano um processo de ajuste, que inclui a demissão de centenas de funcionários. Lopes destacou que a empresa já passou por outros "momentos difíceis". "A Gol veio para ficar (no mercado)", declarou. 

Fonte: Agência Estado via Jornal A Cidade - Foto: AE

Político alemão percorre aeroporto com machado na mão

O dirigente do partido ecológico Os Verdes, do estado federal alemão de Baden-Württemberg, Chris Kuehn (foto ao lado), correu o risco de perder o avião por causa da bagagem "pouco tradicional". O serviço de segurança do aeroporto Tegel de Berlim não o deixou entrar no avião devido a um machado de um metro de comprimento que segurava na mão.

Os argumentos do político de o machado não ser verdadeiro, mas sim uma imitação usada em peças de teatro, não surtiram efeito.

Na seqüência disso, o barbudo Kuehn teve de percorrer o aeroporto até uma seção especial na qual são registrados os equipamentos desportivos. Este serviço inesperado custou ao político 35 euros.

Ao final, Kuehn com o machado, identificado como não perigoso, chegou ao destino – a cidade de Stuttgart. 

Fonte: Voz da Rússia - Imagens: Reprodução

Azul Linhas Aéreas recebe o seu sétimo ATR 72-600

A Azul Linhas Aéreas coloca em operação nesta semana o seu sétimo ATR, modelo 72-600. A aeronave cruzou o Atlântico vindo diretamente da fábrica da ATR em Toulouse, na França, e integrará a malha da companhia, que contará com 14 turboélices do mesmo modelo até o final de 2012. De matrícula PR-ATK, o novo equipamento reforçará a frota da Azul e contribuirá para a entrada da empresa em alguns de seus novos destinos, que serão operados com esse modelo de avião. São eles: Cascavel, no Paraná, e Rondonópolis e Sinop, ambas no Mato Grosso.

O PR-ATK (ex F-WWLN)

O novo turboélice foi batizado de "Azul Viagens"*, em homenagem a operadora de turismo da Azul. “Batizar as nossas aeronaves já é uma tradição na companhia. Damos nomes a todos os aviões que recebemos. Essa é uma forma especial de reconhecer cada equipamento que operamos”, diz Gianfranco Panda Beting, diretor de Comunicação e Marca da Azul. 

Configurada para 70 assentos, a aeronave é a mais moderna do mundo em sua categoria. A companhia foi a primeira aérea da América Latina e a segunda no mundo a receber o novo modelo da fabricante franco-italiana. 

* O “Azul Viagens” foi batizado pela Tripulante Vanessa Ceccato, analista de Novos Negócios da Azul Linhas Aéreas.

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Foto: seb_perpignan (crash-aerien.aero) via voovirtual.com

Boeing, motores mais eficientes e menos gastos


Se você faz todo o possível para economizar combustível em seu automóvel, imagine a indústria de aeronaves. Quanto mais eficiente for o motor de um avião – e, consequentemente, quanto menos combustível ele utilizar – menor será o custo de operação e mais rentável será a aeronave para as companhias aéreas.

Gigante da área, a Boeing anunciou que ano passado que equiparia suas populares aeronaves 737 com novos motores em resposta à crescente concorrência. A companhia aérea estadunidense American Airlines anunciou também ano passado que encomendaria 460 novos jatos comerciais para a sua frota e, pela primeira vez na história, a Boeing não foi escolhida como fornecedora exclusiva. A American Airlines dividiu a compra entre a Boeing e sua arqui-rival Airbus.

Mas a Boeing não promete deixar por menos. Segundo a empresa, os novos motores desenvolvidos especialmente para o 737 são os mais eficientes atualmente em uso no mundo todo. Eles permitem à aeronave o menor custo operacional do mercado, com uma vantagem de 7% em relação à Airbus e demais concorrências.

O presidente da Boeing Commercial Airplanes, Jim Albaugh, se mostra confiante com as mudanças apresentadas pela empresa. “Os Boeings 737 remodelados se juntam à confiança que passamos por sermos líderes da indústria: é o que os clientes nos disseram que eles querem. Como resultado, estamos vendo uma grande demanda para esta nova e melhorada versão do 737″, anuncia.

Em comparação com uma frota de 100 aviões 737 com os motores antigos, a nova versão vai produzir 277 mil toneladas a menos de CO2 e poupar quase 80 mil toneladas de combustível por ano. Isso significa uma economida de cerca de 85 milhões de dólares – 170 milhões de reais – ao ano. A queima de combustível no novo 737 será 16% menor do que a de seus concorrentes. A Boeing disse que já possui encomendas de cinco linhas aéreas para o novo 737. As entregas devem começar no início de 2017.

Fonte: DailyTech via hypescience.com - Imagem: Divulgação/Boeing

Acidente de avião russo na República Checa provocou 6 feridos e não 19

Um avião militar russo Antonov An-30 incendiou-se ao aterrissar num aeroporto checo.




O Ministério da Defesa da Rússia comunicou a existência de seis feridos, dos quais dois foram transportados para um hospital de Praga com queimaduras graves. Essa informação foi confirmada pelo Ministério da Defesa da República Checa, refutando os dados anteriormente divulgados que referiam 19 vítimas. O avião transportava um total de 23 pessoas: 14 militares russos e 9 oficiais checos. 

