segunda-feira, 6 de junho de 2022

Sem vestígios, desaparecimento de avião de SC na Argentina completa 2 meses em meio a mistérios

Aeronave catarinense desapareceu em 6 de abril na província de Comodoro Rivadavia; buscas foram suspensas por falta de vestígios.

Mario Pinho, à esquerda, Antônio Ramos, à direita, e Gian Carlos Nercolini, no fundo,
eram tripulantes do voo (Foto: Reprodução, Redes Sociais)
Foi em 6 de abril que autoridades informaram sobre o desaparecimento de um avião catarinense na província de Comodoro Rivadavia, na Argentina. À bordo, estavam o empresário de Florianópolis Antônio Carlos Castro Ramos, o advogado Mario Henrique da Silva Pinho e o médico Gian Carlos Nercolini. Dois meses depois, o trio não foi encontrado. As buscas foram suspensas por falta de vestígios, e o caso segue um mistério.

A aeronave de pequeno porte, segundo as autoridades, partiu de El Calafate, na província de Santa Cruz, em 6 de abril, e tinha como destino à cidade de Trelew, também no Sul da Argentina. Os três estavam no país para participar de encontros com outros fãs de aviação.

A aeronave partiu do local junto com outros dois aviões, um de brasileiros, que chegaram ao destino final. Porém, a aeronave onde estavam os catarinenses desapareceu após fazer um último contato com um centro de controle de Comodoro Rivadavia.

A aeronave era um modelo RV-10 de pequeno porte e estava registrada em nome de Antônio Ramos, que pilotava o avião, segundo familiares. Ele, assim como os outros dois tripulantes, eram habiliados para pilotar e eram proprietários de aeronaves baseadas no Aeroclube de Santa Catarina, em São José, na Grande Florianópolis.

Desde então, buscas pelo avião foram feitas e contou com o auxílio de autoridades argentinas e brasileiras. Investigadores da Polícia Civil, inclusive, identificaram que a aeronave caiu no mar. Por conta disso, submarinos e mergulhadores chegaram a atuar nas buscas.

Autoridades encerram buscas por avião


Prestes a completar dois meses, o desaparecimento segue um mistério. Conforme apurado pelo colunista Ânderson Silva do NSC Total, autoridades catarinenses e argentinas encerraram as buscas pelo trio a cerca de 30dias. O motivo, principalmente, foi o local onde teria ocorrido a queda.

Isto porque o lugar seria inóspido, o que impede a procura por possíveis destroços. O mar chega a registrar ondas de até 8 metros. Uma das hipóteses levantadas é de que o avião tenha caído no fundo do mar.

Segundo um mapa desenhado pela Polícia Civil, o avião teria feito uma conversão à esquerda e outra à direita antes de cair no mar, após percorrer 48 quilômetros em direção ao aeroporto de Chubut. A rota foi detectada pelo sinal de dois celulares dos ocupantes da aeronave.


O Diário Catarinense entrou em contato com o governo argentino para saber mais detalhes, mas não obteve retorno até a publicação.

O que aconteceu com o avião?


Outra pergunta que continua sem resposta é o que aconteceu com o avião naquele 6 de abril. Uma das hipóteses levantada pelo presidente do aeroclube de El Calafate, Freddy Vergnole, foi a condição climática do local no momento do voo.

Ele disse, na época, ao jornal argentino Diario Jornada, que houve formação de gelo nos aviões que passaram pela região de Comodoro Rivadavia naquela altura no dia do desaparecimento. Isto faz com que a aeronave fique mais pesada, além de danificar o motor, o que exige habilidade do piloto para se desvencilhar da situação.

Vergnole disse, ainda, que o grupo sabia das condições meteorológicas da região antes do voo. Uma das alternativas previstas por eles, inclusive, era uma parada em Puerto Deseado, ainda na província de Santa Cruz, e antes do trecho onde ocorreu o acidente.

Porém, eles e as outras duas aeronvaes desistiram da ideia de parar no meio da rota e decidiram ir direto a Trelew.

O DC também entrou em contato com a Polícia Civil de Santa Catarina para saber como anda as investigações. Por meio de assessoria, eles informaram que, no momento, não há novidades.

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