Irlanda também apontou possibilidade; Obama está no país em visita.
Cinzas de vulcão islandês devem chegar à região nos próximos dias.
A Autoridade de Aviação Civil (CAA, da sigla em inglês) da Inglaterra afirmou nesta segunda-feira (23) que voos com origem ou destino a algumas regiões do Reino Unido podem sofrer interrupção devido à nuvem de cinzas procedentes do vulcão islandês Grimsvötn, que entrou em erupção no sábado (21).
O Escritório de Meteorologia nacional prevê que a nuvem deve cobrir todo o espaço aéreo da Irlanda, da Escócia e partes da Inglaterra até as 6h GMT de terça-feira (24), ou 3h da manhã no horário de Brasília.
Questionado se a nuvem pode causar cancelamentos de voos, um porta-voz da CAA afirmou: "É certamente isso que está parecendo no momento."
Obama na Irlanda
No mesmo dia, a Autoridade de Aviação Irlandesa (IAA, da sigla em inglês) também apontou a possibilidade de ter voos em seu espaço aéreo interrompidos devido à nuvem de cinzas, mas disse não esperar que isso ocorra até a manhã de quarta-feira (25).
O presidente Barack Obama está no país, e a previsão é que ele deixe a Irlanda na manhã de terça-feira (24).
Nuvem de cinzas expelidas do vulcão Grimsvotn é vista no domingo (22) - Foto: Reuters
União Europeia
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), também apontou o alerta. "Existe a possibilidade de a nuvem vulcânica afetar o espaço aéreo europeu, começando pela zona noroeste, em particular pelo Reino Unido e pela Irlanda, seguramente hoje ou amanhã", disse a porta-voz comunitária de Transporte, Helen Kearns.
A porta-voz disse que atualmente é difícil fazer previsões além das próximas 48 horas e saber se a nuvem afetará outras regiões da Europa, já que as condições meteorológicas estão em constante evolução e se têm poucos dados sobre o volume de cinzas expulso e sua densidade.
Além disso, explicou que na manhã desta segunda-feira (23) houve uma reunião do grupo de coordenação de crise que inclui a Comissão Europeia, as companhias aéreas, os aeroportos, as autoridades nacionais de aviação e a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol), na qual ficou decidido emitir uma série de diretrizes.
Essas recomendações, que devem ser divulgadas nesta segunda, se basearão nos princípios estipulados no ano passado, que estabelecem três zonas (vermelha, azul ou preta), segundo o nível de concentração de cinzas.
A porta-voz ressaltou ainda que haverá diretrizes específicas dirigidas às autoridades de aviação para que contem com ferramentas que permitam às companhias aéreas fazer uma avaliação do risco de segurança, em função dos motores de seus aviões e de outra informação técnica.
A Comissão Europeia ressaltou que o sistema atual é muito mais flexível para os Estados-membros e as companhias aéreas que o aplicado na crise do ano passado com a erupção de outro vulcão na Islândia, e que, ao mesmo tempo, garantirá o nível de segurança necessário.
Além disso, explicou que o comissário europeu de Transporte, Siim Kallas, deve conversar também nesta segunda por telefone com os ministros europeus desse setor para abordar a situação e garantir a maior coordenação possível.
Fontes da UE explicaram que a Eurocontrol manterá na tarde desta segunda-feira uma reunião por teleconferência com os aeroportos europeus.
A Nasa, Agência Espacial Americana, divulgou nesta segunda-feira (23) imagens da nuvem de cinzas expelida pelo vulcão Grimsvotn, na Islândia, registradas por um satélite. A foto acima foi feita às 05h GMT de domingo (22), 2h da madrugada entre sábado (21) e domingo (22) no horário de Brasília. O vulcão havia entrado em erupção no dia anterior. - Foto: Reuters/NASA/GSFC/Jeff Schmaltz/MODIS Land Rapid Response Team |
A imagem acima foi registrada às 13h GMT, ou 10h no horário de Brasília, no domingo (22). Nesta segunda (23), autoridades da aviação civil da Inglaterra e da Irlanda alertaram para a possibilidade de interrupção de voos em seus territórios devido à nuvem de cinzas do vulcão. - Foto: Reuters/NASA/GSFC/Jeff Schmaltz/MODIS Land Rapid Response Team |
Fonte: G1 (com informações da Reuters e da Efe)