A aeronave da Força Aérea Russa, um Antonov An-30, efetuava nesta quarta-feira (23) um voo de inspeção no âmbito do acordo internacional Céu Aberto. Durante a aterrizagem no aeroporto checo de Čáslav, a 80 quilómetros de Praga, o aparelho rolou para fora da pista incendiando-se. Os militares russos indicam a quebra do suporte dianteiro do chassis como causa do acidente. 

“O mais provável é o avião se tenha incendiado durante a travagem”, comentou à Voz da Rússia Andrei Fomin, chefe de redação da revista de aviação Vzlyot. 

“São casos que realmente acontecem na prática da aviação nacional e internacional. Se ao avião falha um dos três pontos de apoio e perde o equilíbrio durante o deslize pela pista a grande velocidade, é muito possível que a tripulação não consiga manter a trajectória de rodagem pela pista. Neste caso, o avião pode sair para fora da pista com todas as consequências negativas inerentes.” 

Os estudos para o fabrico do aparelho An-30 remontam a meados dos anos de 1960. O centro de design aeronáutico Antonov foi incumbido de criar um aparelho destinado a efectuar fotografia aérea, tendo a sua produção em série começado em 1971 na Fábrica de Aviação de Kiev. Actualmente o An-30 é utilizado pela Rússia, Ucrânia, Bulgária, Cazaquistão e outros países para voos de vigilância no âmbito do acordo internacional Céu Aberto (Open Sky). Esses voos destinam-se a inspeccionar e fotografar o armamento e disposição de tropas de um outro país. 

“Em 40 anos de utilização, este é apenas o seu quarto acidente, o que atesta a fiabilidade deste modelo de avião”, afirma Valeri Chelkovnikov, presidente da agência de análise Bezopasnost Polyotov (Segurança de Voos). 

“O An-30, em geral, é bastante bom e fiável. Trata-se de um avião de carga e passageiros e foi frequentemente usado em trabalhos de fotografia aérea. Foram fabricados mais de 123 aparelhos. Em 1978 o seu fabrico foi terminado, mas continuam a voar sendo, claro, já idosos.” 

A causa do acidente será apurada durante o inquérito. Os peritos terão que analisar atentamente as condições técnicas do aparelho, as ações da tripulação, o trabalho dos controladores e as condições meteorológicas na área do aeroporto. Os especialistas em An-30 ucranianos já se declararam dispostos a colaborar nos trabalhos da comissão de inquérito. 

Fonte: Svetlana Kalmykova (Voz da Rússia) - Fotos: CTK / AP / Vesti.Ru

Mulher que dizia ter bomba no corpo fez voo desviar de rota nos EUA

Passageira passou bilhete dizendo ter explosivo implantado cirurgicamente.

Aeronave com 179 a bordo fez pouso de emergência em Maine, nos EUA.

Uma mulher que dizia ter uma bomba implantada cirurgicamente no corpo provocou um incidente que fez o Boeing 767-2B7(ER), prefixo N251AY, da US Airways, com 179 passageiros se desviar da rota nos Estados Unidos, na terça-feira (22), conforme noticiado por este Blog ontem

O incidente ocorreu no voo 787, que seguia de Paris para Charlotte, na Carolina do Norte e fez um pouso de emergência no aeroporto de Maine. A mulher, uma cidadã francesa nascida em Camarões, na África, inicialmente entregou um bilhete para um membro da tripulação. 

Passageiros desembarcam no aeroporto de Bangor, em Maine, 
após ameaça de bomba que fez voo ser desviado

Segundo a emissora ABC, passageiros conseguiram deter a mulher, enquanto ela foi examinada por médicos que estavam a bordo. Os médicos não encontraram nenhum cicatriz ou evidência de processo cirúrgico recente. 

Autoridades disseram à emissora que aparentemente a passageira sofria de problemas mentais. 

Passageiros relataram que a mulher levantou da poltrona e se dirigiu ao banheiro do avião, com a mão sobre a barriga e perguntando se havia algum médico a bordo. Pouco depois, o piloto teria avisado que o voo seria desviado por estar com baixo nível de combustível.

Mesmo sem evidências de que a mulher levasse qualquer tipo de bomba, o incidente foi suficiente para espalhar o pânico entre os passageiros, que não sabiam ao certo o que estava ocorrendo. 

Após o desvio e a detenção da mulher, eles puderam retomar o voo ao destino original, três horas e meia depois do horário previsto. 

Autoridades estão investigando o que levou a mulher a instalar o terror durante o voo, já que ela não levava nenhum explosivo.

Fonte: G1 - Foto: AP

Liminar diminui ICMS de avião usado

A Escola de Aviação Civil Emfa, de Minas Gerais, obteve uma liminar que reduz em 95% a base de cálculo do ICMS na importação de aviões usados. A empresa alega na Justiça que a cobrança da alíquota cheia de 18% iria contra o princípio da equivalência tributária, previsto no Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT, na sigla em inglês), assinado pelo Brasil e os Estados Unidos, de onde vem as aeronaves. 

Não ação, a escola argumenta que há tratamento desigual entre os produtos nacionais e os importados. O governo mineiro editou decreto que reduziu em 95% a base de cálculo do ICMS de veículos (o que inclui aeronaves) usados nacionais. A norma, segundo a advogada da escola, Elisângela Oliveira de Rezende, do HLL Advogados Associados, tornou mais vantajosa a compra de produtos nacionais, contrariando um dos princípios do GATT. 

