Wanderson Andrade saiu sem falar com a imprensa nesta manhã (11).
Outro ferido, Conrado Alvares, segue internado e sem previsão de alta.
Um dos paraquedistas que sofreu um acidente durante o salto no Centro Nacional de Paraquedismo, em Boituva (SP) teve alta do hospital de Sorocaba (SP) nesta quarta-feira (11). A informação foi confirmada pela assessoria do hospital. Wanderson Carlos Campos Andrade saiu sem falar com a imprensa por volta das 9h, com a ajuda de familiares.
O instrutor de salto duplo da Confederação Brasileira de Paraquedismo e amigo de Wanderson, Gustavo Brizolla, falou com o G1 na manhã desta segunda-feira e confirmou a saída dele do hospital. "Ele está bem. Me ligou hoje cedo, por volta das 8h, e contou que passou por uma cirurgia no pé direito, colocou uma placa e dois pinos", conta.
Gustavo disse ainda que Wanderson deve seguir ainda hoje para o Maranhão e não quer falar com a imprensa, pois ainda está 'muito confuso'. "Ele só vai falar após as investigações acabarem, pois ainda está muito confuso e com poucas recordações do momento", afirma. O horário do voo de volta para casa não foi confirmado. "Talvez ele vá primeiro para a casa da irmã, que mora em Campinas (SP) e ainda hoje ele segue para São Luiz", informou.
O outro ferido no acidente é Conrado Alvares, que segue internado no hospital Regional de Sorocaba (SP). De acordo com a assessoria da Secretaria de Saúde de São Paulo, ele sofreu uma fratura na tíbia. O quadro dele é estável e não há previsão de alta.
Conrado e Wanderson participavam de um voo nesta segunda-feira (9) em Boituva. O instrutor Alex Adelmann, foi atingido pelo avião que eles saltaram. Com o choque, Alex foi arremessado contra os dois e não resistiu aos ferimentos. O corpo do paraquedista de 33 anos foi cremado no início da noite desta terça-feira (10) em um crematório de Sorocaba (SP). De acordo com o paraquedista Fábio Diniz, amigo e porta-voz da família, as cinzas deverão ser lançadas sobre o Centro de Paraquedismo de Boituva (SP).
Investigações
O caso é investigado pela Polícia Civil de Boituva. O delegado Carlos Antunes ouviu testemunhas, entre elas, o piloto do avião, Douglas Leonardo de Oliveira. Ele contou à polícia que era a 11ª decolagem dele no dia.
Assim que os paraquedistas saltaram, ele relatou que deu um mergulho, manobra comum nesse tipo de voo. Logo depois teria sentido um impacto na asa esquerda da aeronave e só ficou sabendo o que aconteceu quando já estava no solo.
Uma equipe de perícia da polícia também esteve no Centro de Paraquedismo e nos pontos onde as vítimas caíram. Além disso, técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) fizeram análise na aeronave.
De acordo com o Cenipa, não há prazo para a conclusão das investigações. Durante a permanência dos técnicos na cidade, eles devem ouvir testemunhas, fotografar e periciar a aeronave e equipamentos usados pelos paraquedistas, fazendo uma radiografia completa.
Conforme informações do Cenipa, a perícia é feita de forma sigilosa com finalidade exclusiva para a segurança do voo. O objetivo é identificar os fatores do acidente ou levantar hipóteses plausíveis. Assim que concluído o relatório final, ele será disponibilizado no site da entidade.
Entenda o acidente
Sete paraquedistas saltaram da aeronave e três se envolveram no acidente nesta segunda-feira (09), feriado paulista. De acordo com a polícia, o paraquedista morto, Alex Adelmann, fazia a gravação das manobras. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, que fez o socorro após o acidente, Alex foi atingido pela asa esquerda do avião.
Com o impacto ele foi arremessado contra os amigos. Alex ficou inconsciente com o choque. O paraquedas, que dispõe de um dispositivo de segurança, ao não ser acionado manualmente entrou em operação automática e abriu o equipamento, evitando o impacto com o solo.
O rapaz chegou a ser socorrido ao Pronto-Socorro da cidade com parada cardiorrespiratória, mas não resistiu. Os dois feridos conseguiram acionar os paraquedas e chegaram ao solo com fraturas nas pernas e seguem internados com estado de saúde considerado sem gravidade. O avião que atingiu os paraquedistas prestava serviços ao Centro Nacional de Paraquedismo.
Fonte: Viviane Gonçalves (G1 Sorocaba e Jundiaí)
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