terça-feira, 21 de agosto de 2012

Foragido da Justiça faz pouso forçado em fazenda de Coromandel, MG

Piloto de 71 anos apresentou documentação falsa para a PM.

Avião partiu de Conselheiro Lafaiete com destino a Ituiutaba.


Na tarde desta segunda-feira (20) um avião foi encontrado em uma plantação de uma fazenda na região de Coromandel, no Alto Paranaíba. Segundo informações da Polícia Militar (PM), no local foi estava um senhor de 71 anos, que não estava ferido, e disse ter sido contratado para pilotar a aeronave de Conselheiro Lafaiete, na região Central do estado, até Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Para a polícia ele disse que receberia de um homem que solicitou o serviço, o valor de R$ 3 mil. O piloto também informou que estaria sem combustível e por isso fez um pouso forçado.

De acordo com a PM, o homem apresentou uma documentação falsa e, após uma verificação, foi constatado que o suspeito tem várias passagens e nove mandados de prisão. O senhor foi encaminhado para a Delegacia de Patrocínio, também no Alto Paranaíba, onde foi expedido outro mandado de prisão. No interior do avião foram encontrados os documentos do proprietário do veículo, um homem que também tem passagens por tráfico de drogas. 

A PM entrou em contato com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), contudo foram informados que os agentes do Cenipa não compareceriam ao local. A remoção da aeronave, avaliada em R$ 500 mil, ficou para esta terça-feira (21). E de acordo com o cabo da PM, Cleber Batista da Silva, a remoção foi já foi feita por um guincho, que levou a aeronave para a cidade de Patrocínio.

O G1 entrou em contato com a Infraero, que disse por telefone, que cuida apenas de aeroportos e/ou pousos relacionados ao órgão. Também por telefone, o Cenipa informou que o processo de investigação provavelmente será interrompido pelo fato de haver indícios de ilícito que não trarão benefícios para a prevenção. O caso deverá ser conduzido pela PM e pela Polícia Civil.

A Anac também informou que o caso não é de sua responsabilidade e que se houver indícios de irregularidade o caso será encaminhado primeiramente para a Aeronáutica e depois um processo será aberto.

Confira na integra a nota enviada pela Anac:

Em relação aos procedimentos adotados pela ANAC em caso de acidentes – quando ocorrem com aeronaves certificadas (aeronaves particulares, táxi aéreo, cargueiras, agrícolas, e as de transporte aéreo de passageiros regulares, não regulares e fretadas) -, a Agência deve aguardar a confirmação oficial fornecida pela Aeronáutica. A partir da confirmação, a Aeronáutica envia um relatório preliminar à ANAC com as informações coletadas no local do acidente e informadas no plano de voo da aeronave. Com essas informações, a Agência abre um processo administrativo para verificar se o piloto tem habilitação e Certificado de Capacidade Física (CCF) válidos, e se a aeronave envolvida no acidente estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e Certificado de Aeronavegabilidade (CA) em dia. Se houver indícios de irregularidade, é adicionado ao processo administrativo para que sejam apurados os possíveis descumprimentos às normas da aviação civil pelos pilotos e pelo operador, e ao final do processo, se houver comprovação de irregularidades, os responsáveis podem ser autuados e multados – além de ter a licença e habilitação suspensas ou cassadas. O caso também pode ser encaminhado ao Ministério Público (MP) para as demais penalidades no âmbito criminal.

Fonte: Renata Dirrah (G1 Triângulo Mineiro) - Foto via dianewsnoticias.com.br

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