"Fundamentalmente, o tratado busca negociações sem subsídios e protecionismos, o que inclui o mesmo tratamento para produtos nacionais e fabricados internacionalmente" explica o advogado Fellipe Breda, do Emerenciano, Baggio e Associados. 

Na decisão, o juiz Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior, da 4ª Vara de Feitos Tributários de Belo Horizonte, cita dois precedentes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) favoráveis à U&M Mineração e Construção. A companhia conseguiu reduzir o ICMS sobre a importação de equipamentos usados. Ele também entendeu que a cobrança de 18% desrespeita o que foi estabelecido no GATT. 

Segundo Elisângela, a escola, que será inaugurada no fim do ano, importou dois aviões para realizar aulas práticas. Ao chegarem ao Brasil, entretanto, eles ficaram retidos, pois o ICMS foi pago com a aplicação da redução. Somente com a liminar a empresa pôde retirar os veículos. 

Além de Minas Gerais, São Paulo também editou decreto, em 2006, que prevê a redução de 95% da base de cálculo do ICMS incidente sobre veículos e equipamentos usados. Procurada pelo Valor, a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais não deu retorno até o fechamento da edição. 

Fonte: Valor Econômico via Portogente

Bombas escondidas dentro do corpo: Uma nova fronteira para a Al-Qaeda?

Al-Qaeda mudou a forma como passageiros são revistados antes de embarcarem em voos

A bomba escondida em uma cueca por um homem que embarcou em um avião do Iêmen para os Estados Unidos neste mês revelou que o grupo Al-Qaeda continua desenvolvendo técnicas cada vez mais criativas de fabricar explosivos. 

O homem que portava a bomba era um agente trabalhando para a inteligência americana, mas ainda assim o episódio mostrou que a Al-Qaeda e países ocidentais continuam disputando um jogo mortal de gato e rato. 

Os atentados de 11 de setembro de 2001 provocaram mudanças na segurança dos aeroportos e das cabines nos aviões. 

Mas poucos meses depois, um homem conseguiu embarcar em um avião com uma bomba em seu sapato. Desde então, os calçados também viraram alvos de inspeções de embarques. Em 2006, uma nova bomba da Al-Qaeda a base de fluídos gerou restrições no porte de líquidos por parte dos passageiros. 

Em 2009, um nigeriano quase conseguiu explodir um avião que viajava para Detroit com uma bomba em sua cueca. 

Dentro do corpo? 

Poucos meses antes deste incidente, um jovem homem-bomba disse que se entregaria ao príncipe Mohammed bin Nayef, que coordenava os serviços antiterrorismo da Arábia Saudita. Ele insistiu que só faria isso em pessoa. Ao se encontrar com o príncipe, em um prédio em Jeddah, uma bomba no seu corpo foi detonada remotamente, por telefone celular. 

A cena foi violenta. O corpo do homem-bomba voou para tudo que é lado, e uma parte do seu braço ficou presa no teto. Incrivelmente, o príncipe escapou sem nenhum ferimento grave. Especialistas em explosivos nunca chegaram a uma conclusão sobre como a bomba havia sido escondida no corpo do jovem. Alguns diziam que ela estava dentro do ânus, mas outros argumentavam que ela estava apenas na sua cueca. 

O homem-bomba, Abdullah al-Asiri, portava um explosivo construído por seu irmão, Ibraham al-Asiri, um especialista iemenita na fabricação de bombas, e um dos integrantes mais perigosos e procurados da Al-Qaeda. 

Ibraham al-Asiri é considerado o responsável por diversos explosivos encontrados nos lugares mais inusitados – desde cuecas a cartuchos de impressora. Estes últimos foram embarcados em um avião de cargas que viajava para os Estados Unidos, e só foram descobertos porque a inteligência americana recebeu uma denúncia de uma fonte. 

Bombas sem parte de metal levaram ao uso de scanners de corpo em aeroportos

Na segunda-feira, a Al-Qaeda voltou a demonstrar seu poder de fogo, com uma bomba que matou quase cem soldados em uma parada militar na capital do Iêmen, Sanaa. 

Implante em cães 

Um relatório do ano passado, produzido pelo especialista Robert Bunker da Claremont Graduate University, afirma que as bombas estão sendo escondidas cada vez mais próximas ao corpo – e que a lógica extrema é colocar a bomba dentro do corpo dos homens-bomba. 

"Se você olhar na história militar, colocar armadilhas explosivas como granadas de fragmentação embaixo ou mesmo dentro de cadáveres de soldados é uma prática muito comum. Isso era muito comum no Pacífico, durante a Segunda Guerra Mundial, e na Guerra do Vietnã", diz ele. 

Um passo ainda além seria implantar a bomba cirurgicamente em um organismo vivo. Isso já foi feito em animais. Em 2010, a Al-Qaeda no Iraque implantou bombas em cachorros que eram enviados para os Estados Unidos. Mas os cães morreram logo após os implantes, e o plano nunca deu certo. 

Em 2009, um homem não conseguiu explodir uma bomba que estava escondida em sua cueca

Esse tipo de técnica exige conhecimento médico avançado. Al-Asiri estaria desenvolvendo isso junto a médicos que trabalham para a Al-Qaeda. Em tese, uma bomba pode ser implantada até mesmo dentro do seio de uma mulher. 

As bombas usadas em cuecas não possuem partes de metal, o que faz com que elas não sejam reconhecidas por detectores de metais. Isso levou à introdução nos aeroportos de scanners capazes de revelar tudo que está escondido embaixo de roupas. Ainda assim, poucos aeroportos usam esses scanners fora dos Estados Unidos e da Europa. 

E eles são ineficazes para detectar explosivos escondidos dentro do corpo. Então que tipo de equipamento é necessário? 

Um raio-X médico seria capaz de detectar bombas ou drogas escondidas dentro do corpo de uma pessoa, mas existe a preocupação de expor os passageiros à radiação. Testes que detectam resíduos de bomba também poderiam ser usados, mas especialistas em fabricação de bombas raramente deixam rastros. 

A melhor alternativa é tentar detectar comportamentos estranhos ou interrogar passageiros sobre cirurgias recentes. 

Como detonar? 

Plano de 2006 provocou uma proibição ao porte de líquidos em voos

Mesmo no caso de um atentado assim ser bem-sucedido, um especialista afirma que esse tipo de bomba enfrenta outro problema: o corpo do homem-bomba absorve grande parte do impacto da explosão. Dentro de avião, a bomba precisaria ser forte o suficiente apenas para provocar um buraco na aeronave. Mas fora do avião, seu impacto seria bastante limitado. 

O maior desafio é detonar a bomba. Se um relógio for usado para detonar a bomba, ela não funcionaria no caso do atraso de um voo. A bomba escondida na cueca, no episódio de 2009, tinha um detonador químico, acionado por uma seringa. Mas isso não deu certo, e o homem-bomba acabou se queimando. 

O explosivo escondido na cueca em 2012 seria uma versão mais sofisticada disso, mas os detalhes não foram revelados. A alternativa de usar um telefone celular para detonar a bomba não existe dentro de um avião, onde a cobertura do sinal é limitada. 

Esse tipo de explosivo ainda está mais no campo da tese do que da prática. Mas a Al-Qaeda tem provado que pode recorrer aos métodos mais criativos para conseguir atingir seus objetivos mortais. 

Fonte: Gordon Corera (Especialista em Segurança da BBC) - Fotos via BBC

Avião faz pouso de emergência no Aeroporto de Toledo após falha

Pouso de emergência foi às 8h10, mais de uma hora depois da decolagem.

Foi preciso gastar combustível e forçar pouso; ninguém ficou ferido.

Avião particular seguia para Cuiabá (MT). Trem de pouso dianteiro falhou após a decolagem e
pouso de emergência foi realizado somente com os dois trens de pouso traseiros

Um avião particular de pequeno porte fez um pouso de emergência na manhã desta quarta-feira (23) no Aeroporto Municipal de Toledo, no oeste do Paraná, pouco mais de uma hora depois de decolar. De acordo com o Corpo de Bombeiros, às 7h40 uma ligação avisou de um problema com a aeronave e o pouso foi às 8h10. A decolagem tinha sido às 7h, do mesmo aeroporto. 

Cinco pessoas ocupavam o avião, entre elas o empresário Levino Sperafico, e nenhuma delas ficou ferida. Eles seguiam para Cuiabá (MT), mas o destino final era o Pantanal, onde Sferafico, dono do avião, e três amigos iriam pescar. 

Segundo informações do piloto, Tiago Santin, o trem de pouso dianteiro do bimotor falhou após a decolagem e foi preciso gastar um pouco do combustível do tanque, sobrevoando a cidade, e forçar o pouso. Assim, o pouso ocorreu somente com os dois trens de pouso traseiros. Viaturas do Corpo de Bombeiros e ambulâncias foram deslocadas para o aeroporto para atender a ocorrência. 

Um avião de táxi aéreo chegou a decolar para auxiliar o bimotor ainda no ar, a resolver o problema. A pista foi coberta com uma camada de espuma para evitar incêndio no momento do pouso.


Sperafico comentou que a aeronave está com a manutenção em dia e tem cerca de 3.500 horas de voo. Ele comprou o avião, já usado, há cinco anos. 

No fim desta manhã, o empresário e os amigos continuavam no aeroporto e aguardavam para embarcar em um outro avião e seguir viagem.

Para assistir reportagem e ver galeria de fotos, clique aqui.

Fonte: G1, com informações da RPC TV Cascavel - Fotos: Débora Garbin / Iago Donatti/Colaboração RIC

terça-feira, 22 de maio de 2012

Avião da TAM perde capô do motor em decolagem

Voo partiria de Natal (RN) com destino ao aeroporto de Guarulhos (SP) 


A aeronave Airbus A320-214, prefixo PR-MYP, da companhia aérea TAM, que faria o voo JJ3317 partindo de Natal (RN) com destino ao aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, perdeu parte da fuselagem durante a decolagem, no último sábado (19). 



O fato só foi divulgado nesta terça-feira (22). De acordo com a assessoria de imprensa da TAM, o acidente não afetou o desempenho do motor e foi possível retornar ao Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Natal, onde foi feita a manutenção da aeronave.

Veja mais fotos em canindesoares.com.

Um novo avião foi utilizada para a realização do voo e, com mais de quatro horas de atraso, os 166 passageiros embarcaram para São Paulo no voo JJ9354.



Fontes: R7 / Aviation Herald - Fotos: Reprodução / Canindé Soares

Peças falsificadas chinesas são achadas em aviões militares dos EUA

Relatório do Senado alerta que peças importante podem ocasionar riscos e ameaçar segurança nacional. 

Um grande número de aparelhos eletrônicos chineses falsificados está sendo usados em equipamentos militares americanos. A informação foi divulgada em um relatório do Senado americano. 

O documento trata de uma investigação realizada ao longo de um ano. Durante esse período, o Comitê do Senado das Forças Armadas descobriu que um total de 1.800 peças falsificadas foram usadas em aeronaves militares americanas. 

Das mais de 1 milhão de peças tidas como suspeitas, cerca de 70% teriam vindo da China, de acordo com o relatório. 

O problema foi atribuído às limitações da rede de abastecimento de peças existente nos Estados Unidos e ao fracasso chinês em conter seu mercado ilegal. 

Segundo o comitê, a falha em uma peça importante pode ocasionar riscos e ameaçar a segurança nacional americana, e, além disso, acarretar custos elevados para o Departamento de Defesa. 

O documento afirma que os militares americanos dependem de uma série de ''pequenos e incrivelmente sofisticados componentes'' encontrados em sistemas de visão noturna, rádios e aparelhos de GPS. A falha de uma única peça poderia colocar um soldado em risco, disse o relatório. 


O comitê do Senado afirmou ainda que peças falsas foram achadas em helicópteros SH-60B utilizados pela Marinha, em aviões de carga C-130J e C-27J e no avião Poseidon P-8A da Marinha. 

Depois da China, as maiores fontes de peças falsificadas para aviões militares são o Reino Unido, segundo o documento. 

Críticas à China 

O comitê fez críticas à China por fracassar em conter fabricantes de peças ilegais. Os senadores disseram ainda que a China não concedeu vistos para os políticos do comitê que pretendiam realizar investigações no país. 

''Em vez de reconhecer o problema e de tentar de forma agressiva interromper a ação dos falsificadores, o governo chinês tenta evitar o escrutínio'', afirmou. 

Mas os senadores concluíram ainda que programas do Departamento de Defesa, como o Programa de Intercâmbio de Dados de Indústrias e o Governo (Gidep, na sigla em inglês), que visa rastrear peças falsificadas, vem ''deixando a desejar''. 

Entre 2009 e 2010, o Gidep recebeu apenas 217 relatos relativos a supostas peças falsificadas, a maioria delas vieram de apenas seis companhias. Somente 13 relatos foram fornecidos por agentes governamentais. 

O documento elogia, no entanto, o Ato de Autorização de Defesa Nacional, promulgado pelo presidente Barack Obama no final do ano passado para combater a entrada de peças falsificadas no país e reduzir a terceirização de componentes de fornecedores desconhecidos. 

A divulgação do relatório sobre a China se dá em um momento em que os Estados Unidos estão procurando intensificar sua estratégia de defesa para a região Ásia-Pacífico. 

O Departamento de Defesa também está se preparando para cortar cerca de US$ 450 bilhões (R$ 912 bilhões) de seu orçamento ao longo da próxima década. 

Fonte: BBC via G1 - Foto: Reprodução

Helicóptero faz pouso forçado durante treinamento no Campo de Marte, SP

Cauda bateu no chão durante aproximação ao solo. 


Ninguém ficou ferido; acidente foi durante voo de treinamento. 


Um helicóptero que realizava um voo de treinamento foi danificado durante a descida no Campo de Marte, Zona Norte de São Paulo, no início da manhã de sexta-feira (18). 

Segundo informações do Bom Dia Brasil, o helicóptero se aproximou demais do solo na descida e a cauda bateu na pista. Parte da cauda se quebrou, mas a cabine não foi danificada e ninguém ficou ferido.

Bombeiros estavam no entorno do helicóptero por volta das 7h40, e a pista utilizada no pouso estava interditada. 


O internauta Attilio Piraino Filho, que mora perto do Campo de Marte, fotografou o helicóptero na pista e enviou a imagem abaixo ao VC no G1. 

Fonte: G1

Avião de passageiros desvia da rota nos EUA por 'questão de segurança'

Boeing da US Airways que ia de Paris a Charlotte com 188 rumou ao Maine. 

Passageiro apresentou 'comportamento suspeito'


O Boeing 767-2B7(ER), prefixo N251AY, da US Airways que ia de Paris a Charlotte (voo US-787), no estado americano da Carolina do Norte, foi desviado para o Maine por conta de uma "questão de segurança", segundo um porta-voz da companhia. 



Andrew Christie disse que o Boeing 767 com 179 passageiros e 9 tripulantes foi desviado por volta de meio-dia local para o aeroporto internacional Bangor. Ele afirmou que um passageiro do voo US-787 apresentou "comportamento suspeito". 

O avião pousou em segurança, segundo a companhia.o', segundo a companhia. 



Fontes: G1, com agências internacionais / Aviation Herald / Daily Mail

Passageiro é expulso de avião após se recusar voar com mulher no comando

Criado há mais de 50 anos, Sindicato Nacional dos Aeronautas nunca teve notícia deste tipo; incidente ocorreu em Minas Gerais

Um homem foi expulso de um avião da Companhia Trip Linhas Aéreas, no Aeroporto Internacional Presidente Tancredo Neves, em Confins, na Grande Belo Horizonte. 

Apesar de sua identidade não ter sido revelada pela empresa, ele foi obrigado a deixar um jato Embraer 190, que seguiu em voo para Palmas (TO), com escala em Goiânia (GO).

“Eu não voo com mulher no comando”, disse momentos antes, segundo testemunhas. O caso aconteceu na noite da última sexta-feira (18).

Após comentário, passageiro saiu do avião escoltado
Foto: Elvans/vc repórter

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Gelson Fochesato, lamentou a situação e a considerou “absurda”. “Nem mesmo nos Emirados Árabes, um lugar mais restrito em relação às mulheres, existe isso. A aviação brasileira conta com mulheres há pelo menos 30 anos e é muito estranho e absurdo acontecer este tipo de situação. Há mulheres comandantes no mundo inteiro e nunca tivemos notícia de uma situação como esta. Infelizmente, este passageiro foi pioneiro. As mulheres são cuidadosas e é muito seguro voar tanto com elas quanto com homens”, destacou o comandante. O sindicato foi criado em 1946. 

O empresário Paulo César de Oliveira, 66 anos, estava no voo de Confins para Goiânia e presenciou a confusão gerada pela atitude preconceituosa do passageiro. O resultado, além da expulsão do homem, que aparenta 40 anos de idade, foi o atraso de aproximadamente uma hora na viagem. Oliveira aprovou a retirada do passageiro com comportamento machista por agentes da Polícia Federal (PF), responsáveis pela segurança nos aeroportos da aviação civil. 

De acordo com o empresário, os outros passageiros, ao perceberem a situação, reagiram com vaias. Após a retirada do passageiro preconceituoso da aeronave, com capacidade aproximada de 90 pessoas, o voo seguiu tranquilamente para o seu destino, sob a direção da comandante Betânia. Seu sobrenome não foi informado pela companhia aérea. 

“Sempre estou neste voo para Goiânia e nunca houve atrasos. Estava marcado para sair às 20h59. Quando eram 21h15, percebi que um passageiro dizendo: 'A Trip deveria ter me avisado que a comandante era mulher. Eu não voo com mulher no comando'”, lembrou Oliveira. “Ela, a comandante, também sentiu-se no direito de não voar com o passageiro e a Polícia Federal foi acionada”, completou o empresário, que aprovou Betânia no comando. 

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Trip confirmou o caso, mas não permitiu que os envolvidos da tripulação fornecessem mais informações ou comentassem o assunto. Informou, ainda, que é o primeiro registro de situação como esta em um dos voos da companhia. E que o passageiro foi convidado a se retirar, acompanhado por agentes da Polícia Federal (PF). A assessoria de imprensa da PF em Minas Gerais não forneceu informações estatísticas sobre outros possíveis casos de passageiros incomodados com mulheres na cabine de comando. 

Mais confiança nas mulheres

Muitas empresas aéreas vêm promovendo mulheres ao posto de comandante e, geralmente, os homens que viajam pelas rotas nacionais e internacionais aprovam a iniciativa. Não são comuns casos tão explícitos de comportamento machista, como o ocorrido no último dia 18, em Minas Gerais. Tanto assim que a Trip e o Sindicato Nacional dos Aeronautas nunca haviam registrado outro igual. 

No último sábado, por exemplo, o representante comercial Rafael Stecklow, 28 anos, postou com satisfação foto da comandante de um avião em que embarcou, também no aeroporto de Confins. “Comandante do voo 4422 da Azul, de BH para Campinas, é mulher!!! Tudo pra ser um voo mais tranquilo”, postou Rafael no Twitter. 

“Damas Voadoras” 

Uma comandante Betânia, da Trip linhas aéreas, e sua equipe inspiraram um texto na internet, com elogios às atuações durante o serviço. A tripulação feminina da Trip, sob o comando de Betânia, recebeu o carinhoso apelido de “Damas Voadoras”. “Procedimentos firmes e manobras de aproximação da pista de pouso perfeitas”, diz trecho em um blog. 

Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) indicam que as mulheres vêm conquistando timidamente espaço neste mercado, que inclui também os pilotos particulares. Até 2010, foram emitidas somente 793 licenças de piloto para mulheres. Destas, 163 estavam válidas, ou seja, foram renovadas até 2010. Entre as profissionais, das licenças válidas foram habilitadas 51 pilotos privados de avião, 65 pilotos comerciais e 15 de linha aérea – o nível mais alto da carreira na aviação civil. De helicópteros, a Anac emitiu licenças para 6 pilotos privados, 20 pilotos comerciais e 6 de linha aérea. 

Trata-se de espaço profissional predominantemente masculino até o momento. No total de licenças válidas até 2010, esmagadora minoria tinha mulheres como titulares (0,8%), enquanto que os pilotos homens somavam 54.083 licenças emitidas pela Anac, sendo 14.282 renovadas.

Fonte: Denise Motta (iG)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Novo avião de caça chinês pode ser mais poderoso que o F-22 americano

Aeronave pode ser a grande arma da China para o futuro. Mas quais os planos para ela?

AJ-20 Stealth Fighter


Novas informações de fontes ligadas ás forças armadas chinesas mostram que o país asiático está investindo pesado em uma aeronave de caça que possa ser superior aos dois principais aviões de batalha norte-americanos: F-22 e F-35. Trata-se do J-20, que esteve sendo desenvolvido secretamente por anos, mas começou a ter informações reveladas, desde o surgimento de vídeos como o postado acima.

O site ABC News revelou ter contato com fontes afirmando que J-20 possui capacidade para carregar muito mais munição e carga explosiva do que o F-22. Ao mesmo tempo, estima-se que ele seja superior ao F-35 em grande parte de suas especificações (velocidade, alcance, poder de fogo e capacidade de se esconder de radares).

O departamento de defesa dos Estados Unidos afirmou ao ABC News que a China está sendo monitorada para que seja possível compreender a modernização militar chinesa – e também as implicações disso para a região. Não há mais detalhes sobre as fontes das informações ou sobre os projetos das forças armadas da China.

 

Fonte: ABC News via Tecmundo

Aviãozinho de papel não é só brincadeira de criança

Bem antes de aprender que o brasileiro Santos Dumont fez História ao voar no 14-Bis, os estudantes já entendem muito bem de aviões sem motor. E as gaivotas de papel, consideradas o símbolo máximo da juventude distraída nas salas de aula, viraram uma competição mundial que está se profissionalizando cada vez mais. Nos dias 4 e 5 de maio, 249 pilotos do papel se reuniram em Salzburgo, na Áustria, para a corrida Paper Wings - inusitada competição que já teve dois brasileiros entre seus campeões e que impressiona ao aliar muita celulose, rasantes, loopings, espírito jovem e uma boa porção de marketing esportivo.


Idealizada em 2006, a competição de aviõezinhos de papel, realizada de três em três anos, contou em sua primeira edição com 161 competidores, selecionados em eliminatórias em 40 países. Na disputa, estudantes universitários sem restrição de curso, mas com a cabeça nas nuvens, dispostos a testar suas habilidades na criação e no lançamento de gaivotas em três categorias principais: distância, tempo de voo e acrobacia.

Neste ano, o evento bancado pela fabricante de energéticos austríaca Red Bull tomou proporções ainda maiores. Foram 634 seletivas regionais (29 no Brasil), em mais de 80 países, onde 37.125 pessoas tentaram garantir sua participação na etapa final da competição, até então desconhecida para muitos dos praticantes da aviação de papel na infância. Foi o caso do estudante de engenharia mecânica João Antônio Wendt Dreveck, 23 anos, classificado ao lançar seu avião a 33,53 metros na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

- Até participo de um projeto de aerodesign na UFSC, que compete com diversos grupos de outras universidades federais do país, mas só fui saber da existência do campeonato de aviões de papel quando meu grupo foi convidado a expor alguns de nossos modelos na seletiva na universidade. Como já estava lá, acabei participando e, com sorte, fiz a maior distância do Brasil - conta ele, cujas asas de celulose lhe permitiram sua primeira viagem em um avião de verdade. - Quando explicava às pessoas que estava saindo do país pela primeira vez por causa desse campeonato, sempre ficavam absolutamente incrédulas.

Com idades entre 17 e 30 anos, e reunidos durante dois dias inteiros no Hangar-7 - uma monumental estrutura de 6.400 metros quadrados composta por mais de 380 placas de vidro e que funciona como um restaurante e museu de veículos históricos na pacata Salzburgo -, os competidores, abraçados às bandeiras de seus países ou trajando roupas típicas, garantiram que o clima fosse de total descontração.

- Mais que uma competição, esse evento acaba servindo como um espaço de troca de ideias e cultura entre nós, e isso é o que está mais me agradando. Já conversei com americanos, espanhóis, alemães, japoneses - afirmou o português Fabrício Monteiro, de 17 anos. - Gente de culturas com que nunca imaginei interagir e que falam línguas incompreensíveis para mim. Ainda assim, é impressionante como todos conseguem brincar uns com os outros.

Campeão mundial em tempo de voo em 2009, e convidado a Salzburgo para defender seu título este ano, o paulista Leonard Ang, 30 anos, contou que o "clima" de festa continua mesmo fora do ambiente da competição.

- Após o primeiro dia, acabei indo parar em uma "luta" de sumô contra um dos participantes japoneses, em meio às zoações e brincadeiras que imperavam no hotel onde todos os competidores foram hospedados - contou Leonard, que desta vez não conseguiu superar seu tempo de voo de 11,6 segundos feito em 2009 e acabou ficando fora da final e do pódium.

Em um evento desse porte, nem tudo é informalidade ou brincadeira. Dividida em três eliminatórias e três provas finais, de que participam apenas os dez melhores de cada categoria, a competição tem sua cota de profissionalismo garantida pelas rígidas regras da Paper Aircraft Association (PPA) - uma organização fundada em 1987 com o objetivo de "trabalhar para o aprimoramento da tecnologia dos aviões de papel" e que estabelece as diretrizes para os recordes internacionais. Afinal, eram os títulos de melhores do mundo em avião de papel que estavam em jogo - e neste ano ficaram com o tcheco Tomas Beck (distância); o libanês Elie Chemaly (tempo de voo); e, empatados em acrobacia, o americano Ryan Naccarato e o polonês Tomasz Chodyra.

Também ajuda o fato de o júri de acrobacia ter entre seus componentes, além de dois atletas de esportes radicais, dois profissionais tarimbados das asas de papel: o engenheiro aeronáutico da Força Aérea dos EUA Ken Blackburn, quatro vezes recordista mundial de tempo de voo; e John Collins, projetista do planador de papel que tem o atual recorde mundial de distância percorrida em lançamento (68,92 metros). -

É impressionante como esse tipo de competição está se tornando cada vez maior e mais profissional - afirma Ken Blackburn, cujo último recorde de 27,6 segundos de voo, de 1996, foi superado em 2009 pelo japonês Takuo Toda, com 27,9 segundos. - Participo da competição como jurado desde a primeira edição, e a cada ano é notável como as pessoas estão aprimorando seus modelos, pesquisando mais sobre o assunto e aprendendo muito mais sobre a aviação de papel.

A observação de Ken ganha dimensão quando se observa o desempenho de alguns dos competidores deste ano, em especial aqueles que disputaram o troféu em acrobacia, categoria que claramente exigiu uma preparação mais intensa. O colombiano Alfredo Ramirez, de 23 anos, arrancou urros do público, e o segundo lugar em acrobacia, ao controlar o voo de seu avião com as mãos, mas sem tocá-lo, durante cerca de um minuto.

- Participei da edição de 2006, mas somente desta vez resolvi me preparar de verdade. Passei quatro meses treinando quase todos os dias, pesquisando e testando modelos para achar o ideal - afirma o estudante de engenharia aeronáutica. - Uma vez escolhido o modelo que usei na apresentação, o treinamento passou a ser aprender a controlá-lo com a maior exatidão e o máximo de tempo possíveis. A dificuldade de se treinar para uma competição dessas é encontrar um local onde seja possível simular as condições do hangar. Ou seja, espaçoso e sem influência de vento.

O polonês Chodryra levou ouro em acrobacia ao apostar em uma variedade de aviões que se destacaram pelos loopings e por voltarem para as suas mãos após serem lançados. O uso de um balão de ar simulando uma torre mostrou como cada momento de sua performance foi devidamente planejado e ensaiado.

De planadores a dardos voadores, de aviões especiais para loopings a helicópteros de papel que desciam dos ares girando em torno do próprio eixo, os modelos apresentados na competição impressionaram pela diversidade e pela inventividade, o que, de acordo com o recordista mundial John Collins, jamais deve acabar no mundo das naves de papel:

- É impossível saber quantos modelos de avião de papel podem ser feitos. Existem infinitos jeitos de se dobrar uma folha em duas. Por isso, eu não acho que um dia os modelos irão se esgotar. O número de técnicas de origami, combinadas com a variedade de tipos de papel, torna possível continuarmos a inventar modelos de aviõezinhos por milênios.

Mas a modalidade ainda não alcançou status profissional suficiente para garantir o ganha-pão de ninguém, nem mesmo de alguém com a fama de Collins, mais conhecido nos EUA como "paper airplane guy" ("o cara do avião de papel", em tradução livre).

- Até faço apresentações em escolas, bibliotecas, museus e eventos, mas mesmo um recordista mundial ainda não consegue se sustentar só com os aviões de papel - explica Collins, que trabalha como apresentador e produtor em um canal de televisão. - Seria divertido viver só do trabalho com os aviões de papel, não? Quem sabe um dia eu não consiga fazer do "paper airplane guy" meu emprego regular.

Qual seria o sentido de organizar um campeonato de uma modalidade esportiva ainda incapaz de sustentar seus atletas, mesmo os melhores, e bancar, com ou sem auxílio de comerciantes de Salzburgo, a hospedagem e a passagem de mais de 200 participantes?

Professor de marketing da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e especialista em marketing esportivo, Luiz Henrique Gullac afirma que ações como essa são hoje uma tendência no mundo esportivo, mas não são recentes. Têm sido feitas por grandes empresas há algum tempo, desde a criação do time de futebol New York Cosmos pela Warner Communications, em 1971.

- Quando uma empresa se associa a um esporte que lhe convém e faz esse esporte funcionar, a modalidade, ou evento, acaba servindo como uma grande ferramenta de marketing institucional e persuasivo. É uma tendência que vem se acentuando devido às mudanças no perfil dos consumidores, das tecnologias e das mídias - explica Luiz Henrique. - No caso do aviãozinho de papel, é algo que desperta na maioria das pessoas um grande sentimento de nostalgia e, principalmente, de brincadeira. E o esporte, no fim das contas, acaba sendo isso também, uma grande brincadeira.

Por nostalgia ou curiosidade, o público local compareceu ao hangar em Salzburgo e acabou contribuindo para a animação. Em meio aos treinamentos e etapas oficiais, crianças corriam pelo hangar com seus próprios aviões de papel. A animação infantil foi tanta que pelo menos duas vezes os pequenos tiveram que ser contidos ao invadir o espaço dos competidores, nas apresentações acrobáticas, em busca dos aviões dos participantes.

A moradora de Salzburgo Christiane Underberg, de 41 anos, foi atraída pelo caráter inusitado do evento. Também presente em 2009, desta vez ela foi ao Hangar-7 com os filhos, a mãe, a irmã e os sobrinhos: -

Acho incrível como um evento, que no fim das contas é sobre papel, pode conseguir reunir tanta gente. Minhas crianças, acostumadas a fazer aviões de papel em casa, claro, ficam loucas aqui.

Fonte: Thiago Jansen (thiago.jansen@oglobo.com.br) | Agência O Globo * O repórter viajou a convite da Red Bull - Imagem: Reprodução